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FERRAMENTAS MOLECULARES UTILIZADAS NOS ESTUDOS EM MEDICINA VETERINÁRIA.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
CAMPUS REALEZA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
MILENE FERREIRA COLHERI 
NAYARA SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO: FERRAMENTAS MOLECULARES UTILIZADAS NOS ESTUDOS EM 
MEDICINA VETERINÁRIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REALEZA - PR 
2021 
MILENE FERREIRA COLHERI 
NAYARA SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO: FERRAMENTAS MOLECULARES UTILIZADAS NOS ESTUDOS EM 
MEDICINA VETERINÁRIA. 
 
 
 
 
 
 
Relatório de atividades apresentado ao 
componente curricular de biologia molecular, 
como requisito parcial para obter aprovação 
no componente curricular, semestre 2020/2. 
 
Orientação: Drª Vanessa Silva Retuci. 
 
 
 
 
 
 
REALEZA - PR 
2021 
RESUMO 
 
O seguinte trabalho se trata de uma revisão bibliográfica sobre as ferramentas e técnicas utilizadas 
pela biologia molecular na medicina veterinária para diagnosticar patologias, mutações, 
desenvolvimento de vacinas e terapêutica, terapia gênica; utilizando as técnicas western blotting, PCR, 
expressão de proteínas recombinantes, Phage display, sequenciamento e imunofluorescência direta, 
cada uma com suas vantagens e desvantagens, aplicações, equipamentos utilizados, uso na 
veterinária, demonstrando como a biotecnologia se tornou importante desde o descobrimento do DNA. 
 
PALAVRAS-CHAVE: biologia molecular; biotecnologia; ferramentas 
moleculares. 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 5 
2.1.1 WESTERN BLOTTING ............................................................................ 5 
2.1.2 PCR - REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE .................................... 8 
2.1.3 EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS RECOMBINANTES ............................. 11 
2.1.4 PHAGE DISPLAY .................................................................................. 13 
2.1.5 SEQUENCIAMENTO ............................................................................. 14 
2.1.6 IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA ...................................................... 16 
3 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 18 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Com um marco na biotecnologia, em 1970 foram criadas algumas ferramentas 
moleculares que auxiliam nos estudos relacionados à biologia molecular, contando 
com o desenvolvimento de enzimas de restrição, vetores de clonagem e polimerases. 
(Southern, 1977). Atualmente, as ferramentas moleculares são um método muito 
importante e utilizado no meio da biotecnologia. Com um papel indispensável em 
relação ao DNA, responsáveis pela análise qualitativa da molécula e viabiliza a 
realização de testes comparativos nas fitas prontas, permitindo a detecção de 
doenças. Consequentemente, a utilização dessas ferramentas vem ganhando estima 
e muita utilidade na diferenciação de fungos fitopatogênicos. (Silva-Mann et al., 2002). 
Entretanto, ainda existem barreiras a serem superadas nesse meio. 
O presente trabalho abordará algumas ferramentas moleculares muito 
utilizadas na área da saúde e consequentemente, na medicina veterinária. Com o 
propósito de descrever desde os conceitos básicos de cada, até o modo de execução 
das mesmas. As ferramentas selecionadas para a realização deste trabalho são: 
Western blotting, PCR (reação em cadeia da polimerase), Expressão de proteínas 
recombinantes, Phage display, Sequenciamento e Imunofluorescência direta. 
A metodologia adotada na elaboração é o aprofundamento das técnicas 
mencionadas anteriormente, exibindo ilustrações das etapas e os equipamentos 
envolvidos em cada processo. O critério escolhido para análise dos dados será 
apresentado em forma de tabela para uma leitura clara e objetiva. 
Dessa forma, as seções desenvolvidas ao longo do trabalho se iniciaram com 
a apresentação da técnica, abordando conceitos e história; seguidamente de imagens 
e ilustrações do procedimento e equipamentos, aplicações da ferramenta no uso da 
Medicina Veterinária, por fim, uma tabela demonstrando 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1.1 WESTERN BLOTTING 
 
a) apresentação da técnica; 
 
Segundo SOUZA, A técnica de western blotting ou immunoblotting é utilizado 
para a imunodetecção de proteínas após a separação por eletroforese em gel (gel de 
SDS-poliacrilamida) e transferência para membrana adsorvente (blotting), a WB 
permite detectar, caracterizar e quantificar as proteínas, incluindo as que estão em 
baixa quantidade, foi desenvolvida baseada na southern blotting, técnica de blotting 
de DNA, que também gerou a northern blotting (RNA). As técnicas eletroforéticas e 
suas aplicações foram responsáveis por ajudar na compreensão das bases 
moleculares da estrutura e funções celulares, além disso a WB é de fácil uso, rápida 
e eficaz (MIGUEL, 2012). É um método altamente específico e sensível, ideal para o 
diagnóstico de inúmeras doenças em animais, tal qual a leishmaniose visceral 
americana (LVA), zoonose de alta importância para a saúde pública (KASVI). 
De acordo com MIGUEL e SOUZA, podem ser usados como fonte de proteínas: 
tecidos, culturas celulares e fluidos corporais, como plasma ou líquido 
cefalorraquidiano (LCR), também, proteínas de bactérias, vírus e outros agentes 
infecciosos. 
A técnica consiste em alguns passos principais, primeiro é feito a preparação 
da amostra, fazendo a extração e a quantificação das proteínas, logo após ocorre o 
fracionamento de proteínas a partir da eletroforese em gel, depois de pronta, na placa 
de gel é feita a transferência das proteínas fracionadas para membrana adsorvente, 
então bloqueiam-se as ligações inespecíficas, e adicionam-se os anticorpos, que 
serão ligados à proteína específica a ser analisada, depois de colocar tudo na “fita 
cassete”, são feitos alguns banhos e enfim é possível ver a revelação da membrana 
para análise do resultado. (MIGUEL, 2012) 
 
b) ilustrações/fotos/imagens da técnica e dos equipamentos empregados; 
 
 Segundo a empresa Thermo Fisher Scientific In e o Portal do conhecimento do 
departamento de bioquímica (USP) os materiais necessários são o gel SDS-PAGE, 
os corantes de proteínas específicos para o gel SDS-PAGE, os papéis específicos 
para blotting e para shooting, papéis absorventes, a membrana, os anticorpos, 
antígenos e reagentes, e os equipamentos essenciais são o “cassete” para 
eletroforese, a cuba, aparelho transferidor, aparelho Odyssey. 
 
 
Figura 1 montagem do "sanduíche" 
adaptado de MIGUEL et al. 2012 
 
 
 
Figura 2 cuba para eletroforese 
fonte: Portal do Conhecimento do Departamento de Bioquímica (usp) 
 
 
 
 
Figura 3 suporte de gel montado, “cassete” 
fonte: Portal do Conhecimento do Departamento de Bioquímica (usp) 
 
 
 
 
Figura 4 suporte de gel com amostra 
fonte: KASVI 
 
c) relacionar aplicações na medicina veterinária. 
 
 Na medicina veterinária o uso do WB ainda é inicial, por conta da necessidade 
de mão de obra especializada e do custo elevado, quando comparado com outras 
técnicas, mesmo que o diagnóstico do immunoblotting seja mais preciso e 
preferencial. (MIGUEL, 2012). 
Segundo MIGUEL, algumas patologias veterinárias que podem ser 
diagnosticadas através do western blotting são: 
- Leishmaniose Visceral Americana; 
- Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EETs), como BSE e Scrapie; 
- Desordens Neurodegenerativas Crônicas Fatais causadas por Príons; 
- Mielo encefalite Equina por Protozoário (MEP) 
- Salmonelose; 
- Infecção por Mycoplasma hyopneumoniae em suínos; 
 Além disso ainda é “utilizada para melhor entendimento em neoplasias, estudo 
de doenças hereditárias e descoberta de proteínas para a produção de vacinas” 
(MIGUEL, 2012, p. 12).2.1.2 PCR - REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE 
 
a) Apresentação da técnica; 
 
Segundo HAAS, para a biologia molecular a técnica de PCR é revolucionária, 
já que permitiu o desenvolvimento do estudo das sequências de ácidos nucleicos, a 
técnica permite identificar agentes infeccioso com alta sensibilidade em amostras sem 
microrganismos viáveis na amostra; além disso a técnica rendeu um prêmio Nobel de 
química para seu idealizador, Kary Banks Mullis em 1993. 
O método além de permitir a identificação precoce de doenças, tem o 
diagnóstico preciso e rápido (PREZZ, 2010). A reação em cadeia pela polimerase 
baseia-se no processo de replicação de DNA que ocorre in vivo, onde uma molécula 
de DNA (molde) pode gerar milhares de cópias, graças à enzima DNA-polimerase 
(HAAS, 2016). 
 A técnica, de acordo com Haas, é feita por meio de etapas de variação de 
temperaturas, envolvendo os quatro deoxinucleotídeos (dNTPs) do DNA, que são 
adenina, citosina, timina e guanina (A-C-T-G), envolve também iniciadores 
específicos, oligonucleotídeos, chamados de primers, envolve o DNA molde, um 
tampão que mantenha ph e condições adequadas, água ultra pura para diluição e a 
DNA polimerase termoestável. Essa molécula pode ser a Taq (Termus aquaticus) a 
ou Tfl (T. flavus), enzimas termosensíveis extraídas de bactérias extremófilas 
encontradas em fontes hidrotermais (SANTIAGO, 2007). 
 Para SANTIAGO e HAAS, as etapas estão divididas, em desnaturação da dupla 
fita de DNA, anelamento dos primers (senso e anti-senso) a uma das fitas simples, e 
então a polimerização e extensão pela adição dos nucleotídeos com a ação da Taq 
DNA polimerase, as temperaturas variam para cada uma das etapas, para a 
desnaturação varia entre 94 e 95ºC, na segunda etapa tem que ser de 1 a 5ºC abaixo 
da Tm (temperature melting - temperatura onde metade das moléculas estão 
separadas primer/DNA e metade estão híbridas, a Tm costuma ser de 35 a 60°C), a 
síntese de dna ocorre a 72°C. As etapas se repetem por aproximadamente 25 a 45 
ciclos, sendo que a cada ciclo a quantidade de fragmentos de DNA dobra. (HASS, 
2016). 
 O PCR possui uma metodologia bem flexível, e passou por algumas 
modificações que criou as técnicas PCR multiplex e PCR real-time, a primeira técnica 
amplia várias regiões do DNA ao mesmo tempo no mesmo recipiente, com vários 
primers; já a segunda, PCR em tempo real é um método semi-quantitativo, sensível e 
muito rápido, ela permite a identificação dos patógenos com um número menor de 
ciclos (HAAS, 2016; RIBEIRO, 2016). 
 
b) Ilustrações/fotos/imagens da técnica e dos equipamentos empregados; 
 
 O equipamento utilizado no PCR é o termociclador, atualmente existem 
aparelhos tecnológicos, automatizados, ele serve para determinar a temperatura e o 
tempo de cada etapa, bem como o número de ciclos de replicação. (KASVI, 2018) 
 
 
Figura 5 Termociclador para PCR em tempo real LineGene 9600 Plus com capacidade para 
96 amostras de 0,2 ml (tubos, strips ou placas). Possui 4 canais de detecção e pode ter a 
programação controlada por um computador ou tablet. Conexões: USB, RS232 e bluetooth. 
fonte: ANALITICA 
 
 
 
Figura 6 Termociclador Gene Touch Plus, com capacidade para 2 blocos de 48 x 0,2 ml ou 6 
x 8 strips de tubos em cada bloco. Excelentes taxas de aquecimento e resfriamento. Possui 
gradiente de temperatura e interfaces de conexão: LAN, USB2.0, RS232 e Bluetooth. Pode 
ser controlado por um computador 
fonte: ANALITICA 
 
 
Alguns componentes são essenciais para que ocorra a PCR: 
presença de uma DNA polimerase termoestável, presença de 
um par de primers; cátions divalentes, como MgCl2; 
deoxinucleotídeos trifosfatados (dNTPs), com quantidades 
iguais de dATP, dCTP, dTTP e dGTP; DNA molde, podendo ser 
fita simples ou fita dupla; Tampão para manutenção do pH, 
geralmente entre 8,3 e 9 à temperatura ambiente. (SANTIAGO, 
2007, p 14-15) 
 
 
Figura 7 as etapas do PCR 
adaptado de: KASVI, 2018 
 
c) Relacionar aplicações na medicina veterinária. 
 
 Por conta de sua especificidade e alta sensibilidade o PCR é utilizado na 
veterinária para avaliar a presença de possíveis patógenos em amostras clínicas, 
como leite, sangue, fezes, secreções e tecidos em pouco tempo, o que auxilia na 
sanidade e agiliza o diagnóstico e tratamento, ele é utilizado para diversas patologias 
infecciosas (Haas, 2016) 
 
As principais doenças infecciosas em espécies animais de 
interesse veterinário onde o diagnóstico pode ser feito por meio 
do PCR são: Micoplasmose, Clamidiose, Coriza e anemia 
infecciosa das galinhas, campilobacteriose genital, rinotraqueíte 
infecciosa, leucose enzoótica, babesiose, leptospirose, 
leishmaniose, cinomose, parvovirose, batolenose, 
imunodeficiência, leucemia felina, peritonite infecciosa felina, 
linfadenite caseosa, língua azul, artrite e encefalite caprina, 
influenza, anemia infecciosa, piroplasmose, arterite viral, doença 
de Aujeszky, síndrome respiratória e reprodutiva dos suínos e 
peste suína clássica (HAAS, 2016, p. 9-10, tabela 1) 
 
2.1.3 EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS RECOMBINANTES 
 
a) apresentação da técnica; 
 
Após o ano de 1970, a Microbiologia, Bioquímica, Imunologia e Genética 
Microbiana originaram novas tecnologias, dentre elas está a tecnologia do DNA 
recombinante, possibilitando o diagnóstico de doenças infecciosas e genéticas. 
Possui grande importância na obtenção de genes de interesse e na obtenção de 
proteínas a quais codificam. 
É necessário determinar o propósito em que a proteína recombinante será 
utilizada, pois para criação de antígenos, a mesma pode ser usada na forma nativa e 
na forma desnaturada. Para estudos bioquímicos e estruturais, é necessário aprimorar 
suas condições como a atividade funcional. 
Com um percentual de 80% das proteínas utilizadas para estabelecer 
estruturas tridimensionais registradas no prontuário de Protein Data Bank no ano de 
2003, foram através do sistema de expressão. (Sorensen and Mortensen, 2005). Uma 
alternativa para substituir o AMR, é o teste de ELISA indireto realizado com a LipL32 
recombinante. (Bomfim et al., 2005). Apresentando eficácia nos experimentos feitos 
com a LipL32, como imunógeno no controle da leptospirose e que a BCG 
recombinante também pode ser uma tática para a formulação de vacinas. (Seixas et 
al., 2007). 
 
b) ilustrações/fotos/imagens da técnica e dos equipamentos empregados; 
 
 
 
Figura 8 Dogma central da biologia molecular - Procariotos – A sequência do mRNA é igual 
à sequência do DNA genômico Adaptado de: MIYAMOTO. 
 
 
Figura 9 Dogma central da biologia molecular - Eucariotos superiores – O transcrito primário 
sofre processamento (perda dos introns), e somente os exons estão presentes no mRNA. 
Adaptado de: MIYAMOTO. 
 
 
Figura 10 Desenho esquemático de um plasmídeo de expressão mostrando as principais 
características: promotor forte, sítio de múltipla clonagem (SMC), origem de replicação (OR) 
e marcador genético (MG). Adaptado de: MIYAMOTO. 
 
 
 
Figura 11 Esquema do procedimento para expressão de proteínas recombinantes Adaptado 
de: MIYAMOTO. 
1.Cultura de E. coli, transformadas com plasmídeo de 
expressão, em meio semissólido, 2.Inoculação e crescimento 
(37° C), sob agitação, de algumas colônias em meio líquido rico, 
3. Indução com IPTG ou lactose em DO600 ideal – sistemas que 
utilizam RNA polimerase bacteriana, e – sistemas que utilizam 
T7 RNA polimerase. 4. Coleta das bactérias por centrifugação. 
 
 
 
 
Figura 12 Equipamentos: Agitador Multiplataformas, Banho Seco, Minicentrífuga, 
Micropipetas, Placas de Petri e Pipetas Sorológicas. FONTE: KASVI, 2017. 
 
c) relacionar aplicações na medicina veterinária. 
 
Um dos principais uso da Proteína recombinante na Medicina Veterinária é o 
desenvolvimento de vacinação, como o caso da imunização de bovinos; outro 
exemplo é o melhoramento animal, para torna-los com mais qualidade. 
 
2.1.4 PHAGE DISPLAY 
 
a) apresentação da técnica; 
De acordo com Smith (1985), a tecnologia dephage display teve um grandioso 
impacto na biologia celular e na imunologia, que resultou no descobrimento de 
algumas vacinas, fármacos e aprimoração nos testes diagnósticos em geral. Essa 
ferramenta permite a identificação de peptídeos ligantes dentro de uma variedade de 
moléculas, como o caso das imunoglobulinas que estão vinculadas na resposta imune 
aos agentes infecciosos (Blank et al, 1999). 
Essa técnica também é usada como revelação de vários tipos de interações na 
relação antígeno-anticorpo, na definição de epítopos para anticorpos monoclonais, 
seleção de substratos para enzimas e outras realizações (Kay et al, 1996). Além disso, 
a técnica desfruta de protocolos curtos de seleção, pois o sobrenadante das culturas 
infectadas pode ser usado direto no processo de seleção, dispensando a transferência 
para membranas que limitaram o número de clones e tornaram um processo mais 
complicado. (Brigido & Maranhão, 2002). 
A técnica phage display é utilizada para identificação e seleção de peptídeos, 
proteínas ou anticorpos para a finalidade de interesse. Dispõem-se de vírus de 
bactérias modificados geneticamente e fagos. (Smith, 1997). 
 
 
b) ilustrações/fotos/imagens da técnica e dos equipamentos empregados; 
 
 
 
Figura 13 Phage Display com o sistema Phagemid.FONTE: Carlos Henrique Rodrigues 
Gomes, 2018 
. 
 
E.coli são transformadas com o phagemid contendo a fusão 
ScFv-plll. Para a produção de particular virais, as células são co-
transfectadas com um fago auxiliar (helper phage) contendo 
todos genes necessários para a produção viral, mas deficiente 
na sua sequência de empacotamento. Desta forma, particular 
virais contendo plll selvagem e plll recombinantes, carregando o 
DNA simples fita do phagemid são produzidas. 
 
 
 
Figura 14 FONTE: Cusabio 
 
c) Relacionar aplicações na medicina veterinária. 
 
Phage Display é utilizada amplamente na biologia molecular, possibilitando isolar e 
selecionar vetores de clonagem elaborados da biblioteca genômica, através de fagos 
infeccionados filamentosos ou fagomídeos, que irá permitir o rastreamento dos clones. 
2.1.5 SEQUENCIAMENTO 
 
a) apresentação da técnica; 
 
Houve uma trajetória difícil de captar a sequência de nucleotídeos do DNA, 
entre os anos de 1800 e 1900 as moléculas consideradas importantes eram as 
proteínas e no ano de 1953 houve a primeira sequência proteica, no mesmo ano Crick 
e Watson apresentaram o modelo de dupla hélice do DNA, possibilitando que um novo 
estudo fosse realizado sobre a molécula de DNA (Watson e Crick, 1953). 
Essa dificuldade foi se desdobrando em torno de 1970 com a estudos de Alan 
Maxam e Walter Gilbert (respaldada em hidrólise química) e outro estudo feito por 
Frederick Sanger (respaldado em reações enzimáticas). Isso permitiu estabelecer a 
sequência de nucleotídeos de fragmentos maiores da molécula de DNA. Esses 
projetos revolucionaram o campo de pesquisas científicas e essas metodologias se 
espalharam pelo mundo, tornando-se base da Genômica (Sanger et al., 1977). 
 Esse método de sequenciamento, permite alcançar informações sobre a 
expressão gênica diferencial, função e estrutura dos genes, existência de elementos 
no genoma, genes obtidos por transferência lateral, diversidade genética, relações 
evolutivas e viabilizar a elaboração de mapas metabólicos (Nierman et al., 2000). 
 Animais domésticos que são alvo de interesse econômico já possuem maior 
parte do seu genoma sequenciado, animais de produção, como exemplo os os 
caprinos, foi uma das últimas a obter seu genoma sequenciado inteiramente pela 
tecnologia (Wade et al., 2009; Doan et al., 2012; Dong et al., 2012). A técnica segue 
sendo utilizada no sequenciamento de diversas espécies de animais já sequenciadas, 
com objetivo de desvendar variações no número de cópias, deleções, inserções e 
novos polimorfismos de nucleotídeo único, com intuito de de aprimorar a qualidade e 
quantidade de dados genômicos para essas espécies (Doan et al., 2012; Barris et al., 
2012). 
 
b) ilustrações/fotos/imagens da técnica e dos equipamentos empregados; 
 
 
Figura 15 Ilustração da técnica FONTE: BORGES-OSÓRIO 
 
 
Figura 16 Equipamentos utilizados: Micropipetas, Ponteiras e Microtubos FONTE: KASVI, 
2018. 
 
c) relacionar aplicações na medicina veterinária. 
 
A aplicação do Sequenciamento do DNA possibilita a identificação de bactérias 
e detecção de mutações, além de ser muito utilizado na indústria agropecuária, como 
a criação de suínos, bovinos, frangos, ovinos, equinos e caprinos. 
 
2.1.6 IMUNOFLUORESCÊNCIA DIRETA 
 
a) apresentação da técnica; 
 
A imunofluorescência direta (IFD) se baseia em uma reação antígeno-
anticorpo, que podem ser visualizadas e quantificadas por meio de marcadores, tanto 
para o antígeno quanto para o anticorpo, a IFD foi demonstrada pela primeira vez em 
1942, por Albert Coons, que fez a marcação de anti-pneumococos com fluoresceína 
em tecido pulmonar, depois na década de 60, foi introduzida a dermatologia, onde é 
amplamente usada até os dias atuais. (AOKI, 2010) 
 Segundo MEDINA (a técnica de IFD é simples e rápida, além de não exigir 
métodos elaborados para coleta, refrigeração, transporte e estocagem, tendo ainda o 
benefício de ser suficientemente sensível e específico. Para a imunofluorescência são 
usados corantes que absorvem luz ultravioleta e emitem luz visível, os fluorocromos, 
os mais utilizados são o isotiocianato de fluoresceína (FITC), que emite luz verde e a 
rodamina que emite luz vermelha, para se fazer a leitura são utilizados os 
microscópios de epi luminescência e confocal (AOKI, 2010). O corante se liga com um 
anticorpo, e então os locais de reação entre antígeno e anticorpo podem ser 
visualizados (LABPAC). 
 As amostras são de material não fixado de biópsias para demonstrar a 
presença de imunoglobulinas (LABPAC) podendo ser utilizadas amostras de 
secreções, urina, fezes e cortes de tecidos; as etapas para se fazer o exame são 
fixação em lâmina, tratamento com o anticorpo escolhido, incubação, lavagem para 
que o excesso de anticorpos não ligados seja removido, após isso é só fazer a 
visualização em microscópio fluorescente. (AOKI, ,2010) 
Existem três formas distintas de fluorescência: específica, não específica e 
autofluorescência. A específica deve-se à reação entre o substrato e a proteína 
marcada com o fluorocromo, é a reação antígeno-anticorpo. A fluorescência não 
específica é causada pela marcação dos tecidos por corante livre. A autofluorescência 
ocorre por fluorescência natural dos tecidos (amarela, azul), expostos à luz ultravioleta 
(AOKI, 2010). 
Além da imunofluorescência direta, existe a imunofluorescência indireta onde 
um anticorpo se liga ao antígeno de interesse, então um segundo anticorpo que 
contém o fluoróforo é adicionado e liga-se com o primeiro anticorpo, levando a 
emissão da luz colorida (ARGOS). 
 
b) ilustrações/fotos/imagens da técnica e dos equipamentos empregados; 
 
 
 
Figura 17 Representação esquemática do princípio geral da técnica de imunofluorescência. 
No exemplo, antígenos nucleares estão marcados positivamente com anticorpos marcados 
com um fluoróforo Alexa-fluor 488. 
Fonte: ARGOS PATOLOGIA 
 
 
 
Figura 18 Imunofluorescência direta Fonte: AOKI, 2010 
 
 
Figura 19 Microscópio Confocal Fonte: Central Analítica IQ-USP 
 
c) relacionar aplicações na medicina veterinária. 
 
 O teste de IFD, pode ser utilizado na veterinária para fazer o diagnóstico 
principalmente de dermatopatias, ou doenças como cinomose, leishmaniose e raiva, 
sendo pouco utilizado por conta da abertura a interpretação da pessoa que fará o 
laudo. (AOKI, 2010). 
 
3 CONCLUSÃO 
 O trabalho apresentou seis ferramentas moleculares, suas aplicações na 
medicina veterinária, imagens e ilustrações da técnica e dos equipamentos junto 
com um breve histórico e explicação do funcionamento das técnicas, elas são muito 
utilizadas na microbiologia, pois facilitam o diagnóstico de patologias além de 
auxiliaremna criação de vacinas e medicações. 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, Greyciele Rodrigues de et al. PHAGE DISPLAY E SUA APLICAÇÃO EM 
MEDICINA VETERINARIA. Centro Cientifico Conhecer, Enciclopedia Biosfera, 1 dez. 
2015. Ciencias Biológicas, p. 1-17. DOI 
 
AOKI, Valéria et al . Imunofluorescência direta e indireta. An. Bras. Dermatol., Rio de 
Janeiro, v. 85, n. 4, p. 490-500,. 2010 . 
 
CARUSO, Célia Sulzbacher. Clonagem, expressão e caracterização de proteínas 
recombinantes de Xylella Fastidiosa. Orientador: Dr. Emanuel Carrilho. 2007. 187 f. 
Tese (Doutorado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007. 
 
Conheça a técnica de PCR, suas aplicações e princípios, Kasvi, 2018. Disponível 
em:<https://kasvi.com.br/3-etapas-pcr/>, acesso em: 15/03/2021 
 
EXAMES REALIZADOS - Laboratório de Anatomia Patológica LABPAC, disponível 
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