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Relatório Tutorial - Tumor Hipofisário

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FACULDADE SANTA MARIA 
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA 
TUTORIA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABRIELA VIEIRA QUEIROGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO TUTORIAL: PACIENTE COM TUMOR HIPOFISÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAJAZEIRAS-PB 
2020 
GABRIELA VIEIRA QUEIROGA 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO TUTORIAL: PACIENTE COM TUMOR HIPOFISÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório referente ao curso Bacharelado 
em Medicina da Faculdade Santa Maria 
em cumprimento às exigências do 
componente modular Tutoria I. 
Professora: Marta Lígia Vieira Melo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. ANATOMIA DA HIPÓFISE 
A hipófise, ou glândula pituitária, consiste em uma estrutura ovoide, do tamanho de 
uma ervilha, que se fixa ao tubérculo cinéreo do hipotálamo através do infundíbulo. 
Localiza-se dentro da fossa hipofisária (sela túrcica) do osso esfenóide. O diafragma da 
sela de dura-máter apenas envolve parcialmente a glândula dentro da fossa, porque contém 
uma abertura para o infundíbulo. Um seio venoso separa a glândula do pavimento da fossa. 
Pode ser dividida duas partes principais: neuro-hipófise e adeno-hipófise. A neuro-
hipófise é um crescimento real do diencéfalo diretamente ligado ao hipotálamo. Ambas as 
partes incluem o infundíbulo. A neuro-hipófise incorpora o tronco do infundíbulo, que é 
uma continuação da eminência mediana do tubérculo cinéreo. Também contém o lobo 
posterior (neural). A adeno-hipófise pode ser separada na parte intermédia (a fronteira entre 
os dois lobos hipofisários) e na parte anterior (lobo anterior), ambos fazendo parte da 
adeno-hipófise, e contém, ainda, a parte tuberal, uma bainha vascularizada em torno do 
tronco do infundíbulo. A principal via neurossecretora através da neuro-hipófise tem 
origem nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo, e termina perto dos 
sinusoides do lobo posterior. Assim, os hormônios são liberados diretamente na circulação. 
Um outro grupo de neurônios que termina na eminência mediana e tronco infundibular 
libera os hormônios inibitórios e liberadores no sistema porta hipofisário, controlando, em 
última instância, a atividade secretora da adenohipófise. A hipófise armazena alguns dos 
hormônios que o hipotálamo produz antes de liberá-los no sangue. Dos dois lobos, o lobo 
anterior é maior, constituindo 75% da glândula. Este lobo também tem um papel maior na 
libertação de hormônios, embora o lobo posterior ainda faça algum trabalho. O lobo anterior 
secreta um total de 7 hormônios diferentes na corrente sanguínea, sendo eles o hormônio 
do crescimento (GH), que estimula o crescimento do tecido e a síntese de proteínas para 
reparação tecidual; hormônio estimulante da tireoide (TSH), que provoca a produção 
hormonal pela glândula tireoide; hormônio folículo-estimulante (FSH), que é responsável 
pela produção de estrogênio nas mulheres, bem como o desenvolvimento de oócitos (óvulos 
imaturos) e também estimula a produção de espermatozoides nos testículos; hormônio 
luteinizante (LH), que estimula a produção de estrogênio e progesterona nas mulheres e a 
produção de testosterona nos homens; prolactina (PRL), que estimula a produção de leite 
nas glândulas mamárias; hormônio adrenocorticotrófica (ACTH), que está envolvido na 
resposta ao estresse do organismo e leva a produção de cortisol no córtex suprarrenal; 
hormônio estimulante melanocítica (MSH), que pode causar escurecimento da pele. Por 
outro lado, o lobo posterior da hipófise está envolvido apenas na liberação de dois 
hormônios: oxitocina e hormônio antidiurético (ADH), também conhecido como 
vasopressina. A oxitocina tem um papel no parto, na produção de leite e no orgasmo e o 
ADH é importante na redução da perda de água, diminuindo a micção e a transpiração, e 
aumentando a pressão sanguínea. 
 
2. HISTOLOGIA DA HIPÓFISE: 
A hipófise se comunica com o hipotálamo pelo pedículo hipofisário, que é formado por 
vasos sanguíneos e axônios localizados no hipotálamo, o que constitui o sistema 
neuroendócrino, já que são células nervosas que secretam hormônios. A adenohipófise e 
a neurohipófise são unidas e encapsuladas em uma glândula única, que é constituída por 
tecido conjuntivo e é contínua com uma rede de fibras reticulares. Entretanto, como cada 
subdivisão tem uma origem embriológica diferente, os constituintes celulares e as funções 
de cada uma também são diferentes. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sangue
3. FISIOLOGIA DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
O hormônio do crescimento, também chamado de hormônio somatotrópico ou 
somatotropina exerce seu efeito sobre todos ou quase todos os tecidos do organismo. Ele 
provoca o crescimento de quase todos os tecidos do corpo que possuem essa capacidade. 
Dessa forma, esse hormônio age promovendo o aumento do tamanho das células e do 
número de mitoses, resultando em multiplicação e diferenciação específica. Por ter relação 
com toda essa reação no organismo, o hormônio do crescimento gera diversas alterações 
metabólicas. São elas: 
• Aumento da síntese de proteínas na maioria das células do corpo: Isso se dá 
devido ao aumento do transporte de aminoácidos para o interior das células e dos 
processos de tradução e transcrição, assim como a redução do catabolismo proteico. 
• Aumento da mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo 
• Aumento do nível de ácidos graxos no sangue 
• Aumento da utilização de ácidos graxos como fonte de energia: Sob o efeito do 
hormônio do crescimento, a gordura é utilizada como fonte de energia preferencial 
sobre carboidratos e proteínas. Tudo isso em conjunto com o aumento da síntese 
proteica leva ao aumento da massa magra. No entanto, o processo de utilização de 
gordura como fonte principal de energia necessita que o organismo seja sujeito a 
horas sob efeito desse hormônio, enquanto para a síntese proteica baste apenas 
alguns minutos de ação hormonal. Em caso de haver quantidade excessiva do 
hormônio do crescimento, a mobilização de gordura fica tão elevada que grande 
quantidade de ácido acetoacético é produzida pelo fígado e liberada nos líquidos 
orgânicos, formando um quadro denominado cetose. Também pode haver, diante 
desse quadro, deposição de gordura no fígado. 
• Redução da utilização de glicose pelo organismo: Ocorre diminuição da 
produção de glicose pelos tecidos e aumento da produção de glicose pelo fígado, 
bem como da secreção de insulina. O hormônio do crescimento é chamado de 
diabetogênico pelo efeito de resistência insulínica que provoca para estimular a 
captação e a utilização de glicose pelos músculos esqueléticos e tecido adiposo. O 
excesso desse hormônio pode levar a condições semelhantes às encontradas nos 
pacientes portadores de diabetes do tipo II. A atividade específica da insulina nesse 
processo e o aumento da disponibilidade de carboidratos são imprescindíveis para 
a eficácia de seu efeito. 
• Crescimento das cartilagens e dos ossos: Aumento da deposição de proteínas 
pelas células osteogênicas e condrócíticas, aumento da reprodução celular, 
conversão de condrócitos em células osteogênicas e consequente deposição óssea. 
Portanto, como reação metabólica, ocorre aumento da quantidade de proteína no corpo, 
consumo das reservas de gordura e conservação dos carboidratos. 
A somatotropina exerce grande parte de seus efeitos por meio de substâncias chamadas 
“somatomedinas”. Sua secreção é regulada da seguinte forma: 
• Após a adolescência sua secreção vai diminuindo gradativamente, chegando a 25% 
do que era em idosos 
• O padrão de secreção é pulsátil. Aumenta e diminui no decorrer do dia. 
• Fatores que aumentam sua concentração: 
o Jejum 
o Hipoglicemia ou baixa concentração de ácidos graxos no sangue 
o Exercício 
o Excitação 
o Trauma 
o Grelina (hormônio secretado pelo estômago antes das refeições) 
o Durante as duas primeiras horas de sono profundo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
LIM,Chung Thong; KORBONITS, Márta. UPDATE ON THE 
CLINICOPATHOLOGY OF PITUITARY ADENOMAS. Endocrine Practice, [S.L.], 
v. 24, n. 5, p. 473-488, maio 2018. AACE Corp (American Association of Clinical 
Endocrinologists). http://dx.doi.org/10.4158/ep-2018-0034. 
MELMED, Shlomo. Pituitary Tumors. Endocrinology And Metabolism Clinics Of 
North America, [S.L.], v. 44, n. 1, p. 1-9, mar. 2015. Elsevier BV. 
http://dx.doi.org/10.1016/j.ecl.2014.11.004. 
HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 1176 
p. 
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2014 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2017. 538 p. 
 
 
http://dx.doi.org/10.4158/ep-2018-0034

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