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Controle da Volemia e Osmolaridade Sanguínea A volemia e a osmolaridade sanguíneas são conceitos diferentes e, por isso, possuirão mecanismos de controles independentes. ➢ Regulação da osmolaridade sanguínea: controla o conteúdo de água no organismo. Alterações detectadas por osmorreceptores. ➢ Regulação da volemia: controla o conteúdo de NaCl no organismo. Alterações captadas por barorreceptores. Um aumento de sódio no organismo leva ao aumento da volemia. A correção da volemia é o estímulo à diurese. A alteração do balanço de sódio não é detectada em si, mas seu efeito no volume circulatório efetivo. Dessa forma, modificações na pressão arterial sinalizam para os rins modificarem a excreção de sódio. Sensores: ➢ Barorreceptores arteriais de alta e baixa pressão (arco aórtico e seio carotídeo, AD e artéria pulmonar). Desencadeiam respostas nervosas (SN simpático). ➢ Barorreceptores renais na arteríola aferente. Desencadeiam respostas hormonais, como o sistema renina- angiotensina-aldosterona. o Barorreceptores intra-renais: detectam quando há baixa perfusão sanguínea na arteríola aferentes e respondem com a liberação de renina (cliva angiotensinogênio). ➢ Atividade simpática ➢ Sistema renina-angiotensina-aldosterona ➢ ADH ➢ Peptídeos natriuréticos atriais Esses eixos são interligados e se influenciam para executar as ações no sistema renal. Retenção de sódio e água para aumentar o volume circulatório. Aumento da diurese e perda de sódio na urina quando é preciso diminuir a volemia. 1) Atividade simpática Inervação das células da mácula densa. Efeitos: vasoconstrição, liberação de renina, diminuição na taxa de filtração e na carga filtrada de sódio, aumento da reabsorção de sódio no túbulo proximal. 2) Sistema renina-angiotensina-aldosterona Angiotensinogênio: proteína produzida pelo fígado ECA: enzima conversora de angiotensina, presente no endotélio, principalmente nos vasos pulmonares. Angiotensina II nos rins exerce efeitos sobre a função renal, pois estimula as adrenais a secretarem aldosterona. Efeitos: vasoconstrição periférica, maior reabsorção de sódio (maior atividade do NHE3), diminuição do fluxo renal (vasoconstrição das duas arteríolas). Efeito indireto pelo estímulo à secreção de aldosterona e ADH. Aldosterona é um hormônio produzido pelo córtex das adrenais e atua principalmente sobre a reabsorção de sódio pelo túbulo distal e ductos coletores {e consequente secreção de K). Sua secreção é estimulada pela angiotensina II e pelo aumento dos níveis sanguíneos de K. Entra na célula principal do ducto coletor pela membrana basolateral e ativa seu receptor intracelular. Estimula a síntese dos canais ENaC. Outro efeito da aldosterona é o de aumentar a secreção de H+. 3) ADH Ação estimulada pela queda da volemia e pela angiotensina II. Efeito: aumento da permeabilidade à água nos ductos coletores. 4) Peptídeos natriuréticos Têm sua ação estimulada pelo aumento da volemia e pela distensão dos átrios e ventrículos. O principal peptídeo natriurético é o atrial (PNA), os quais são liberados pelos miócitos atriais (atuam como sensores de volume). A distensão dos ventrículos promove a secreção do PNC (cerebral). Efeitos: vasodilatação da arteríola aferente (aumenta a taxa de filtração glomerular), inibição da reabsorção de sódio nos ductos coletores, maior excreção de sódio e água (diminuição de volemia) O PNA inibi a secreção de renina e de ADH. O aumento na pressão arterial nos capilares peritubulares causada por uma expansão de volume {aumento da pressão hidrostática} dificulta a entrada (reabsorção) de sódio e água → natriurese pressórica e diurese pressórica. Em uma situação de contração de volume, a força hidrostática nos capilares peritubulares diminui, o que favorece a reabsorção de água e sódio. As forças de Starling determinam a pressão efetiva de filtração nos capilares glomerulares. A sinalização de hormônios alterando a resistência das arteríolas vai então modificar a pressão hidrostática, e com isso, modificar a taxa de filtração glomerular. Ex: O PNA promove vasodilatação da arteríola aferente, o que aumenta a pressão hidrostática nos capilares glomerulares. Esse aumento na pressão hidrostática provoca um aumento na taxa de filtração. A aldosterona aumenta a secreção de H+ por aumentar diretamente a atividade das bombas de H+ nas células intercalares alfa e também da forma indireta, pela ação da aldosterona sobre as células principais aumentando a reabsorção de Na+ e consequentemente a secreção de K+. Com isso, mais K+ na luz do ducto coletor levará a um aumento da atividade do antiporte K+/H+, o que produz uma maior secreção de H + pelas células intercalares. Como exemplo: o hiperaldosteronismo, que é uma doença endócrina com aumento na produção de aldosterona, leva a alcalose sanguínea.
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