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Ação de Interdito Proibitório - (Rhuan Francisco)

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P á g i n a | 1 
 
 
 
 
AO JUÍZO DA ___ VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DO RIO DE 
JANEIRO/RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VICTOR BELFORT, brasileiro, solteiro, (profissão), portador da Cédula de 
Identidade RG n. (...) e inscrito no Cadastro das Pessoas Físicas (CPF) sob o n. (...), usuário do 
endereço eletrônico (e-mail desconhecido), residente e domiciliado à Av./Rua (...), (número), 
(bairro), Rio de Janeiro/RJ, vem, respeitosamente, por intermédio de seu advogado, com 
endereço profissional sito a Rua (endereço completo), à presença de Vossa Excelência, pelo 
procedimento especial, com fundamento nos arts. 554 e seguintes do Código de Processo Civil 
de 2015, propor a presente: 
 
AÇÃO DE INTERDITO PROIBITÓRIO 
 
ANDERSON SILVA, brasileiro, (estado civil), (profissão), portador da Cédula de Identidade 
RG n. (...) e inscrito no Cadastro das Pessoas Físicas sob o n. (...), usuário do endereço 
eletrônico (e-mail desconhecido), residente e domiciliado à Av./Rua (...), (número), (bairro), 
Nova Friburgo/RJ; 
 
 Pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: 
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1 – DOS FATOS 
 
 Victor Belfort, Requerente, é natural de Palmas/TO, mudou-se para o Rio de Janeiro/RJ, 
com o objetivo de procurar novas oportunidades de trabalho. Desfez-se de todos os seus bens e 
imóveis e foi em direção a capital carioca. 
 O Requerente embarcou na capital fluminense, em julho de 2009. Posteriormente, 
começou a buscar lugar para estabelecer morada, encontrou-se com Anderson Silva, Requerido, 
que vendeu sua pequena casa, num terreno, aproximadamente, de 200 metros quadrados, perto 
do centro da cidade mencionada, entregando um recibo com o valor do terreno ao Requerente. 
 O Autor mora no imóvel até a presente data, março de 2017, sempre quitou todos os 
seus gastos. Vale evidenciar, a vizinhança do Requerente: do lado direito, Brad Pitt; do 
esquerdo, Leonardo DiCaprio; e, aos fundos, Jhonny Deep. 
 No entanto, o Requerido, atualmente, mora em Nova Friburgo/RJ, acaba por adquirir 
altas dívidas e, vendo-se em uma ocasião de sério risco, começou a incomodar o Requente, 
falando para toda a vizinhança que ele que é o dono do terreno, bastando, somente, verificar a 
escritura do imóvel, registrada em cartório, desde 1990. 
 Em razão de todos esses fatos, o Autor decidiu buscar uma solução recorrendo à tutela 
jurisdicional do Estado por meio da presente ação. 
 
2 – DA TUTELA PROVISÓRIA 
 
 Para a concessão da tutela antecipada far-se-á necessário a comprovação da 
verossimilhança das alegações, a partir da fumaça do bom direito e do perigo da demora. 
 O fumus boni iuris e o periculum in mora estão demonstrados nas ameaças proferidas 
pelo Requerido, pois, está a falar para toda a vizinhança que é o proprietário do terreno, pois 
detém a escritura do imóvel, que fora registrada no cartório, desde o ano de 1990. 
 Entretanto, o Requerente possui o recebido desde a época que adquiriu o terreno – ano 
de 2009. 
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 Por se tratar de posse velha, pois ultrapassou o prazo de ano e um dia, o deferimento da 
medida liminar com amparo no referido art. 562 não será mais possível, podendo, todavia, o 
demandante, lançar mão da tutela provisória prevista nos arts. 294 ao 311do CPC/2015. 
 
3 – DO DIREITO 
 
3.1 DA POSSE 
 
 O conceito de posse e sua estrutura sempre geraram dúvidas entre os cientistas do 
Direito. Nas palavras de Flávio Tartuce: “A posse é o domínio fático que a pessoa exerce 
sobre a coisa. Ora, se o Direito é fato, valor e norma, logicamente a posse é um componente 
jurídico, ou seja, um direito” (TARTUCE, 2020, p. 1.307). Grifei 
 Nesse sentido, Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona (2020) pontuam que: “A posse é uma 
circunstância fática tutelada pelo Direito. Vale dizer, é um fato, do qual derivam efeitos de 
imensa importância jurídica e social (GAGLIANO; PAMPLONA, 2020, p. 1.533). Grifei 
 Vale dizer, a posse se explica e se justifica pela sua própria função social, e não, 
simplesmente, pelo mero viés do interesse pessoal daquele que a exerce. 
 Nessa linha funcional, dispõe o Enunciado n. 492 da V Jornada de Direito Civil: “A 
posse constitui direito autônomo em relação à propriedade e deve expressar o 
aproveitamento dos bens para o alcance de interesses existenciais, econômicos e sociais 
merecedores de tutela”. Grifei 
 
3.1.1 Momento de aquisição da posse 
 
 Sobre o tema, dispõe o art. 1.204 do Código Civil/2002: 
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o 
exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. Grifei 
 
 Ao fazermos uso do mesmo diploma legal, no art. 1.228 que diz que o proprietário é o 
sujeito que usa, goza, dispõe ou pode reaver a coisa. 
• Usar é servir-se das utilidades da coisa, direito de uso; 
P á g i n a | 4 
 
 
 
• Gozar a coisa é receber os frutos; 
• Dispor, em regra, é o direito de se desfazer da coisa: vender, doar, destruir, abandonar, 
dar em garantia ou pagamento, e 
• Reaver é o direito de ir atrás, o direito de retomar a coisa. 
 De forma simplória, a posse é a exteriorização da propriedade, ou seja, o possuidor é 
aquele que age como se fosse proprietário. 
 
3.1.2 Efeitos da posse 
 
 O Código Civil de 2002, entre os seus arts. 1.210 a 1.222, traz regras quanto aos efeitos 
da posse (Capítulo III, Título I, Livro III). Essas regras têm caráter material e processual 
(TARTUCE, 2020). 
 A usucapião; a percepção dos frutos e produtos; responsabilidade pela perda ou 
deterioração da coisa; indenização pelas benfeitorias realizadas, e a proteção possessórias são 
alguns dos efeitos trazidos pela codificação civil brasileira. 
 
3.1.3 Interditos possessórios 
 
 “Os interditos possessórios são as ações possessórias diretas. O possuidor tem a 
faculdade de propor essas demandas para manter-se na posse ou para que esta lhe seja 
restituída” (TARTUCE, 2020, p. 1.333). 
 Nas palavras de Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona (2020), há 03 (três) demandas 
possessórias: 
a) a ação de reintegração de posse — em caso de esbulho (privação ou 
perda da posse); 
 
b) a ação de manutenção de posse — em caso de turbação (embaraço 
ou perturbação da posse); 
 
c) o interdito proibitório — em caso de ameaça à posse. Grifei 
 
P á g i n a | 5 
 
 
 
 As 03 (três) medidas cabíveis são autorizadas pelo art. 1.210, caput, do Código Civil de 
2002, que, dessa forma, dispõe: 
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de 
ser molestado. Grifei 
 
 Nota-se, com isso, que o legislador pretendeu consagrar um sistema normativo dotado 
de eficiência e efetividade, visando a proteger o direito daquele que, de fato, teve a sua posse 
agredida. 
 
3.1.4 Interdito proibitório 
 
 O Requerente tem a posse justa, pois é proveniente da aquisição do imóvel. Até o 
momento, não há esbulho ou turbação. Entretanto, as ameaças do Requerido foram proferidas, 
perante inúmeras testemunhas (vizinhos), conforme documentos anexos. 
 Como se pode perceber, no caso de ameaça, a ação de interdito proibitório visa à 
proteção do possuidor de perigo iminente. 
 Salientando anteriormente, o artigo 1.210 do Código Civil defende proteção ao 
possuidor ameaçado, cujo procedimento é regulado pelo Código de Processo Civil nos artigos 
567 e 568. 
 
4 – DO PEDIDO 
 
 Diante de todo o exposto, REQUER: 
 
a) A concessão da Tutela Provisória de Urgência, inaudita altera pars, uma vez 
demonstrado o cumprimento de seus requisitos, nos termos do art. 300 e seguintes do 
Código de Processo Civil; 
 
b) A citação do réu para que, querendo, apresente resposta no prazo legal, sob pena de 
sujeitar-se aos efeitos da revelia; 
 
P á g i n a | 6 
 
 
 
c) O autor, desde já, nos termos do art. 334 do Código de Processo Civil,manifesta 
interesse em autocomposição, aguardando a designação de audiência de conciliação; 
 
d) Fixação de pena pecuniária no caso de transgressão do preceito (esbulho ou turbação); 
 
e) Fungibilidade das possessórias, fazendo uso do art. 554, CPC/15, se porventura ocorrer 
esbulho ou turbação; 
 
f) Condenação do requerido ao pagamento de custas e honorários. 
 
5 – PROVAS 
 
 Protesta por provar o alegado através de todos os meios de prova em direito admitidos, 
em especial pela produção de prova documental, testemunhal, além da juntada de novos 
documentos e demais meios que se fizerem necessários. 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). (valor estipulado para fins de 
distribuição) 
 
 
 
 Nesses termos, pede deferimento. 
 Local ..., data ... 
 
 
 
 
______________________________________________ 
Advogado – (Rhuan Francisco de Souza, aluno do NPJ) 
OAB ...

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