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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __. ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO – FORO CENTRAL 
 
(Espaço de aproximadamente 5 linhas) 
 
NOME DO RÉU, qualificado na inicial, por seu advogado (Procuração – 
doc. 01), nos autos da AÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM, que lhe move 
NOME DO AUTOR, vem respeitosamente, à presença de V. Exa., para, com 
fundamento nos arts. 336 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar sua 
 
CONTESTAÇÃO, 
 
pelo que expõe e requer a Vossa Excelência o seguinte. 
 
I – RESUMO DA INICIAL 
1. O Autor propôs a presente ação alegando ser credor da importância de R$ 
XX, em razão de empréstimo feito ao Réu, em moeda corrente do país, cujo pagamento 
prometido para 01 de janeiro do corrente ano não foi realizado. 
2. Requerendo provar o alegado por todos os meios em direito admitido, pede 
o Autor a condenação do Réu ao pagamento do principal, mais as cominações legais, 
inclusive os honorários advocatícios. 
 
II – EM PRELIMINAR 
 
a) Inexistência de citação 
3. Sabe-se que a citação do Réu é indispensável para a validade do processo, 
como dispõe o art. 239 do Código de Processo Civil. Sem a citação do Réu, não estará 
formada a relação jurídica processual, não sendo válido o processo em relação a ele. 
4. Ocorre que, apesar de constar do processo certidão do Sr. Oficial de Justiça 
afirmando ter realizado a citação do Réu, na verdade, a pessoa citada é homônimo seu. 
5. Apesar de inexistir citação válida do Réu, comparece ele, todavia, neste 
ato, suprindo a alegada falta, dando-se, assim, por citado, mas ficando, no entanto, 
esclarecido que nenhum prazo estava correndo contra ele, nem qualquer eventual 
preclusão nesse sentido pode ser alegada. 
 
 b) Nulidade da citação 
6. É nula a citação feita ao Réu, eis que foram desobedecidas as prescrições 
legais específicas. 
7. Dispõe o art. 280 do Código de Processo Civil, que: “Art. 280. As citações 
e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais.” 
8. No caso presente, o Réu foi citado apesar de seu grave estado de 
enfermidade. Verifica-se pelo atestado médico juntado (doc. n.), que o Réu se encontra 
sob intenso tratamento médico, em razão de grave acidente do qual foi vítima. 
9. Inobstante, assim mesmo foi realizada a citação do Réu, em desrespeito ao 
art. 244, IV, da Lei Processual, que diz: “Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar 
o perecimento do direito: (...) IV – de doente, enquanto grave o seu estado”. 
10. Não sendo o caso de citação para evitar o perecimento do direito, o ato 
deve ser declarado nulo, o que se espera e requer o Réu a V. Exa. 
 
c) Incompetência absoluta 
11. Esse MM. Juízo, para o qual a presente ação foi dirigida, é absolutamente 
incompetente para o exame e processamento da causa. 
12. Ocorre que o Réu é empregado do Autor e a importância que se reclama 
em pagamento a título de empréstimo nada mais é do que adiantamento de salário 
resultante de relação empregatícia. 
13. Consequentemente, por se tratar de questão disciplinada na Consolidação 
das Leis do Trabalho, o Juízo competente para a apreciação do litígio é a Justiça do 
Trabalho por meio de uma de suas Varas Trabalhistas, e não o Juízo Cível. 
14. Por tais motivos, o Réu pede a V. Exa. que se digne de acolher a presente 
arguição, remetendo, assim, os autos ao Juízo competente, que, no caso, é o da Justiça do 
Trabalho, condenando o Autor nas custas. 
 
c.1) Incompetência relativa 
15. O Autor, promoveu a apresente demanda com a finalidade de reivindicar 
a propriedade do imóvel descrito na petição inicial, localizado na Comarca de Taubaté, 
objetivando o cancelamento de registro de imóvel havido em nome do Réu. 
16. Todavia, o Autor endereçou a demanda ao Foro da Comarca de São Paulo, 
justificando tal escolha de foro no fato de que existe cláusula contratual elegendo a 
Comarca da Capital como a única competente para o julgamento de causas relativas ao 
compromisso de compra e venda assinado entre as partes. Pela matéria, os Juízos se 
dividem em: a) Justiça Federal: Penal, Cível, Previdenciária, Execução Fiscal; b) 
Estadual: Cível, Família, Penal, Execução Fiscal, Registros Públicos, Falência e 
Recuperação Judicial, Fazenda Pública, Acidentes do Trabalho etc. Pela hierarquia, os 
Juízos se dividem em graus ou instâncias. A esse respeito, o art. 47, § 1.º, do CPC, a 
seguir transcrito, determina: 
 
“Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o 
foro de situação da coisa. § 1.º O autor pode optar pelo foro de domicílio do 
réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, 
vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra 
nova. (...)”. 
 
17. Como se vê, o artigo anteriormente transcrito prevê que o local de situação 
do imóvel é o competente para as ações dele decorrentes, excluindo, expressamente, a 
utilização do foro de eleição quando a ação versar sobre o direito de propriedade. 
18. Dessa forma, deve ser acolhida a presente exceção de incompetência para 
que os autos sejam remetidos ao Juízo do Foro da Comarca onde está localizado o bem, 
ou seja, na Comarca de Taubaté. 
 
d) Incorreção ao valor da causa 
19. O Autor promoveu ação de despejo em face do Réu, em síntese, por 
entender que houve descumprimento das cláusulas do contrato de locação, cujo valor 
mensal da locação é de R$ 500,00 (quinhentos reais). 
20. Para tanto, o Autor deu à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais), 
sob a alegação de que o valor era apenas para efeitos fiscais ou de alçada. 
21. No entanto, com base no disposto no art. 58, III, da Lei 8.245/1991, o 
valor da causa deveria corresponder a doze vezes o valor do aluguel, ou seja, o valor de 
R$ 6.000,00 (seis mil reais), valor sobre o qual incidiriam as custas judiciais e eventual 
condenação do Autor em pagamento de honorários advocatícios de sucumbência. 
22. Por tais razões, requer seja acolhida a presente impugnação, para que o 
valor da causa seja fixado em R$ 6.000,00 (seis mil reais), devendo ser imposto ao autor 
a complementação das custas. 
 
e) Inépcia da inicial 
23. É inepta a petição inicial, eis que o Autor expôs os fatos e fundamentos 
jurídicos do pedido, mas não concluiu sua exposição dizendo o que pretende, de forma 
que não é possível ao Réu contestar a ação, pois não lhe foi dado conhecer a pretensão do 
Autor. 
24. Não disse o Autor se quer a constituição ou desconstituição de uma 
relação jurídica, sua declaração de existência ou inexistência ou então a condenação do 
Réu. 
25. Sem pedido, a petição é inepta, nos termos do art. 330, § 1.º, I, do CPC, 
devendo ser extinto o processo, por ausência de pressuposto de desenvolvimento válido 
e regular do processo, condenando-se o réu nas custas processuais e nos honorários de 
advogado. É o que o Réu requer a V. Exa. 
 
f) Perempção 
26. O presente processo não pode prosseguir em seu curso, pois ocorreu a 
perempção da ação, em vista de ter sido ela proposta pela quarta vez, sendo que nas três 
vezes anteriores o Autor abandonou o processo por mais de 30 dias, dando motivo a sua 
extinção sem resolução do mérito. 
27. Em razão disto, não lhe é possível ingressar em Juízo contra o Réu com o 
mesmo objeto, devendo ser extinto o processo com fundamento no art. 485, V, do Código 
de Processo Civil, condenando-se o Autor nas custas e nos honorários do advogado do 
Réu. 
 
g) Litispendência 
28. Dispõe o art. 337, § 3.º, da Lei Processual, que ocorre a litispendência 
quando se repete a ação que está em curso. 
29. Acontece que o Autor sendo demandado pelo Réu em outro processo, em 
curso perante o Juízo da 19.ª Vara Cível de São Paulo, apresentou em Reconvenção 
fundamentos jurídicos de cobrança da mesma importância que pretende nesta ação. Como 
prova do alegado, o Réu junta Certidão do Cartório daquele Juízo (doc.n.), pelo que se 
verifica que a mesma ação se repete neste Juízo. 
30. Assim sendo, não podendo prosseguir duas ações entre as mesmas partes 
e sobre o mesmo objeto, deve ser extinto o processo cuja ação distribuída posteriormente 
enseja litispendência. 
31. Espera, assim, o Réu, seja extinto o processo sem resolução do mérito, 
conforme dispõe o art. 485, V, do Código de Processo Civil, com a condenação do Autor 
nas custas do processo e nos honorários advocatícios. 
 
h) Coisa Julgada 
32. Ocorre a coisa julgada, nos termos do § 4.º do art. 337 do Código 
Processual, quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba mais 
recurso. 
33. A presente ação é repetição de outra proposta pelo Autor, perante este 
mesmo Juízo, cuja sentença lhe foi desfavorável, decorrendo o prazo para recurso sem 
manifestação oportuna do Autor, permitindo, assim o trânsito em julgado da decisão. 
Certidão do Cartório ora juntada (doc. n.). 
34. Pretendendo novamente discutir questão já decidida, encontra o Autor o 
óbice da coisa julgada, ora arguida, pelo que pede o Réu se digne V.Exa. a acolher esta 
preliminar, extinguindo o processo sem resolução de mérito, nos precisos termos do art. 
485, V, do Código de Processo Civil, com a condenação do Autor nos honorários 
advocatícios e nas custas do processo. 
 
i) Conexão 
35. É oportuno levar ao conhecimento desse Juízo que está em curso ação 
declaratória proposta pelo ora Réu contra o ora Autor, perante o MM. Juízo da 3.ª Vara 
da Comarca de Limeira, pela qual o ora Réu pretende a declaração de inexistência da 
relação jurídica do empréstimo, cuja cobrança é objeto da presente ação. Certidão nesse 
sentido é juntada como documento desta contestação (doc. n.). 
36. Havendo, portanto, conexão pela causa de pedir, a reunião das ações fica 
requerida pelo Réu, com o fim de serem decididas simultaneamente, evitando-se, assim, 
eventualmente decisões contraditórias. 
 
j) Incapacidade de parte 
37. Ocorre no processo a incapacidade processual do Réu, eis que se trata de 
pessoa menor de idade. Toda pessoa tem capacidade para estar em Juízo, na defesa de 
seus direitos e interesses, todavia o menor de idade deve estar em juízo representado ou 
assistido por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil. 
38. No presente caso, o Autor é menor de 18 e maior de 16 anos, devendo, 
portanto, ser assistido por seu responsável, sendo que este deveria ter outorgado a 
procuração a seu advogado e comparecer a juízo representando o Autor. 
39. Havendo, assim, incapacidade processual, o Réu pede a V. Exa. que se 
digne a suspender o processo, nos termos do art. 76 do Código de Processo Civil, 
marcando ao Autor prazo para sanar o defeito, sob pena de nulidade do processo e sua 
consequente extinção sem resolução do mérito, tudo como dispõe o art. 485, IV 
combinado com o § 1.º, I do art. 76, ambos da Lei Processual em vigor. 
 
k) Defeito de representação 
40. A representação do Autor se acha com duplo defeito. 
41. Em primeiro lugar, o Autor é comerciante individual que se encontra em 
estado falimentar, razão pela qual deveria estar representado em juízo pelo administrador 
judicial da massa falida. 
42. Em segundo lugar, há defeito de representação do Autor por falta de 
capacidade postulatória de seu advogado. Com efeito, verifica-se pela Certidão da Ordem 
dos Advogados do Brasil – Seção de São Paulo que o procurador do Autor, para o 
processo, não se encontra inscrito naquela entidade. 
43. Consequentemente, o Réu pede a V. Exa. que se digne a suspender o 
processo, nos termos do art. 76 da Lei Processual, a fim de que o Autor regularize sua 
representação, sob pena de ser extinto o processo, como determina o inc. I do § 1.º do 
mesmo dispositivo, cumulado com o art. 485, IV, do CPC. 
 
l) Falta de autorização 
44. Por versar a presente ação a respeito de bens imóveis deveria o Autor 
ingressar em juízo acompanhado de seu cônjuge ou exibindo autorização deste, como 
dispõem os arts. 73 e 74 do Código de Processo Civil. 
45. Não suprida a falta, o processo deverá ser extinto nos termos do art. 485, 
IV, da mesma Lei Processual, o que espera e requer o Réu. 
 
m) Compromisso arbitral 
46. Compete ao Réu levar ao conhecimento de V.Exa. que Autor e Réu, nos 
termos da Lei 13.129/2015, firmaram compromisso arbitral e entregaram a 
responsabilidade da solução da pendência a árbitros por eles nomeados (doc. n. ). 
47. Acontece que o Autor, sentindo que poderia obter resultados contrários a 
seus interesses se deixasse a decisão da controvérsia aos árbitros nomeados, resolveu 
ingressar em juízo propondo a presente ação para obter a prestação jurisdicional que as 
partes esperavam do juízo arbitral. 
48. Ocorre, porém, que a existência de compromisso arbitral sobre o objeto 
da ação judicial proposta impede o prosseguimento e julgamento desta última, conforme 
dispõe o art. 485, VII, tenha ele ocorrido no curso da ação ou mesmo antes dela proposta. 
49. Por esse motivo, o Réu pede a V.Exa. que se digne a decretar a extinção 
do processo sem resolução do mérito, condenando o Autor nas custas do processo e nos 
honorários de advogado. 
 
n) Falta de caução 
50. O Autor ingressou em juízo se declarando brasileiro e residente em São 
Paulo. 
51. No entanto, conforme se verifica pelo anexo de emissão do Consulado 
Britânico (doc. n.), o Autor é residente em Londres, na Capital da Inglaterra há mais de 3 
anos, não mais tendo residência fixa no Brasil. 
52. Nessas circunstâncias competia ao Autor, como dispõe o art. 83 do 
Código de Processo Civil, prestar caução suficiente às custas do processo e aos honorários 
de advogado, para a eventualidade da ação lhe ser julgada desfavoravelmente. Não 
prestada a caução o processo será extinto sem resolução do mérito, com fundamento no 
art. 485, X, do CPC, com a condenação do Autor nas custas e nos honorários de advogado. 
 
o) Falta de interesse processual 
53. O Autor é carecedor de ação contra o Réu, por lhe faltar interesse 
processual. 
54. De fato, não pode o Autor propor a presente ação, eis que a alegada data 
de vencimento da dívida ainda não ocorreu. No início da contratação, as partes 
estipularam o dia 10 de maio de 2011, para o pagamento do empréstimo realizado. 
Todavia, em razão da intervenção do Sr. NOME, figurando com garantidor em favor do 
Réu, as partes, de comum acordo marcaram o vencimento da dívida para o dia 10 de junho 
de 2013, termo esse que ainda não se verificou, razão pela qual falta ao Autor interesse 
processual em relação ao Réu. 
55. Na verdade, sem que vença a dívida, não pode o Autor ingressar em 
juízo, pois seu direito subjetivo de ação não nasceu ainda. Portanto, seu ato de vir a juízo 
não está revestido dos caracteres de utilidade e necessidade que somente ocorreriam se e 
quando a dívida vencer e não for paga pelo Réu, fato esse que não se verificou. 
56. Consequentemente, faltando ao Autor o interesse processual, deve o 
processo ser extinto sem resolução do mérito, como dispõe o art. 485, VI, da Lei 
Processual, com a condenação do Autor nas custas do processo e nos honorários de 
advogado. 
 
p) Ilegitimidade de parte 35 
57. O Réu é parte ilegítima para ser demandado, eis que não é titular da 
obrigação de pagar a que se refere o Autor. 
58. Não foi contratado com o Réu nenhum empréstimo em dinheiro no 
montante mencionado na inicial. 
59. O Réu serviu apenas de intermediário entre o Autor e TERCEIRO, sendo 
certo que este último foi o beneficiário do empréstimo, e não o Réu, que apenas 
aproximou os dois para o negócio. Não sendo o titular da obrigação de pagar, não pode o 
Réu ser acionado, sendo, isto sim, parte ilegítima neste processo. Prova é feita com a 
juntada do comprovante de ter o Réu recebido comissão na intermediação do negócio 
(doc. n.). 
60. Dessa forma, o Réu indica como sujeito passivo da relaçãojurídica 
(nome), requerendo assim, a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos 
do art. 485, VI, do CPC devendo o autor ser condenado ao pagamento das despesas e 
honorários advocatícios nos termos do art. 338, parágrafo único, do CPC. 
 
q) Indevida concessão dos benefícios da justiça gratuita 
61. O Autor, quando da propositura da ação requereu na petição inicial os 
benefícios da assistência judiciária gratuita, afirmando ser pessoa pobre e que não tem 
condições financeiras para arcar com as custas e demais despesas processuais do presente 
feito, sendo concedida de plano a gratuidade por este juízo. 
62. No entanto, como será demonstrado a seguir, o Réu não é pessoa pobre e, 
na verdade, tem condições para custear as despesas processuais da lide em questão. 
63. Inicialmente, cumpre ressaltar que o Réu é empresário e sócio de grande 
rede de lojas, recebendo, mensalmente, pro labore no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais), conforme documentação que restou juntada à petição inicial da ação de alimentos 
(ou, se for o caso, juntar na impugnação). 
64. Como se sabe, a situação de pobreza deve ser analisada sob o caso em 
concreto, para o fim de verificar se a parte terá condições de arcar com as despesas de 
processo determinado, sem que tal gasto importe em prejuízo alimentar próprio ou de sua 
família. 
65. No caso em questão, as despesas deste processo não são elevadas a ponto 
de comprometer o sustento do Réu. Ademais, ele sustenta posição econômica de alto 
padrão, com viagens internacionais, compra de veículos etc. (descrever os bens e hábitos 
da parte), sendo medida de rigor a imediata revogação do benefício concedido. 
66. Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência a revogação dos benefícios 
da assistência judiciária gratuita concedidos ao Réu, devendo o Autor arcar com as custas 
que deixou de adiantar, bem como condená-lo à litigância de má-fé prevista no art. 100, 
parágrafo único, do CPC. 
 
III – MÉRITO 
67. Caso V.Exa. não entenda por bem acolher quaisquer das alegações feitas 
em preliminares, no mérito, o pedido da ação deverá ser julgado improcedente, pelos 
motivos que passa a expor: 
 
a) Defesa Indireta 
I) Impeditiva 
68. Realmente, o Réu é devedor da importância de R$ XX pretendida em 
pagamento pelo Autor. Ocorre, porém, que existe um impedimento contra tal exigência, 
eis que a dívida foi novada pelas partes, expressamente, de tal forma que, ao invés de 
pagar em dinheiro no prazo alegado pelo Autor, o Réu pagará em sacas de café, tão logo 
se inicie a colheita do produto na fazenda do Réu (doc. n.). 
69. Não tendo sido ainda realizada a colheita e tendo as partes estipulado outra 
forma de cumprimento da obrigação, o Autor está impedido de exigir pagamento, não 
podendo o pedido da presente ação prosperar, devendo ser condenado o Autor ao 
pagamento das custas do processo e dos honorários de advogado. 
 
II) Modificativa 
70. O Réu reconhece que recebeu empréstimo de R$ XX do Autor e a ele está 
devendo dinheiro. 
71. Acontece que, da importância mencionada como devida, o Réu já pagou 
R$ XX, como prova o recibo juntado (doc. n.). 
72. Por esse motivo, não pode o pedido do Autor ser acolhido da forma como 
pretende, senão com a modificação do total no montante acima e com a condenação nas 
custas e nos honorários advocatícios pela sucumbência parcial. 
 
III) Extintiva 
73. De fato, como alegado pelo Autor, o Réu recebeu dele empréstimo em 
dinheiro no valor de R$ XX. 
74. Acontece que tal empréstimo não é mais devido, eis que já houve por parte 
do Réu o cumprimento da obrigação por inteiro, como pode provar pelo documento, ora 
juntado, em que se verifica a declaração de quitação geral do débito (doc. n.). 
75. Em consequência, não pode o pedido do Autor ser atendido, devendo, 
portanto, ser rejeitado, com a condenação nas custas do processo e nos honorários de 
advogado. 
 
b) Defesa Direta 
I) Contra o fato da demanda 
A – Negação da existência 
76. Alega o Autor que emprestou ao Réu a importância de R$ XX, para 
pagamento em DATA, pagamento esse não realizado. 
77. Todavia, o Réu desconhece por completo ter realizado qualquer contrato 
nesse sentido com o Autor. Realmente, jamais o Réu fez qualquer negócio financeiro com 
o Autor, e nunca dele recebeu algum dinheiro a qualquer título. 
 
B – Mudança da configuração 
78. Menciona o Autor ter havido relação contratual verbal com o Réu, em 
razão da qual o primeiro teria emprestado ao segundo a quantia de R$ XX. 
79. Na realidade nunca houve entre as partes nenhuma relação contratual de 
empréstimo. O Réu recebeu R$ XX, do Autor, mas não a título de empréstimo, e sim 
como doação, em reconhecimento de inúmeros favores recebidos do Réu. C – Contra a 
consequência jurídica pretendida 
80. Em razão de todo o exposto, o Réu não pode ser condenado ao pagamento 
pretendido pelo Autor, devendo o pedido da ação ser julgado improcedente, com a 
condenação do Autor nas CUSTAS DO PROCESSO, DESPESAS PROCESSUAIS e 
HONORÁRIOS DE ADVOGADO, estes no montante que V. Exa. houver por bem 
fixar. 
81. Caso, porém, entenda V. Exa. por julgar o pedido da ação procedente, o 
Réu requer seja realizada a compensação com o crédito do Réu contra o Autor, como 
demonstrado acima, e decorrente da venda de móveis usados, cujo valor foi estipulado 
em R$ XX. 
82. Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em 
direito, em especial pelo depoimento pessoal do Autor, sob pena de confesso... 
 
P. deferimento. 
 
Local e data. 
 
NOME E ASSINATURA DO ADVOGADO 
Número de inscrição na OAB 
Endereço completo para recebimento de intimações

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