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PRIMEIRA SEMANA DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

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João Pedro Assunção MEDICINA 
 
EMBRIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
ANALISAR o ciclo menstrual e ovariano, 
considerando os hormônios envolvidos. 
Dois hormônios são produzidos pela hipófise 
e atuam nos ovários, são eles; 
• LH: hormônio luteinizante, age como um 
“disparador” da ovulação (libera o oócito 
secundário), estimula as células foliculares 
e o corpo lúteo a produzirem progesterona 
 
• FSH: hormônio folículo-estimulante, 
estimula o desenvolvimento dos folículos 
ovarianos e a produção de estrogênio 
pelas células foliculares. 
 
Ciclo ovariano 
O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas 
nos ovários, o desenvolvimento dos 
folículos, a ovulação e a formação do 
corpo lúteo. Durante cada ciclo, o FSH 
estimula o desenvolvimento de vários folículos 
primários em 5 a 12 folículos primários, 
entretanto, somente um folículo normalmente 
chega ao estágio de folículo maduro e se 
rompe na superfície ovariana, expelindo seu 
oócito. 
Desenvolvimento folicular 
É caracterizado por: 
• Crescimento e diferenciação de um oócito 
primário; 
• Proliferação de células foliculares 
• Formação da zona pelúcida; 
• Desenvolvimento das tecas foliculares 
(camadas internas e externas) 
 
O Desenvolvimento dos folículos produzem 
estrogênio, hormônio que regula o funcionamento 
e o desenvolvimento dos órgãos genitais. 
Certa quantidade de estrogênio também é 
produzida por grupos dispersos de células 
estromais secretoras, conhecidas como glândula 
intersticial do ovário. 
Ovulação 
Por volta da metade do ciclo ovariano, o 
folículo ovariano, sob influência do LH e LSH, 
sofre um repentino surto de crescimento, 
produzindo uma dilatação cística ou uma 
pequena saliência na superfície ovariana. Um 
pequeno ponto avascular, o estigma, logo 
aparece nessa saliência. 
A ovulação é disparada por uma onda de 
produção de LH, normalmente, de 12 a 24 
horas após o pico de produção. A elevada 
taxa de LH, induzida pela alta concentração 
de estrogênio no sangue, parece causar a 
tumefação do estigma – aumento do volume 
do tecido – formando uma vesícula. O estigma 
logo se rompe expelindo o oócito secundário 
junto com o liquido folicular. A expulsão se 
deve pela alta pressão intrafolicular e 
possivelmente pela contração da musculatura 
lisa das camada externa da teca. 
O oócito secundário expelido está circundado 
pela zona pelúcida, camada glicoproteica 
acelular e amorfa formada por 3 proteínas 
(ZPA, ZPB e ZPC), e uma ou mais camadas 
de células foliculares, organizadas 
radialmente como uma corona radiata. 
Corpo lúteo 
Logo após a ovulação, as paredes do folículo 
ovariano e da teca colapsam e se tornam 
pregueadas (franzidas) e sobre a influência do 
LH, elas formam uma estrutura glandular que 
secreta progesterona e alguma quantidade de 
estrogênio, o que leva as glândulas 
endometriais a secretarem e, assim, o 
endométrio se prepara para a implantação do 
blastócito. 
Se o oócito for fecundado, o corpo lúteo 
cresce e se torna o corpo lúteo gestacional 
e aumenta a produção hormonal. A 
degeneração desse corpo lúteo é impedida 
pela ação da gonadotrofina coriônica 
Humana, hormônio secretado pelo 
 
 
 
 João Pedro Assunção MEDICINA 
 
PRIMEIRA SEMANA 
 
 
 
 
 
 
sinciciotrofoblasto do blastócito. Esse corpo 
lúteo gestacional permanece funcional até a 
20ª semana de gestação, que é quando a 
placenta assume a produção hormonal 
necessária para se manter a gestação. 
Caso o oócito não seja fecundado, o corpo 
lúteo degenera em cerca de 10 a 12 dias após 
a ovulação, passando a ser chamado, então, 
de corpo lúteo menstrual. O corpo lúteo em 
seguida, se torna uma cicatriz branca no 
tecido ovariano, denominada corpo albicans. 
Os ciclos ovarianos cessam na menopausa, 
que é a suspensão permanente da 
menstruação devido à falência dos ovários. A 
menopausa geralmente ocorre entre os 48 e 
os 55 anos de idade. 
As alterações endócrinas, somáticas e 
psicológicas que ocorrem com a chegada da 
menopausa são chamadas de climatéricas. 
 
 
 
 
Ciclo Menstrual 
É o período no qual o oócito amadurece, é 
ovulado e entra na tuba uterina. 
Os hormônios produzidos pelo folículo 
ovariano e pelos corpos lúteos produzem 
mudanças cíclicas no endométrio. Essas 
mudanças na camada endometrial constituem 
o ciclo endometrial ou ciclo (período) 
menstrual. 
O endométrio é um “espelho” do ciclo 
ovariano, uma vez que ele responde de 
maneira consistente às flutuações de 
concentrações de hormônios gonadotróficos e 
ovarianos. 
O período menstrual tem duração variada 
entre 23 e 35 dias, sendo o mais comum, 28 
dias. As variações resultam e alterações na 
duração da fase proliferativa do ciclo 
menstrual. 
O ciclo menstrual é um processo continuo, 
subdividido em fases e cada fase passa 
gradualmente para a fase seguinte, são as 
fases: 
• Menstrual: A camada funcional da parede 
uterina desintegra-se e é expelida no fluxo 
menstrual, sangramento mensal, que 
normalmente dura de 4 a 5 dias. Junto com 
o sangue está misturado pequenos 
fragmentos de tecido endometrial. Após a 
menstruação, o endométrio erodido fica 
delgado. 
 
 
 
• Proliferativa: Dura aproximadamente 9 
dias e coincide com o período de 
crescimento dos folículos ovarianos. Nesta 
fase, ocorre um aumento de duas a três 
vezes na espessura das paredes do 
endométrio e no seu conteúdo de agua. As 
glândulas se aumentam em número e 
comprimento e as artérias espiraladas se 
alongam. 
 
 
 
 João Pedro Assunção MEDICINA 
 
PRIMEIRA SEMANA 
 
 
 
 
 
 
• Secretora (ou lútea): dura 
aproximadamente 13 dias e coincide com 
a formação, o funcionamento e o 
crescimento do corpo lúteo. A 
progesterona produzida pelo corpo lúteo 
estimula o epitélio glandular a secretar um 
material rico em glicogênio. As glândulas 
se tornam grandes, tortuosas e saculares 
e o endométrio se espessa devido a 
influência da progesterona e do estrogênio 
e também por conta do aumento de fluido 
no tecido conjuntivo. Conforme as artérias 
espiraladas crescem na camada 
superficial, elas se tornam mais tortuosas. 
A rede venosa se torna mais complexa e 
ocorre o aparecimento de grandes lacunas 
(espaços venosos). 
 
Se não ocorrer a fecundação, o corpo lúteo se 
degenera, os níveis de progesterona e de 
estrogênio diminuem e o endométrio secretor 
entra na fase 
• Isquêmica: quando o oócito não é 
fecundado, as artérias espiraladas se 
contraem dando ao endométrio uma 
aparência pálida. Essa constrição é 
resultado da diminuição da secreção de 
hormônios, principalmente da 
progesterona. Além das alterações 
vasculares, a queda hormonal provoca a 
parada da secreção glandular, a perda de 
fluido intersticial e um importante 
adelgaçamento do endométrio. No fim da 
fase isquêmica, as artérias espiraladas se 
contraem por longos períodos, gerando a 
estase venosa e necrose isquêmica dos 
tecidos superficiais. Finalmente, ocorre a 
ruptura das paredes dos vasos lesionados 
e o sangue penetra o tecido conjuntivo 
adjacente. Por fim, 3 a 5 dias depois, toda 
a camada compacta e grande parte da 
camada esponjosa é eliminada na fase 
menstrual. Os remanescentes da camada 
esponjosa e basal permanece para que se 
regenerem durante a fase proliferativa 
subsequente do endométrio. 
 
DESCREVER a gametogênese masculina/ 
feminina e sua regulação hormonal. 
 
Gametogênese 
(Ou formaçãodos gametas) é o processo de 
formação e desenvolvimento das células 
germinativas especiais, os gametas – 
oócitos/espermatozoides – a partir de células 
precursoras bipotentes. 
Durante a espermatogênese, o número de 
cromossomos é reduzido pela metade e a 
forma das células é alterada. O processo que 
reduz o número de cromossomos pela metade 
é chamado de meiose e é um processo que 
acontece somente durante a gametogênese. 
A gametogênese é subdividida em duas, a 
masculina, também chamada de 
espermatogênese, e a feminina, que é 
chamada de oogênese. 
Espermatogênese 
É a sequência de eventos na qual as 
espermatogônias (células germinativas 
primordiais) se transformam em 
espermatozoides maduros. 
As espermatogônias permanecem 
quiescentes nos túbulos seminíferos dos 
testículos durante a fase fetal e pós-natal. Elas 
aumentam de número durante a puberdade. 
Fase de multiplicação: formam-se diversos 
espermagônios através de divisões mitóticas. 
Fase de crescimento: durante a puberdade, 
os espermagônios acumulam nutrientes e se 
desenvolvem transformando-se em 
espermatócitos primários. 
Fase de maturação: ocorre a primeira divisão 
meiótica (reducional) no espermatócito 
primário, dando origem a dois 
espermatócitos secundários, haploides (n) 
que tem metade do tamanho do espermatócito 
primário. Em seguida, os espermatócitos 
 
 
 
 João Pedro Assunção MEDICINA 
 
PRIMEIRA SEMANA 
 
 
 
 
 
 
secundários sofrem uma segunda divisão 
meiótica dando origem a quatro 
espermátides haploides, que medem 
aproximadamente metade do tamanho dos 
espermatócitos secundários. 
As espermátides gradualmente fazem um 
processo de transformação, chamado de 
espermiogênese ou diferenciação, onde as 
mesmas são transformadas em 
espermatozoides maduros. 
• A espermátide arredondada é 
transformada em espermatozoide 
alongado. 
• Há a perda de citoplasma. 
• Há a formação de calda, o flagelo, 
responsável pela movimentação. 
• O complexo de golgi se transforma em 
acrossomo, vesícula que libera enzimas 
auxiliando a penetração do 
espermatozoide no oócito secundário. 
 
Quando a espermiogênese é completada, os 
espermatozoides são transportados para o 
epidídimo onde são armazenados durante a 
puberdade. 
Oogênese 
A ovogênese é a sequência de eventos pelos 
quais as ovogônias são transformadas em 
ovócitos maduros, no óvulo da mulher. Esse 
processo de maturação inicia-se antes do 
nascimento e é completado depois da 
puberdade. A ovogênese continua até a 
menopausa, que é a cessação permanente do 
ciclo menstrual. 
 
Maturação pré-natal dos oócitos 
Durante a vida fetal, os oogônios se proliferam 
por divisão mitótica. Eles crescem e se 
transformam em oócitos primários antes do 
nascimento. Assim que formado, esses 
oócitos são circundados por uma camada 
única de células achatadas de tecido 
conjuntivo, as chamadas células foliculares 
que com o tempo e a puberdade, 
desenvolvem-se transformando-se em células 
cúbicas e posteriormente, células cilíndricas. 
O oócito circundado dessas células foliculares 
cilíndricas forma o folículo primário. 
Além disso, o oócito é logo envolvido por um 
material glicoproteico acelular e amorfo, a 
chamada zona pelúcida. 
Os oócitos iniciam a primeira divisão meiótica 
ainda na fase pré-natal, mas a prófase não é 
terminada até que o ser atinja a puberdade. 
Essa divisão meiótica é impedida de ocorrer 
através da substância secretada pelas células 
foliculares. Essa substancia é conhecida 
como inibidor da maturação do oócito. 
Os oócitos primários na prófase suspensa 
(dictioteno) são vulneráveis aos agentes 
ambientais, tais como a radiação. 
Nenhum oócito primário é formado após o 
nascimento, e os que foram formados na fase 
fetal ficam em repouso nos folículos ovarianos 
até a puberdade. 
 
 
 
 
 
 
 João Pedro Assunção MEDICINA 
 
PRIMEIRA SEMANA 
 
 
 
 
 
 
Maturação pós-natal dos oócitos 
Essa etapa inicia-se durante a puberdade, 
onde um folículo ovariano amadurece a cada 
mês e ocorre a ovulação. 
Quando um folículo matura, o oócito aumenta 
de tamanho e, imediatamente, completa a 
primeira divisão meiótica, dando origem ao 
oócito secundário e ao primeiro corpo 
polar, célula minúscula destinada a 
degeneração. 
Diferentemente do que ocorre na 
espermatogênese, a divisão citoplasmática é 
desigual. O oócito secundário recebe a maior 
parte do citoplasma, enquanto o primeiro 
corpo polar recebe apenas um pouco. 
Na ovulação, o núcleo do oócito secundário 
inicia a segunda divisão meiótica, que 
progride até somente a metáfase, quando a 
divisão é interrompida. Caso um 
espermatozoide venha a penetrar esse oócito 
secundário, a divisão meiótica será 
completada, e novamente, a maior parte do 
citoplasma é novamente mantido em uma 
célula, o oócito fecundado. A outra célula, o 
segundo corpo polar também é formado e 
irá se degenerar. Assim que os corpúsculos 
polares são expelidos, a maturação do oócito 
está completa. 
Numa recém-nascida, existem cerca de 2 
milhões de oócitos primários nos ovários, mas 
a maioria deles se degenera durante a 
infância, de modo que na adolescência não 
restam mais que 40.000. Destes, somente 400 
se tornam oócitos secundários e são liberados 
na ovulação durante o período reprodutivo. 
Somente alguns desses oócitos, se algum, 
tornam-se maduros e são fecundados. 
 
 
 
 
 
 
 
Hormônios envolvidos 
No Homem: a partir da puberdade, a 
espermatogênese passa a ser estimulada por 
hormônios. Os testículos serão estimulados 
pelos hormônios FSH (hormônio folículo-
estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) 
que são produzidos pela hipófise. O LH 
estimula as células de leydig ou intersticiais a 
produzirem testosterona, que irá estimular o 
aparecimento de características sexuais 
secundárias. Já o FSH, estimula os 
espermatófitos primários a iniciarem a 
meiose. 
Na Mulher: A partir da 
primeira menstruação (menarca), a menina 
passa a apresentar ciclos menstruais que 
geralmente duram em torno de 28 dias. Em 
cada ciclo menstrual, em geral, um 
desses ovócitos I será amadurecido pela ação 
de hormônios que agirão no corpo feminino. 
Assim, sob a ação sob hormônio FSH 
(liberado pela hipófise), o ovócito I presente no 
útero completará a meiose I formando um 
glóbulo polar e um ovócito secundário.
 
 
 
 João Pedro Assunção MEDICINA 
 
PRIMEIRA SEMANA 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia 
Clínica. 10.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar
ttext&pid=S0103-863X2010000100015 
Código de Ética Médica: e textos legais sobre 
ética em medicina. 2. ed. São Paulo: Conselho 
Regional de Medicina do Estado de São 
Paulo, 2007. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA; 
Anticoncepção na adolescência; 2018.