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CAPÍTULO_ 07- SI_ 0 - MÓDULO 7 - DENÚNCIA E PRÁTICAS PERICIAIS


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Denúncia e Práticas Periciais.
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As denuncias de pedofilia podem ser feitas em locais como a Promotoria de
Justiça da Vara da Infância e Juventude e o Conselho Tutelar de cada Estado. Com uma
ligação anônima, é possível fazer uma denúncia pelo número "Disque 100”.
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Denúncia e Práticas Periciais.
● ONDE PEDIR AJUDA E DENUNCIAR:
➢ Disque 100;
➢ Aplicativo Proteja Brasil;
➢ Ouvidoria Online;
➢ Conselho Tutelar;
➢ CREAS/CRAS;
➢ CAPS;
➢ Ministério Público;
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➢ Delegacia da Mulher;
➢ Qualquer Delegacia;
➢ Base da Policia Militar ou Guarda Civil
Municipal;
➢ Rede Social;
➢ Igrejas
Denúncia e Práticas Periciais.
A Lei nº 13.431/17 estabelece o Sistema
de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente
e determina a implantação dos mecanismos de
Escuta Especializada e Depoimento Especial para
toda criança ou adolescente testemunhas ou vítimas
de violência, principalmente a violência sexual.
Todos os municípios brasileiros devem instituir a
rede de proteção especializada e integrada
estabelecida pela Lei.
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Denúncia e Práticas Periciais.
A legislação determina um sistema de
proteção e garantia de direitos da criança e do
adolescente no momento da denúncia do crime e em
todas as fases do processo judicial, com profissionais
capacitados no acolhimento das vítimas e
estabelecendo a escuta protegida na qual a criança
ou o adolescente tem seu relato sobre a violência
gravado.
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Denúncia e Práticas Periciais.
É preciso evitar o processo de revitimização da criança ou adolescente, o que
acontece quando as vítimas acabam relatando a violência que sofreram inúmeras vezes,
em diferentes serviços da rede de proteção - rede de Conselhos Tutelares, escolas e
espaços educacionais, rede de Assistência Psicossocial e Sistemas de Saúde, de Segurança
Pública e de Justiça.
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Denúncia e Práticas Periciais.
Para garantir a proteção da criança e do adolescente, o atendimento também
deve ser intersetorial, envolvendo os serviços da rede saúde e de assistência social com a
escuta especializada e a realização de um único depoimento especial durante a fase
judicial.
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Denúncia e Práticas Periciais.
● Registrando a denúncia em uma delegacia especializada:
➢ O primeiro passo após perceber que uma criança ou adolescente foi vítima de
violência sexual é procurar algum dos diversos canais oficiais que recebem
denúncias de violações dos direitos de crianças e adolescentes e registrar um
boletim de ocorrência (uma denúncia).
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Denúncia e Práticas Periciais.
● Solicitando atendimento médico, social e psicológico:
➢ Após a coleta dos depoimentos pertinentes ao caso,
a criança ou adolescente pode ser encaminhada para
o atendimento de profilaxia em hospitais, para a
realização de exames de perícia no Instituto Médico
Legal (IML) - que deve ser feito o quanto antes, para
colher vestígios de DNA - e atendimento psicossocial,
que é oferecido gratuitamente pelos Centro de
Atenção Psicossocial (CAPS) dos municípios.
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Denúncia e Práticas Periciais.
● Perícia
➢ Exame Subjetivo: verificar se a pessoa
tem entendimento da realidade;
➢ Exame Objetivo Geral: hematomas e
lesões corporais;
➢ Exame Objetivo Específico: busca de
vestígios (esperma, espermatozoide,
glicoproteína P30/PSA e dosagem de
fosfatase ácida) e análise da genitália e
região anal.
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Denúncia e Práticas Periciais.
● Perícia
➢ Sala de espera exclusiva;
➢ Possibilidade de optar por atendimento feito por equipe de sexo feminino com
horário matutino e vespertino;
➢ Presença de auxiliar de perícia médico legal na sala de exame;
➢ Avaliar caso a caso a presença de familiar na sala durante a confecção do
histórico;
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Denúncia e Práticas Periciais.
● Perícia
➢ Abster-se de preconceitos e juízo de valores;
➢ Respeito à dor emocional da vítima;
➢ Local adequado e higienizado;
➢ Respeito a dignidade;
➢ Respeito a privacidade;
➢ Sigilo e respeitar confidências;
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Denúncia e Práticas Periciais.
● Instaurando um inquérito policial:
➢ Nesse momento, instaura-se um inquérito policial com a finalidade de investigar
todos os pontos referentes à violência sofrida e reunir as provas do crime.
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Denúncia e Práticas Periciais.
● O caminho que a denúncia percorre dentro do Sistema de Justiça:
➢ O inquérito é enviado ao Ministério Público (MP). Após análise, o representante
do MP decide se o inquérito retornará para a delegacia de origem, será
arquivado ou se a denúncia será recebida. A Lei 13.431 visa garantir a escuta - o
quanto antes possível - de um único depoimento da criança ou do adolescente
na fase judicial em regime de antecipação de provas, o que reduz o tempo do
processo.
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Denúncia e Práticas Periciais.
➢ Nesta fase do processo, o juiz determina a expedição de um mandado de
citação da pessoa acusada. Após ser contatado pelo oficial de justiça, o réu tem
um prazo determinado para apresentar sua defesa por escrito. Tendo em mãos
os relatos de todas as partes envolvidas, o juiz deve analisar a acusação de
violência sexual: ele pode absolver o acusado, arquivando o processo; ou
designar uma audiência de instrução e julgamento. No caso da decisão pela
audiência, os envolvidos recebem mandados de intimação com data, horário e
local que deverão comparecer à vara criminal. No dia marcado, o juiz escutará
os depoimentos das testemunhas de defesa, de acusação e, por último, do réu.
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Denúncia e Práticas Periciais.
● Definindo a sentença:
➢ Depois de todas as partes da audiência, o
Juiz determinará a sentença: o acusado
pode ser considerado culpado ou ser
inocentado. A decisão é cumprida e o
processo arquivado. Em ambas as
sentenças, há a possibilidade de recurso,
que é um instrumento utilizado com o
objetivo de mudar a decisão judicial.
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Denúncia e Práticas Periciais.
➢ Todos os municípios brasileiros, sem exceção,
devem implementar os procedimentos
estabelecidos pela Lei nº 13.431/17, garantindo
a Escuta Especializada e Depoimento Especial
para toda criança ou adolescente testemunhas
ou vítimas de violência, especialmente a
violência sexual, além de um atendimento
integrado e humanizado, a fim de evitar o
processo de revitimização.
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Denúncia e Práticas Periciais.
BIBLIOGRAFIA
● FRANÇA, G. V. de. Medicina legal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
● ______. Flagrantes médico-legais V. Recife: EDUPE, 2000.
● SALES FILHO, R. A necropsia clínica. João Pessoa: Universitária/UFPB, 2009.
● GOMES, H. Medicina legal. 33. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2004.
● www.direitoshumanos.gov.br/spdca/exploracao__sexual.
● www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
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http://www.direitoshumanos.gov.br/spdca/exploracao__sexual
OBRIGADA
PROFª PRISCILA ALCÂNTARA DA COSTA
CONTATO:
EMAIL: priscila@academiaforense.online
Instagram: @pipitacsioficial
mailto:priscila@academiaforense.online