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Questão 1 (5,0 pts) Elabore um comentário ressaltando a importância da obra Conscientização: Teoria e Prática da Libertação – Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire, para a sua formação docente. Paulo Freire visa uma metodologia cultural para o desenvolvimento intelectual de todos aqueles que são excluídos da sociedade por não saberem ler ou escrever e que recebem trabalho desqualificado sendo, portanto, explorados. É importante saber que no aspecto cultural, tanto o que não é alfabetizado como o que se diz alfabetizado apreende devido à troca de conheimentos. Além disso, há saberes que não podem ser desprezados, pois do alfabetizado e do não alfabetizado, no entanto, não há o que desprezar e sim o que acolher. A partir disso, Freire desenvolveu um processo educacional destinado ao povo simples. Podemos notar a preocupação dele em associar a libertação de um povo massacrado pela violência intelectual à conscientização dada pelo processo desenvolvido no seu método. Sabe-se que educar é uma tarefa difícil, porque exige do educador uma dinâmica entre o ensino e a aprendizagem, ou seja, uma troca de valores. Assim, o método Paulo Freire merece toda atenção por ser, não mais um método educacional, mas por se voltar para um povo desprezado por uma elite que padronizou o nível intelectual. O processo de conscientização é a oportunidade em que o aprendiz tem de se inserir nesse mundo e se libertar desse preconceito, econtrando seus valores e reconhecendo seu papel dentro de uma sociedade. “Quanto mais conscientizados nos tornamos, mais capacitados estamos para ser anunciadores e denunciadores, graças ao compromisso de transformação que assumimos” (FREIRE, 1980, p. 28). Por isso, entende-se conscientização todas as descobertas que provocam uma consciência reflexiva. Estas transformações surgidas da conscientização dos homens e das mulheres se tornam alfabetizados e críticos mediante a sociedade em que vivem e não meros repetidores de palavras. Este é o fim do projeto que o método freiriano tem como proposta. Diferenciando-se do método tradicional por ser do tipo depósito onde o professor onde, somente ele é dono de todo o saber e o aluno, ausente de luz, sendo, portanto, incapaz de construir saber. Para a metodologia freiriana, o professor é um mediador e o processo educativo ocorre na relação professor-aluno. O professor aponta os conhecimentos trazidos pelo aluno, bem como a sua história de vida, as suas experiências e contribuições, e organiza juntamente com o educando estes conhecimentos, unindo os saberes do aluno com os oferecidos pela escola. O aluno, neste interim, se torna mais participativo, pois a sua história e o seu saber são reconhecidos e têm importância no processo de aprendizagem, e com isso, a sua autoestima é fortalecida. Ele terá mais prazer em aprender e se tornará mais autônomo na busca por respostas, não apenas no seu processo de ensino e aprendizagem, mas participação junto à sociedade. Para Freire, a decisão de adotar uma proposta de educação libertadora implica reconhecer o homem como um sujeito com vocação histórica. Nesse sentido, contrapôs-se à “educação bancária”, entendida como o processo que trat a o “homem como objeto”, depósito de saberes considerados verdades absolutas. Alertou para que as condições do terceiro mundo não permitem que o homem exerça sua vocação, fazendo-se necessário libertá-lo para que isso acontecesse. O caminho apontado consiste na instauração de uma pedagogia assentada no diálogo, na comunicação, tendo em vista uma nova relação humana preocupada com a população, no sentido de que ela própria crie uma consciência crítica do mundo em que vive. Desse modo, a educação é entendida como o processo de conscientização do homem, possibilitando o seu engajamento na luta política e na transformação da realidade social. “Por isso mesmo, a conscientização é um compromisso histórico. É também consciência histórica: é inserção crítica na história, implica que os homens assumam o papel de sujeitos que fazem e refazem o mundo. Exige que os homens criem sua existência com um material que a vida lhes oferece. A conscientização não está baseada sobre a consciência, de um lado, e o mundo, de outro; por outra parte, não pretende uma separação. Ao contrário, está baseada na relação consciência-mundo.” (FREIRE,1980:26 e 27).” O pensamento freireano rumo à sala de aula: aproximação e mediação. Para assegurar essa direção política, o ensino da Didática está organizado em três momentos intimamente relacionados entre si: - descrição e problematiz ação da prática pedagógica vivida ou observada pelos alunos dos cursos de formação de educadores; - análise crítica da prática pedagógica, buscando a explicação e a compreensão dos problemas da prática; - elaboração de propostas de ensino, tendo por referência as escolas-campo de atuação dos mencionados alunos.
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