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AWARENESS EM GESTALT-TERAPIA

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INSTITUTO DE TREINAMENTO E PESQUISA EM GESTALT-TERAPIA 
ALESSANDRA IOVANOVICH DE PAULA OLIVEIRA 
GRUPO 34 
 
“AWARENESS” EM GESTALT-TERAPIA 
 
Awareness é proveniente de uma palavra inglesa, onde “aware” (estado de ser 
consciente), significa “consciência”. É empregada para designar a qualidade de estar ciente, de 
ter conhecimento ou percepção de algo, estando vigilante e percebendo a situação que está 
vivendo. Para Alvim (2014) este conceito, diferencia-se de consciência como representação, 
reflexão, conhecimento ou juízo, sendo explicada no vocabulário gestaltista, como “saber da 
experiência”. 
Na Gestalt-terapia, a awareness, para Pifer (2014) trata-se então, da experiência de tomar 
consciência do que se passa no meio interno e externo de si mesmo, no momento presente, em 
três níveis simultaneamente: corporal, mental e emocional. É um estado de manter-se consciente; 
estado de consciência em relação ao que se passa no aqui-agora, ciente de suas necessidades e das 
possíveis escolhas que podem ser tomadas. 
 Conforme Yontef (1998, p.78) o intuito da awareness é que o cliente desbrave suas 
defesas presentes nos processos do self, a qual as afastam e evitam estar e ficar consciente de si e 
de seu ambiente. 
Perls, Hefferline e Goodman estabelecem a awareness como um fluxo ou continuum 
concretizado pela experiência do aqui-agora através do contato, sentimento, excitamento 
presentes no campo e formação de Gestalten (PERLS, HEFFERLINE E GOODMAN,1997 apud 
ALVIM, 2014). 
Robine (2006, p.73 apud ALVIM, 2014) completa dizendo que a awareness representa-
se como um conhecimento iminente e que está incluída no campo. 
Alvim (2014), compreende awareness como um processo da consciência entre indivíduo-
mundo e espaço-tempo presentes. 
Merleau-Ponty (1973, apud ALVIM, 2014) aponta que a awareness é uma experiência 
perceptiva que emerge em um determinado campo de presença, integrando a consciência e 
mundo, resultando em uma significação da figura de um fundo comum. 
Perls, Hefferline e Goodman (1997, apud ALVIM, 2014) apresentam uma analogia sobre 
a awareness como sendo uma “integração sensório-motora”, onde ocorre a conexão da dimensão 
do “sentir” envolvendo a aceitação, e o “motor”, a transformação, ocorrendo assim, aceitação, 
trabalho de transformação e crescimento. Essa aceitação, para Ribeiro (2006, p. 74 apud ALVIM, 
2014) se refere a elucidação de um sentido para o indivíduo em sua relação com o mundo, como 
uma consciência corporal de totalidade. 
Ainda para Perls, Hefferline e Goodman (1997, apud ALVIM, 2014), quando o indivíduo 
vivencia alguma experiência de awareness, é delineado uma figura, que representa uma conexão 
entre o surgimento de uma necessidade e o que era um fundo indiferenciado, passa então, por um 
processo de diferenciação. Quando há um conflito nesta conexão, o fundo impede que a figura 
nítida e forte não se emerja. 
Em suma, a awareness se define como consciência de si e consciência perceptiva 
corporal, pessoal, emocional e ambiental em um momento presente (Ginger, 1995, p.254). Ou 
seja, é um estado de consciência global do Ser no aqui-agora, onde elementos de outro tempo e 
espaço construa ajustamentos para suas necessidades mais iminentes. 
Conforme Alvim: “O trabalho com a awareness tem como o processo da consciência se 
fazer fluído através da corporeidade, da retomada de noção de ser um corpo que devolva à pessoa 
a sensação de possibilidades, o sentido de eu posso, de criação e de transformação. ” (ALVIM, 
2014, p. 11) 
Contudo, a awareness se tornou a mais relevante e imprescindível ferramenta para a 
resolução de conflitos dentro e fora do setting terapêutico, enfatizando a relação com o mundo e 
com o outro, caracterizando-o como um ser em busca da origem de sentido para suas vivências, 
que configurando e compreendendo esses processos, passa então, ser dirigido pelo livre fluxo de 
awareness a partir de experiências com o diferente e o novo, resultando-se em uma transformação 
na consciência. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALVIM, M. B. (2014). Awareness: experiência e saber da experiência. Gestalt-terapia: 
conceitos fundamentais, 13-30. 
GINGER, S. (1995). Gestalt uma terapia do contato, p. 254. Summus Editorial. 
MERLEAU-PONTY apud ALVIM, M. B. (2014). Awareness: experiência e saber da experiência. 
Gestalt-terapia: conceitos fundamentais, 13-30. 
PERLS, HEFFERLINE E GOODMAN apud ALVIM, M. B. (2014). Awareness: experiência e saber da 
experiência. Gestalt-terapia: conceitos fundamentais, 13-30. 
PIFER, Alexandre. Principais conceitos da Gestalt Terapia, 2014. Disponível em:< 
https://terapiando.com.br/principais-conceitos-da-gestalt-terapia/>. Acesso em: 02 de mai. 2019 
ROBINE apud ALVIM, M. B. (2014). Awareness: experiência e saber da experiência. Gestalt-
terapia: conceitos fundamentais, 13-30. 
YONTEF, Gary M. – Processo, Diálogo e Awareness, p.78. São Paulo:Summus, 1998 
 
https://portalpsicologia.com.br/dicionario-psi/conflito
https://terapiando.com.br/principais-conceitos-da-gestalt-terapia/

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