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PORTFÓLIO - PANDEMIA COVID-19 E LOCKDOWN

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ANHANGUERA EDUCACIONAL
superior de TECNOLOGIA em Logística
Erick Silva Miguel
“Pandemia COVID-19 e Lockdown: estratégias e impactos do trabalho remoto para as pessoas e sociedade”
Valença
2020
“Pandemia COVID-19 e Lockdown: estratégias e impactos do trabalho remoto para as pessoas e sociedade”
Trabalho interdisciplinar individual, apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas: Planejamento Estratégico, Responsabilidade Social e Ambiental, Metodologia Científica, Matemática Financeira e Gestão de Pessoas.
Tutora à Distância: Priscila Calita Salomão Barreira.
Sumário
INTRODUÇÃO	4
Matriz SWOT e Banco XYZ	5
Análise SWOT	8
Impactos na economia e nos negócios	9
Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda – Bem	11
Relatório final do trabalho apresentando o resumo realizado nos passos acima.	13
Conclusão	15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	16
INTRODUÇÃO
Desde o início do surto causado pelo novo coronavírus nos começamos a acompanhar a adoção de algumas medidas de restrição para conter o avanço do vírus como isolamento lockdown, shutdown e entre outros.
Essas estratégias são conhecidas como intervenções não farmacológicas - INF (Nonpharmaceutical interventions - NPI) que visam inibir a transmissão entre humanos, desacelerar o espalhamento da doença, e consequentemente diminuir e postergar o pico de ocorrência na curva epidêmica com o objetivo de diminuir a morbidade e a mortalidade causada pelo coronavírus.
As intervenções não farmacológicas são utilizadas quando não há medicamento, vacina ou tratamento para o enfrentamento de um surto, epidemia ou pandemia que colocam em risco à saúde e vidas das pessoas.
O objetivo dessas estratégias é diminuir o contato físico entre pessoas e o risco de transmissão do coronavírus para promover o achatamento da curva de crescimento dos casos de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Entre as estratégias que podem ser adotadas estão: lockdown, shutdown, quarentena, isolamento e distanciamento.
No momento no Brasil a estratégia mais adotada é o distanciamento físico (chamado por alguns de distância social).
Matriz SWOT e Banco XYZ
A quarentena imposta em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) mudou a realidade de muitas pessoas e empresas. Em momentos de crise, a criatividade é aguçada e novas ideias começam a surgir. Produtos, ações e projetos que talvez estivessem guardados na gaveta passam a ter prioridade em um novo cenário, onde a capacidade de se reinventar será crucial para a sobrevivência financeira com possibilidades reais de ascensão.
Enxergar oportunidades em momentos de crise é o primeiro passo na caminhada da construção do projeto que poderá trazer o sucesso esperado. No entanto, a preparação para a execução do plano é, sem dúvida, a parte mais importante e que determinará os rumos para se alcançar o intento. Nessa fase, é fundamental conhecer os pontos fortes e fracos do projeto, a sua relação com o mercado e quais são as chances de se obter êxito.
Conhecida nos meios acadêmico e corporativo, a análise SWOT (ou FOFA) é uma ferramenta extremamente eficaz, utilizada no sentido de auxiliar pessoas ou organizações a identificar fatores críticos relacionados à competição em negócios ou planejamento de projetos. O criador da técnica foi Albert Humphrey, líder de pesquisa na Universidade Stanford nas décadas de 1960 e 1970.
A sigla SWOT é formada pelas letras iniciais das palavras em inglês strengths, weaknesses, opportunities e threats, que significam respectivamente forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Para o português, foi feita uma adaptação e as iniciais destes termos compõem a sigla FOFA.
A função dessa análise é avaliar os ambientes interno e externo quanto à possibilidade de realização de um projeto ou empreendimento, formulando táticas para otimizar o desempenho no mercado. Nesse contexto, são analisadas forças e fraquezas no âmbito do próprio negócio e também as oportunidades e ameaças existentes de forma externa à organização.
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) dá um passo importante para atrair novos investimentos e fomentar o setor mineral brasileiro, desta vez, liberando gratuitamente os dados brutos e processados, em formato XYZ, dos levantamentos aerogeofísicos de
seu amplo acervo. Essa ação, definida como um dos pilares principais pela Diretoria Executiva da empresa para fomentar o setor mineral brasileiro, constitui um programa contínuo e prioritário de disponibilização de dados e informações geocientíficas à sociedade.
Estão sendo disponibilizados no GeoSGB, Banco de Dados da CPRM, inicialmente os dados brutos e processados (XYZ) de 95 projetos aerogeofísicos, da série 1.000 e seus respectivos relatórios técnicos de aquisição. No decorrer deste ano os demais projetos serão disponibilizados para download, explica o diretor-presidente da CPRM Eduardo Ledsham, destacando ainda que a iniciativa universaliza o acesso aos dados aerogeofísicos existentes no Brasil. “ É a reposta da empresa, a uma demanda antiga da comunidade científica e do setor mineral. ” Ledsham informa ainda que cerca de 95% do embasamento cristalino do Brasil já estão mapeados com modernos métodos e equipamentos de ponta.
· Ambiente interno
Na esfera interna, a análise SWOT envolve as atividades promovidas dentro da própria organização, considerando todos os processos relacionados a esta, a exemplo de capacidade intelectual, tecnologia utilizada, ações de comunicação e marketing, cultura organizacional, gestão de projetos, entre outros.
No ambiente interno, é necessário analisar as forças e fraquezas considerando alguns critérios, tais como: localização, reputação, gestão, tempo de mercado, recursos financeiros e humanos, acesso à matéria-prima, produção, capacidade de operação, criação, marketing, relacionamento estratégico com grandes empresas e portfólio dos clientes.
Forças: O foco desta parte da análise é verificar se a empresa é realmente boa, buscando as aptidões mais fortes e, em consequência, suas vantagens sobre a concorrência. Quanto melhor for o posicionamento da empresa, maior será a importância desses diferenciais. Para uma definição mais precisa, é necessário responder às seguintes questões:
· Atividades: quais são as realizadas da melhor forma.
· Recursos: quais são os melhores.
· Vantagens: qual é a mais competitiva.
· Clientes: qual é o nível de engajamento deles.
Fraquezas: As características que tendem a interferir ou até a prejudicar o desenvolvimento dos negócios também são objetos da análise SWOT. São os chamados “pontos fracos internos”, que podem ser encontrados a partir dos questionamentos abaixo:
· A minha mão-de-obra é capacitada?
· Há lacunas de treinamento?
· Por que a concorrência é escolhida?
· Por que meu engajamento não funciona?
As fraquezas devem ser observadas e analisadas isoladamente para uma percepção mais efetiva dos fatores que as causam. A partir disso, podem ser encontradas medidas para minimizá-las e corrigi-las.
· Ambiente externo
No âmbito externo à organização, questões relacionadas à política, taxa de juros, mudanças na legislação, crises econômicas, desastres ambientais, concorrência, entre outras, devem ser objeto de análise. Por isso, é importante que a empresa esteja atenta a tudo que envolve o seu mercado, a fim de saber lidar de forma eficaz com quaisquer acontecimentos.
A análise SWOT relacionada ao ambiente externo envolve o microambiente e o macroambiente. O primeiro está relacionado às forças que trabalham em seu ramo de atividade e à forma como se relaciona com elas.
Dentre os aspectos que podem ser tratados como oportunidades ou ameaças no microambiente destacam-se: o comportamento dos clientes e seu poder de barganha; a quantidade de concorrentes na região, como é o relacionamento deles e o nível de rivalidade; o poder de negociação da empresa e de seus fornecedores; quais soluções
alternativas existem paraos serviços que a empresa oferece; como as entidades de classe se organizam e qual é o poder de pressão que estas exercem, entre outros.
Já o macroambiente é mais amplo, pois se refere a tudo o que está além da empresa e do segmento. Por isso, é muito importante analisar o que os índices econômicos dizem sobre o futuro do País, quais tendências da população revelam um novo comportamento social e como tudo isso influi no negócio.
Aspectos importantes devem ser observados no macroambiente, tais como: projetos de lei e os novos governantes com suas correntes ideológicas; inflação, consumo e a renda da população; natalidade, escolaridade e crescimento da população; novas tecnologias, processos operacionais e automação; costumes, valores, crenças e hábitos de consumo; além de escassez de matéria-prima, catástrofes e aumento da poluição.
Oportunidades: Em linhas gerais, tratam-se das características que vão influenciar uma empresa positivamente, indicando quais são as mudanças no mercado que, de alguma forma, podem ser convertidas em benefícios aos clientes, a exemplo de fatores econômicos e oportunidades que surgem com potencial para favorecê-los.
Ameaças: São os eventos que influenciam negativamente a empresa, sendo vinculadas a fatores externos da mesma forma que as oportunidades. É o cenário no qual se concentram todos os aspectos desfavoráveis à empresa. Além da ausência de controle sobre as questões que os originam, tais aspectos podem se transformar em grandes ameaças para o negócio.
Análise SWOT
Avaliar o mercado, estabelecer metas e determinar o que o empreendimento deve fazer para alcançá-las são ações indispensáveis no planejamento estratégico de uma empresa. Mas para que essas medidas realmente apresentem um resultado eficaz, os gestores precisam conhecer profundamente os pontos fortes e fracos do negócio e a relação que ele tem com o mercado.
É nesse sentido que a análise SWOT para empresas, inclusive micro e pequenas, é uma ferramenta de gestão útil. Difundida em grandes organizações, ainda
é uma prática pouco difundida entre as menores, o que é um erro e nós vamos mostrar o porque. A análise SWOT identifica os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças do negócio. É uma ótima ferramenta de gestão, e ajuda no planejamento estratégico das empresas. No cenário atual, modificado pelo Covid-19, essa análise precisa ser refeita, pois há mudanças relacionadas a todos os pontos, principalmente em relação às possíveis ameaças. Com origem no interior da China, ela logo se alastrou, culminando em uma epidemia e, após alguns meses, em pandemia que afeta centenas de nações.
Além de impactar a saúde física e mental da população, a contenção do vírus exige uma série de adaptações por parte das empresas e funcionários, como a digitalização e o home office.
Ao mesmo tempo, companhias de diferentes setores têm implantado soluções criativas, fortalecendo o espírito de equipe e reduzindo prejuízos.
Nas cidades e estados em que foi decretado período de quarentena, a população precisou fazer adequações em todas as esferas da vida. Locais em que costumavam se reunir com familiares, amigos e conhecidos foram fechados, sendo que apenas os serviços essenciais continuam funcionando.
Assim, a maioria dos trabalhadores precisou adaptar sua rotina para praticar o trabalho remoto (home office), muitas vezes, junto aos filhos e outros familiares. As saídas de casa foram bastante reduzidas ou eliminadas, graças à possibilidade de comprar mantimentos online.
Em alguns locais, houve escassez ou elevação no preço de produtos de higiene, de cesta básica e os que auxiliam no combate ao coronavírus, a exemplo do álcool em gel. Outro impacto significativo vem da falta de contato físico, que fez aumentar as interações virtuais, como através das redes sociais. A sociedade também passou a dar maior atenção para a saúde mental, que pode ser prejudicada em momentos de solidão.
Impactos na economia e nos negócios
Segundo relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 14 de março, a pandemia vai provocar uma recessão na economia global em 2020, fazendo o Produto Interno Bruto (PIB) despencar para -3%.
Antes da crise, a expectativa era um crescimento de 3,3%. No Brasil, o impacto deverá ser ainda maior, com retração de 5,3%, de acordo com o FMI.
Mesmo as projeções mais otimistas, como a do relatório Focus, do Banco Central, preveem forte queda no PIB nacional, que deve fechar o ano de 2020 em - 1,96%.
Empresas de setores como turismo, entretenimento e alimentação fora de casa estão entre as mais prejudicadas pela atual crise econômica.
O cenário é de ameaça ao emprego de mais de 1 bilhão de trabalhadores em todo o mundo, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Em contrapartida, a demanda por serviços de entretenimento online, delivery e internet, aumentou, com a maioria das pessoas evitando qualquer deslocamento.
Como as maiores empresas do mundo estão lidando com a epidemia
Se o prejuízo econômico é esperado, o que as empresas têm feito ao redor do planeta é estabelecer ações para reduzir as perdas e proteger seus colaboradores.
Nesse sentido, grandes companhias estão adotando boas práticas para impedir a disseminação do novo coronavírus e garantir a continuidade das operações.
Como as empresas podem trabalhar em home office
Conforme a MP nº 927, o tele trabalho é permitido para qualquer empresa, mesmo que não haja acordo coletivo ou individual, inclusive para estagiários e aprendizes.
Basta que o trabalhador seja avisado com 48 horas de antecedência, por escrito ou por meio eletrônico. Empresa e funcionários devem decidir, juntos, quem vai arcar com a infraestrutura necessária para o trabalho remoto, e registrar o que ficar combinado em um contrato escrito.
Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda – Bem
O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda – BEm é destinado a trabalhadores que formalizaram acordo com os seus empregadores, durante o período da pandemia da COVID-19, para suspensão do contrato de trabalho ou redução proporcional de jornada de trabalho e de salário nos termos Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020 e Decreto nº 10.422, de 13 de julho de 2020.
Os acordos são firmados entre empregador e empregado e são informados ao Ministério da Economia, que avalia as condições de elegibilidade e encaminha os pagamentos para serem processados na CAIXA ou no Banco do Brasil.
De modo geral, o valor do benefício é creditado na conta bancária informada pelo Empregador ao Ministério da Economia. Em situações especiais, o pagamento pode ser feito mediante crédito em outra conta de titularidade do trabalhador ou ainda por meio do Cartão do Cidadão.
O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda se destina ao trabalhador que, em função da crise causada pela pandemia do Coronavírus.
O valor do BEm é calculado pelo Ministério da Economia com base nas informações salariais do trabalhador dos últimos três meses e corresponde a um percentual do Seguro-Desemprego a que o trabalhador teria direito caso fosse demitido, variando entre R$ 261,25 até R$ 1.813,03, conforme o tipo de acordo e o percentual de redução negociado com o empregador.
Considerando que os 15 funcionários desse setor recebem R$ 3.000,00 bruto, cada um, tendo como direito ao seguro-desemprego no valor de R$ 1.813,03 e que a empresa optou pelo Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda – Bem, responda:
A) Qual valor será pago pelo empregador e pela União para cada funcionário deste setor?
Resposta: 3.000,00 salários bruto, valor máximo do BEM e de 1.813,03, desse valor máximo a união pagará 70% ou seja 1.813,03 - 70% = 1.269,12, valor que a empresa pagará e de 30% ou seja 3000,00 - 30% = 900,00.
B) considerando somente o valor do auxílio pago pela União, quanto a empresa está economizando com esses 15 funcionários durante um período de 3 meses? E qual o percentual dessa economia?
A União pagará o valor de R$ 1.269,12 x 15 funcionários=R$ 19.036,80. Por3 meses = R$ 57.110,40.
A empresa pagaria o valor de R$ 3.000,00 bruto x 15 funcionários =45.000,00.
Por 3 meses = R$ 135.000,00.
Então: R$ 135.000,00-R$ 57.110,40 = R$ 77.889,60 de economia para a empresa.
Ou seja: Em termo percentual: R$ 57.110,40x100% / R$ 135.000,00 = 42,88% de economia para a empresa no período de 3 meses.
Justificativa utilizada pelo banco XYZ
Na essência, pouca coisa mudou na rotina dos funcionários do banco XYZ, desde sua fundação, em 1808. Acordar cedo e sair de casa para trabalhar até o final do expediente é a regra para eles — assim como para a maior parte dos trabalhadores do mundo. Desde maio, porém, um grupo seleto teve uma mudança substancial no dia a dia: agora eles podem trabalhar sem sair de casa. E é por isso e por outros fatores que hoje, ter uma política de home office já se tornou uma ferramenta muito atrativa para diversas empresas, especialmente após ele ter sido regulamentado com a Reforma Trabalhista que entrou em vigor no final de 2017.
O projeto, em fase de testes com nove funcionários da área de tecnologia, terá 100 participantes até julho. Eles precisarão ir uma vez por semana ao escritório para ter reuniões com suas equipes. As pesquisas de clima apontavam essa como uma demanda dos funcionários, mas a principal razão para a mudança foi outra: isso poupa dinheiro.
O projeto, em fase de testes com nove funcionários da área de tecnologia, terá 100 participantes até julho. Eles precisarão ir uma vez por semana ao escritório para ter reuniões com suas equipes. As pesquisas de clima apontavam essa como uma
demanda dos funcionários, mas a principal razão para a mudança foi outra: isso poupa dinheiro.
Uma pesquisa recente mostra que no Brasil 26% das grandes empresas oferecem a possibilidade de trabalho remoto em parte da jornada a pelo menos uma parcela dos funcionários — um ano antes eram 22%.
O Banco do XYZ optou por estimular que os funcionários usem os computadores que já tinham em casa e ajustou o mobiliário para garantir a ergonomia. E essa constatação é confirmada pelos dados da pesquisa O Futuro do Trabalho, onde 40% dos profissionais entrevistados afirma que o trabalho remoto é amplamente usado em suas empresas e mais de 50% deles considera que essa prática aumenta a produtividade.
Relatório final do trabalho apresentando o resumo realizado nos passos acima.
O isolamento social, provocado pela pandemia gerada pelo novo corona-vírus e a COVID-19 (doença associada ao vírus), transformou a rotina das empresas no mundo inteiro, forçando-as a dar respostas adequadas em um curto espaço de tempo. Uma delas é o trabalho remoto, instrumento já utilizado, mas que teve uma expansão significativa neste período. O planejamento e uso adequado desta modalidade laboral, dentro do contexto da gestão de crises, planos de continuidade de negócios, programas de segurança cibernética nem sempre fazem parte do arcabouço estratégico das empresas. Neste novo cenário mundial, as dúvidas começam a pairar na mente de líderes de negócios e profissionais em geral, sobre como utilizar mecanismos para se proteger, trabalhando fora dos limites físicos das empresas, através de recursos corporativos ou próprios. Ao mesmo tempo, criminosos aproveitam o momento de fragilidade para explorar o tema “corona-vírus” e tudo que está em seu entorno, atingindo empresas e indivíduos. Este artigo tem o objetivo de discorrer sobre estes assuntos, trazer reflexões e propor algumas recomendações de segurança para minimizar os riscos e armadilhas no mundo digital.
O momento é crítico, complexo, vulnerável e muda a todo instante. Líderes devem ser capazes de observar o cenário, observar as demandas e necessidades de
sua empresa, seus colaboradores e, com base nas condições e ferramentas que tem em mãos, devem atuar da forma mais adequada e possível.
Líderes devem deixar claro, aos seus colaboradores, como riscos de segurança devem ser gerenciados durante o período de uso do trabalho remoto, quais medidas de segurança estão definidas para minimizar os riscos, quais políticas, normas e procedimentos de segurança devem ser executados, o que fazer em caso de incidentes e, ao longo de todo o processo, orientar e comunicar novas diretrizes ou diretrizes alteradas.
Considerando que ameaça é a “causa potencial de um incidente indesejado, que pode resultar em dano para um sistema ou organização”, segundo a norma de segurança ABNT ISO/IEC 27002:2013 e que, pela mesma norma, vulnerabilidade é a “fragilidade de um ativo ou grupo de ativos que pode ser explorada por uma ou mais ameaças”, os líderes precisam estar atentos às ameaças que podem se transformar em vetores de ataques para suas empresas, precisam identificar e estar atentos às vulnerabilidades existentes em seus ativos (tecnológicos, pessoas, processos e ambientes).
Medidas de segurança são importantes para minimizar riscos, visto que eles são a “possibilidade de uma determinada ameaça explorar vulnerabilidades de um ativo ou de um conjunto de ativos causando, dessa maneira, impactos e prejudicando a Organização”, de acordo com a norma de segurança ABNT ISO/IEC 27005:2019.
Um outro ponto que deve ser observado é a comunicação. Ela precisa ser clara, objetiva e transversal, sendo possível que todos entendam as diretrizes no uso do trabalho remoto, seja em formato “home-office” (em casa) ou em qualquer outro local. Todos devem conhecer as políticas relacionadas a este formato de trabalho, estar atentos aos riscos e tomar os cuidados necessários quando estiverem trabalhando.
Enfim, a cultura de segurança da informação deve ser vista como diferencial na empresa e que dará suporte à sua reputação e confiança digital perante clientes, acionistas, fornecedores e à sociedade. O velho e bom trinômio Pessoas – Processos – Tecnologias deve ser considerado em todas as estratégias de segurança nos negócios.
Os colaboradores de qualquer empresa, de qualquer ramo de negócio, precisam ter um mínimo de informação sobre o tema, para que possam praticar a segurança em
seu diaa-dia, seja no mundo físico ou digital, o que irá, certamente, minimizar riscos e evitar incidentes. As empresas precisam promover ações neste sentido.
Passado esse difícil momento, quiçá o trabalho remoto torne-se o “novo normal” nas empresas, que já experimentam e observam vantagens e desvantagens deste modal, mesmo com a diversidade de profissões, tipos de trabalho, áreas de atuação e as responsabilidades das empresas enquanto controladoras de dados pessoais (e sensíveis) sob sua responsabilidade.
Conclusão
O isolamento social não dá qualquer alternativa para a sociedade, ou nos adaptamos rapidamente, naquilo que for possível, ou estaremos fadados ao completo imobilismo diante dos efeitos desastrosos no campo da economia decorrentes desse indigesto estado de calamidade pública.
Que saibamos viver e conviver, nestes tempos difíceis, com as alternativas, possibilidades, tecnologias que estão aí para serem utilizadas em benefício da humanidade, fazendo o trabalho girar, minimizando os efeitos da crise e evitando a paralisia das empresas públicas e privadas.
Que tenhamos, igualmente, a capacidade de perceber novas oportunidades para viver em um mundo em constante e rápidas mudança; a capacidade de inovar, mesmo com dificuldades e limitações; e capacidade de criar novas formas de convivência e comunicação, seja para trabalhar, como para aprender, nos comunicarmos e nos divertimos.
Que esta crise sirva de laço, unindo povos e sociedades em cooperação global, visando um bem maior para a humanidade, preparando os indivíduos de hoje para um novo mundo.
Manter-se atualizado é imprescindível, acompanhar as notícias de tecnologia e segurança, através de sites e ambientes conhecidos ou recomendados, é outra medida
que deve fazer parte do cotidiano de quem precisa trabalhar no meio digital. As ameaças evoluem a todo momento, os criminosos estão utilizando ferramentas cada vez mais poderosas e sofisticadas para atacar, invadir, acessar indevidamente e obter dados e informações que se transformemem lucro e poder.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AVONA, Marcia Eloisa. Gestão de Pessoas. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015.
BASTOS, Maria Clotilde Pires, FERREIRA, Daniela Vitor. – Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: modelos, processos, tendências e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
PINTO, Luiz Fernando Gomes. Planejamento Estratégico. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
SANTOS, João Carlos dos. Matemática financeira. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. 216 p.
Painel Covid-19 do Congresso em Foco – https://congressoemfoco.uol.com.br/covid19/
Análise de parâmetros de capacidade assistencial da rede de urgência – https://public.tableau.com/profile/thiago.augusto.hernandes.rocha#!/vizhome/ desenhado_celular/PainelMundo
Painel Coronavírus Brasil (UFBA, Fiocruz, Cidacs) – http://painel.covid19br.org/
Cúpula Mundial da OIT firma compromisso de criar um mundo do trabalho melhor após a COVID-19 - : https://www.ilo.org/brasilia/noticias/WCMS_750857/lang- -pt/index.htm

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