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FUNDAMENTOS E PRÁTICAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA 
SEMANA 01 – 1 Bases Teóricas: conceitos e princípios da geografia escolar
Introdução e objetivos - Você irá estudar os fundamentos da Geografia Escolar, com destaque para a importância social e sua relevância para compreender a realidade, espera-se que você se aproprie das bases teóricas, entenda as categorias que ajudarão a resolver problemas e a função da Geografia no currículo escolar.Neste módulo você fará leituras sobre os fundamentos epistemológicos da Geografia e o processo de ensino e aprendizagem na escola. Nesta semana, nosso objetivo é desenvolver situações de ensino e aprendizagem que estimulem o estudante a reconhecer a Geografia como um corpo de conhecimento científico; e compreender a importância da educação geográfica desde a Educação Infantil até o final do Ensino Fundamental I.
 VIDEO AULA 01 - Formar o espírito científico - O espírito científico proíbe que tenhamos uma opinião sobre as questões que não sabemos formular com clareza. ... O homem movido pelo espírito científico deseja saber, mas para, imediatamente, melhor questionar. (BACHELARD, 1996)
Estratégias de aprendizagem - Requer mudanças na concepção de ensinar e aprender, ou seja, pensar em estratégias que articulem os conhecimentos das áreas disciplinares; Requer conhecer a comunidade escolar, as características socioculturais e econômicas dos alunos.
Educação Geográfica - Ler os fenômenos geográficos em diferentes escalas, por meio do estudo da paisagem, do lugar e do território, mobiliza o aluno para fazer a leitura do cotidiano. Dessa maneira, ele agirá sobre o lugar de vivência, entenderá a realidade, poderá comparar vários lugares e notar as semelhanças e diferenças que há entre eles.
As pesquisas mostram: Que as ações didáticas podem ser facilitadoras para a compreensão, reconhecimento e aplicação das informações sobre o campo epistemológico, cognitivo e social.
O papel do professor: Reconhecer o que é relevante na informação para o aluno; Conduzir a aula de modo que o aluno perceba a relevância temática e seja estimulado a pensar, a raciocinar a partir do que sabe; Estimular e facilitar o processo de aprendizagem.
Planejamento; Planejar a atuação, saber selecionar os conteúdos importantes a serem desenvolvidos para que o aluno desenvolva as operações mentais e construa seu conhecimento. O critério de seleção de conteúdo deve considerar a concepção em que se está fundamentando.
Construir os conceitos - Para pensarmos a cidade temos que relacioná-la com a escala de análise, a paisagem, o território, a região, o lugar, o meio físico. A diferenciação da organização do território com limites em função de seu tamanho, como população, cidades, países, regiões, da escala de significado, que estabelece o nível de interpretação.
Conceito de Paisagem - As geografias regionais incorporam o conceito de paisagem; A paisagem que se introduz na geografia (início do sec.XX) é um conceito cultural e responde a uma consideração cultural do entorno, à percepção cultural do mesmo. A paisagem se identifica com o resultado das relações homem-meio e se manifesta como expressão visual. A paisagem é um conjunto heterogêneo de formas naturais e artificiais; é formada por frações de ambas... Se levarmos em conta a sucessão histórica dos modos de produção, nela reconheceremos as diversas gradações do artifício, com o império do cultural se tornando cada vez mais marcante e significativo. Paisagem é o que a nossa visão alcança. O domínio do visível. (SANTOS) A paisagem toma escalas diferentes e assoma diversamente aos nossos olhos, é a dimensão da percepção. Paisagem não é a configuração territorial, embora faça parte dela. 
Território, Região e Lugar - Território deve ser entendido como produzido pelos homens, nas relações de poder e de produção e sua população. ( uma rede de relações).
O lugar é um conjunto de objetos que têm autonomia de existência pelas coisas que o formam. É o ponto de referência de várias redes e conexões existentes no território. Experiências com o Lugar (TUAN)
O espaço transforma-se em lugar à medida que adquire definição e significado. A distância é um conceito inexpressivo separado da ideia de objetivo ou lugar. 
Lugar está associado à localização. O valor do lugar depende da intimidade de uma relação humana.
Território, região e lugar Compreender que o Território se organiza de maneira diversa atendendo aos reclamos da produção. Estudar uma região significa entender as relações, formas, funções, organizações....em vários níveis de interação. Entender a categoria Região significa captar a maneira como se produz em diferentes partes do mundo relacionando a nova dinâmica às condições preexistentes.
Paisagem, território e espaço - Analisar espacialmente o fenômeno implica antes descrevê-lo na paisagem e a seguir analisá-lo em termos de território. Para entendermos como essa relação se estabelece necessitamos esclarecer os princípios lógicos na geografia: localização, distribuição, extensão, distância, posição (orientação) e escala. Estabelecer as relações na paisagem e transportá-las para o mapa
Espaço, território e paisagem - Todo conhecimento geográfico começa com a descrição da paisagem. O recorte de espaço desses objetos na paisagem é o seu território O método: leitura do território. É a mediação do território que dá o salto de qualidade na análise da paisagem.
Espaço, território e paisagem formam uma base de categorias de toda a leitura geográfica da sociedade. Mas os princípios são a base dessa base.
Pensar sobre a cidade: proposta para ensinar Para dar o significado que esse tema merece, retoma-se alguns segmentos, citado por Abreu (1994:208), descritos na pesquisa de P. Monbeig, são eles: ‘’o sítio, a posição, a evolução histórica, a fisionomia e estrutura, as funções urbanas e o raio de ação da cidade. São Paulo não é apenas o resultado do seu local, da sua situação e do seu clima: antes disso tudo, é o produto do trabalho dos homens que, em épocas diferentes, conforme as circunstâncias históricas mutáveis tiraram partido da natureza inerte.”
Os princípios - Os princípios lógicos estão relacionados com a organização e estruturação geográfica: localização, Distribuição, extensão, distância, posição, delimitar e escalarizar as relações com a paisagem e transportá-la para o mapa. (MOREIRA) A importância dos princípios estava no discurso da representação geográfica.#
Materialização do espaço - Categorias Categorias de Categorias Espaço Localização, distribuição, distância, extensão, posição escala Território região, lugar e rede Paisagem Arranjo, configuração 
Pensamento espacial 
1. Conhecer lugares diferentes para entender o que significam para as pessoas e porque em determinados lugares agem de uma determinada forma;
2.Conhecer como é a organização de coisas no nosso próprio lugar.
4 pilares da geografia: localização, condição, conexão, hierarquização e região. (PHIL GERSMESHL, 2008)
VIDEO AULA 02 - O que é Educação Geográfica? - A Educação Geográfica contribui para que os alunos reconheçam a ação social e cultural de diferentes lugares, as interações entre as sociedades e a dinâmica da natureza que ocorrem em diferentes momentos históricos.
Objetivos do Ensino de Geografia - Compreensão das semelhanças e das diferenças entre os lugares, garantindo o domínio sobre os conhecimentos relativos ao tempo e clima; à geomorfologia; aos recursos hídricos; ao solo e à cobertura vegetal; à população; à comunicação e aos fluxos; às redes e às atividades econômicas; espaços rurais e urbanos. Ampliação dos conhecimentos e compreensão dos espaços nos contextos locais, regionais, nacionais e globais. Nesse caso, destaque para o reconhecimento do território e a compreensão das características culturais dos lugares em estudo. 
Compreender os conceitos geográficos a partir do uso da linguagem cartográfica e gráfica; reconhecer e fazer uso dessas linguagens e outras com diferentes gêneros textuais, imagens, audiovisuais, documentais para explicar, analisar e propor soluçõesque utilizem os conceitos geográficos em situações do cotidiano.
Dessa forma, o raciocínio geográfico do aluno pode ser estimulado a comparar diferentes espaços e entender que o estudo [...] passa por compreender o grau de complexidade que tem esse conceito, pois abrange diferentes usos, hábitos e culturas, rganização política, tradições e etnias. [...] Pelo fato de ser um produto da sociedade, isso implica questionar as relações entre espaço e compreender temporalmente as mudanças que ocorreram nos lugares (Ibidem, p. 17).
Em relação aos princípios, podemos afirmar que a geografia estuda o significado da localização dos fenômenos, [...] descrevendo os lugares, interpretando as diferentes secções e os momentos históricos. O ato de ensinar geografia nos coloca sempre a questão, ao legitimar o saber geográfico e ao repensar seus conteúdos (CASTELLAR & VILHENA, 2010, p. 16). 
Compreender a geografia do lugar em que se vive significa conhecer e aprender que as paisagens são distintas e que podemos encontrar construções de concepções arquitetônicas diferentes em uma mesma rua; significa compreender também os fluxos de pessoas e mercadorias, as áreas de lazer, as áreas industriais e comerciais e reconhecer, cartograficamente, as áreas rurais e urbanas dos diferentes lugares. O que vai diferenciar a compreensão dos temas ou conceitos é a maneira como se estuda em sala de aula a organização dos arranjos do espaço geográfico (Ibidem).
Método (ciência como conhecimento metódico)
Caminho que conduz ao conhecimento
Acompanha o vaivém o diálogo entre percepção e pensamento
Categorias da Geografia PAISAGEM - LUGAR – TERRITÓRIO - REGIÃO
Essência epistemológica
Conceito de Paisagem - “Em seu método, busca na paisagem (a imagem) os detalhes que tenham constância, isto é que se repita, de forma a encontrar padrões que levem à evidenciação da organização do espaço” (p.109) 
- A paisagem que se introduz na geografia (início do sec. XX) é um conceito cultural e responde a uma consideração cultural do entorno, a percepção cultural do mesmo.
- A paisagem se identifica com o resultado das relações homem-meio e se manifesta como expressão visual.
- Cada tipo de paisagem é a reprodução de níveis diferentes de forças produtivas, materiais e imateriais. (M. Santos)
- A paisagem é um conjunto heterogêneo de formas naturais e artificiais; é formada por frações de ambas...
- Se levarmos em conta a sucessão histórica dos modos de produção, nela reconheceremos as diversas gradações do artifício, com o império do cultural se tornando cada vez mais marcante e significativo. 
- O lugar é um conjunto de objetos que têm autonomia de existência pelas coisas que o formam. É o ponto de referência de várias redes e conexões existentes no território.
- O espaço transforma-se em lugar à medida que adquire definição e significado.
- Lugar está associado à localização, embora não seja a mesma coisa. A localização é móvel. O lugar é fixo, tem a ver com as condições.
- Ensinar a ler o mundo, a realidade, é um processo que se inicia quando o aluno reconhece os lugares, conseguindo identificar as paisagens. Portanto, observar, registrar, comparar e analisar são processos que estão relacionados com o significado de ler e de entender, desde os lugares de vivência até aqueles que são concebidos por quem lê, dando significados às paisagens observadas, pois na leitura se atribui sentido ao que está escrito e o que está representado.
Qual o papel das categorias? - 
Como a paisagem pode ajudar a ensinar geografia?
Como o lugar pode ajudar a ensinar geografia?
Como a paisagem pode ajudar a ensinar geografia?
Como o lugar pode ajudar a ensinar geografia?
Por que é importante diferenciar as categorias da Geografia?
Currículo e Pertinência da Geografia - [...] as escolas são lugares onde o mundo é tratado como um objeto de pensamento e não como um lugar de experiência. (...) Às vezes, esses conceitos têm referentes fora da escola, no ambiente da vida do aluno, numa cidade como Londres, por exemplo. Entretanto, os relacionamentos dos alunos com Londres como “conceito” devem ser diferentes de seu relacionamento com a sua “experiência” de Londres como o lugar onde vivem. (M.Young, 2011:615)
Objeto de Pensamento são os conteúdos bem estruturados que auxiliam o aluno a desenvolver o pensamento mais complexo, ou seja, os alunos pensam e relacionam conceitos científicos. (YOUNG,2011)
Para pensarmos a cidade temos que relacioná-la com a escala de análise, a paisagem, o território, a região, o lugar, o meio físico. A diferenciação da organização do território com limites em função de seu tamanho, como população, cidades, países, regiões, da escala de significado, que estabelece o nível de interpretação.
Compreender a Geografia do local em que se vive significa conhecer e apreender intelectualmente o lugar, a paisagem, os fluxos de pessoas e mercadorias, as áreas de lazer, os fenômenos e objetos existentes no espaço urbano ou rural. Para ter essa compreensão, torna-se básico saber manejar os conceitos, saber a que eles se referem e que condução teórica expressam.
Compreender o seu papel como sujeito da história e do lugar, ou seja, pertencendo ao lugar de vivência. O currículo escolar pode ser organizado com o objetivo de estimular o desenvolver raciocínios espaciais. Geografia estuda o significado da localização dos fenômenos, o território, as divisões regionais, descrevendo os lugares, interpretando-os as diferentes secções espaciais e momentos históricos. Muito embora o espaço geográfico deva ser o objeto central desse estudo.
É possível desenvolver conteúdos geográficos desde as séries iniciais e que levem a criança a construir os primeiros significados importantes do mundo científico, permitindo que novos conhecimentos sejam adquiridos.
SEMANA 02 - A Geografia na BNCC e no Currículo Paulista
Boas-vindas à Semana 2 de Fundamentos e Práticas no Ensino de Geografia voltada para a Educação Infantil e os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.Ensinar e aprender Geografia envolve conhecer algumas noções e conceitos básicos da Educação e, também, da própria ciência geográfica. Além disto, envolve conhecer as propostas curriculares implementadas no âmbito do Brasil e dos estados.Nesta disciplina, serão expostos, alguns aspectos da Base Nacional Comum Curricular e do Currículo Paulista, organizado pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Também serão mostrados e discutidos alguns exemplos de materiais didáticos e estratégias de ensino que podem colaborar com a reflexão de práticas educativas mais integradoras e significativas para os alunos da Educação Infantil e os Anos Iniciais
Você irá estudar alguns fundamentos da Geografia Escolar, com destaque para a sua importância social e da própria ciência geográfica. Tal importância envolve, a compreensão da realidade na qual estamos inseridos.Nesta semana, você deverá ler trechos da própria BNCC e do Currículo Paulista. É preciso estudar tais documentos oficiais para saber seus limites e potencialidades. Deverá ler, também, artigos diversos sobre o tema e assistir as vídeo-aulas.
Nossos objetivos são:
· Abordar situações de ensino e aprendizagem que possam estimular o estudante a reconhecer a Geografia como um importante campo de conhecimento científico;
· Apresentar a relevância que a educação geográfica possibilita para alunos desde a Educação Infantil e para os Anos Iniciais;
· Conhecer a organização curricular da Base Nacional Comum curricular - BNCC e do currículo produzido pela Secretaria de Educação de São Paulo - SEE-SP visando a reflexão sobre a implementação desses currículos nas escolas públicas.
 Vídeo aula 3- semana 2 Fundamentos e práticas do ensino de Geografia - Geografia na BNCC parte 1
Segundo sua opinião, o que avançou dos parâmetros nacionais curriculares (que estava há quase 20 anos nos estados e bem consolidado) em relação a BNCC(que hoje está presente nos estados e nos livros didáticos)?
E - A primeira questão é perceber qual é o poder que esses instrumentos têm, pois os parâmetros (comoo próprio nome indica) eram os parâmetros curriculares nacionais, mas eles não tinham a força de orientar o material didático ou mesmo de reformular ou obrigar a reformulação de um currículo. A BNCC foi elaborada e homologada pelo conselho nacional de educação, e todo esse movimento acabou sendo obrigatório no Brasil para adequar, pois a base tem força e é quem vai fomentar e exigir as atualizações curriculares de todas as escolas de todos os estados e de municípios. Esse movimento de reformulação dos currículos e que acaba orientando a reformulação dos materiais didáticos acabou sendo movimento bastante interessante .
Percebo que a mudança dos parâmetros que tínhamos para as orientações da BNCC, tem uma questão que é interessante que deve ser ressaltada no na educação geográfica tivemos um percurso desenvolvido ao longo desses anos que hoje acaba refletindo no próprio documento, que é uma mudança de concepção, de como orientar a educação geográfica; então todo a articulação que é feita pelas habilidades e competências que orientam as unidades temáticas da BNCC,( tanto para o ensino fundamental anos iniciais como os anos finais) existe uma coerência, uma coesão de pensamento, que leva em conta desde o ingresso do aluno nos anos iniciais até a finalização dele no ensino médio. A educação geográfica aparece na BNCC, renovada porque apresenta uma discussão que não é tão recente assim no mundo, mas acaba sendo muito nova aqui no Brasil; que é a discussão de:
· O que significa pensar geograficamente?
· Quais são os princípios do raciocínio geográfico?
· O que significa um pensamento espacial ?
· Como que tudo isso se articula a partir dos conteúdos que são próprias da geografia?
E todas as respostas estão na BNCC, e existe um movimento interno dentro da proposta das ciências humanas e do componente de Geografia ( em particular ) que apresenta hoje uma discussão mais nova, atualizada e mais comprometida, com de fato uma geografia que pode mudar uma concepção de escola, de estudante e da atuação do professor.
-Na perspectiva dessa dessa mudança a gente traz a geografia para o currículo com mais relevância, com mais robusteza, com mais importância do seu papel dentro do currículo escolar? 
-Por exemplo como é que o professor está acostumado a ver geograficamente, principalmente nos anos iniciais ou mesmo na educação infantil (acredito que nem a gente olha para os componentes curriculares), mas de uma maneira geral no ensino dos anos iniciais a geografia sempre teve presente, mas ela nunca teve robustez, apesar de entendermos a relevância e a sua importância , mas como você percebe isso hoje?
-Podemos relacionar um pouco dentro do currículo o papel que a Geografia tem?-E em relação com o livros didáticos como é que o professor pode perceber questões da geografia, trazendo para o cotidiano?
R - Existe uma questão que orienta hoje a nossa atividade em sala de aula, independente de estarmos atuando nos anos iniciais finais ensino médio ou até mesmo superior, que é :
· como que a gente habita o espaço?
· qual é o nosso do pape?
A geografia é relacionar-se então acho que hoje a gente tem de fato uma proposta que foi apresentada pela BNCC, e que acaba sendo traduzida nos currículos dos estados e de alguns municípios que permite que consiguemos discutir realmente a geografia a partir do nosso objeto de estudo, que é espaço geográfico.Essa construção está sendo muito bem amarrada no currículo a partir daquilo que está proposto na BNCC que são os princípios do raciocínio geográfico.
Podemos pensar hoje:
· o que a gente ensina na geografia?
· como a gente ensina? 
· e o mais importante,como que o aluno aprende que chamamos de " pensar geograficamente" ?
Podemos olhar para o espaço, para um acontecimento, para um fenômeno que pode ser como exemplo o evento de Mariana.
Para ler essa questão, esse acidente, entender o que aconteceu em Mariana, então todas as ações que são necessárias para levar para sala de aula e discuta esse fenômeno com os alunos, vai exigir que coloquemos e articulemos os princípios do raciocínio geográfico. 
E começa discutindo esse evento a partir da localização, a partir da diferenciação que acontece entre Mariana e Brumadinho, a extensão desse fenômeno, o ordenamento a partir de escalas espaciais, então Brumadinho dentro de uma organização regional, depois estadual e até o articulação disso a partir de outros eventos que também aconteceram semelhantes no Brasil. 
Conclui- se que tem todo um pensar a respeito de um fenômeno, de um evento que traz para a sala de aula componentes do raciocínio geográfico, princípios do raciocínio geográfico que nos permite pensar como habitamos o espaço.
O professor tem hoje uma tarefa que é mostrar aos estudantes nas aulas de geografia que geografia é relacionar-se, é pensar a partir de questões que estão colocadas no nosso cotidiano, distantes ou próximos.
Outro exemplo que podemos tratar e que está longe, é a questão dos refugiados na Europa, uma questão bem séria hoje para Alemanha, e que se pensa a partir dos princípios geográficos a gente lê questões, eventos, acontecimentos que ocorrem no espaço a partir daquilo que de fato nos orienta a um pensamento geográfico, é um pensamento que hoje pode ser construído na educação geográfica .
A BNCC está articulada com eixos temáticos, como os exemplos citados, e temos também um eixo que trata de natureza e do ambiente e qualidade de vida; como podemos articular com o exemplo de Brumadinho, a questão do impacto ambiental? 
As vezes nos anos iniciais essa articulação é pouco tratada; como um pedagogo que pode trabalhar com esses conteúdos? Pois na situação de Mariana há uma relação que além de tratar do ponto de vista político, econômica possa também articular o ponto de vista ambiental?Como pode estimular o olhar do professor para estas relação? Para perder aquele olhar de uma Geografia descritiva, ou mesmo falar apenas da criança e de sua família a BNCC tem uma lógica que quebra esse princípio.
R - É natural querer levar para a sala de aula na primeira segunda-feira após o acontecimento ( Brumadinho), mas os alunos precisam ter aprendido alguns pré-requisitos necessários para compreender a extensão desse fenômeno, o impacto que esses fenômenos traz , pré-requisitos tais como; morfologia do relevo, aspectos basilares da geomorfologia.Mas houve um impacto muito grande nesse acidente, decorrentes de questões próprias da topografia ou da ação do homem sobre esse terreno. 
É necessário que o professor também reconheça quais são as habilidades, as competências , os conteúdos, os saberes necessários e pré-requisitos para que ele possa de fato ler e interpretar aquele fenômeno, e a identificação desses saberes é fundamental.
A BNCC trabalha com habilidades que às vezes o professor acha que elas estão numa progressão apenas gradual da primeira até a última, mas elas também ocorrem na progressão que é transversal. Pode - se trabalhar essa atividade na habilidade do 3º ano ou 4º ano na unidade temática natureza ambientes e qualidade de vida, mas necessariamente precisa-se resgatar uma outra habilidade que fica no segundo ano, que era a leitura da paisagem da identificação dos elementos que compõem a paisagem para que o aluno possa compreender de fato o que está acontecendo em uma análise um pouco mais integrado no 4º ano .
O professor fica com uma tarefa que ao ler a base consegui compreender as articulações, as progressões de aprendizagem, que acontecem a partir das habilidades.
 Nessas habilidades estão contidos os conteúdos, os professores devem reconhecer que existem alguns conteúdos que exigem pré-requisitos.
Não se consegue fazer uma análise muito detalhada considerando os aspectos sociais, econômicos, políticos e também ambientais com um aluno do 2 ano, pois ele não teve os pré-requisitos necessários para uma análise dessa natureza, mas consegue- se resgatar esse debate no 6º ano, fazendo ligações com aquele conteúdo que já foi trabalhado pelos professores dosanos iniciais do 1º ao 5º ano, na identificação da paisagem no reconhecimento dos elementos naturais e culturais que formam essa as paisagens e na relação que as pessoas tem dentro da cidade do município a ou mesmo na relação com as atividades industriais e o impacto que isso teve nas atividades rurais, agropastoris de toda ordem.
O importante é dizer ao professor a necessidade de compreender a BNCC e também a partir da progressão de habilidades, reconhecer quais são os conteúdos, quais são os processos cognitivos que cada estudante consegue desenvolver a partir daquele ano, e o que é necessário que ele tenha estudado para poder de fato garantir uma aprendizagem naquele ano com aquilo que tá de desafio ao professor, todas as atividades vão exigir um pouco disso.
Existe uma maneira de base de ler a BNCC, numa ordem, sujeito e seu lugar no mundo, depois eu vou para a natureza ...mas quando um caso desse tipo de Mariana acontece, trabalha-se lugar de vivência, do sujeito daquele naquele lugar e trabalha-se também questões ambientais e ainda pode - se usar o mapa e das conexões e escalas, porque por mais que necessite do pré- requisito, as crianças têm condições de reconhecer o lugar, de perceber o relevo tem uma inclinação, falar sobre a barragem. Algumas discussões que são muito elementares nos anos iniciais principalmente 1, 2, 3 ano que as crianças vão 6 aos 8 , deve se ter uma certa delicadeza nos conteúdos, mas procurar pensar essa articulação.Deve-se tentar trazer para o aluno algo empírico como maquete, e uma escala do fenômeno representado pode trazer para mais perto dele.
Na BNCC para educação infantil existem os campos de experiência, (vinculados ao sensório-motor, estimulação da música, linguagem, artes), mas temos um campo que podemos inserir noções de geografia, principalmente aos que são ligados a noção de corpo, de movimento, iniciando com os bebês, mas vamos falar das crianças que estão no final dá pré escola, 4 e 5 anos. Temos o campo que é formas, quantidade e espaço e tempo, neste campo aparece relações espaciais como noções de lateralidade, relações espaciais euclidianas topológicas projetivas euclidianas, o que ajudaria bastante na leitura cartográfica. 
Alfabetização Cartográfica.
Alfabetização cartográfica aparece com muita força na BNCC e não havia tanta força tanto relevo para essa discussão nos parâmetros curriculares nacionais, agora desde a mais tenra idade o aluno é convidado a pensar sobre as noções que vão possibilitar uma leitura do espaço e o desenvolvimento. 
Alfabetização cartográfica é um elemento importante para que se possa de fato desenvolver uma aprendizagem nos anos iniciais e finais de Geografia e inicia-se na educação infantil com a aprendizagem da lateralidade, das primeiras noções de orientação e também de localização.Começam com questões que são muito lúdicas , mas que colocam já a cartografia no plano da aprendizagem desse estudante e isso acaba sendo um elemento que vai conduzindo toda a BNCC desde educação infantil até o ensino médio.
A cartografia é colocada com muita força e assumi o papel de linguagem que se trabalha a bastante tempo, mas agora é efetivamente não assumo esse lugar. Ela é uma unidade temática,forma de representação pensamento espacial, a cartografia é convidada desde o primeiro ano até o ensino médio para que ela possa não apenas ilustrar a ocorrência de um fenômeno,mas para que o aluno seja convidado a pensar espacialmente .É necessário que ele consiga articular aquilo que é próprio da cartografia, por isso a linguagem cartográfica é fundamental para que se possa de fato desenvolver essas habilidades que se espera que seja desenvolvidas pelos currículos, e que os professores considere ela como um elemento articulador do pensamento espacial, do pensamento geo espacial.
VIDEO 04 espaços, mas que são diretamente relacionados. A vida é tributária da cidade, poisse vive e habita esse espaço. A cidade ela está presente em toda a construção geográfica, essa compreensãoque se tem do mundo ou que se deve levar para sala de aula, para que o estudantese possa compreender o mundo, em parte implica que ele compreenda a cidade emque vive.E o município é um elemento articulador de todo o conhecimento geográfico e temmuita força na BNCC, ele assume um lugar desde as questões ambientais que éunidade temática que é natureza ambientes e qualidade de vida , é lá que se tem aocorrência de determinadas questões como; impactos, relações, mas também estápresente quando se estuda identidade, como por exemplo, da população que estáno sujeito e seu lugar no mundo ou mesmo nas representações.Na forma de representação de pensamento espacial também a materialidade dealguns eventos ocorrem na cidade, temos então um conjunto de mapas temáticos,que podem ajudar o aluno a compreender aquele lugar, aquele território, a partir daexistência de mapas que revelem a cidade, como ela está ou como ela pode serprojetada.Quando se fala dos princípios geográficos e traz os princípios tambémda cartografia, como por exemplo na linguagem da literatura da históriaem quadrinho, mostrando que a cartografia entraria como umalinguagem, que são procedimentos importantes de serem trabalhadosnas aula de português, dividindo com o professor às vezes um textoliterário sobre o cerrado, ou sobre uma área de preservação dopatrimônio natural, pode ajudar não só a língua portuguesa como atambém a geografia. Esse movimento metodológico e também ummovimento de priorizar que tipo de conteúdo que faz essas articulações.Como por exemplo, o que foi falado do sujeito e seu lugar do mundo, éa dimensão da Cultura , de trazer os povos nativos, os povos origináriosé uma dimensão do sujeito e seu lugar do mundo, que está muitoassociado ao conceito de identidade.
As categorias e os conceitos tem uma novidade na BNCC que não aparecia emnenhum outro documento que antecedeu a organização dos currículos, nem nosparâmetros, nem nas diretrizes, que é categoria território usado se fala que oespaço geográfico é um objeto de ensino e de aprendizagem da ciência geográfica,então se estuda a geografia para compreender o mundo, ou seja, compreender oespaço geográfico.Esse espaço geográfico exige abstração, e o que se ensina não é o espaço em si,mas se opera com essas categorias e o que se espera, é que o aluno consigacompreender como se dá a vida, como se habita, como que se relaciona em umdeterminado lugar ou em determinado território. Toda essa articulação está presente na BNCC e a novidade; o território usado , émuito interessante porque é uma categoria que permite que se relacione o que épróprio do território, os elementos que compõem o espaço, tanto o conceito dadopor Milton ajuda muito no espaço geográfico como sistema de objetos e ações.Portanto são as atividades que se relacionam na lá com as ações humanas e oterritório usado é isso; é onde se está, como se está, como se relaciona comaquele lugar.E o território usado é uma categoria que perpassa todas as unidades temáticas,então se desde o território usado nessa relação com o sujeito, a cultura e a basematerial; como se também o território usado em impactos ambientais observados de uma determinada cidade, um grande fenômeno que acontece numa determinadaregião.Tanto é possível estudar a partir das questões sociais, econômicas, políticas, ouseja, todas as relações que acontecem no lugar, no território, que é uma outragrande contribuição, mas não se ensina a paisagem por paisagem, não é precisoque nenhum aluno do ensino fundamental, saia no 9º ano dizendo o que épaisagem, o que é lugar ou o que é território, quem precisa aprender o conceito,que precisa aprender o que são as categorias, são os professores, para poderoperar pelos alunos, através deles, para poder ensinar a cidade, toda a organizaçãoda cidade que se da a partir da base material, do território, do lugar que ocupam. Na proposta da BNCC tem algo muito interessante que pode ser construídapeloprofessor em articulação com as habilidades que estão postas na própria BNCC.
O raciocínio geográfico é entender essa dinâmica toda por meio doterritório e da ideia do território usado que e muito mais concreto do queo espaço geográfico de fato.Raciocínio geográfico - é hoje o que permite que se elabore, pense e articule osconteúdos que são próprios de cada um.Qual é a diferença de ensinar cidade pela geografia ou pela história, pois também éum conteúdo presente na história, ou mesmo na ciências; o que traz o conteúdo efaz com que ele seja geográfico é articulação do raciocínio geográfico, dosprincípios de localização, diferenciação, extensão, analogia e de comparação étrazer qualquer que seja o conteúdo para ler a partir desses princípios queorganizam esse pensamento que é geográfico e que é espacial.
GEOGRAFIA Texto-base - Base Nacional Comum Curricular (Leia as páginas 357 - 367) | BNCC
Estudar Geografia é uma oportunidade para compreender o mundo em que se vive, na medida em que esse componente curricular aborda as ações humanas construídas nas distintas sociedades existentes nas diversas regiões do planeta. Ao mesmo tempo, a educação geográfica contribui para a formação do conceito de identidade, expresso de diferentes formas: na compreensão perceptiva da paisagem, queganha significado à medida que, ao observá-la, nota-se a vivênciados indivíduos e da coletividade; nas relações com os lugares vividos; nos costumes que resgatam a nossa memória social; na identidadecultural; e na consciência de que somos sujeitos da história, distintosuns dos outros e, por isso, convictos das nossas diferenças.Para fazer a leitura do mundo em que vivem, com base nas aprendizagens em Geografia, os alunos precisam ser estimulados a pensarespacialmente, desenvolvendo o raciocínio geográfico. O pensamento espacial está associado ao desenvolvimento intelectual que integra conhecimentos não somente da Geografia, mas também de outras áreas (como Matemática, Ciência, Arte e Literatura). Essa interação visa à resolução de problemas que envolvem mudanças de escala, orientação e direção de objetos localizados na superfície terrestre, efeitos de distância, relações hierárquicas, tendências à centralização e à dispersão, efeitos da proximidade e vizinhança etc.O raciocínio geográfico, uma maneira de exercitar o pensamento espacial, aplica determinados princípios (Quadro 1) para compreender aspectos fundamentais da realidade: a localização e a distribuição dos fatos e fenômenos na superfície terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes entre componentes físico-naturais eas ações antrópicas.
Essa é a grande contribuição da Geografia aos alunos da Educação Básica: desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da sociedade e da natureza. Para tanto, é necessário assegurar a apropriação de conceitos para o domínio do conhecimento fatual (com destaque para os acontecimentos que podem ser observados e localizados no tempo e no espaço) e para o exercício da cidadania.Ao utilizar corretamente os conceitos geográficos, mobilizando o pensamento espacial e aplicando procedimentos de pesquisa e análise das informações geográficas, os alunos podem reconhecer: a desigualdade dos usos dos recursos naturais pela população mundial; o impacto da distribuição territorial em disputas geopolíticas; e a desigualdade socioeconômica da população mundial em diferentes contextos urbanos e rurais. Desse modo, a aprendizagem da Geografia favorece o reconhecimento da diversidade étnico-racial e das diferenças dos grupos sociais, com base em princípios éticos (respeito à diversidade e combate ao preconceito e à violência de qualquer natureza). Ela também estimula a capacidade de empregar o raciocínio geográfico para pensar e resolver problemas gerados na vida cotidiana, condição fundamental para o desenvolvimento das competências gerais previstas na BNCC.
Nessa direção, a BNCC está organizada com base nos principais conceitos da Geografia contemporânea, diferenciados por níveis de complexidade. Embora o espaço seja o conceito mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que os alunos dominem outros conceitos mais operacionais e que expressam aspectos diferentes do espaço geográfico: território, lugar, região, natureza e paisagem. O conceito de espaço é inseparável do conceito de tempo e ambos precisam ser pensados articuladamente como um processo. Assim como para a História, o tempo é para a Geografia uma construção social, que se associa à memória e às identidades sociais dos sujeitos. Do mesmo modo, os tempos da natureza não podem ser ignorados, pois marcam a memória da Terra e as transformações naturais que explicam as atuais condições do meio físico natural. Assim, pensar a temporalidade das ações humanas e das sociedades por meio da relação tempo-espaço representa um importante e desafiador processo na aprendizagem de Geografia. Para isso, é preciso superar a aprendizagem com base apenas na descrição de informações e fatos do dia a dia, cujo significado restringe-se apenas ao contexto imediato da vida dos sujeitos. A ultrapassagem dessa condição meramente descritiva exige o domínio de conceitos e generalizações. Estes permitem novas formas de ver o mundo e de compreender, de maneira ampla e crítica, as múltiplas relações que conformam a realidade, de acordo com o aprendizado do conhecimento da ciência geográfica.
Para dar conta desse desafio, o componente Geografia da BNCC foi dividido em cinco unidades temáticas comuns ao longo do Ensino Fundamental, em uma progressão das habilidades. Na unidade temática O sujeito e seu lugar no mundo, focalizam-se as noções de pertencimento e identidade. No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, busca-se ampliar as experiências com o espaço e o tempo vivenciadas pelas crianças em jogos e brincadeiras na Educação Infantil, por meio do aprofundamento de seu conhecimento sobre si mesmas e de sua comunidade, valorizando-se os contextos mais próximos da vida cotidiana. Espera-se que as crianças percebam e compreendam a dinâmica de suas relações sociais e étnico-raciais, identificando-se com a sua comunidade e respeitando os diferentes contextos socioculturais. Ao tratar do conceito de espaço, estimula-se o desenvolvimento das relações espaciais topológicas, projetivas e euclidianas, além do raciocínio geográfico, importantes para o processo de alfabetização cartográfica e a aprendizagem com as várias linguagens (formas de representação e pensamento espacial).
Além disso, pretende-se possibilitar que os estudantes construam sua identidade relacionando-se com o outro (sentido de alteridade); valorizem as suas memórias e marcas do passado vivenciadas em diferentes lugares; e, à medida que se alfabetizam, ampliem a sua compreensão do mundo. Em continuidade, no Ensino Fundamental – Anos Finais, procura-se expandir o olhar para a relação do sujeito com contextos mais amplos, considerando temas políticos, econômicos e culturais do Brasil e do mundo. Dessa forma, o estudo da Geografia constitui-se em uma busca do lugar de cada indivíduo no mundo, valorizando a sua individualidade e, ao mesmo tempo, situando-o em uma categoria mais ampla de sujeito social: a de cidadão ativo, democrático e solidário. Enfim, cidadãos produtos de sociedades localizadas em determinado tempo e espaço, mas também produtores dessas mesmas sociedades, com sua cultura e suas normas. Em Conexões e escalas, a atenção está na articulação de diferentes espaços e escalas de análise, possibilitando que os alunos compreendam as relações existentes entre fatos nos níveis local e global. Portanto, no decorrer do Ensino Fundamental, os alunos precisam compreender as interações multiescalares existentes entre sua vida familiar, seus grupos e espaços de convivência e as interações espaciais mais complexas. A conexão é um princípio da Geografia que estimula a compreensãodo que ocorre entre os componentes da sociedade e do meio físico natural. Ela também analisa o que ocorre entre quaisquer elementos que constituem um conjunto na superfície terrestre e que explicam um lugar na sua totalidade. Conexões e escalas explicam os arranjos das paisagens, a localização e a distribuição de diferentes fenômenos e objetos técnicos, por exemplo. Dessa maneira, desde o Ensino Fundamental – Anos Iniciais, as crianças compreendem e estabelecem as interações entre sociedade e meio físico natural. No decorrer desse processo, os alunos devem aprender a considerar as escalas de tempo e as periodizações históricas, importantes para a compreensão da produção do espaço geográfico em diferentes sociedades e épocas.
Em Mundo do trabalho, abordam-se, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os processos e as técnicas construtivas e o uso de diferentes materiais produzidos pelas sociedades em diversos tempos. São igualmente abordadas as características das inúmeras atividades e suas funções socioeconômicas nos setores da economia e os processos produtivos agroindustriais, expressos em distintas cadeias produtivas. No Ensino Fundamental – Anos Finais, essa unidade temática ganha relevância: incorpora-se o processo de produção do espaço agrário e industrial em sua relação entre campo e cidade, destacando-se as alterações provocadas pelas novas tecnologias no setor produtivo, fator desencadeador de mudanças substanciais nas relações de trabalho, na geração de emprego e na distribuição de renda em diferentes escalas. A Revolução Indurial, a revolução técnico-científico-informacional e a urbanização devem ser associadas às alterações no mundo do trabalho. Nesse sentido, os alunos terão condição de compreender as mudanças que ocorreram no mundo do trabalho em variados tempos, escalas e processos históricos, sociais e étnico-raciais. Por sua vez, na unidade temática Formas de representação e pensamento espacial, além da ampliação gradativa da concepção do que é um mapa e de outras formas de representação gráfica, são reunidas aprendizagens que envolvem o raciocínio geográfico. Espera-se que, no decorrer do Ensino Fundamental, os alunos tenham domínio da leitura e elaboração de mapas e gráficos, iniciando-se na alfabetização cartográfica. Fotografias, mapas, esquemas, desenhos, imagens de satélites, audiovisuais, gráficos, entre outras alternativas, são frequentemente utilizados no componente curricular. Quanto mais diversificado for o trabalho com linguagens, maior o repertório construído pelos alunos, ampliando a produção de sentidos na leitura de mundo. Compreender as particularidades de cada linguagem, em suas potencialidades e em suas limitações, conduz ao reconhecimento dos produtos dessas linguagens não como verdades, mas como possibilidades.
No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, os alunos começam, por meio do exercício da localização geográfica, a desenvolver o pensamento espacial, que gradativamente passa a envolver outros princípios metodológicos do raciocínio geográfico, como os de localização, extensão, correlação, diferenciação e analogia espacial. No Ensino Fundamental – Anos Finais, espera-se que os alunos consigam ler, comparar e elaborar diversos tipos de mapas temáticos, assim como as mais diferentes representações utilizadas como ferramentas da análise espacial. Essa, aliás, deve ser uma preocupação norteadora do trabalho com mapas em Geografia. Eles devem, sempre que possível, servir de suporte para o repertório que faz parte do raciocínio geográfico, fugindo do ensino do mapa pelo mapa, como fim em si mesmo. Na unidade temática Natureza, ambientes e qualidade de vida, busca-se a unidade da geografia, articulando geografia física e geografia humana, com destaque para a discussão dos processos físico-naturais do planeta Terra. No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, destacam-se as noções relativas à percepção do meio físico natural e de seus recursos. Com isso, os alunos podem reconhecer de que forma as diferentes comunidades transformam a natureza, tanto em relação às inúmeras possibilidades de uso ao transformá-la em recursos quanto aos impactos socioambientais delas provenientes. No Ensino Fundamental – Anos Finais, essas noções ganham dimensões conceituais mais complexas, de modo a levar os estudantes a estabelecer relações mais elaboradas, conjugando natureza, ambiente e atividades antrópicas em distintas escalas e dimensões socioeconômicas e políticas. Dessa maneira, torna-se possível a eles conhecer os fundamentos naturais do planeta e as transformações impostas pelas atividades humanas na dinâmica físico-natural, inclusive no contexto urbano e rural. Em todas essas unidades, destacam-se aspectos relacionados ao exercício da cidadania e à aplicação de conhecimentos da Geografia diante de situações e problemas da vida cotidiana, tais como: estabelecer regras de convivência na escola e na comunidade; discutir propostas de ampliação de espaços públicos; e propor ações de intervenção na realidade, tudo visando à melhoria da coletividade e do bem comum.
No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, as crianças devem ser desafiadas a reconhecer e comparar as realidades de diversos lugares de vivência, assim como suas semelhanças e diferenças socioespaciais, e a identificar a presença ou ausência de equipamentos públicos e serviços básicos essenciais (como transporte, segurança, saúde e educação). No Ensino Fundamental – Anos Finais, espera-se que os alunos compreendam os processos que resultaram na desigualdade social, assumindo a responsabilidade de transformação da atual realidade, fundamentando suas ações em princípios democráticos, solidários e de justiça. Dessa maneira, possibilita-se o entendimento do que é Geografia, com base nas práticas espaciais, que dizem respeito às ações espacialmente localizadas de cada indivíduo, considerado como agente social concreto. Ao observar e analisar essas ações, visando a interesses individuais (práticas espaciais), espera-se que os alunos estabeleçam relações de alteridade e de modo de vida em diferentes tempos. Assim, com o aprendizado de Geografia, os estudantes têm a oportunidade de trabalhar com conceitos que sustentam ideias plurais de natureza, território e territorialidade. Dessa forma, eles podem construir uma base de conhecimentos que incorpora os segmentos sociais culturalmente diferenciados e também os diversos tempos e ritmos naturais. Essa dimensão conceitual permite que os alunos desenvolvam aproximações e compreensões sobre os saberes científicos – a respeito da natureza, do território e da territorialidade, por exemplo – presentes nas situações cotidianas. Quanto mais um cidadão conhece os elementos físico-naturais e sua apropriação e produção, mais pode ser protagonista autônomo de melhores condições de vida. Trata-se, nessa unidade temática, de desenvolver o conceito de ambiente na perspectiva geográfica, o que se fundamenta na transformação da natureza pelo trabalho humano. Não se trata de transferir o conhecimento científico para o escolar, mas, por meio dele, permitir a compreensão dos processos naturais e da produção da natureza na sociedade capitalista. Nesse sentido, ao compreender o contexto da natureza vivida e apropriada pelos processos socioeconômicos e culturais, os alunos constroem criticidade, fator fundamental de autonomia para a vida fora da escola. Para tanto, a abordagem dessas unidades temáticas deve ser realizada integradamente, uma vez que a situação geográfica não é apenas um pedaço do território, uma área contínua, mas um conjunto de relações. 
Portanto, a análise de situação resulta da busca de características fundamentais de um lugar na sua relação com outros lugares. Assim, ao se estudarem os objetos de aprendizagem de Geografia, a ênfase do aprendizado é na posição relativa dos objetos no espaço e no tempo, o que exige a compreensão das características de um lugar (localização, Extensão, conectividade, entre outras), resultantes das relações com outros lugares. Por causa disso, o entendimento da situaçãogeográfica, pela sua natureza, é o procedimento para o estudo dos objetos de aprendizagem pelos alunos. Em uma mesma atividade a ser desenvolvida pelo professor, os alunos podem mobilizar, ao mesmo tempo, diversas habilidades de diferentes unidades temáticas. Cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em unidades temáticas) expressam um arranjo possível (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser tomados como modelo obrigatório para o desenho dos currículos. Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da BNCC e com as competências específicas da área de Ciências Humanas, o componente curricular de Geografia também deve garantir aos alunos o desenvolvimento de competências específicas.
GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E
HABILIDADES - 
No contexto da aprendizagem do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, será necessário considerar o que as crianças aprenderam na Educação Infantil. Em seu cotidiano, por exemplo, elas desenham familiares, enumeram relações de parentesco, reconhecem-se em fotos (classificando-as como antigas ou recentes), guardam datas e fatos, sabem a hora de dormir, de ir para a escola, negociam horários, fazem relatos orais, revisitam o passado por meio de jogos, cantigas e brincadeiras ensinadas pelos mais velhos, posicionam-se criticamente sobre determinadas situações, e tantos outros. Tendo por referência esses conhecimentos das próprias crianças, o estudo da Geografia no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, em articulação com os saberes de outros componentes curriculares e áreas de conhecimento, concorre para o processo de alfabetização e letramento e para o desenvolvimento de diferentes raciocínios. O estudo da Geografia permite atribuir sentidos às dinâmicas das relações entre pessoas e grupos sociais, e desses com a natureza, nas atividades de trabalho e lazer. É importante, na faixa etária associada a essa fase do Ensino Fundamental, o desenvolvimento da capacidade de leitura por meio de fotos, desenhos, plantas, maquetes e as mais diversas representações. Assim, os alunos desenvolvem a percepção e o domínio do espaço. Nessa fase, é fundamental que os alunos consigam saber e responder algumas questões a respeito de si, das pessoas e dos objetos:
Onde se localiza? Por que se localiza? Como se distribui? Quais são as características socioespaciais? Essas perguntas mobilizam as crianças a pensar sobre a localização de objetos e das pessoas no mundo, permitindo que compreendam seu lugar no mundo. “Onde se localiza?” é uma indagação que as leva a mobilizar o pensamento espacial e as informações geográficas para interpretar as paisagens e compreender os fenômenos socioespaciais, tendo na alfabetização cartográfica um importante encaminhamento. “Por que se localiza?” permite a orientação e a aplicação do pensamento espacial em diferentes lugares e escalas de análise. “Como se distribui?” é uma pergunta que remete ao princípio geográfico de diferenciação espacial, que estimula os alunos a entender o ordenamento territorial e a paisagem, estabelecendo relações entre os conceitos principais da Geografia.“Quais são as características socioespaciais?”permite que reconheçam a dinâmica da natureza e a interferência humana na superfície terrestre, conhecendo os lugares e estabelecendo conexões entre eles, sejam locais, regionais ou mundiais, além de contribuir para a percepção das temáticas ambientais. A ênfase nos lugares de vivência, dada no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, oportuniza o desenvolvimento de noções de pertencimento, localização, orientação e organização das experiências e vivências em diferentes locais. Essas noções são fundamentais para o trato com os conhecimentos geográficos. Mas o aprendizado não deve ficar restrito apenas aos lugares de vivência. Outros conceitos articuladores, como paisagem, região e território, vão se integrando e ampliando as escalas de análise. De maneira geral, na abordagem dos objetos de conhecimento, é necessário garantir o estabelecimento de relações entre conceitos e fatos que possibilitem o conhecimento da dinâmica do meio físico, social, econômico e político. Dessa forma, deve-se garantir aos alunos a compreensão das características naturais e culturais nas diferentes sociedades e lugares do seu entorno, incluindo a noção espaço-tempo. Assim, é imprescindível que os alunos identifiquem a presença e a sociodiversidade de culturas indígenas, afro-brasileiras, quilombolas, ciganas e dos demais povos e comunidades tradicionais para compreender suas características socioculturais e suas territorialidades. 
Do mesmo modo, é necessário que eles diferenciem os lugares de vivência e compreendam a produção das paisagens e a inter-relação entre elas, como o campo/cidade e o urbano/rural, no que tange aos aspectos políticos, sociais, culturais, étnico-raciais e econômicos. Essas aprendizagens servem de base para o desenvolvimento de atitudes, procedimentos e elaborações conceituais que potencializam o reconhecimento e a construção das identidades e a participação em diferentes grupos sociais. Esse processo de aprendizado abre caminhos para práticas de estudo provocadoras e desafiadoras, em situações que estimulem a curiosidade, a reflexão e o protagonismo. Pautadas na observação, nas experiências diretas, no desenvolvimento de variadas formas de expressão, registro e problematização, essas práticas envolvem, especialmente, o trabalho de campo.
GEOGRAFIA CURRICULO PAULISTA A Base Nacional Comum Curricular estabelece para o componente os conhecimentos, as competências e as habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam no decorrer do ensino fundamental, juntamente aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. O contato intencional e orientado com os conhecimentos geográficos é uma oportunidade para compreender o mundo em que se vive, na medida em que esse componente curricular aborda as ações humanas construídas nas distintas sociedades existentes nas diversas regiões do planeta. Para fazer a leitura do mundo em que vivem, com base nas aprendizagens em Geografia, os estudantes precisam ser estimulados a pensar espacialmente, desenvolvendo o raciocínio geográfico. Na Educação Básica, a Geografia permite ao estudante ler e interpretar o espaço geográfico por meio das formas, processos, dinâmicas e os fenômenos e a entender as relações entre as sociedades e a natureza em um mundo complexo e em constante transformação.
[...] a Geografia, entendida como uma ciência social, que estuda o espaço construído pelo homem, a partir das relações que estes mantêm entre si e com a natureza, quer dizer, as questões da sociedade, com uma “visão espacial”, é por excelência uma disciplina formativa, capaz de instrumentalizar o aluno para que exerça de fato a sua cidadania. [...] Um cidadão que reconheça o mundo em que vive, que se compreenda como indivíduo social capaz de construir a sua história, a sua sociedade, o seu espaço, e que consiga ter os mecanismos e os instrumentos para tanto. (CALLAI, 2001, p.134) É importante reconhecer que o ensino de Geografia passou por crises e renovações, e que as tensões, contradições e inspirações advindas de diferentes concepções do pensamento geográfico por meio das influências da Geografia Clássica ou Tradicional, a Geografia Neopositivista ou Positivismo Lógico ou Geografia Teórico-Quantitativa, a Geografia Crítica e a Geografia Humanista e Cultural entre outras contribuíram para a consolidação da Geografia Escolar e refletiram no processo de ensino-aprendizagem e na construção de políticas públicas educacionais. Dessa forma, no ensino de Geografia, observa-se uma expressiva pluralidade de concepções téoricas-medotológicas que orientaram a prática docente e fundamentarama elaboração de propostas curriculares. As transformações observadas apresentam pontos importantes para reflexão sobre os conteúdos, metodologias e estratégias de avaliação, e sobretudo, caminhos para superar a dicotomia historicamente construída entre a Geografia Física e a Humana, que ainda persiste nos dias atuais, especialmente na educação básica.
Contudo, apesar do reconhecimento das diferentes contribuições, o atual currículo apresenta um viés de temáticas e abordagens mais próximas da Geografia Crítica, Humanista e Cultural, sobretudo quando optamos por enfatizar a necessidade de se refletir e fazer escolhas conscientes e sustentáveis no mundo vivemos diante dos desafios contemporâneos. O Currículo Paulista de Geografia no Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais, está organizado com base nos principais conceitos da Geografia contemporânea, diferenciados por níveis de complexidade. Embora o espaço seja o conceito mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que os estudantes dominem outros conceitos operacionais e que expressam aspectos diferentes do espaço geográfico: território, lugar, região, natureza e paisagem. Diante da complexidade do espaço geográfico, o ensino de Geografia na contemporaneidade tem o desafio que articular teorias, pressupostos éticos-políticos da educação e caminhos metodológicos para que o estudante aprenda a pensar e a reconhecer o espaço por meio de diferentes escalas e tempos, desenvolvendo raciocínios geográficos, o pensamento espacial e construindo novos conhecimentos. Pensar espacialmente, compreendendo os conteúdos e conceitos geográficos e suas representações, também envolve o raciocínio, definido pelas habilidades que desenvolvemos para compreender, a estrutura e a função de um espaço e descrever sua organização e relação a outros espaços, portanto, analisar a ordem, a relação e o padrão dos objetos espaciais. (CASTELLAR, 2017, p. 164) O raciocínio geográfico, está relacionado com uma maneira de exercitar o pensamento espacial por meio de princípios fundamentais: Analogia - um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre; Conexão - um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou distantes; Diferenciação - é a variação dos fenômenos de interesse da geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas; Distribuição - exprime como os objetos se repartem pelo espaço; Extensão - espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico; Localização - posição particular de um objeto na superfície
terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais); Ordem - ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu. O ensino de Geografia mobiliza competências e habilidades por meio de diferentes linguagens, de princípios e dos conceitos estruturantes espaço geográfico, paisagem, lugar, território e região e outras categorias que contemplam a natureza, a sociedade, o tempo, a cultura, o trabalho e as redes entre outros, considerando as suas diversas escalas. Outro conceito estruturante refere-se à educação cartográfica que deve perpassar todos os anos do Ensino Fundamental. Quanto às categorias, especialmente no que se refere à natureza e sociedade, é necessário aprofundar o estudo sobre os fundamentos do pensamento científico e filosófico. Para entender o ensino, a prática do ensino de Geografia, é preciso pensar, pois, nas bases da ciência de referência. Na atualidade, a ciência geográfica tem passado por algumas mudanças. A Geografia é um campo do conhecimento científico multidimensional, sempre buscou compreender as relações que se estabelecem entre o homem e a natureza e como essas relações vêm constituindo diferentes espaços ao longo da história. Hoje, mais do que nunca, essa busca leva ao surgimento de uma pluralidade de caminhos. As relações sociais, as práticas sociais geram e são geradas por espacialidades complexas, que demandam diferentes olhares, ampliando consideravelmente o campo temático e os problemas tratados pela Geografia. E o ensino dessa disciplina, o que tem a ver com essa realidade?
As preocupações que orientam a produção científica da Geografia no âmbito acadêmico são as mesmas que norteiam a estruturação da disciplina escolar? Sim e não. Sim, porque as duas têm a mesma base epistemológica; não, porque na escola existem influências diversas que dão um contorno peculiar a essa área do conhecimento. O que valida a geografia escolar é a sua base, sua ciência de referência. (CAVALCANTI, 2012, p. 90) O conceito central do ensino de Geografia, consiste no estudo do espaço geográfico, que pode ser entendido como produto das relações sociais, econômicas, políticas, culturais, simbólicas e ambientais que nele se estabelecem. Nessa perspectiva, as relações estabelecidas entre os objetos naturais e os construídos pela atividade humana, são regulados pelo “tempo da natureza” (processos bioquímicos e físicos, responsáveis pela produção e interação dos objetos naturais) e pelo “tempo histórico” (marcas acumuladas pela atividade humana como produtora de artefatos sociais). O espaço geográfico ainda pode ser entendido como resultado da trama entre objetos técnicos e informacionais, fluxos de matéria e informação, que se manifestam e atuam sobre uma base física. Para SANTOS (2008) a natureza do espaço é a soma do resultado material acumulado das ações humanas através do tempo e, de outro, animado pelas ações atuais que lhe atribuem um dinamismo e uma funcionalidade. A paisagem tem sido tomada como um primeiro foco de análise, como ponto de partida para aproximação de seu objeto de estudo que é o espaço geográfico. Pode ser definida como a unidade visível do real e que incorpora todos os fatores resultantes da construção natural, social e cultural. Para SANTOS (1997), a paisagem pressupõe, também, um conjunto de formas e funções em constante transformação, seus aspectos “visíveis”, mas, por outro lado, as formas e as funções indicam a estrutura espacial, em princípio, “invisível”, e resulta sempre do casamento da paisagem com a sociedade. Já para VITTE (2007), o conceito de paisagem se manifesta como polissêmico e resultado de uma representação filosófica e social, onde cada sociedade, por meio de sua cultura, imprime uma particular plasticidade à natureza que é produzida pela intencionalidade social. Enquanto para AB’SABER (2003), as paisagens têm sempre o caráter de herança de processos (fisiográficos e biológicos), de atuação antiga, remodelados e modificados por processos de atuação recente. São uma herança, um patrimônio coletivo dos povos que, historicamente os modificaram ao longo do tempo e do espaço. 
Outro conceito estruturante refere-se à educação cartográfica, visto que a linguagem cartográfica tem um papel importante no processo de aprendizagem em Geografia, no sentido, de contribuir para o desenvolvimento de habilidades necessárias para o entendimento das interações, dinâmicas, relações e dos fenômenos geográficos em diferentes escalas e para a formação da cidadania e da criticidade e autonomia do estudante. A cartografia escolar vem se estabelecendo como um conhecimento construído nas interfaces entre Cartografia, Educação e Geografia. No entanto, a cartografia escolar abrange conhecimentos e práticas para o ensino de conteúdos originados na própria cartografia, mas que se caracteriza por lançar mão de visões de diversas áreas. Em seu estado atual, pode referir-se a formas de se apresentar conteúdos relativos ao espaço tempo social, a concepções teóricas de diferentes áreas de conhecimento a ela relacionadas, a experiências em diversos contextos culturaise a práticas com tecnologias da informação e comunicação. (ALMEIDA, 2011, p. 07) Para CASTELLAR (2001) a cartografia é considerada uma linguagem, um sistema de código de comunicação imprescindível em todas as esferas da aprendizagem em Geografia, articulando fatos e conceitos. Ressalta-se que também pode ser entendida como técnica e pode se tornar uma metodologia inovadora na medida que permite relacionar conteúdos, conceitos e fatos. A alfabetização cartográfica ao ensinar a ler em Geografia cria condições para que o estudante leia o espaço vivido e escreva sobre um determinado fenômeno observado. Ao apropriar se da leitura, o estudante compreende a realidade vivida, consegue interpretar os conceitos implícitos no mapa relacionando com o real, aplicando o pensamento espacial e o raciocínio geográfico. Esse processo de alfabetização cartográfica ocorre de forma gradual, em função da complexidade das relações, dinâmicas e fenômenos estudados e da faixa etária do estudante e da necessidade de construção de referenciais espaciais. Na infância, o estudante experimenta o grafismo como forma de expressão e o desenho pode ser considerado uma das primeiras manifestações, e em seguida, com um repertório ampliado representa cartograficamente o espaço tendo como base elementos presentes no seu lugar de vivência. Desde modo, ao reconhecer os elementos constituintes do espaço e as inter-relações com outros espaços, o estudante amplia o seu repertório conceitual e metodológico, construindo os conhecimentos geográficos e cartográficos no decorrer do Ensino Fundamental, e posteriormente, no Ensino Médio. As novas tecnologias no ensino de Geografia apresentam novas formas de observar o espaço em diversas escalas, subsidiando a compreensão das relações ambientais, sociais, econômicas, políticas e culturais em diferentes tempos. As Geotecnologias revelam expressivo potencial didático-pedagógico e têm possibilitado cada vez mais que o estudante tenha o acesso à diferentes dados e representações gráficas e cartográficas produzidas pelo Sensoriamento Remoto, Sistemas de Informações Geográficas (SIG), Sistema de Posicionamento Global (GPS) e Cartografia Digital.
Considerando as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular e do Currículo do Paulista, o ensino de Geografia requer materiais pedagógicos específicos no desenvolvimento das atividades, como tais: mapas (Mundo e Brasil - exemplos: político-administrativo, agricultura, indústria, biomas, clima, demografia, geomorfologia, geologia, hidrogeologia, urbanização, solos, terras indígenas, unidades de conservação; uso da terra entre outros) - (incluindo mapas táteis/Braille e no formato digital), Globo Terrestre - Político e Físico (incluindo globo tátil/Braille), Maquetes (incluindo tátil), Bússola, Atlas Geográfico Escolar, Jogos (incluindo no formato digital), GPS, Mostruário de rochas, minerais e solos, Lupa, Termômetros, Pluviômetros, Câmera fotográfica, Filmes e documentários, Livros, revistas e jornais, Equipamentos de multimídia (Datashow, notebook, tablets e ferramentas de realidade aumentada), Programas de geoprocessamento e cartografia digital (Terra View, Spring, Quantum Gis, Google Earth, etc), Mapoteca entre outros. Dessa forma, o componente de Geografia dialoga com as Dimensões Integradoras da Aprendizagem: Comunicação/Oralidade, Leitura e Escrita; Espaços, Tempos e Movimentos; Ética, Diversidade e Sustentabilidade; e Convivência e Solidariedade apresentadas no Currículo Paulista. Essas dimensões tem o objetivo de compor um núcleo de aprendizagem baseado em habilidades integradoras, que podem ser entendidas, como as aquelas que apresentam uma natureza contextual e que se aproximam dos temas integradores e que foram organizadas para promover o desenvolvimento dos processos cognitivos e a interdisciplinaridade. Ressalta-se que essas habilidades pertencem a diferentes componentes e áreas do conhecimento do Ensino Fundamental.
 
ALFABETIZAÇÃO CARTOGRAFICA - - A Alfabetização Cartográfica de acordo com PASSINI (2007 p.147-149) é: uma proposta de transposição didática da Cartografia Básica e da Cartografia Temática para usuários do ensino fundamental, em que se aborde o mapa do ponto de vista metodológico e cognitivo. Ela é uma proposta para que alunos vivenciem as funções do cartógrafo e do geógrafo, transitando do nível elementar para o nível avançado, tornando-se leitores eficientes de mapas. O aluno-mapeador desenvolve habilidades necessárias ao geógrafo investigador: observação, levantamento, tratamento, análise e interpretação de dados. [...] o ensino de Geografia e o de Cartografia são indissociáveis e complementares: a primeira é conteúdo e a outra é forma. Não há possibilidade de se estudar o espaço sem representá-lo, assim como não podemos representar um espaço vazio de informações. CASTELLAR (2005, p.216), também contribui, afirmando que: a cartografia, então, é considerada uma linguagem, um sistema-código de comunicação imprescindível em todas as esferas da aprendizagem em geografia, articulando fatos, conceitos e sistemas conceituais que permitem ser e escrever as características do território. Nesse contexto, ela é uma opção metodológica, o que implica utilizá-la em todos os conteúdos da geografia, para identificar e conhecer não apenas a localização dos países, mas entender as relações entre eles, compreender os conflitos e a ocupação do espaço.
O que é relação Euclidiana? ENSINO DE GEOGRAFIA PRÁTICAS E TEXTUALIZAÇÕES DO COTIDIANO Relações Euclidianas •Relações que tem como noção de distância e permitem situar os objetos uns em relação aos outros. A relação de grandeza e de forma pela criança é organizado a nível de inteligencia sensó-rio- motora da permanência do objeto ausente. Relações euclidianas são aquelas baseadas em um sistema de referência fixo, e utilizando medidas de distância. Exemplo: se uma criança é capaz de localizar um objeto (A) dizendo que está a três passos à Leste e cinco ao Norte, esta criança mostra que já está considerando dois eixos de coordenadas, utilizando a relação do tipo euclidiana. Essa relação exige noções de distância, também chamadas de relações métricas, mas cabe salientar que se deve iniciar esse o trabalho com um sistema de medidas não padronizadas, como passos, palmos, palitos, barbantes. O desenvolvimento das noções referentes às relações espaciais nos estudantes é fundamental para a compreensão do espaço das representações cartográficas e para o desenvolvimento da linguagem da cartografia.
Competências e Habilidade no Ensino de Geografia
Competência é a capacidade de mobilizarmos nossos “equipamentos” mentais para encontrar saídas quando estas parecem ausentes. É a maneira como articulamos nossas habilidades para alcance de um objetivo, para superar um desafio, vencer um obstáculo. É importante que os professores possam ajudar os alunos em diferentes competências, conforme o nível de aprendizagem, (idade ou série).
Por exemplo, na Geografia e nas demais disciplinas há algumas competências básicas que ajuda o aluno a desenvolver e usar suas habilidades, e também ferramentas que levam o aluno a dominar essas competências, sendo:
Dominar Linguagens – para que o aluno saiba compreender textos, mapas, gráficos, o professor utiliza de constante leitura com significação, e reflexão dos mesmos.
Compreender e Interpretar – o aluno coloca em prática o conteúdo aprendido em sala de aula, assim percebe a diferença entre os fenômenos estudados em sala e dos que faz parte da sua realidade.
Solucionar Problemas – apontar as referências sobre o fenômeno, levantar dados, fatos e causas geográficas corretas, para determinar as possíveis soluções.
Construir Argumentação – a partir dos conhecimentos que o professor transmite, o aluno aprende a analisar um fenômeno geográfico e obter vários resultados para o mesmo.
Elaborar Propostas – refletir os conteúdos aprendidos, e adquirir ideias para a solução do problema. 
O que é território usado? A totalidade da formação socioespacial é o território usado, composto pela configuraçãoterritorial (as infraestruturas e o meio ecológico) e a dinâmica territorial (uso do território pelos agentes – firmas, instituições e pessoas). ... Palavras-chave: espaço geográfico, território usado, lugar, totalidade, Milton Santos.
O QUE É O RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO
A principal mudança trazida pela BNCC no Ensino Fundamental é a ênfase na aplicação do raciocínio geográfico. Mas, o que é esse conceito? Raciocínio geográfico significa entender o mundo, a vida e o cotidiano. Para isso, a BNCC detalha e articula os princípios pelos quais os estudantes podem ser conduzidos para pensar dessa forma. 
Por exemplo: ao observar fenômenos, seja um abalo sísmico, ou um desmoronamento de terras causado pelo desmatamento, todos devem ser incentivados a ter a curiosidade de entender por que aquilo acontece. Os alunos devem pensar na questão da causalidade, da localização e das condições geográficas. 
1. AnalogiaOs acontecimentos e os fenômenos nunca ocorrem da mesma maneira em dois ou mais lugares. Há, sim, características comuns, por exemplo, que definem o que é um terremoto em qualquer lugar do mundo. Mas as consequências em cada lugar são diferentes devido às características de cada local. A disposição da construção de prédios,  número de pessoas, mecanismos de proteção diverso e  condições geológicas próprias influenciam o que acontecerá.“Comparar um terremoto ocorrido em lugares diferentes usando o princípio da analogia, por exemplo,  ajuda a entender as peculiaridades de cada local e, ao mesmo tempo, as potencialidades de ocorrência de um terremoto, que pode acontecer em cada lugar. A partir dessa análise, fica mais fácil entender o fenômeno”, explica Laércio Furquim, consultor do Time de Autores de NOVA ESCOLA.  
2. Diferenciação  - É um princípio ligado à analogia. ajuda a entender, principalmente, as peculiaridades de cada região. Retomando o exemplo citado acima, é o raciocínio que leva a questionamentos como: por que o clima em uma região é de um jeito e em outra, de diferente? Nesse caso, são características locais que atuam. As regiões se diferenciam no conjunto de características locais.
3. Conexão  - O espaço geográfico é uma totalidade, composto por temporalidades e espacialidades. Em aspectos naturais e humanos, os fatos estão interligados. Há várias escalas geográficas para se trabalhar o conceito: local, regional, nacional, internacional e global. Na escala local, podemos citar aspectos naturais que estão conectados: o desmatamento de uma área, por exemplo, pode afetar o assoreamento de rios, interferir no microclima regional e até provocar mudanças na fauna. “Uma mudança na política industrial de um país, por outro lado, pode afetar sua posição na Divisão Internacional do Trabalho (DIT), com consequências para a economia local. Estamos, dessa forma, aplicando o princípio da conexão”, exemplifica Laércio.
4. Distribuição - Distribuição está relacionada às características naturais e de ocupação do espaço, um princípio de raciocínio que o estudante deve apropriar-se, para ler e entender o mundo de forma mais ampliada. Traz questões como: o que existe em cada lugar? Onde estão as cidades? Onde se localizam as infraestruturas, como as torres de internet? Por onde passam as estradas? Onde há serras, rios e solos férteis? Essas e outras perguntas ligadas a esse princípio são importantes para ajudar a definir o espaço.
5. Extensão  - O princípio deve levar o estudante a pensar sobre o espaço, sob uma outra perspectiva. Nessa análise, cabem questionamentos como: um fenômeno ocorre de onde até onde? Onde começa e onde termina? Qual é o tamanho de um município? Qual é a extensão territorial de uma enchente? Até onde chega uma floresta? Quantos hectares tem um latifúndio e quantos hectares tem uma pequena propriedade camponesa? 
6. Localização - Como o próprio nome indica, está relacionado à noção de identificação no espaço de cada objeto territorial. Nesse aspecto, vale diferenciar com os estudantes o lugar de local. “O local é o referenciamento frio, feito pelas coordenadas geográficas, ao qual esse princípio se refere. Já o lugar se estabelece pelas relações sociais que ali se firmam. É determinado pela identidade, pela afetividade e pelo sentimento de pertencimento.”, explica o assessor educacional.
7. Ordem - Trata-se de um olhar sobre o ordenamento territorial, que se relaciona com os usos do território. Para que os estudantes coloquem em prática esse princípio, é preciso conduzi-los a uma análise sobre decisões política e de planejamento territorial, que implicam na passagem de uma determinada estrada por uma localidade específica e não por outra. O princípio também está relacionado aos fins políticos que influenciam obras e construções e que estimulam migrações.
SEMANA 3 - Alfabetização Cartográfica e a articulação com os conceitos geográficos
Trataremos, também, de aspectos básicos que envolvem a Cartografia para Crianças e Escolares, inclusive sobre como trabalhar com mapas na sala de aula. Vamos abordar algumas considerações importantes sobre o desenvolvimento das crianças que todo professor precisa estar atento ao ensinar noções e conceitos cartográficos.
CARTOGRAFIA - A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. Ou seja, é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. 
Como é definida a cartografia? Conforme a Associação Cartográfica Internacional, a cartografia é definida como o conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, planos e outras formas de expressão
CONCEITOS CARTOGRAFICOS - Início da civilização Æ necessidade do homem em ocupar o ambiente Necessidade de organizar a sociedade Necessidade de organizar a sociedade Æ irregularidades topogr irregularidades topográficas Definição do melhor locar para sua habitação (acidentes naturais, ão (acidentes naturais, água) Iniciaram rabiscos em cavernas, no chão, em pedras, etc. Iniciaram rabiscos em cavernas, no chão, em pedras, etc.
Importantes caracter Importantes características: sticas: - São imagens gráficas bidimensionais; - Estas imagens são resultados da aplicação de símbolos gráficos para representar as feições; - As feições são informações cujas localizações em relação à superfície terrestre são conhecidas; - A representação das feições é realizada em uma determinada escala; - A representação da localização geográfica e em escala exigem o uso de uma projeção cartográfica.
2. TIPOS DE REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
Classificação (IBGE, 1998): (IBGE, 1998): 
MAPA - representação plana; - diferentes escalas - delimitação de acidentes naturais: bacias, chapadas, planaltos, etc.) , etc.) fins temáticos, culturais ou ilustrativos - análises qualitativas ou quantitativas genéricas 
CARTA - representação plana; - escalas médias ou grandes - desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática - avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes - considera curvatura terrestre
 PLANTA - caso particular de particular de planta; - área limitada Æ desconsidera curvatura terrestre; - escala grande (1:500, 1:2000); (1:500, 1:2000); - grande número de detalhes
VIDEO BASE 5 - Cartografia e pensamento espacial na educação geográfica
A importância da Cartografia como procedimento metodológico da Geografia Escolar no ensino fundamental;
O pensamento espacial como habilidade e metodologia para desenvolver na Educação Geográfica o Raciocínio Geográfico. “Os mapas acabam com nossas inibições, estimulam nossas glândulas, mobilizam nossa imaginação, soltam nossas línguas. O mapa fala através das barreiras de linguagem; às vezes se conhece como a linguagem da geográfica”. Carl Sauer apud Harvey 
Contribuem para nossa percepção espacial;
Projetam na memória dos lugares, suas formas e relações; 
A importância no processo de aprendizagem do “mapa cognitivo”; 
Estimulam nossos

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