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RESUMÃO DE SEMIOLOGIA

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
Medicina 
Anna Laura Alves de Oliveira 
@partiucrm 
Roteiro de Anamnese e Exame Físico 
 
Informações iniciais: data, hora, local e leito do paciente. 
 
Identificação: abreviação do nome e sobrenome, idade, sexo, cor, estado civil, profissão, naturalidade, procedência, 
residência, religião. 
 
QP: 
Usar a queixa principal do paciente ( O que trouxe o senhor aqui?) com as palavras do paciente (colocar entre aspas) 
 
 
HMA: 
Para facilitar e direcionar a historia, iniciar com a pergunta “o senhor estava bem até quando?” 
Começar a historia da seguinte maneira: “o paciente relata que há cerca de anos/meses/dias iniciou o quadro de...” 
(então começa a descrever e dar todas as características de todos os sintomas, em ordem cronológica) 
CADA SINTOMA PRINCIPAL DEVE SER CARACTERIZADO SEGUNDO: 
 Início (aparecimento súbito ou gradativo, se tem fator desencadeante ou não; 
 Localização 
 Quantidade ou intensidade 
 Cronologia, inclusive início, duração e freqüência; 
 Fatores que agravam ou aliviam o sintoma; 
 Evolução 
 Manifestações associadas 
 Situação atual 
 
 
“atualmente” apresentando ainda mesmas queixas... ou 
Melhora o quadro ou sintoma tal após o inicio de ... em uso de... (descrever medicações em uso pelo 
paciente no momento. Lembrar de dar preferência aos nomes das substancias e não aos nomes comerciais. 
 
OBS: se o paciente for portador de doença crônica, pode começar a HMA dizendo 
Ex: paciente de 50 anos portador de DM, diagnosticado há cerca de 15 anos, relata quadro febril vespertino 
(não aferida), tosse produtiva com expectoração amarelada e queda no estado geral há 1 semana. 
 
 
 
 
Interrogatório sintomatológico: 
Anamnese dirigida >>>> perguntas gerais sobre todos os sistemas 
Geral / cabeça e pescoço / cardíaco / respiratório/ TGI / geniturinário / musculoesquelético / vascular 
periférico / neurológico / hematológico / endócrino 
 
 
 
Antecedentes fisiológicos 
Perguntar sobre qual tipo de parto nasceu (normal, cesária?), houve alguma intercorrência? 
Desenvolvimento neuropsicomotor 
Sexarca 
No caso de mulheres: menarca, ciclos menstruais, menopausa 
Gestações (G? / P? / A?), se aborto colocar se foi espontâneo ou provocado 
(se espontâneo perguntar em qual trimestre) 
Vacinação 
 
 Antecedentes patológicos 
Doenças comuns na infância (sarampo, rubéola, coqueluche, catapora, poliomelite. 
Doenças crônicas como DM, HAS, HIV, TUBERCULOSE. 
Internações, cirurgias, dsts, transfusões sanguíneas, alergias, medicações em uso. 
Obs: se houver algum dado positivo colocar em ordem cronológica. Os “negas” vem posteriormente. 
 
História familiar 
Perguntar sobre doenças crônicas e neoplasias 
Perguntar especificamente sobre os pais, irmãos e filhos 
HAS, DM, neoplasias, doenças coronarianas, AVC, doenças mentais, dislipidemia, suicidio, doenças 
pulmonares. 
Perguntar se alguém que divida a mesma residência apresenta os mesmos sintomas. (doenças 
possivelmente infecciosas). 
 
 
Hábitos de vida: 
Hábitos sexuais, hábitos alimentares, atividade física, ingestão de agua, tabagismo (maços/ano), etilismo, 
drogas, padrão de sono, hábitos de higiene. 
 
Historia psicossocial: 
Fontes de apoio social, profissão, escolaridade, situação domiciliar (tipo de moradia, água potável, 
saneamento básico), existência de vínculos afetivos, fontes de estresse (recente e a longo prazo) 
experiências importantes na vida, situação financeira, atividades de lazer, atividades da vida diária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
Avaliação do estado geral: nível de consciência, fácies, fala, confusão mental, mobilidade >>> (BEG) (REG) (MEG). 
Se o paciente está responsivo, consciente e orientado: Lúcido e orientado no tempo e espaço. 
Palidez: observar mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal e palma das mãos. (classificar o grau 
em cruzes). Se não houver palidez, paciente corado. 
Grau de hidratação: umidificação da mucosa oral, globo ocular e turgor da pele (classificar em cruzes) 
Icterícia: observar palma da mão, esclera e freio da língua. Paciente ictérico ou anicterico. (classificar em cruzes) 
Presença ou não de cianose. 
Padrão respiratório: eupneico, taquipneico, bradpneico 
Avaliar presença de febre. 
 
Exame normal: paciente lúcido e orientado no tempo e espaço, bom estado geral, corado, hidratado, eupneico, 
afebril, acianotico e anicterico. 
 
Exame físico geral quantitativo 
PA / FR / PR / Tax / ALTURA E PESO (IMC) 
 
Exame físico da cabeça e pescoço 
Face: deformidades, assimetrias, lesões de nervos (mímica normal?) lesões de pele, paralisia de nervo craniano, 
fácies, hipersensibilidade, 
Crânio: deformidades, assimetrias, lesões, cicatrizes, abaulamentos 
Cabelos: implantação, textura, cor, parasitas 
Olhos: observar cílios, sobrancelhas, pálpebras, aparelho lacrimal, escleras, conjuntivas (hipo, hiper ou 
normocrômicas / hiperemiadas), cornea e cristalino, movimentos extraoculares, tamanho e reação pupilar. 
Nariz: deformidades, secreções, obstrução, septo, pólipos, mucosa nasal, sangramentos, edemas, 
Ouvidos: incline a cabeça do paciente para o lado oposto ao exame. Avaliar pavilhão auricular e retroauricular. 
Iluminar com a lanterna. Verificar deformidades, nódulos, lesões, dor. 
Boca: dentes, assoalho da boca, gengiva, mucosa oral, tonsila palatina, palato, úvula 
Seios paranasais: palpar para avaliar hipersensibilidade 
 
Exame geral do pescoço: observar simetria, massas, cicatrizes, aumento de parótidas e submandibulares. 
Tireoide: consistência, hipersensibilidade,mobilidade, presença de nódulos, tamanho. 
Traqueia: verificar cartilagem cricoide e tireóide e possíveis desvios 
Linfonodos: pré-auricular > retroauricular > occipital > tonsilar > submandibular > submentoniano > cervical 
superficial > cervical profundo > cervical posterior > supraclavicular. Avaliar sensibilidade, tamanho, número, 
localização, mobilidade. 
Jugulares: paciente deitado a 45º. Pode ser feito junto com exame do ACV 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
 
Inspeção estática: abaulamentos, retrações, tipo de tórax, lesões elementares 
Inspeção dinâmica: padrão respiratório, utilização de musculatura acessória, tiragem intercostal. 
 
 
 
Expansibilidade: avaliar hipersensibilidade e expansibilidade em ápice, médio e base. Verificar se a expansibilidade é 
a mesma bilateralmente. Pedir ao paciente para inspirar profundamente. 
 
 
Frêmito toracovocal (FTV): avaliar em seis pontos distintos. Pedir para que o paciente fale “33”. 
Obs: No derrame pleural o ftv encontra-se reduzido, devido ao fato de haver liquido entre a pleura e o pulmão, 
dificultando a propagação do som até a parede torácica. Enquanto que, nas consolidações, como na pneumonia ou 
em tumores, o som encontra-se aumentado, posto que o meio sólido da consolidação permite maior 
transmissibilidade. 
 
 
Percussão: 
Realizada com a mão dominante, usando a falange distal do terceiro dedo sobre o segundo ou terceiro dedo da 
outra mão. Fazer sempre a comparação entre o hemitorax. 
Pode-se identificar: 
1- Som claro pulmonar: som da percussão normal 
2- Som timpânico: característico de estruturas ocas, ou seja, com grande quantidade de ar no parênquima 
pulmonar ou cavidade torácica, é encontrado em casos de enfisema pulmonar e pneumotórax. 
3- Som submaciço: ocorre quando há um liquido interposto entre o parênquima pulmonar e a parede torácica, 
como em derrames pleurais. 
4- Som maciço: obtido quando se percute regiões mais “densas”, ou seja, quando há uma diminuição da 
quantidade de ar no pulmão ou em suas proximidade. Isto esta presente em tumores periféricos ou em 
pneumonias. Você irá sentir percutindo algo sólido. 
Obs: é importante ressaltar que abaixo do 6EICD é possível encontrar som maciço que corresponde ao fígado. 
 
Ausculta: 
Pedir para que o paciente realize inspirações e expirações profundas com a boca entreaberta, sem realizar 
barulho. Compararas regiões indo do ápice ate a base em pelo menos quatro pontos. 
Os sons respiratórios podem ser: 
1- Sons traqueais 
2- Respirações brônquicas 
3- Múrmurios vesiculares (som normal pulmonar causado pela entrada e saída de ar nos pulmões) 
 
Em situações patológicas pode se auscutar ruídos adventícios: 
1- Estertores finos (crepitações): semelhante a fricção de cabelos. Gerados quando o ar entra em um alvéolo 
que contenha liquido (pneumonia, edema pulmonar) 
2- Estertores grossos: origem na abertura e fechamento das VA contendo secreção viscosa e espessa, bem 
como afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas, sendo comuns na bronquite e 
bronquiectasias. 
3- Roncos: causados pela movimentação de muco e de liquido na luz das VA. Sugere asma, bronquite, 
obstrução. 
4- Sibilos: acompanham as doenças que levam a obstrução do fluxo aéreo, como asma, dpoc e bronquite. 
5- Atrito pleural: processo inflamatório das pleuras visceral e parietal. 
6- Estridor: tipo especial de sibilo, com maior intensidade na inspiração e audível a distancia. Ocorre nas 
obstruções altas de laringe ou traquéia. 
 
 
 
EXAME FÍSICO DO APARELHO CARDIOVASCULAR 
É importante identificar os espaços intercostais. Para isso, identificamos primeiro o ângulo de Louis ou ângulo 
manubrioesternal, que esta a altura da segunda costela e, abaixo dela, encontra-se o 2EI. Os focos pulmonares são: 
1- Foco aórtico: 2ºEI, na borda esternal direita; 
2- Foco pulmonar: 2ºEI, na borda esternal esquerda 
3- Foco aórtico acessório: 3ºEI na borda esternal esquerda 
4- Foco tricúspide: 4º, 5º EI, na borda esternal esquerda 
5- Foco mitral: 5º EI na linha hemiclavicular esquerda 
 
 
 
 
 
Para entender melhor o funcionamento do coração e associá-lo à semiologia, devemos relembrar: A porção direita 
do coração recebe o sangue proveniente do território venoso sistêmico e o destina aos pulmões, em que haverá 
as trocas gasosas. O sangue oxigenado retorna ao coração para a porção esquerda do órgão, que impulsionara o 
fluxo para a circulação sistêmica. 
O fluxo segue a seqüência: território venoso > veias cavas > átrio direito > ventrículo direito > artéria pulmonar > 
capilares pulmonares > veia pulmonar > átrio esquerdo > artéria aorta > território arterial > capilares sistêmicos. 
Durante a sístole ventricular, a elevação da pressão no VE gera um gradiente de pressão em relação a aorta. Isso 
promove a abertura da valva semilunar aórtica permitindo o fluxo para a circulação sistêmica. Ao mesmo tempo, 
o regurgitamento do sangue para o AE é evitado pelo fechamento da valva atrioventricular esquerda ou mitral, 
que veda a passagem do sangue na direção do ventrículo-atrio. O fluxo se da em direção a aorta, cuja pressão 
encontra-se, agora, elevada. 
Ao longo da diástole, o ventrículo que esvaziou começa a relaxar, reduzindo progressivamente a pressão 
intraventricular. Como a pressão aórtica esta muito superior a do VE, fecha-se a valva aórtica. Nesse momento, o 
AE cheio, bombeia sangue para o VE e a valva mitral se abre, permitindo novamente o preenchimento ventricular. 
A porção direita do coração funciona analogamente: durante a sístole, o sangue venoso no VD é bombeado em 
direção a artéria pulmonar (já que o VD se contrai, gerando uma gradiente de pressão entre a artéria pulmonar e 
o ventrículo), com a abertura da valva pulmonar ao mesmo tempo em que a tricúspide se fecha, impedindo o 
regurgitamento do sangue para o AD. Na diástole, o ventrículo, apenas com o volume que restou, relaxa e tem sua 
pressão interna diminuída. O gradiente de pressão com a artéria pulmonar (cuja pressão encontra-se mais 
elevada), leva ao fechamento da valva pulmonar; e, com AD, leva a abertura da tricúspide. O ventrículo torna a 
encher com o sangue proveniente da circulação sistêmica. 
A função de bomba do coração se mantém eficientes pela quantidade do músculo e valvas cardíacas alem da ideal 
resistência a ser vencida pelo fluxo em direção a aorta na sístole (resistência periférica) e a preservação da 
quantidade de sangue proveniente do território venoso na diástole (retorno venoso). 
 
 
O sangue chega da circulação sistêmica, advindo das veias cava superior (veias jugulares, veias subclávias, veias 
braquiocefálicas) e inferior. O sangue é oxigenado e volta para a circulação sistêmica via aorta: arco da aorta (tronco 
braquiocefalico > artéria subclávia direita e artéria carótida comum direita) (artéria carótida esquerda) (artéria 
subclávia esquerda); e aorta descendente que, após passar pelo diafragma se torna aorta abdominal e irriga os 
órgãos abdominais. 
 
1- Inspeção 
Analisar presença de icterícia, palidez, cianose, lesões elementares, dispnéia, ortopneia, turgencia jugular, 
pulso carotídeo visível, tipos de tórax, simetria, abaulamento, retrações. 
A estase jugular deve ser avaliada com o paciente deitado com a cabeceira a 45º. A medida normal é de 
4cm, valores acima são descritos como estase jugular. 
 
2- Palpação 
Determinar a localização do: 
 Ictus cordis – determinar o numero de polpas digitais. Geralmente esta localizado na linha hemiclavicular 
esquerda, se estiver muito desviado pode indicar cardiomegalia. 
 Presença de pulsos – podem ser analisados o pulso carotídeo (terço médio do pescoço, anteriormente ao 
ECM), radial, femoral, poplíteo e tibial do paciente. Observar simetria, intensidade e ritmo 
 
3- Ausculta 
 
Relembrando: com a aceleração e desaceleração da coluna se sangue e das estruturas cardiovasculares, surgem 
ruídos cardíacos denominados bulhas. 
A primeira bulha – B1 - corresponde ao momento da sístole (som advindo do fechamento das valvas mitral e 
tricúspide). Ela é seguida de um pequeno silencio (ejeção), menor que o período diastólico marcado pela 
segunda bulha – B2 – (som advindo do fechamento das valvas semilunares) – seguida de um grande silencio 
(enchimento ventricular). 
 
Auscultar o coração da base (foco aórtico e pulmonar e aortico acessório) para o ápice (tricúspide e mitral) nessa 
ordem. 
 
Se você auscultar sons diferentes do “Tum-ta” poderá indicar alterações 
Sopros: o sangue flui de forma laminar dentro dos vasos, porém, se houver algum obstáculo, gerar-se-á um 
turbilhonamento que acabara por produzir um ruído diferente cuja onomatopéia seria um “shhh”. Se, por vários 
motivos, as valvas não se fecharem adequadamente, deixando orifícios, o sangue passará por eles e será 
turbilhonado o que originará o sopro. 
Deve-se então classificar os sopros de acordo com: 
 Intensidade: medidas em cruzes de + a 6+ de acordo com a classificação de Levine 
 Localização 
 Irradiação 
 Se são sistólicos (produzidos entre B1 e B2) ou diastólico (entre B2 e B1) 
 
 
 
Bulhas extras (conhecidas como B3 e B4) são estalidos que acontecem dentro do ciclo cardíaco que podem 
denotar alterações patológicas. 
Durante a diástole ventricular, há a contração do átrio, enchendo o ventrículo de sangue (nesse processo o 
ventrículo se distende – complacência) 
Entretanto, em algumas pessoas, essa complacência pode estar diminuída causando uma rápida 
desaceleração do sangue no ventrículo, gerando um terceiro estalido (B4) 
Em outras situações, por incapacidade do ventrículo de ejetar completamente o sangue em seu interior 
(restando um pouco), a coluna de sangue ejetada do átrio pode encontrar esse resquício de sangue, gerando 
uma desaceleração brusca e um terceiro estalido (B3). 
Resumidamente, a ausculta seria algo como: Tum-ta –ta ( B3) e trum-ta (B4) 
 
Resumindo a ausculta: 
Auscultar os 5 focos cardíacos. As bulhas devem ser avaliadas por presença de B1 e B2; descrevendo o ritmo 
(rítmicas ou arrítmicas), a intensidade da fonese (hipofonetica, normofonetica, hiperfonetica), presença ou 
ausência de bulhas extras, desdobramentos e sopros. 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO DO ABDOME 
 
Inspeção: forma do abdome (plano, globoso, batráquio, avental, pendular escavado), abaulamentos, simetria, 
retrações, lesões elementares, cicatrizes, circulaçãocolateral visível, pulsações, cicatriz umbilical 
(protrusa/intrusa), peristalse visível. 
 
Ausculta: avaliar a presença de ruídos hidroaéreos (RHA) – presença ou ausência 
(aumentados/diminuídos/normais). Deve-se auscultar em 2 minutos geralmente em flanco direito – se 
presente não necessita auscultar outros pontos. Auscultar aorta, artéria renal, artéria ilíaca e presença de 
sopros. 
 
 
Percussão: percussão geral dos quatro quadrantes avaliando a distribuição de gases (informa se timpânico ou 
maciço – predomínio do timpanismo); identifica possíveis massas solidas ou liquidas. A hepatimetria é feita 
na linha médio clavicular (6 a 12 cm) e médio esternal (4 a 8 cm). Avaliar o espaço de Traube. 
 
 
 
Palpação: questionar se o paciente sente dor, se esta com a bexiga cheia e se defecou no dia. A palpação 
superficial informa se há sensibilidade dolorosa. A profunda de todos os quadrantes: informa se há 
sensibilidade dolorosa, massas palpáveis (localização, textura, mobilidade, tamanho, pulsação) 
 Palpação do fígado – mão em garra (textura, simétrica, presença de nódulos, lisa) 
 Palpação do baço - técnica adequada utilizando a palma são Mao e o decúbito lateral de shuster. 
1- Mão esquerda: comprime para frente a região inferior da caixa torácica 
2- Mão direita por baixo do rebordo costal esquerda, faça preensão para dentro na direção do baço; 
3- Solicite que o paciente inspire profundamente 
4- Repita a manobra com o paciente em decúbito lateral direito e as pernas ligeiramente fletidas na altura 
dos quadris e joelhos. 
 
Manobras especiais: 
1- Apendicite: 
 Rovsing: dor referida no QID a compressão do QIE 
 Psoas: flexão da perna 
 Obturador: rotação interna da coxa com a perna fletida 
 
2- Ascite 
 Macicez móvel 
 Semicirculo de skoda 
 Sinal de piparote 
 
3- Hérnias: valsalva 
 
4- Pielonefrite: dor a punho percussão das lojas renais 
 
5- Peritonite: 
 Sinal de Blumberg: dor a descompressão brusca 
 Sinal de Murphy: dor a palpação de HD a inspiração profunda 
 
EXAME FÍSICO DO SISTEMA VASCULAR PERIFÉRICO 
 
 
1- Sistema arterial 
Identificar os principais pulsos a serem examinados: 
 
A) PULSO RADIAL E ULNAR 
B) PULSO BRAQUIAL( PALPADO NA DOBRA DO COTOVELO OU POUCO ACIMA – IDENTIFIQUE TENDÃO BICIPITAL, 
ELE ESTA MEDIALMENTE ...OU MAIS ACIMA NO SULCO DO TRICIPES E BICIPES) 
C) PULSO FEMORAL 
D) PULSO POPLITEO – JOELHO FLETIDO, COM PERNA RELAXADA, COMPRIMIR PROFUNDAMENTE A FOSSA 
POPLITEA 
E) PULSO PEDIOSO 
F) PULSO TIBIAL POSTERIOR 
G) PULSO CAROTIDEO (PALPAR CADA LADO SEPARADAMENTE) 
 
O que avaliar sempre: 
-Frequência em um minuto 
-Ritmo 
-Localização 
-Simetria 
-Amplitude 
 
COMO GRADUAR A AMPLITUDE 
0: ausente, pulso não palpável 
1: diminuído, pulso pouco palpável 
2: normal 
3: aumentado 
4: muito aumentado 
 
 
1- Manobras da irrigação 
Teste de Allen: o examinador palpa e aplica pressão sobre as artérias radial e ulnar no pulso, usando três dedos em 
cada artéria. Isso oculta o fluxo sanguíneo para a mão. Faça com que o paciente feche a mão e depois abra sua Mao 
10x, terminando com a mão aberta. A hiperextensao dos dedos e do pulso não deve ocorrer, pois a tensão nos 
tecidos moles pode parecer branca e levar a um falso positivo. A Mao da Mao deve parecer branca/pálida. O 
examinador remove então a pressão de uma artéria. Um teste positivo ocorre quando leva > 5seg para o sangue 
retornar a palma da mão. Repita o processo e avalie a outra artéria. 
 
 
 
 
 
 
2- Alterações posturais da cor na insuficiência arterial crônica 
Quando pesquisar: diante de dor ou redução dos pulsos 
 Eleve as pernas do paciente a 60º, observe surgir palidez (1min) 
 Paciente sentado e ereto com as pernas pendentes 
 Comparar os dois pés 
 Normal da cor rósea em 10 segundos 
Enchimento das veias dos pés e tornozelos em 15 segundos: normal (cor normal e veias já cheias), anormal 
(rubor substituindo palidez sugere IAP) 
 
3- Sistema venoso: avaliação das válvulas 
Teste do enchimento retrógrado (tredelenburg) 
Paciente em decúbito dorsal 
 Eleve as pernas do paciente a 90º. Oclua safena interna. Solicite ao paciente a ficar de pé e mantenha a safena 
ocluida. 
 Após 20 segundos libere a compressão e avalie o enchimento dos vasos. 
Normal: safena enche de baixo para cima (35 segundos); válvulas competentes bloqueiam o fluxo retrogrado 
Anormal: enchimento rápido – veias comunicantes incompetentes, enchimento adicional subito ondica 
presença de válvulas incompetentes na veia safena. 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO DO SISTEMA OSTEOARTICULAR 
Articulação temporomandibular: 
1- Inspeção: alterações de alinhamento, forma, deformidades, alterações de pele, lesões, sinais de flogose. 
2- Palpação: coloque a ponta dos dedos indicadores logo a frente do trago de cada pavilhão auricular e 
solicite que o paciente abra a boca. Mobilidade articular ativa: abertura e fechamento, protrusão da 
mandíbula, lateralização da mandíbula. 
 
MMSS: ombros, cotovelos, punhos, metacarpofalangeanas, interfalangiana proximal e distal 
1- Inspeção: alterações no alinhamento, forma, volume, deformidades, lesões, hipertrofias; 
2- Palpação: identificar a presença de pontos dolorosos a digitopressão, derrames articulares, calor articular, 
crepitações a movimentação passiva. 
3- Avaliar o movimento passivo, ativo e contra a resistência de cada articulação: 
 Ombros: adução, abdução, flexão, extensão, rotação interna e externa 
 Cotovelos: flexão, extensão, pronação e supinação 
 Punhos e mãos: abdução, adução, flexão e extensão 
 
 Manobras para síndrome do carpo: 
 Sinal de Phalen: flexionar as mãos forçando uma contra a outra por 60 seg. Se gerar dor e parestesia no 
trajeto do nervo mediano, a manobra é positiva. 
 Sinal de Tinnel: percussão do nervo mediano, meio do punho, com o martelo de Buck. Se causar dor ou 
parestesia no trajeto do nervo mediano, o teste é positivo 
 
MMII: coxofemurais, joelhos, tibiotarsicas, pés. 
1- Inspeção e palpação: mesma do MMSS. 
 Coxofemurais: abdução, adução, flexão, extensão, rotação interna e externa 
 Joelhos: flexão, extensão, rotação interna e externa. 
 Tornozelos e pés: dorsoflexao, flexão plantar, flexão, extensão, inversão e eversão. 
 
Coluna vertebral: 
 Geral: detecção de desvios na coluna: hipercifose (aumento da convexidade posterior), hiperlordose (aumento 
da concavidade posterior), retificação ou inversão das curvaturas normais, desvios laterais ou escolioses. 
Alterações de pele: lesões, sinais flogisticos. 
 Palpação: identificar pontos dolorosos à digitopressão, derrames articulares, calor articular, crepitações à 
movimentação passiva. 
 Mobilidade articular ativa: flexão, extensão, rotação, inclinação lateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO 
 
1- Avaliação do estado mental: nível de consciência pela escala de glasglow (alerta, sonolento, letárgico, 
comatoso); e conteúdo da consciencia (orientação, calculo, linguagem, memoria, praxia (colocar ação em 
pratica), gnosia (reconhecimento de objetos por meio dos sentidos), abstração) com a realização do 
miniexame do estado mental. 
 
 
 
 
 
 
2- Avaliação dos nervos cranianos 
 
I- Nervo Olfatório: teste: paciente com os olhos fechados. Pergunta se sente algum cheiro e se os 
identifica. Cada narina deve ser testada separadamente. 
 
II- Nervo óptico: campimetria por confrontação é uma avaliação grosseira do campo visual e avalia 
a acuidade visual, nesse caso a visão do avaliador é o parâmetro. Enquanto o paciente oclui o olho 
esquerdo, o medico fecha o olho direito e faz a confrontação do seu campo visual esquerdo com 
o campo visual direito do paciente. Deve-se movimentar o indicador da periferia ao centro, 
tentando-se um olho de cada vez. Mandar o paciente ler algo ou reconhecer imagens a curta e 
media distancia. Reflexo fotomotor direto – mande o paciente fechar os olhos e depois abrir,quando incidirá um foco de luz na pupila e observe a reação normal de constricção. Reflexo 
fotomotor indireto: repita o processo e observe a pupila do outro olho onde não foi incidida a luz. 
Realizar o exame de fundo de olho se tiver acesso a um oftalmoscópio. 
 
III- Nervo oculomotor: inerva a musculatura extrínseca (reto medial, obliquo inferior, reto superior, 
reto inferior. Inerva o músculo ciliar e o esfíncter da pupila. Lesão pode gerar Ptose palpebral, olho 
desviado lateralmente e inferiormente; midríase e ausência de resposta reflexa motora. 
 
IV- Nervo troclear: inerva o músculo obliquo superior. Lesão gera desvio do olho para cima e para 
dentro e desvio compensador da cabeça para o lado sadio. 
 
V- Abducente: inerva o reto lateral. Estrabismo convergente e incapacidade de abduzir o olho. 
 
 
 
 
 
VI- Nervo trigêmio: Função: reflexos da córnea, sensibilidade facial e movimentos mandibulares. 
Ramos: oftálmico, maxilar e mandibular. 
Na inspeção: observar posição da mandíbula. Na palpação: palpa-se o músculo temporal e 
masseter enquanto o paciente mastiga ou cerra os dentes. Coloca-se a Mao embaixo da 
mandíbula e solicita-se para que o paciente abra a boca. Na avaliação sensorial deve-se avaliar a 
sensibilidade da testa, bochecha e mandíbula. 
 
VII- Facial: inspeção: inspecione o rosto em repouso enquanto ainda estiver falando com o paciente. 
Técnica: solicite o paciente – levantar a sobrancelha, franzir a testa, fechar os olhos, mostrar os 
dentes superiores e inferiores, sorrir, encher a boca de ar. 
 
VIII- Nervo vestibulococlear: vestibular – equilíbrio e coclear – auditiva 
 
Teste de Weber: 
 Coloque o diapasão firmemente contra uma superfície, por exemplo, o lado ulnar da sua mão 
 Coloque firmemente no meio da cabeça do paciente 
 Peça o paciente dizer onde ele consegue ouvir o som melhor (esquerda, direita ou meio). 
 
 
 Teste de Rinne 
 Bata o diapasão firmemente e coloque a base do diapasão no processo mastóide do paciente. 
 Peça ao paciente para indicar quando ele parar de ouvir o som 
 Em seguida coloque os braços do diapasão na frente da orelha do paciente, de modo que os braços do 
diapasão estejam na horizontal com o canal auditivo. 
 Pergunte se o paciente ouve o som agora. 
 É considerado anormal se a condução óssea é melhor que a condução aérea 
 
 
 Teste Schwabach 
 Bata o diapasão firmemente e coloque na base do processo mastóide do paciente 
 Peça para o paciente indicar quando não é capa de ouvir mais sons. 
 Agora coloque a base do diapasão no seu processo mastóide. Se você ainda é capaz de ouvir o som, o teste é 
anormal. 
 
 
 
 
 
 
 
IX e X- Nervo glossofaríngeo e Nervo vago 
 
Sensibilidade gustativa do terço posterior da língua (IV); Vox (rouca, anasalada (X) 
Técnica: solicitar que o paciente degluta; pedir que o paciente diga “a” e observe o movimento 
do palato mole e da faringe (assimetria do palato e desvio da úvula); pesquisa do reflexo do 
vomito estimulando a parte posterior da faringe com uma espátula 
 
XI- Nervo acessório: solicitar que o paciente levante o ombro contra-resistencia a sua mão. 
Pedir também que estenda a cabeça contra a resistência e lateralize o pescoço. 
 
XII- Nervo hipoglosso: responsável pela motricidade da língua. Exame: inspecionar a língua 
do paciente (simetria, atrofia, lesões, desvio de linha media). Solicitar ao paciente que 
mexa a lingua de um lado para o outro (simetria dos movimentos). Pedir ao paciente 
que empurre a lingua contra a face interna das bochechas. Solicitar que o paciente 
coloque a língua para fora. >>> desvio para o lado da lesão. 
 
3- Avaliação do equilíbrio 
Teste de Romberg (equilíbrio estático): solicitar que permaneça em pé por 5 a 10 segundos (primeiro 
com os olhos abertos e depois fechados). Positivo: paciente fecha o olho e cai instantanemante. 
Avaliação da marcha (equilíbrio dinâmico): pedir que o paciente caminhe normalmente, de olhos 
fechados e com a tecnica calcanhar-dedo do pé (tendem) 
 
 Alguns tipos de marchas: 
 Escavante: ao andar, o paciente toca no chão com a ponta do pé, como se estivesse escavando. O 
problema ocorre por lesões no nervo fibular que impede a dorsiflexão do pé 
 Parkinsoniana ou em festinação: postura do tronco e MMII fletidos, comprimento do passo diminuído. 
Tem um atraso para começar a caminhar. Pode haver tremor associado. 
 Ataxica: paciente com dificuldade de caminhar em linha reta e tende a cambalear. O movimento recíproco 
do braço também parece cambaleante. Envolvimento do cerebelo. 
 Tesoura: quadris e joelhos flexionados e as pernas se cruzam entre si. Paralisia espastica dos músculos 
adutores do quadril. 
 Ceifante: paciente mantel o membro superior fletido em 90º no cotovelo e em adução, com a Mao 
fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espastico e o joelho não flexiona. 
 Tabética: paciente com olhos fixos no chão. MMII levantados abruptamente e, quando recolocados no 
solo caem pesadamente. Indica perda de sensibilidade propioceptiva por lesão no corno posterior da 
medula. 
 
4- Avaliação do tônus 
 Avaliação passiva – palpe os músculos avaliando o tônus 
 Avaliar simetria dos grupos musculares. Volume (atrofia): formação de sulcos entre os metacarpos, 
retificação das eminências tênar e hipotênar. 
 
5- Avaliação da motricidade: 
 Força muscular: 
0- Não ocorre contração muscular voluntaria 
1- Contração mas sem realizar movimentos de uma articulação 
2- Move-se em todos os sentidos, porem é incapaz de vencer a gravidade 
3- O músculo completa todo arco do movimento contra a gravidade, mas não vence a resistência. 
4- Força discretamente reduzida contra a resistência. 
5- Normal. 
 
 Manobras de resistência: fazer resistência palpando o músculo estudado 
1- Pescoço: flexão e rotação lateral 
2- MMSS: elevação do ombro, abdução/adução do braço, flexão/extensão do antebraço; flexão/extensão 
do punho, flexão dos dedos, flexão/extensão do polegar. 
3- MMII: flexão/extensão do quadril, adução e abdução do quadril, flexão/extensão do joelho 
 
 Manobras deficitárias: identificação de hemiparesias sutis: 
1- Sinal de Barré (figura 1): prova do desvio do pronador (MMSS), patológico quando há adução dos dedos 
e pronação do punho; 
2- Prova de Mingazzini de MMII (figura 2) 
3- Prova de Barré do MMII (figura 3) 
 
 
 
 Avaliar se o paciente apresenta movimentos involuntários 
Alguns tipos: 
 Coréia:são movimentos involuntários repetitivos, breves, irregulares e relativamente rápidos que começam 
em uma parte do corpo e passam para outra parte, de modo abrupto e impresivel. Geralmente envolve face, 
boca, tronco e membros. >>> excesso de dopamina / coréia de Sydenham causada por uma complicação da 
infecção por estreptococo. 
 Atetose: é um fluxo continuo de movimentos involuntários, lentos, contínuos e contorcidos. Geralmente 
afeta as mãos e os pés. 
 Hemibalismo: é um tipo de coréia, geralmente envolvendo estiramentos involuntários e violentos de um 
braço ou perna. Movimentos mais amplos 
 Tremores: 1- essencial (benigno, origem idiopática, caracteriza-se por ação e posição> parado e em ação. 
Tem alta freqüência e baixa amplitude, pode ter tremor vocal associado; 2- tremor parkinsoniano: mais 
grosseiro, maior amplitude, classicamente piora ao repouso e melhora na ação; 3- tremor cerebelar: piora na 
intenção, por exemplo, quando o paciente precisa acertar um alvo (teste índex-nariz) 
 
 Avaliar a motricidade reflexa: 
 
Classificar em: 
Grau 0: sem resposta 
Grau 1: presente porém diminuída 
Grau 2: normal 
Grau 3: aumentado mas não necessariamente em um grau patológico 
Grau 4: acentuadamente hiperativo. 
 
O que são os reflexos: 
1- Reflexo propioceptivo ou profundo: o estimulo padronizado provoca um rápido alongamento do 
tendão. Receptores de estiramento (fusos musculares) são esticados e enviam um estimuloatravés de 
um nervo periférico para a raiz do nervo posterior (via aferente do arco reflexo) para a célula do corno 
anterior. Este, em seguida, envia um estimulo ao músculo através da raiz do nervo anterior e do nervo 
periférico (via eferente do arco reflexo) o que resulta na contração muscular (monossináptico) 
2- Reflexo superficial ou cutâneo: São reflexos polissinápticos. O estimulo padronizado é um estimulo 
tátil em uma área pré-definida na pele. No caso de uma condição central ou periférica os reflexos 
superficiais estarão ausentes. 
3- Reflexos primitivos: o estimulo só resultará em contração quando houver uma lesão no sistema 
nervoso. Qualquer reflexo que e visto em RN e desaparece depois é visto como primitivo. 
 
Recomendo assistir os vídeos desse site: https://simbrazil.mediviewprojects.org/index.php/reflexos 
 
Reflexos superficiais: 
 cutâneo abdominal: médio, superior e inferior (nível de cicatriz umbilical), fazendo estimulo com um objeto 
de lateral para medial. Ausência de resposta pode indicar síndrome do neurônio motor superior. 
 
Reflexo cutâneo-plantar (babinski): 
Caracteriza-se por uma extensão dos dedos em forma de leque, quando em um firme estimulo tátil aplicado 
a sola lateral do pé em direção à parte medial. Junto com a extensão do halúx, os outros dedos afastam-se 
entre si. 
Respostas possíveis: 
1- flexão: os dedos do pé se curvam para baixo. Resposta normal observada em adultos hígidos. 
2- Indiferente: não há resposta 
3- Extensão: halux realiza uma extensão. Sinal de Babinski, indica lesão do trato corticoespinal. 
 
Sinal de Hoffman: percutir o leito ungueal do paciente. 
Anormal: flexão do dedo 
 
 
 
 
https://simbrazil.mediviewprojects.org/index.php/reflexos
4- Avaliação da coordenação: 
 Index-nariz: solicite ao paciente que abduza e estenda o braço completamente, peça para que ele toque a 
ponta do nariz com o dedo indicador. Primeiro lentamente, depois repetidamente e com os olhos abertos e 
depois fechados. 
 Teste nariz-ao-dedo: o paciente toca a ponta do seu próprio nariz com o dedo e entao toca a ponta do dedo 
do examinador, que estará se movendo lentamente, depois tocar novamente a ponta do seu nariz. Fazer 
também de olhos fechados. 
 Teste calcanhar-joelho 
 Teste de disdiacocinesia: solicite ao paciente para pronar e supinar sua mão alternadamente, realizando o 
mais rápido possível. 
 
5- Teste da sensibilidade: avaliar sensibilidade tátil, dolorosa, térmica, propioceptiva e vibratória. 
Comparar sempre com o lado contra-lateral. Padrao sugerido: MMSS > ombros, faces internas e 
externas dos antebraços, polegares e dedos mínimos; 
MMII > frente das coxas, face medial e lateral das panturrilhas. 
 Superficial: (testar MMSS, MMII e tronco) 
 Tátil: algodão seco ou gaze 
 Térmica: água fria ou quente 
 Dolorosa: alfinetes descartáveis 
 
 Profunda 
 Vibratória: diapasão nas saliências ósseas distais > proximais 
 Cinético-postural: posição do hálux. Segure pela lateral, olhos fechados, movimente o dedo para cima e para 
baixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
1. Goldman, L.; Schafer, AI. Goldman’s Cecil Medicine. 25th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2016. 
2. Longo, DL et al. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 19th ed. New York: McGraw-Hill, 2015. 
3. PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos (Ed.). Exame clínico: Porto & Porto. 7. ed. Rio de Janeiro, 
RJ: Guanabara Koogan, c2012. 522 p. 
4. Campbell, WW; DeJong: O exame neurológico; 6ª ed; 2004; p. 249-55 
5. Silva, J., Ferreira, B., & Pinto, H. (2013). Avaliação oftalmológica. Princípios Da Oftalmologia 
6- Apostila de Propedêutica – Extensão Médica Acadêmica FMUSP – disponível em: 
http://www2.fm.usp.br/gdc/docs/ema_68_apostila_ema_(versuoo_final).pdf 
7- Semiologia Sanarflix – disponível em: https://www.sanarflix.com.br 
8-Skills in Medicine – Habilidades Médicas - disponível em: https://simbrazil.mediviewprojects.org/ 
 
http://www2.fm.usp.br/gdc/docs/ema_68_apostila_ema_(versuoo_final).pdf
https://www.sanarflix.com.br/
https://simbrazil.mediviewprojects.org/

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