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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA Medicina Anna Laura Alves de Oliveira @partiucrm Roteiro de Anamnese e Exame Físico Informações iniciais: data, hora, local e leito do paciente. Identificação: abreviação do nome e sobrenome, idade, sexo, cor, estado civil, profissão, naturalidade, procedência, residência, religião. QP: Usar a queixa principal do paciente ( O que trouxe o senhor aqui?) com as palavras do paciente (colocar entre aspas) HMA: Para facilitar e direcionar a historia, iniciar com a pergunta “o senhor estava bem até quando?” Começar a historia da seguinte maneira: “o paciente relata que há cerca de anos/meses/dias iniciou o quadro de...” (então começa a descrever e dar todas as características de todos os sintomas, em ordem cronológica) CADA SINTOMA PRINCIPAL DEVE SER CARACTERIZADO SEGUNDO: Início (aparecimento súbito ou gradativo, se tem fator desencadeante ou não; Localização Quantidade ou intensidade Cronologia, inclusive início, duração e freqüência; Fatores que agravam ou aliviam o sintoma; Evolução Manifestações associadas Situação atual “atualmente” apresentando ainda mesmas queixas... ou Melhora o quadro ou sintoma tal após o inicio de ... em uso de... (descrever medicações em uso pelo paciente no momento. Lembrar de dar preferência aos nomes das substancias e não aos nomes comerciais. OBS: se o paciente for portador de doença crônica, pode começar a HMA dizendo Ex: paciente de 50 anos portador de DM, diagnosticado há cerca de 15 anos, relata quadro febril vespertino (não aferida), tosse produtiva com expectoração amarelada e queda no estado geral há 1 semana. Interrogatório sintomatológico: Anamnese dirigida >>>> perguntas gerais sobre todos os sistemas Geral / cabeça e pescoço / cardíaco / respiratório/ TGI / geniturinário / musculoesquelético / vascular periférico / neurológico / hematológico / endócrino Antecedentes fisiológicos Perguntar sobre qual tipo de parto nasceu (normal, cesária?), houve alguma intercorrência? Desenvolvimento neuropsicomotor Sexarca No caso de mulheres: menarca, ciclos menstruais, menopausa Gestações (G? / P? / A?), se aborto colocar se foi espontâneo ou provocado (se espontâneo perguntar em qual trimestre) Vacinação Antecedentes patológicos Doenças comuns na infância (sarampo, rubéola, coqueluche, catapora, poliomelite. Doenças crônicas como DM, HAS, HIV, TUBERCULOSE. Internações, cirurgias, dsts, transfusões sanguíneas, alergias, medicações em uso. Obs: se houver algum dado positivo colocar em ordem cronológica. Os “negas” vem posteriormente. História familiar Perguntar sobre doenças crônicas e neoplasias Perguntar especificamente sobre os pais, irmãos e filhos HAS, DM, neoplasias, doenças coronarianas, AVC, doenças mentais, dislipidemia, suicidio, doenças pulmonares. Perguntar se alguém que divida a mesma residência apresenta os mesmos sintomas. (doenças possivelmente infecciosas). Hábitos de vida: Hábitos sexuais, hábitos alimentares, atividade física, ingestão de agua, tabagismo (maços/ano), etilismo, drogas, padrão de sono, hábitos de higiene. Historia psicossocial: Fontes de apoio social, profissão, escolaridade, situação domiciliar (tipo de moradia, água potável, saneamento básico), existência de vínculos afetivos, fontes de estresse (recente e a longo prazo) experiências importantes na vida, situação financeira, atividades de lazer, atividades da vida diária. EXAME FÍSICO GERAL Avaliação do estado geral: nível de consciência, fácies, fala, confusão mental, mobilidade >>> (BEG) (REG) (MEG). Se o paciente está responsivo, consciente e orientado: Lúcido e orientado no tempo e espaço. Palidez: observar mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal e palma das mãos. (classificar o grau em cruzes). Se não houver palidez, paciente corado. Grau de hidratação: umidificação da mucosa oral, globo ocular e turgor da pele (classificar em cruzes) Icterícia: observar palma da mão, esclera e freio da língua. Paciente ictérico ou anicterico. (classificar em cruzes) Presença ou não de cianose. Padrão respiratório: eupneico, taquipneico, bradpneico Avaliar presença de febre. Exame normal: paciente lúcido e orientado no tempo e espaço, bom estado geral, corado, hidratado, eupneico, afebril, acianotico e anicterico. Exame físico geral quantitativo PA / FR / PR / Tax / ALTURA E PESO (IMC) Exame físico da cabeça e pescoço Face: deformidades, assimetrias, lesões de nervos (mímica normal?) lesões de pele, paralisia de nervo craniano, fácies, hipersensibilidade, Crânio: deformidades, assimetrias, lesões, cicatrizes, abaulamentos Cabelos: implantação, textura, cor, parasitas Olhos: observar cílios, sobrancelhas, pálpebras, aparelho lacrimal, escleras, conjuntivas (hipo, hiper ou normocrômicas / hiperemiadas), cornea e cristalino, movimentos extraoculares, tamanho e reação pupilar. Nariz: deformidades, secreções, obstrução, septo, pólipos, mucosa nasal, sangramentos, edemas, Ouvidos: incline a cabeça do paciente para o lado oposto ao exame. Avaliar pavilhão auricular e retroauricular. Iluminar com a lanterna. Verificar deformidades, nódulos, lesões, dor. Boca: dentes, assoalho da boca, gengiva, mucosa oral, tonsila palatina, palato, úvula Seios paranasais: palpar para avaliar hipersensibilidade Exame geral do pescoço: observar simetria, massas, cicatrizes, aumento de parótidas e submandibulares. Tireoide: consistência, hipersensibilidade,mobilidade, presença de nódulos, tamanho. Traqueia: verificar cartilagem cricoide e tireóide e possíveis desvios Linfonodos: pré-auricular > retroauricular > occipital > tonsilar > submandibular > submentoniano > cervical superficial > cervical profundo > cervical posterior > supraclavicular. Avaliar sensibilidade, tamanho, número, localização, mobilidade. Jugulares: paciente deitado a 45º. Pode ser feito junto com exame do ACV EXAME FÍSICO DO APARELHO RESPIRATÓRIO Inspeção estática: abaulamentos, retrações, tipo de tórax, lesões elementares Inspeção dinâmica: padrão respiratório, utilização de musculatura acessória, tiragem intercostal. Expansibilidade: avaliar hipersensibilidade e expansibilidade em ápice, médio e base. Verificar se a expansibilidade é a mesma bilateralmente. Pedir ao paciente para inspirar profundamente. Frêmito toracovocal (FTV): avaliar em seis pontos distintos. Pedir para que o paciente fale “33”. Obs: No derrame pleural o ftv encontra-se reduzido, devido ao fato de haver liquido entre a pleura e o pulmão, dificultando a propagação do som até a parede torácica. Enquanto que, nas consolidações, como na pneumonia ou em tumores, o som encontra-se aumentado, posto que o meio sólido da consolidação permite maior transmissibilidade. Percussão: Realizada com a mão dominante, usando a falange distal do terceiro dedo sobre o segundo ou terceiro dedo da outra mão. Fazer sempre a comparação entre o hemitorax. Pode-se identificar: 1- Som claro pulmonar: som da percussão normal 2- Som timpânico: característico de estruturas ocas, ou seja, com grande quantidade de ar no parênquima pulmonar ou cavidade torácica, é encontrado em casos de enfisema pulmonar e pneumotórax. 3- Som submaciço: ocorre quando há um liquido interposto entre o parênquima pulmonar e a parede torácica, como em derrames pleurais. 4- Som maciço: obtido quando se percute regiões mais “densas”, ou seja, quando há uma diminuição da quantidade de ar no pulmão ou em suas proximidade. Isto esta presente em tumores periféricos ou em pneumonias. Você irá sentir percutindo algo sólido. Obs: é importante ressaltar que abaixo do 6EICD é possível encontrar som maciço que corresponde ao fígado. Ausculta: Pedir para que o paciente realize inspirações e expirações profundas com a boca entreaberta, sem realizar barulho. Compararas regiões indo do ápice ate a base em pelo menos quatro pontos. Os sons respiratórios podem ser: 1- Sons traqueais 2- Respirações brônquicas 3- Múrmurios vesiculares (som normal pulmonar causado pela entrada e saída de ar nos pulmões) Em situações patológicas pode se auscutar ruídos adventícios: 1- Estertores finos (crepitações): semelhante a fricção de cabelos. Gerados quando o ar entra em um alvéolo que contenha liquido (pneumonia, edema pulmonar) 2- Estertores grossos: origem na abertura e fechamento das VA contendo secreção viscosa e espessa, bem como afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas, sendo comuns na bronquite e bronquiectasias. 3- Roncos: causados pela movimentação de muco e de liquido na luz das VA. Sugere asma, bronquite, obstrução. 4- Sibilos: acompanham as doenças que levam a obstrução do fluxo aéreo, como asma, dpoc e bronquite. 5- Atrito pleural: processo inflamatório das pleuras visceral e parietal. 6- Estridor: tipo especial de sibilo, com maior intensidade na inspiração e audível a distancia. Ocorre nas obstruções altas de laringe ou traquéia. EXAME FÍSICO DO APARELHO CARDIOVASCULAR É importante identificar os espaços intercostais. Para isso, identificamos primeiro o ângulo de Louis ou ângulo manubrioesternal, que esta a altura da segunda costela e, abaixo dela, encontra-se o 2EI. Os focos pulmonares são: 1- Foco aórtico: 2ºEI, na borda esternal direita; 2- Foco pulmonar: 2ºEI, na borda esternal esquerda 3- Foco aórtico acessório: 3ºEI na borda esternal esquerda 4- Foco tricúspide: 4º, 5º EI, na borda esternal esquerda 5- Foco mitral: 5º EI na linha hemiclavicular esquerda Para entender melhor o funcionamento do coração e associá-lo à semiologia, devemos relembrar: A porção direita do coração recebe o sangue proveniente do território venoso sistêmico e o destina aos pulmões, em que haverá as trocas gasosas. O sangue oxigenado retorna ao coração para a porção esquerda do órgão, que impulsionara o fluxo para a circulação sistêmica. O fluxo segue a seqüência: território venoso > veias cavas > átrio direito > ventrículo direito > artéria pulmonar > capilares pulmonares > veia pulmonar > átrio esquerdo > artéria aorta > território arterial > capilares sistêmicos. Durante a sístole ventricular, a elevação da pressão no VE gera um gradiente de pressão em relação a aorta. Isso promove a abertura da valva semilunar aórtica permitindo o fluxo para a circulação sistêmica. Ao mesmo tempo, o regurgitamento do sangue para o AE é evitado pelo fechamento da valva atrioventricular esquerda ou mitral, que veda a passagem do sangue na direção do ventrículo-atrio. O fluxo se da em direção a aorta, cuja pressão encontra-se, agora, elevada. Ao longo da diástole, o ventrículo que esvaziou começa a relaxar, reduzindo progressivamente a pressão intraventricular. Como a pressão aórtica esta muito superior a do VE, fecha-se a valva aórtica. Nesse momento, o AE cheio, bombeia sangue para o VE e a valva mitral se abre, permitindo novamente o preenchimento ventricular. A porção direita do coração funciona analogamente: durante a sístole, o sangue venoso no VD é bombeado em direção a artéria pulmonar (já que o VD se contrai, gerando uma gradiente de pressão entre a artéria pulmonar e o ventrículo), com a abertura da valva pulmonar ao mesmo tempo em que a tricúspide se fecha, impedindo o regurgitamento do sangue para o AD. Na diástole, o ventrículo, apenas com o volume que restou, relaxa e tem sua pressão interna diminuída. O gradiente de pressão com a artéria pulmonar (cuja pressão encontra-se mais elevada), leva ao fechamento da valva pulmonar; e, com AD, leva a abertura da tricúspide. O ventrículo torna a encher com o sangue proveniente da circulação sistêmica. A função de bomba do coração se mantém eficientes pela quantidade do músculo e valvas cardíacas alem da ideal resistência a ser vencida pelo fluxo em direção a aorta na sístole (resistência periférica) e a preservação da quantidade de sangue proveniente do território venoso na diástole (retorno venoso). O sangue chega da circulação sistêmica, advindo das veias cava superior (veias jugulares, veias subclávias, veias braquiocefálicas) e inferior. O sangue é oxigenado e volta para a circulação sistêmica via aorta: arco da aorta (tronco braquiocefalico > artéria subclávia direita e artéria carótida comum direita) (artéria carótida esquerda) (artéria subclávia esquerda); e aorta descendente que, após passar pelo diafragma se torna aorta abdominal e irriga os órgãos abdominais. 1- Inspeção Analisar presença de icterícia, palidez, cianose, lesões elementares, dispnéia, ortopneia, turgencia jugular, pulso carotídeo visível, tipos de tórax, simetria, abaulamento, retrações. A estase jugular deve ser avaliada com o paciente deitado com a cabeceira a 45º. A medida normal é de 4cm, valores acima são descritos como estase jugular. 2- Palpação Determinar a localização do: Ictus cordis – determinar o numero de polpas digitais. Geralmente esta localizado na linha hemiclavicular esquerda, se estiver muito desviado pode indicar cardiomegalia. Presença de pulsos – podem ser analisados o pulso carotídeo (terço médio do pescoço, anteriormente ao ECM), radial, femoral, poplíteo e tibial do paciente. Observar simetria, intensidade e ritmo 3- Ausculta Relembrando: com a aceleração e desaceleração da coluna se sangue e das estruturas cardiovasculares, surgem ruídos cardíacos denominados bulhas. A primeira bulha – B1 - corresponde ao momento da sístole (som advindo do fechamento das valvas mitral e tricúspide). Ela é seguida de um pequeno silencio (ejeção), menor que o período diastólico marcado pela segunda bulha – B2 – (som advindo do fechamento das valvas semilunares) – seguida de um grande silencio (enchimento ventricular). Auscultar o coração da base (foco aórtico e pulmonar e aortico acessório) para o ápice (tricúspide e mitral) nessa ordem. Se você auscultar sons diferentes do “Tum-ta” poderá indicar alterações Sopros: o sangue flui de forma laminar dentro dos vasos, porém, se houver algum obstáculo, gerar-se-á um turbilhonamento que acabara por produzir um ruído diferente cuja onomatopéia seria um “shhh”. Se, por vários motivos, as valvas não se fecharem adequadamente, deixando orifícios, o sangue passará por eles e será turbilhonado o que originará o sopro. Deve-se então classificar os sopros de acordo com: Intensidade: medidas em cruzes de + a 6+ de acordo com a classificação de Levine Localização Irradiação Se são sistólicos (produzidos entre B1 e B2) ou diastólico (entre B2 e B1) Bulhas extras (conhecidas como B3 e B4) são estalidos que acontecem dentro do ciclo cardíaco que podem denotar alterações patológicas. Durante a diástole ventricular, há a contração do átrio, enchendo o ventrículo de sangue (nesse processo o ventrículo se distende – complacência) Entretanto, em algumas pessoas, essa complacência pode estar diminuída causando uma rápida desaceleração do sangue no ventrículo, gerando um terceiro estalido (B4) Em outras situações, por incapacidade do ventrículo de ejetar completamente o sangue em seu interior (restando um pouco), a coluna de sangue ejetada do átrio pode encontrar esse resquício de sangue, gerando uma desaceleração brusca e um terceiro estalido (B3). Resumidamente, a ausculta seria algo como: Tum-ta –ta ( B3) e trum-ta (B4) Resumindo a ausculta: Auscultar os 5 focos cardíacos. As bulhas devem ser avaliadas por presença de B1 e B2; descrevendo o ritmo (rítmicas ou arrítmicas), a intensidade da fonese (hipofonetica, normofonetica, hiperfonetica), presença ou ausência de bulhas extras, desdobramentos e sopros. EXAME FÍSICO DO ABDOME Inspeção: forma do abdome (plano, globoso, batráquio, avental, pendular escavado), abaulamentos, simetria, retrações, lesões elementares, cicatrizes, circulaçãocolateral visível, pulsações, cicatriz umbilical (protrusa/intrusa), peristalse visível. Ausculta: avaliar a presença de ruídos hidroaéreos (RHA) – presença ou ausência (aumentados/diminuídos/normais). Deve-se auscultar em 2 minutos geralmente em flanco direito – se presente não necessita auscultar outros pontos. Auscultar aorta, artéria renal, artéria ilíaca e presença de sopros. Percussão: percussão geral dos quatro quadrantes avaliando a distribuição de gases (informa se timpânico ou maciço – predomínio do timpanismo); identifica possíveis massas solidas ou liquidas. A hepatimetria é feita na linha médio clavicular (6 a 12 cm) e médio esternal (4 a 8 cm). Avaliar o espaço de Traube. Palpação: questionar se o paciente sente dor, se esta com a bexiga cheia e se defecou no dia. A palpação superficial informa se há sensibilidade dolorosa. A profunda de todos os quadrantes: informa se há sensibilidade dolorosa, massas palpáveis (localização, textura, mobilidade, tamanho, pulsação) Palpação do fígado – mão em garra (textura, simétrica, presença de nódulos, lisa) Palpação do baço - técnica adequada utilizando a palma são Mao e o decúbito lateral de shuster. 1- Mão esquerda: comprime para frente a região inferior da caixa torácica 2- Mão direita por baixo do rebordo costal esquerda, faça preensão para dentro na direção do baço; 3- Solicite que o paciente inspire profundamente 4- Repita a manobra com o paciente em decúbito lateral direito e as pernas ligeiramente fletidas na altura dos quadris e joelhos. Manobras especiais: 1- Apendicite: Rovsing: dor referida no QID a compressão do QIE Psoas: flexão da perna Obturador: rotação interna da coxa com a perna fletida 2- Ascite Macicez móvel Semicirculo de skoda Sinal de piparote 3- Hérnias: valsalva 4- Pielonefrite: dor a punho percussão das lojas renais 5- Peritonite: Sinal de Blumberg: dor a descompressão brusca Sinal de Murphy: dor a palpação de HD a inspiração profunda EXAME FÍSICO DO SISTEMA VASCULAR PERIFÉRICO 1- Sistema arterial Identificar os principais pulsos a serem examinados: A) PULSO RADIAL E ULNAR B) PULSO BRAQUIAL( PALPADO NA DOBRA DO COTOVELO OU POUCO ACIMA – IDENTIFIQUE TENDÃO BICIPITAL, ELE ESTA MEDIALMENTE ...OU MAIS ACIMA NO SULCO DO TRICIPES E BICIPES) C) PULSO FEMORAL D) PULSO POPLITEO – JOELHO FLETIDO, COM PERNA RELAXADA, COMPRIMIR PROFUNDAMENTE A FOSSA POPLITEA E) PULSO PEDIOSO F) PULSO TIBIAL POSTERIOR G) PULSO CAROTIDEO (PALPAR CADA LADO SEPARADAMENTE) O que avaliar sempre: -Frequência em um minuto -Ritmo -Localização -Simetria -Amplitude COMO GRADUAR A AMPLITUDE 0: ausente, pulso não palpável 1: diminuído, pulso pouco palpável 2: normal 3: aumentado 4: muito aumentado 1- Manobras da irrigação Teste de Allen: o examinador palpa e aplica pressão sobre as artérias radial e ulnar no pulso, usando três dedos em cada artéria. Isso oculta o fluxo sanguíneo para a mão. Faça com que o paciente feche a mão e depois abra sua Mao 10x, terminando com a mão aberta. A hiperextensao dos dedos e do pulso não deve ocorrer, pois a tensão nos tecidos moles pode parecer branca e levar a um falso positivo. A Mao da Mao deve parecer branca/pálida. O examinador remove então a pressão de uma artéria. Um teste positivo ocorre quando leva > 5seg para o sangue retornar a palma da mão. Repita o processo e avalie a outra artéria. 2- Alterações posturais da cor na insuficiência arterial crônica Quando pesquisar: diante de dor ou redução dos pulsos Eleve as pernas do paciente a 60º, observe surgir palidez (1min) Paciente sentado e ereto com as pernas pendentes Comparar os dois pés Normal da cor rósea em 10 segundos Enchimento das veias dos pés e tornozelos em 15 segundos: normal (cor normal e veias já cheias), anormal (rubor substituindo palidez sugere IAP) 3- Sistema venoso: avaliação das válvulas Teste do enchimento retrógrado (tredelenburg) Paciente em decúbito dorsal Eleve as pernas do paciente a 90º. Oclua safena interna. Solicite ao paciente a ficar de pé e mantenha a safena ocluida. Após 20 segundos libere a compressão e avalie o enchimento dos vasos. Normal: safena enche de baixo para cima (35 segundos); válvulas competentes bloqueiam o fluxo retrogrado Anormal: enchimento rápido – veias comunicantes incompetentes, enchimento adicional subito ondica presença de válvulas incompetentes na veia safena. EXAME FÍSICO DO SISTEMA OSTEOARTICULAR Articulação temporomandibular: 1- Inspeção: alterações de alinhamento, forma, deformidades, alterações de pele, lesões, sinais de flogose. 2- Palpação: coloque a ponta dos dedos indicadores logo a frente do trago de cada pavilhão auricular e solicite que o paciente abra a boca. Mobilidade articular ativa: abertura e fechamento, protrusão da mandíbula, lateralização da mandíbula. MMSS: ombros, cotovelos, punhos, metacarpofalangeanas, interfalangiana proximal e distal 1- Inspeção: alterações no alinhamento, forma, volume, deformidades, lesões, hipertrofias; 2- Palpação: identificar a presença de pontos dolorosos a digitopressão, derrames articulares, calor articular, crepitações a movimentação passiva. 3- Avaliar o movimento passivo, ativo e contra a resistência de cada articulação: Ombros: adução, abdução, flexão, extensão, rotação interna e externa Cotovelos: flexão, extensão, pronação e supinação Punhos e mãos: abdução, adução, flexão e extensão Manobras para síndrome do carpo: Sinal de Phalen: flexionar as mãos forçando uma contra a outra por 60 seg. Se gerar dor e parestesia no trajeto do nervo mediano, a manobra é positiva. Sinal de Tinnel: percussão do nervo mediano, meio do punho, com o martelo de Buck. Se causar dor ou parestesia no trajeto do nervo mediano, o teste é positivo MMII: coxofemurais, joelhos, tibiotarsicas, pés. 1- Inspeção e palpação: mesma do MMSS. Coxofemurais: abdução, adução, flexão, extensão, rotação interna e externa Joelhos: flexão, extensão, rotação interna e externa. Tornozelos e pés: dorsoflexao, flexão plantar, flexão, extensão, inversão e eversão. Coluna vertebral: Geral: detecção de desvios na coluna: hipercifose (aumento da convexidade posterior), hiperlordose (aumento da concavidade posterior), retificação ou inversão das curvaturas normais, desvios laterais ou escolioses. Alterações de pele: lesões, sinais flogisticos. Palpação: identificar pontos dolorosos à digitopressão, derrames articulares, calor articular, crepitações à movimentação passiva. Mobilidade articular ativa: flexão, extensão, rotação, inclinação lateral. EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO 1- Avaliação do estado mental: nível de consciência pela escala de glasglow (alerta, sonolento, letárgico, comatoso); e conteúdo da consciencia (orientação, calculo, linguagem, memoria, praxia (colocar ação em pratica), gnosia (reconhecimento de objetos por meio dos sentidos), abstração) com a realização do miniexame do estado mental. 2- Avaliação dos nervos cranianos I- Nervo Olfatório: teste: paciente com os olhos fechados. Pergunta se sente algum cheiro e se os identifica. Cada narina deve ser testada separadamente. II- Nervo óptico: campimetria por confrontação é uma avaliação grosseira do campo visual e avalia a acuidade visual, nesse caso a visão do avaliador é o parâmetro. Enquanto o paciente oclui o olho esquerdo, o medico fecha o olho direito e faz a confrontação do seu campo visual esquerdo com o campo visual direito do paciente. Deve-se movimentar o indicador da periferia ao centro, tentando-se um olho de cada vez. Mandar o paciente ler algo ou reconhecer imagens a curta e media distancia. Reflexo fotomotor direto – mande o paciente fechar os olhos e depois abrir,quando incidirá um foco de luz na pupila e observe a reação normal de constricção. Reflexo fotomotor indireto: repita o processo e observe a pupila do outro olho onde não foi incidida a luz. Realizar o exame de fundo de olho se tiver acesso a um oftalmoscópio. III- Nervo oculomotor: inerva a musculatura extrínseca (reto medial, obliquo inferior, reto superior, reto inferior. Inerva o músculo ciliar e o esfíncter da pupila. Lesão pode gerar Ptose palpebral, olho desviado lateralmente e inferiormente; midríase e ausência de resposta reflexa motora. IV- Nervo troclear: inerva o músculo obliquo superior. Lesão gera desvio do olho para cima e para dentro e desvio compensador da cabeça para o lado sadio. V- Abducente: inerva o reto lateral. Estrabismo convergente e incapacidade de abduzir o olho. VI- Nervo trigêmio: Função: reflexos da córnea, sensibilidade facial e movimentos mandibulares. Ramos: oftálmico, maxilar e mandibular. Na inspeção: observar posição da mandíbula. Na palpação: palpa-se o músculo temporal e masseter enquanto o paciente mastiga ou cerra os dentes. Coloca-se a Mao embaixo da mandíbula e solicita-se para que o paciente abra a boca. Na avaliação sensorial deve-se avaliar a sensibilidade da testa, bochecha e mandíbula. VII- Facial: inspeção: inspecione o rosto em repouso enquanto ainda estiver falando com o paciente. Técnica: solicite o paciente – levantar a sobrancelha, franzir a testa, fechar os olhos, mostrar os dentes superiores e inferiores, sorrir, encher a boca de ar. VIII- Nervo vestibulococlear: vestibular – equilíbrio e coclear – auditiva Teste de Weber: Coloque o diapasão firmemente contra uma superfície, por exemplo, o lado ulnar da sua mão Coloque firmemente no meio da cabeça do paciente Peça o paciente dizer onde ele consegue ouvir o som melhor (esquerda, direita ou meio). Teste de Rinne Bata o diapasão firmemente e coloque a base do diapasão no processo mastóide do paciente. Peça ao paciente para indicar quando ele parar de ouvir o som Em seguida coloque os braços do diapasão na frente da orelha do paciente, de modo que os braços do diapasão estejam na horizontal com o canal auditivo. Pergunte se o paciente ouve o som agora. É considerado anormal se a condução óssea é melhor que a condução aérea Teste Schwabach Bata o diapasão firmemente e coloque na base do processo mastóide do paciente Peça para o paciente indicar quando não é capa de ouvir mais sons. Agora coloque a base do diapasão no seu processo mastóide. Se você ainda é capaz de ouvir o som, o teste é anormal. IX e X- Nervo glossofaríngeo e Nervo vago Sensibilidade gustativa do terço posterior da língua (IV); Vox (rouca, anasalada (X) Técnica: solicitar que o paciente degluta; pedir que o paciente diga “a” e observe o movimento do palato mole e da faringe (assimetria do palato e desvio da úvula); pesquisa do reflexo do vomito estimulando a parte posterior da faringe com uma espátula XI- Nervo acessório: solicitar que o paciente levante o ombro contra-resistencia a sua mão. Pedir também que estenda a cabeça contra a resistência e lateralize o pescoço. XII- Nervo hipoglosso: responsável pela motricidade da língua. Exame: inspecionar a língua do paciente (simetria, atrofia, lesões, desvio de linha media). Solicitar ao paciente que mexa a lingua de um lado para o outro (simetria dos movimentos). Pedir ao paciente que empurre a lingua contra a face interna das bochechas. Solicitar que o paciente coloque a língua para fora. >>> desvio para o lado da lesão. 3- Avaliação do equilíbrio Teste de Romberg (equilíbrio estático): solicitar que permaneça em pé por 5 a 10 segundos (primeiro com os olhos abertos e depois fechados). Positivo: paciente fecha o olho e cai instantanemante. Avaliação da marcha (equilíbrio dinâmico): pedir que o paciente caminhe normalmente, de olhos fechados e com a tecnica calcanhar-dedo do pé (tendem) Alguns tipos de marchas: Escavante: ao andar, o paciente toca no chão com a ponta do pé, como se estivesse escavando. O problema ocorre por lesões no nervo fibular que impede a dorsiflexão do pé Parkinsoniana ou em festinação: postura do tronco e MMII fletidos, comprimento do passo diminuído. Tem um atraso para começar a caminhar. Pode haver tremor associado. Ataxica: paciente com dificuldade de caminhar em linha reta e tende a cambalear. O movimento recíproco do braço também parece cambaleante. Envolvimento do cerebelo. Tesoura: quadris e joelhos flexionados e as pernas se cruzam entre si. Paralisia espastica dos músculos adutores do quadril. Ceifante: paciente mantel o membro superior fletido em 90º no cotovelo e em adução, com a Mao fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espastico e o joelho não flexiona. Tabética: paciente com olhos fixos no chão. MMII levantados abruptamente e, quando recolocados no solo caem pesadamente. Indica perda de sensibilidade propioceptiva por lesão no corno posterior da medula. 4- Avaliação do tônus Avaliação passiva – palpe os músculos avaliando o tônus Avaliar simetria dos grupos musculares. Volume (atrofia): formação de sulcos entre os metacarpos, retificação das eminências tênar e hipotênar. 5- Avaliação da motricidade: Força muscular: 0- Não ocorre contração muscular voluntaria 1- Contração mas sem realizar movimentos de uma articulação 2- Move-se em todos os sentidos, porem é incapaz de vencer a gravidade 3- O músculo completa todo arco do movimento contra a gravidade, mas não vence a resistência. 4- Força discretamente reduzida contra a resistência. 5- Normal. Manobras de resistência: fazer resistência palpando o músculo estudado 1- Pescoço: flexão e rotação lateral 2- MMSS: elevação do ombro, abdução/adução do braço, flexão/extensão do antebraço; flexão/extensão do punho, flexão dos dedos, flexão/extensão do polegar. 3- MMII: flexão/extensão do quadril, adução e abdução do quadril, flexão/extensão do joelho Manobras deficitárias: identificação de hemiparesias sutis: 1- Sinal de Barré (figura 1): prova do desvio do pronador (MMSS), patológico quando há adução dos dedos e pronação do punho; 2- Prova de Mingazzini de MMII (figura 2) 3- Prova de Barré do MMII (figura 3) Avaliar se o paciente apresenta movimentos involuntários Alguns tipos: Coréia:são movimentos involuntários repetitivos, breves, irregulares e relativamente rápidos que começam em uma parte do corpo e passam para outra parte, de modo abrupto e impresivel. Geralmente envolve face, boca, tronco e membros. >>> excesso de dopamina / coréia de Sydenham causada por uma complicação da infecção por estreptococo. Atetose: é um fluxo continuo de movimentos involuntários, lentos, contínuos e contorcidos. Geralmente afeta as mãos e os pés. Hemibalismo: é um tipo de coréia, geralmente envolvendo estiramentos involuntários e violentos de um braço ou perna. Movimentos mais amplos Tremores: 1- essencial (benigno, origem idiopática, caracteriza-se por ação e posição> parado e em ação. Tem alta freqüência e baixa amplitude, pode ter tremor vocal associado; 2- tremor parkinsoniano: mais grosseiro, maior amplitude, classicamente piora ao repouso e melhora na ação; 3- tremor cerebelar: piora na intenção, por exemplo, quando o paciente precisa acertar um alvo (teste índex-nariz) Avaliar a motricidade reflexa: Classificar em: Grau 0: sem resposta Grau 1: presente porém diminuída Grau 2: normal Grau 3: aumentado mas não necessariamente em um grau patológico Grau 4: acentuadamente hiperativo. O que são os reflexos: 1- Reflexo propioceptivo ou profundo: o estimulo padronizado provoca um rápido alongamento do tendão. Receptores de estiramento (fusos musculares) são esticados e enviam um estimuloatravés de um nervo periférico para a raiz do nervo posterior (via aferente do arco reflexo) para a célula do corno anterior. Este, em seguida, envia um estimulo ao músculo através da raiz do nervo anterior e do nervo periférico (via eferente do arco reflexo) o que resulta na contração muscular (monossináptico) 2- Reflexo superficial ou cutâneo: São reflexos polissinápticos. O estimulo padronizado é um estimulo tátil em uma área pré-definida na pele. No caso de uma condição central ou periférica os reflexos superficiais estarão ausentes. 3- Reflexos primitivos: o estimulo só resultará em contração quando houver uma lesão no sistema nervoso. Qualquer reflexo que e visto em RN e desaparece depois é visto como primitivo. Recomendo assistir os vídeos desse site: https://simbrazil.mediviewprojects.org/index.php/reflexos Reflexos superficiais: cutâneo abdominal: médio, superior e inferior (nível de cicatriz umbilical), fazendo estimulo com um objeto de lateral para medial. Ausência de resposta pode indicar síndrome do neurônio motor superior. Reflexo cutâneo-plantar (babinski): Caracteriza-se por uma extensão dos dedos em forma de leque, quando em um firme estimulo tátil aplicado a sola lateral do pé em direção à parte medial. Junto com a extensão do halúx, os outros dedos afastam-se entre si. Respostas possíveis: 1- flexão: os dedos do pé se curvam para baixo. Resposta normal observada em adultos hígidos. 2- Indiferente: não há resposta 3- Extensão: halux realiza uma extensão. Sinal de Babinski, indica lesão do trato corticoespinal. Sinal de Hoffman: percutir o leito ungueal do paciente. Anormal: flexão do dedo https://simbrazil.mediviewprojects.org/index.php/reflexos 4- Avaliação da coordenação: Index-nariz: solicite ao paciente que abduza e estenda o braço completamente, peça para que ele toque a ponta do nariz com o dedo indicador. Primeiro lentamente, depois repetidamente e com os olhos abertos e depois fechados. Teste nariz-ao-dedo: o paciente toca a ponta do seu próprio nariz com o dedo e entao toca a ponta do dedo do examinador, que estará se movendo lentamente, depois tocar novamente a ponta do seu nariz. Fazer também de olhos fechados. Teste calcanhar-joelho Teste de disdiacocinesia: solicite ao paciente para pronar e supinar sua mão alternadamente, realizando o mais rápido possível. 5- Teste da sensibilidade: avaliar sensibilidade tátil, dolorosa, térmica, propioceptiva e vibratória. Comparar sempre com o lado contra-lateral. Padrao sugerido: MMSS > ombros, faces internas e externas dos antebraços, polegares e dedos mínimos; MMII > frente das coxas, face medial e lateral das panturrilhas. Superficial: (testar MMSS, MMII e tronco) Tátil: algodão seco ou gaze Térmica: água fria ou quente Dolorosa: alfinetes descartáveis Profunda Vibratória: diapasão nas saliências ósseas distais > proximais Cinético-postural: posição do hálux. Segure pela lateral, olhos fechados, movimente o dedo para cima e para baixo. REFERÊNCIAS: 1. Goldman, L.; Schafer, AI. Goldman’s Cecil Medicine. 25th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2016. 2. Longo, DL et al. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 19th ed. New York: McGraw-Hill, 2015. 3. PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos (Ed.). Exame clínico: Porto & Porto. 7. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, c2012. 522 p. 4. Campbell, WW; DeJong: O exame neurológico; 6ª ed; 2004; p. 249-55 5. Silva, J., Ferreira, B., & Pinto, H. (2013). Avaliação oftalmológica. Princípios Da Oftalmologia 6- Apostila de Propedêutica – Extensão Médica Acadêmica FMUSP – disponível em: http://www2.fm.usp.br/gdc/docs/ema_68_apostila_ema_(versuoo_final).pdf 7- Semiologia Sanarflix – disponível em: https://www.sanarflix.com.br 8-Skills in Medicine – Habilidades Médicas - disponível em: https://simbrazil.mediviewprojects.org/ http://www2.fm.usp.br/gdc/docs/ema_68_apostila_ema_(versuoo_final).pdf https://www.sanarflix.com.br/ https://simbrazil.mediviewprojects.org/
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