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LVIII Classificação de Kennedy: • Classe I: extremo livre posterior bilateral (dento-muco-suportada); • Classe II: extremo livre unilateral; (dento-muco-suportada) • Classe III: ausência de dentes mais posteriores sem comprometimento da linha média (dento-suportada); • Classe IV: perda de dentes mais anteriores com comprometimento da linha média (normalmente dento-suportada, a não ser que o espaço protético anterior seja muito grande). Apoios: • Proporcionar principalmente suporte vertical a PPR; • Impedem que a prótese se desloque no sentido ocluso-gengival; • Transmissão de forças oclusais aos dentes pilares de forma paralela ao longo eixo do dente; • Podem ser diretos (adjacentes ao espaço protético) ou indiretos (distantes do espaço protético, normalmente para proporcionar retenção indireta ou estabilidade). • Regras: o Todo pilar direto tem apoio; o Todo dente que se planeje um grampo tem apoio; o Mínimo de 3 apoios em um planejamento (1 de cada lado e 1 anterior); o Sempre há um nicho que será “preenchido” pelo apoio. ▪ 1,0 – 1,5 mm em esmalte e 1,5 – 2,0 mm em amalgama ou resina. • Extensão do apoio oclusal: o Pode ser mesial, distal ou ambos; o Apoio duplo: um mesial E um distal no mesmo dente; o Apoio simples: apoio mesial OU apoio distal; o Macroapoio: em caso de molar mesializado; o Apoio geminado: um apoio na mesial de um dente e um apoio na distal do dente adjacente. • Classes I e II: apoio fica longe do espaço protético; Classes III e IV: apoio fica perto do espaço protético. Podemos decidir o local do apoio de acordo com o grampo que colocaremos na PPR. • Tipos: o Apoio oclusal: realizado em dentes posteriores; o Apoio lingual: dentes anteriores – terço mesial, distal ou ambos; Em dentes que não tem cíngulo pronunciado, este pode ser criado, utilizando-se resinas compostas por exemplo – PRÉ-MOLARIZAÇÃO. o Apoio incisal: não são mais utilizados; o Coroa fresada (não contém nicho): indicada quando há pilares de PPR com indicação para coroa; o Apoio residual: realizado sobre raiz residual – apoio sobre o dente e nicho sobre a armação. Grampos de retenção: posicionados nos dentes pilares. • Tipos circunferenciais – de abraçamento: LVIII o Simples: ▪ Dentes posteriores vizinhos a espaços protéticos intercalados; ▪ Menor ação retentiva; ▪ Atua de oclusal para cervical; ▪ Um apoio oclusal. o Geminado: ▪ Molares e pré-molares adjacentes em Classe II (longe do extremo livre), Classe III e Classe IV de Kennedy; ▪ São idênticos mas um de “costas” para o outro; ▪ Pode ser utilizado como retentor indireto. o Invertido: ▪ Molares e pré-molares inclinados para lingual; ▪ Somente usado quando temos grampo circunferencial simples ou geminado que podemos fazer a inversão; ▪ Ausência de retenção pela vestibular; o Gillet (ação reversa): ▪ Molares e pré-molares com coroa clínica longa; ▪ Dentes posteriores inclinados e com equador protético inclinado; ▪ Molares inclinados com zona retentiva perto do tecido gengival vizinho ao espaço protético; ▪ Dá uma “volta” no lado oposto para ganhar comprimento e atingir a área retentiva. o Ottolengui: ▪ Pré-molares isolados vizinhos a dois espaços protéticos intercalados; ▪ Dois apoios, por onde o braço de oposição vai se unir; ▪ Geralmente, o braço de retenção sai do lado que tem o conector. o Anelar: ▪ Molares e pré-molares intercalados; ▪ Aprecido com o Ottolengui, mas possui dois conectores – mais rígido; ▪ Braço de oposição é unido aos dois apoios. o Quereilhac: ▪ Pilares em espaços intercalados mais curtos – indicação semelhante a Ottolengui (pré-molares); ▪ Braço de retenção por lingual, e não tem braço de oposição; ▪ Estético. • Grampo Y – de abraçamento: o Pilares anteriores – espaços protéticos dento-suportados pequenos (intercalados), jamais em extremos livres; o Único braço com função de retenção e oposição; o Origem do apoio; o Menor ação retentiva; o A volta do Y é sempre para o lado do espaço protético. • Grampos de ação de ponta – de tropeçamento: o Pilares adjacentes a extremos livres (Classes I, II e IV ampla), pilares de grandes espaços intercalados. o Atua de cervical para oclusal; o Grampo T: ▪ Espaços protéticos inferiores de Classe III (dente até canino e depois só tem molar), anteriores e posteriores vizinhos a extremo livre; ▪ Duas pontas ativas, uma para mesial e outra para distal. LVIII o Grampo I: ▪ Caninos superiores e pré-molares em extremidade livre; ▪ Estético. o API ou APT: apoio + placa proximal + grampo I ou T. ▪ Extremo livre; ▪ Placa proximal em contato com a proximal próxima ao extremo livre – sempre do lado oposto do apoio. ▪ A diferença entre os grampos I e T e os grampos API e APT é que, nestes últimos, tem a presença da placa proximal. Grampos de oposição: possuem função de neutralizar as forças exercidas pelos grampos de retenção – estabilização do pilar. Variações: • Placa lingual: o Função do grampo de oposição e união entre o que está sobre os dentes até o conector maior; o Espaço pequeno entre o fundo de sulco e a margem gengival. • Coroas fresadas: o Coroas fixas com nicho onde vai o apoio. • Encaixes intracoronários e extracoronários: o Promovem o encaixe tipo macho-fêmea – tipo um botão; o Função de apoio, de grampo de oposição e de grampo de retenção. Conectores maiores: une tudo que está de um lado do arco ao arco posto, liga os elementos constituindo um único corpo. • Superiores: não necessita de alívio, o contato com os tecidos não é prejudicial desde que adequadamente suportado pelos apoios, palato participa do suporte da prótese. Deve distar de 4 a 6 mm da gengiva marginal. o Barra palatina dupla: ▪ Classes I e II de Kennedy, quando há maior número de dentes ausentes do que presentes, Classe III com dentes abalados periodontalmente e Classe IV ampla; ▪ Barra anterior, fitas laterais e barra posterior; ▪ Barra anterior: 5-6 mm da margem gengival; ▪ Barra posterior: não ultrapassar o limite palato duro/palato mole; ▪ Fitas laterais: até o fim do rebordo ou último dente; ▪ Extensão: • Extremo dentado: altura do último apoio; • Extremo livre: até o final da sela ou do rebordo; • Normalmente até o 1º molar. o Barra palatina em U: ▪ Substituições de dentes anteriores, Classe III e IV de Kennedy (espaços protéticos pequenos), tórus palatino inoperável, palato profundo ou quando o paciente não tolera uma barra posterior; LVIII ▪ Não indicado em extremos livres. o Barra palatina única: ▪ Espaços intercalados posteriores pequenos e Classe III de Kennedy; ▪ Pior tipo de conexão devido ao seu volume. o Chapeado palatino: ▪ Extremidade livre quando restam poucos dentes pilares bem implantados ou não; ▪ Próteses buco-maxilo-faciais; ▪ Arcos que estejam próximos de um edentulismo total, grandes espaços protéticos; ▪ Classe I, Classe IV ampla de Kennedy; ▪ Casos de dificuldade para se obter retenção direta. • Inferiores: o Barra lingual – parecido com a barra em U: ▪ É o conector mandibular mais utilizado; ▪ Aplicação universal – pode ser utilizado em todos os casos desde que haja espaço para sua aplicação; ▪ Deve estar o mais distante possível da gengiva marginal livre e ficar acima dos tecidos móveis do assoalho da boca; • 8-9mm de espaço mínimo; • 3-4mm distante da gengiva marginal livre; • 4-5mm altura do conector; • 2mm em relação ao fundo do assoalho lingual. ▪ Em prótese intercalada, deve ir até o útimo apoio oclusal, já em prótese de extremidade livre deve ir um pouco além da face distal do dente de suporte principal vizinho a extremidade livre. o Placa lingual: utilizada quando há um espaço reduzido. ▪ Utilizada quando não existe espaço suficiente para colocação de uma barra lingual; ▪ Se há um dente que possivelmente vai cair (nãoprecisa trocar a armação, faz somente adaptação); ▪ Estabilizar dentes inferiores abalados periodontalmente; ▪ Caso de tórus mandibular; ▪ Não é possivel utilizar em casos de dentes curtos, freios linguais altos ou apinhamento dental. o Barra lingual dupla ou Grampo contínuo de Kennedy: ▪ Classe I, ferulização dos dentes remanescentes com comprometimento periodntak, dentes anteriores com mobilidade (Classes I e II), retenção indireta, contenção de prótese; ▪ Maior estabilidade e rigidez; o Barra vestibular: ▪ Tórus mandibular inoperável e casos que haja linguoversão execessiva dos dentes manteriores onde uma barra lingual ficaria muito afastada do rebordo lingual. Sela: maior extensão possível. Conectores menores: possuem a função de unir os retentores e apoios ao conector maior ou à sela. • Tipos: o Diretamente relacionado ao espaço protético (retangular): vai direto em direção ao espaço protético por meio da sela; o Indiretamente relacionado ao espaço protético (triangular): sai do apoio e se conecta ao conector maior. LVIII Linha de fulcro: é uma linha reta traçada nos últimos apoios planejados vizinhos aos espaços desdentados. Outra opção é observar o espaço protético maior e mais posterior e traçar a linha de fulcro nos apoios planejados nesses pilares. Retentor indireto: determinado pelo eixo de fulcro no plano horizontal que passa pelos apoios dos dentes pilares mais distais de cada lado do arco. • Classe I: passa pelos apoios principais mais distais possíveis; • Classe II: passa pelos últimos apoios mais perto da região de extremo livre; • Elementos o mais distante possivel da linha de fulcro; • Sempre que pudermos vamos deslocar para pré-molares ou caninos para conseguir nichos mais profundos, apoios mais robustos e maior travamento da prótese; Barra dentária: colocada em dentes unirradiculares vizinhos a pilares diretos. Placa proximal: serve de stop para o dente no sentido do extremo livre ou grandes espaços protéticos.