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Propedêutica Médica Nathália Machado - Tut 01 Exame Físico Composto por: - Inspeção - Palpação - Percussão - Ausculta Nessa jornada estudaremos: 1 - Ectoscopia 2 - Dados vitais 3 - Antropometria 4 - Exame Geral 5 - Exame Segmentar, composto por: - Cabeça e pescoço; - Tórax: Aparelho respiratório e Aparelho Cardiovascular; - Abdômen; - Aparelho genito urinário; - Aparelho osteomuscular; - Exame neurológico. 1 E para ilustrar e auxiliar nesse momento de aprendizado, contaremos com a presença da nossa querida paciente a Sra. Gretchen, ao longo do nosso exame físico ela servirá de cobaia. 1 - Ectoscopia: A impressão inicial do paciente fornece dados de extrema importância para o raciocínio diagnóstico. Nela constará os dados obtidos antes mesmo de tocar o paciente. Vamos começar!! A Sra. Gretchen entrou em nosso consultório, o que devemos observar? Serão observados no paciente os seguintes itens: a) Estado geral b) Lucidez (consciência) c) Orientação (qualidade da consciência) d) Atitude ativa/passiva típica ou atípica e) Idade aparente f) Icterícia g) Palidez h) Hidratação i) Cianose j) Edema k) Biotipo l) Respiração m) Estado de higiene n) Estado nutricional o) Postura p) Fácies q) Humor r) Marcha Descreveremos agora todos esses itens: 2 a) Estado Geral: Pode ser classificado em: Bom estado geral (BEG), regular estado geral ou ruim estado geral. É uma avaliação que descreve a impressão obtida ao observar o paciente, para que se saiba até que ponto a doença atingiu o organismo visto como um todo. Serve de alerta para o médico caso o paciente não apresente sintomas que justifique o estado geral, indicando a necessidade de uma investigação mais aprofundada. O contrário também pode ocorrer, um BEG em situação de doença grave indica uma boa capacidade de reação do organismo. b) Lucidez (Consciência): O paciente está lúcido, orientado do tempo e espaço? Responde aos estímulos? Para o exame de nível de consciência, deve se considerar os seguintes fatores: - Perceptividade: Capacidade de responder perguntas simples (ex: “Como vai?”), ou informar aspectos como nome dos familiares, endereço, realizar cálculos simples ou atender a ordens como “Sente-se no leito Sra. Gretchen”, “Sra. Gretchen, tire a camisa, por favor”. - Reatividade: Capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, como desviar os olhos e a cabeça para um ponto onde se provocou um barulho. Pode ser avaliada também em relação a dor. - Deglutição: Capacidade de levar os alimentos a boca e degluti-los. - Reflexos: Respostas às manobras de alguns reflexos tendinosos: patelar, plantares, cutâneos, abdominais e pupilares. Pode ser classificado em: Alerta, sonolento, obnubilado, torporoso ou coma: - O paciente sonolento responde a estímulos verbais ou ao toque leve. 3 - O paciente letárgico ou obnubilado responde a estímulos mais vigorosos. - O paciente torporoso apresenta retirada somente a estímulos dolorosos. - Coma é um estado de arresponsividade e pressupõe que os olhos estejam fechados. Os pacientes comatosos não obedecem a comandos, não apresentam abertura ocular mesmo a dor e não têm movimentação espontânea. c) Orientação (qualidade da consciência): O paciente está lúcido, orientado no tempo e espaço? (LOTE) Realiza-se perguntas como: “Sra. Gretchen, a senhora sabe onde está? Que dia é hoje Sra. Gretchen? Está dia ou noite?” d) Atitude ativa/passiva típica ou atípica: A posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum padecimento. Algumas posições são conscientemente procuradas pelo paciente (voluntárias), enquanto outras independem de sua vontade ou são resultantes de estímulos cerebrais (involuntárias). Daí se vê que a primeira preocupação do médico deve ser distinguir essas duas condições, só tendo valor diagnóstico as atitudes involuntárias ou as que proporcionam alívio para algum sintoma. Se isso não for observado, pode-se dizer que o paciente não tem uma atitude específica ou que ela é indiferente. Atitude ativa são as que o paciente adota por sua vontade, que pode ser classificada em Boa Postura e Má Postura. Posição antálgica: Atitude em que o paciente assume para alívio de alguma dor. E podem ser: 4 - Ortopneica: Posição de alívio em casos de dispneia decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascites volumosas. - Genupeitoral: Atitude em “prece meometana”, facilita o enchimento do coração em casos de derrame pericárdico. - Posição de cócoras: Observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica, a posição gera um alívio da hipóxia generalizada pois aumenta o retorno venoso ao coração. - Parkinsoniana: Típico do paciente de Parkinson. (autoexplicativo né queridos?) - Diferentes decúbitos: Posição em que o paciente, de forma voluntária, assume para alívio de algum padecimento. Decúbito lateral, tanto direito quanto esquerdo, costuma ser adotada quando há uma dor pleurítica, ele se repousa sobre o lado da dor. Decúbito dorsal: com as pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia, é observado dos processos inflamatórios pelviperitoniais. Decúbito ventral: mais comuns em portadores de cólica intestinal. Atitudes passivas: São atitudes que independem da vontade do paciente; impossibilidade do paciente de mudar de posição sem ajuda de outra pessoa. Incluem a atitude passiva (observada em pacientes inconscientes ou comatosos), o ortótono, o epistótono, emprostótono, pleurostótono, a posição de gatilho e torcicolo e mão pêndula da paralisia radial. Pacientes que não apresentam atitudes antálgicas ou passivas podem ser considerados pacientes que possuem atitude atípica, isto é, normal. Já os pacientes que assumem determinada posição, seja de maneira ativa ou passiva, assumem atitudes típicas. Idade aparente: A aparência do paciente condiz com a sua idade? 5 e) Icterícia: O paciente está ictérico ou anictérico? No caso de icterícia, deve atribuir o número de cruzes de acordo com o grau da coloração (+/++++). - Esse sintoma tem relação com problemas de origem hepática. - Observar coloração da palma da mão, esclera e freio da língua. A icterícia se caracteriza por um tom amarelado nessas regiões. O excesso de betacaroteno pode se assemelhar à icterícia. Para diferenciar as duas condições, observe se o tom amarelado/alaranjado está presente apenas na pele (caroteno) ou também na esclera e freio lingual (icterícia). Icterícia neonatal - classificação: f) Palidez: A pele e as mucosas podem se apresentar pálidas ou coradas e a palidez pode ser classificada de acordo com a quantidade de cruzes (+/++++). Observar mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal e palma das mãos. g) Hidratação: O nível de hidratação ou desidrataçãopode ser classificado em cruzes (+/++++). 6 Sinais que podem ser observados na ectoscopia do paciente sugestivo de desidratação, são: - Pele seca (a elasticidade e turgor estarão diminuídos mas para avaliar essa parte é necessário o contato com o paciente, fugindo do conceito de ectoscopia) - Mucosas secas - Olhos afundados (enoftalmia) - Fontanelas deprimidas em crianças - Estado geral comprometido - Excitação psíquica ou abatimento h) Cianose: Observar uma coloração mais azulada no lábio, leito ungueal, e outras extremidades (cianose) que é indicativa de redução da oxigenação do sangue ou de redução da perfusão sanguínea. Então cuidado! O paciente pode estar com a coloração mais azulada por um hipoperfusão sanguínea em razão de frio (cianose periférica causada pela vasoconstrição periférica induzida pelo frio). Neste caso, tente esquentar a mão do paciente e observar se melhora O paciente pode se apresentar cianótico ou acianótico, esse sinal tem relação com o nível de oxigênio. Pode ser classificado também segundo o sistema das cruzes (+/++++). i) Edema: Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou intracelular, pode ocorrer em qualquer sítio do organismo mas, do ponto de vista semiológico, interessa apenas o edema cutâneo. 7 A investigação sobre o edema iniciará na anamnese, quando se pergunta o tempo de duração, localização e evolução. Posteriormente no exame físico completa-se a análise, investigando pontos como: localização, distribuição, intensidade, consistência, elasticidade, temperatura, sensibilidade e outras alterações. j) Biotipo: Análise simples onde se observa o tipo morfológico através de um conjunto de características, pode ser classificado em: - Longilíneo: Tórax afilado e chato, pescoço longo e delgado, ângulo de Charpy menor que 90º, musculatura delgada, panículo adiposo pouco desenvolvido, tendência a estatura elevada. - Mediolíneo: Tipo intermediário, equilíbrio entre os membros e o tronco, desenvolvimento harmônico, ângulo de Charpy em torno de 90º. - Brevilíneo: Tórax alargado e volumoso, pescoço curto e grosso, membros curtos em relação ao tronco, ângulo de Charpy maior que 90º, musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso, tendência para baixa estatura. A determinação do biotipo encontra sua principal utilidade para a correta interpretação das variações anatômicas que acompanham cada tipo morfológico, pois há uma relação entre a forma exterior do corpo e a posição das vísceras. Assim, a forma do coração e a localização do ictus cordis serão diferentes nos três tipos. A forma do estômago, por sua vez. está estreitamente relacionada com a morfologia externa do indivíduo 8 k) Respiração: Observar se há dificuldades para respirar ou se está usando força excessiva (uso de musculatura acessória) para inspirar. O paciente pode estar eupneico ou se apresenta algum sinal visível de dificuldade respiratória, o paciente está dispneico. l) Estado de Higiene Avaliar de o paciente possui um bom ou mau estado de higiene. O paciente apresenta mau-cheiro? Mau-hálito? m) Estado Nutricional Avaliar o estado nutricional do paciente, se aparenta sinais de sobrepeso, obesidade, desnutrição ou se ele se encontra bem nutrido. n) Postura Pode ser descrita das seguintes formas: - Ortostase: em pé. - Sedestação: sentado. - Decúbito lateral, dorsal ou ventral. o) Fácies Conjunto de dados exibidos da face do paciente, esse item é importante pois certas doenças imprimem na face traços característicos, e o diagnóstico pode nascer da simples observação da face. Os principais tipos são: 9 - Fácies normal ou atípica - Fácies hipocrática: olhos fundos, parados e inexpressivos. Apontam para doença grave. - Fácies renal: edema em torno dos olhos, palidez cutânea. Observada das doenças difusas dos rins, como a síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa aguda. - Fácies leonina: alterações produzidas pela Hanseníase, como pele espessa onde se encontram diversos lepromas, lábios grossos, bochechas deformadas pelo aparecimento de nódulos, barba escassa ou inexistente. - Fácies adenoidiana: nariz pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta. Apresenta-se em pacientes portadores de hipertrofia das adenoides. - Fácies parkinsoniana: cabeça inclinada para frente e imóvel nessa posição, olhar fixo, supercílios elevados, testa enrugada e expressão de espanto. - Fácies basedowniana: exoftalmia, olhos brilhantes, rosto magro, expressão que indica vivacidade mas, às vezes, apresenta aspecto ansioso, pode apresentar bócio. Indica hipertireoidismo. - Fácies mixedematosa: rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessa e acentuação dos seus sulcos, supercílios escassos, cabelos secos e sem brilho. Indica hipotireoidismo ou mixedema. - Fácies acromegálica: apresenta saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto, aumento do nariz, lábios e orelha e maior desenvolvimento do maxilar inferior. Os olhos parecem pequenos em meio a tantas estruturas hipertrofiadas. - Fácies cushingnoide: arredondamento do rosto sem atenuação dos traços faciais, acne. Observamos em casos de Síndrome de Cushing por hiperfunção do córtex da suprarrenal, ou em pacientes que usam corticoides. - Fácies mongoloide: olhos oblíquos e distantes, rosto redondo, boca entreaberta. Observada no mongolismo e na Síndrome de Down. - Fácies etílica: olhos avermelhados e certa ruborização da face, hálito etílico, voz pastosa e sorriso indefinido. 10 p) Humor O humor do paciente pode ser classificado em: - Eutímico: normal - Triste - Eufórico - Irritado q) Marcha O modo de andar do paciente poderá ser de grande utilidade diagnóstica, especialmente nas afecções neurológicas. Deve ser analisada solicitando-se ao paciente que caminhe certa distância (acima de 5 m), descalço, de preferência com calção, com olhos abertos e fechados, indo e voltando sob a observação do examinador. A marcha normal pode sofrer variações em relação a particularidades individuais ("cada pessoa tem seu jeito característico de andar"), ou em razão de distúrbios do aparelho locomotor. Então, como seria a descrição da ectoscopia da nossa querida paciente Sra. Gretchen sabendo que ela se encontra saudável? 11 2 - Dados Vitais Agora iremos colher os dados vitais do paciente, e continuaremos usando a Sra. Gretchen de cobaia. Nesse momento iremos analisar: - Frequência Cardíaca - Pulso Radial - Frequência Respiratória - Temperatura - Tensão Arterial - Enchimento Capilar - Saturação - Dor FrequênciaCardíaca: A FC vai determinar o ritmo do coração e o número de batimentos. A contagem de batimentos se faz no intervalo de 1 minuto. Isto é, 60 segundos, nem cogite trapacear e contar apenas 15 ou 30 segundos pois algumas arritmias não são percebidas em um intervalo de tempo tão curto. Podemos classificar a frequência conforme a quantidade de batimentos por minuto em bradicardia, normocardia ou taquicardia. Abaixo os valores de referência da frequência cardíaca em adultos: 12 Pulso Radial: Habitualmente, a artéria radial situa-se entre a apófise estiloide do rádio e o tendão dos flexores. Ficou confuso? Observe a imagem ao lado da mãozinha da querida paciente Sra. Gretchen. Para apalpá-la, empregam-se as polpas dos dedos indicador e médio, variando a força de compressão até que seja obtido impulso máximo. O polegar se fixa delicadamente no dorso do punho do paciente. Nessa imagem, podemos observar que o nosso querido colega estudante de medicina na empresa medicina claramente esqueceu de fixar o polegar no dorso da Sra. Gretchen. O examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo do paciente, e vice-versa. Ademais, a mão do paciente deve repousar no leito ou na mesa de exame em completa supinação. Então vamos de tutorial meninas! !º Encontre a artéria radial do paciente. 2º Pressione conforme a necessidade com os dois dedinhos a artéria até obter o pulso máximo. 3º Não esqueça de fixar o polegar no dorso. 4º Não me fale mentirinhas e conte o pulso durante 60 segundos. 5º Outro ponto importante é a simetria, então é necessário que se faça a contagem nos dois braços. Características do Pulso Radial: Agora que você já sabe identificar o pulso e fazer a contagem, aprenderá sobre as características dele. São elas: 13 - Frequência: É necessário contar sempre o número de pulsações durante um minuto inteiro, comparando-se este valor com o número de batimentos cardíacos. A frequência do pulso varia com a idade e em diversas outras condições fisiológicas. - Ritmo: É dado pela sequência das pulsações. Se elas ocorrem em intervalos iguais, diz-se que o ritmo é regular. Se os intervalos são variáveis - ora mais longos, ora mais curtos -, trata-se de ritmo irregular. A irregularidade do pulso indica alteração do ritmo cardíaco - arritmia -, que pode ser fisiológica ou patológica. - Amplitude: Essa característica é avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está diretamente relacionada com o grau de enchimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole. Quanto à amplitude, classifica-se o pulso em amplo, mediano e pequeno. Bom exemplo de pulso amplo é o da insuficiência aórtica. Na estenose aórtica, observa-se o contrário, ou seja, o pulso é pequeno. - Dureza: Avalia-se a tensão ou dureza do pulso pela compressão progressiva da artéria. Se for pequena a pressão necessária para interromper as pulsações, caracteriza-se pulso mole. Ao contrário, se a interrupção da onda sanguínea exigir forte pressão, trata-se de pulso duro. Denomina-se a situação intermediária de tensão mediana. - Simetria: As artérias braquiais dos dois braços devem apresentar similaridade das características. Frequência Respiratória: No intervalo de 60 segundos é feita a contagem do número de respirações observando o tórax do paciente. O interessante seria fazer a contagem enquanto finge estar contando a frequência do pulso radial, observando as elevações do tórax, pois quando o paciente é avisado que será feita a 14 contagem do número de respirações, inconscientemente ele acaba mudando o ritmo normal. Pode ser classificado em bradipneico, eupnéico e taquipneico. É importante verificar também o ritmo da respiração, que pode conter pausas, períodos de inspiração/expiração profunda ou ser arrítmica; uso de musculatura acessória, tiragem (retração dos espaços intercostais, da fossa supraclavicular ou da região epigástrica), que evidenciam dificuldade para respirar. Observar se não há tempo expiratório prolongado (o normal é o tempo da inspiração ser maior do que o da expiração, o que pode se inverter em situação de broncoespasmo – “crise de asma”). A unidade de medida utilizada é: incursões respiratórias por minuto (irpm). Temperatura: Locais de aferição e suas temperaturas normais: Axilar: 35,5ºC a 37,5ºC Bucal: 36ºC a 37,4ºC Retal: 36ºC a 37,5ºC 15 O reto é o local que indica melhor a temperatura do corpo e com maior precisão. Tensão Arterial: Pressão arterial é a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos. Sofre variações contínuas, na dependência da posição do indivíduo, das atividades e das situações em que ele se encontra. Tem por finalidade promover uma boa perfusão dos tecidos e assim possibilitar as trocas metabólicas. Considerações importantes: - Verificar se o manguito está adequado para o braço do paciente e não pode ser colocado por cima da roupa; - Perguntar se houve consumo de café ou uso de cigarro nos 30 minutos que antecederam o exame, se está sentindo dor, se a bexiga está cheia e deve colocar o paciente em repouso por pelo menos 3 minutos. - O manguito deve ocupar a região mediana entre o acrômio e o olécrano. - A artéria braquial deve estar na altura do coração e o braço deve estar apoiado em uma superfície; - De preferência coloque o paciente na posição de sedestação, encostado e sem as pernas cruzadas; - Verificar a simetria, a diferença deve ser de até 10 mmHg; - Aconselha-se a usar a campânula do estetoscópio ao invés do diafragma; E agora vamos de tutorial novamente, meninas! !º Verificar o pulso radial, posicionar o manguito centralizado sobre a artéria braquial, inflar o manguito até o pulso sumir. O valor onde o pulso desaparece é provavelmente o valor da PA sistólica do paciente. 2º Posicionar o estetoscópio na fossa antecubital, inflar o manguito até 20 a 30 mmHg acima do valor encontrado no pulso radial. 16 3º Desinsuflar o manguito lentamente, o primeiro batimento regular audível é a PA sistólica (fase 1 do som de Korotkoff). O último batimento regular audível é a PA diastólica, fase 5 de Korotkoff. À medida que desinsuflar o manguito, volta a ocorrer a passagem do sangue pela artéria antes colabada, surgindo os ruídos chamados sons de Korotkoff, classificados em 5 fases: Fase 1: Aparecimento de sons, o primeiro som é muito claro como uma pancada. A clareza do batimento depende de força, velocidade e quantidade de sangue. O pulsoarterial não se manifesta inicialmente, pois a quantidade de sangue na porção distal do manguito ainda é insuficiente. Fase 2: Batimentos com murmúrios, com a dilatação da artéria pressionada, a contracorrente reverbera e cria murmúrios na parede dos vasos sanguíneos. Fase 3: Murmúrio desaparece, os batimentos passam a ser mais audíveis e mais acentuados. A artéria que sofreu constrição continua a se dilatar com a redução da pressão do manguito. Fase 4: Abafamento de sons, os batimentos repentinamente tomam-se menos acentuados. Há, portanto, um abafamento dos sons. Fase 5: Desaparecimento de sons, restabelece-se o calibre normal da artéria e o sangue não mais provoca ruídos perceptíveis à ausculta da artéria radial. 17 Enchimento Capilar A extremidade deve ser colocada na altura do coração e pressionar por 10 segundos a falange distal. A coloração deve voltar ao normal em no máximo 2 segundos. Saturação: Medição realizada com o oxímetro cujo objetivo é verificar o nível de saturação de oxigênio. Idealmente, mais de 89% das suas células vermelhas devem estar transportando oxigênio. *Peak Floow: É um instrumento que serve para medir a eficácia da função pulmonar e indica quão abertas estão as vias respiratórias ou quão difícil é respirar. É um aparelho pequeno, portátil, que mede o fluxo de ar ou a taxa de fluxo expiratório máximo. Dor: Então, sabendo que nossa paciente Sra. Gretchen encontra-se saudável, como poderíamos descrever seus dados vitais? 18 3 - Antropometria: Nesse momento será avaliado os seguintes dados antropométricos dos nossos pacientes mas, em especial (como vocês já sabem), a querida Sra. Gretchen: - Peso - Altura - IMC - Envergadura - Perímetro cefálico - Perímetro torácico - Perímetro abdominal - Medida do quadril - Perímetro braquial Peso: Na prática, emprega-se a balança comum para a determinação do peso. Para os recém-nascidos é necessária uma balança própria, e, para os pacientes impossibilitados de deambular, pode-se usar a cama-balança. Ideal: O paciente deve estar desnudo, deve ser pesado no mesmo horário, preferencialmente em jejum e de bexiga vazia. Além disso, o paciente deve ficar de costas para a balança e descalços, em postura ereta. Obtido o peso, este é comparado com os valores considerados normais em relação à idade, a altura e ao sexo. Altura: O paciente deve estar em ortostase, usa-se o antropômetro vertical ou estadiômetro de parede. O Comprimento deve ser obtido com o paciente em decúbito dorsal. 19 IMC: O índice de massa corporal é um indicador útil, de fácil interpretação e aplicável à maioria dos pacientes adultos para se avaliar o estado nutricional. Conforme o IMC, categoriza-se o paciente em magreza, eutrofia, sobrepeso e graus de obesidade. É importante notar a proporção massa muscular/massa de gordura, pois pode levar a interpretações errôneas acerca do IMC. Dependendo da tabela de referência, pode haver uma pequena variação dos valores. 20 Envergadura: A envergadura é medida com o paciente em ortostase e com os braços em posição de cristo redentor, como mostra nossa paciente ao lado. Essa medida normalmente coincide com a altura. Perímetro Cefálico: - Preferencialmente utilizar fita métrica de papel ou de metal flexível, já que a fita métrica flexível pode esticar; - Colocar a fita em torno da cabeça da criança, passando pelos pontos imediatamente acima das sobrancelhas e orelhas, e em torno da saliência occipital; - Se a circunferência da cabeça do bebê está acima do normal ou abaixo do normal, uma avaliação mais detalhada é necessária; - Crianças com circunferência cefálica pequena podem indicar craniossinostose ou microcefalia, sendo que bebês nascidos de mães usuárias de cocaína ou álcool podem ter circunferências cefálicas menores. - Pode ser medido com o paciente em posição de sedestação ou em ortostase. Perímetro Torácico: A fita deve ser posicionada na linha mamilar e a medição deve ser feita no momento da expiração. 21 Perímetro abdominal: A medida da circunferência abdominal logo acima da crista ilíaca é um procedimento simples e útil na avaliação de risco de doença mesmo com peso corporal normal. O excesso de gordura abdominal está relacionado com alterações metabólicas (síndrome metabólica), incluindo dislipidemias, resistência à insulina, diabetes melito tipo 2, hipertensão arterial e doença arterial coronariana. Deve ser medida no ponto médio entre a última costela do gradil costal e o bordo superior da crista ilíaca. Deve ser medido sem blusa. Os valores normais são: Homens: até 102 cm Mulheres: até 88 cm Relação cintura-quadril: Outro índice é a relação cintura-quadril (RCQ). Para obtê-lo divide-se a circunferência da cintura pela circunferência do quadril. A circunferência da cintura é o perímetro abdominal e a circunferência do quadril deve ser medida posicionando a fita no local mais saliente dos glúteos. Mulheres: RCQ < 0,8 Homens: RCQ < 0 ,9 22 Perímetro Braquial O perímetro braquial é medido no ponto médio entre o acrômio e o olécrano. Pregas cutâneas: As dobras cutâneas são medidas para avaliação da gordura corporal. Entre essas dobras, temos: - Prega bicipital - Prega tricipital - Prega subescapular - Prega suprailíaca 4 - Exame Geral Chegamos agora em uma parte muito legal do exame físico, e essa parte do exame inclui: - Pele - Área Subcutânea - Mucosa - Fâneros - Linfonodos/gânglios 23 Pele: Primeiramente iremos analisar a pele da nossa querida paciente Sra. Gretchen. A pele é composta por: Epiderme: Dividida em 5 camadas, os estratos: - Germinativo - Espinhoso - Granulosa - Lúcido - Córnea É pobre em vasos sanguíneos e contém os melanócitos e os queratinócitos. Derme: Camada vascularizada, inervada e onde se encontram glândulas sudoríparas e sebáceas. Hipoderme: Nem todos os autores consideram essa uma camada da pele, mas a Sra. Gretchen pediu para avisar a vocês que nessa camada encontramos tecido adiposo e é o local de fixação com os outros tecidos, tem função de depósito nutritivo, isolamento térmico e modela a superfície corporal. Além disso, como eu espero que você saiba, na anamnese você deve perguntar a Sra. Gretchen sobre a presença de sinais e sintomas subjetivos, como prurido, ardor, dor, fatores desencadeantes, por exemplo. E ainda, não esquecer de perguntar sobre os antecedentes e a história epidemiológica e o ambiente. O exame de pele é composto por 4 passos: 1. inspeção: - da lesão - de toda a pele - deve utilizar lente ou fotômetro 2. Palpação24 3. Digito/Vitro pressão 4. Compressão Agora descreveremos cada um deles. INSPEÇÃO Nesse momento você deverá observar: - Quantidade: lesão única ou múltipla - Localização: onde anatomicamente se encontra a lesão - Distribuição da lesão: focais (apenas um ponto apresenta lesão), multifocal (vários pontos), difusa (em todo o órgão). - Forma: puntiforme (1mm), lenticular (ovaladas), numular (arredondadas), arciformes (em forma de arco), anulares (em forma de anel) - Tamanho - Coloração - Observar a borda: regular? Irregular? - Observar limites: Bem definido? Mal Definido? PALPAÇÃO Agora você vai verificar as seguintes características: - Tamanho: deverá ser medido de maneira precisa - Superfície: lisa, áspera ou rugosa - Consistência: dura ou mole - Sensibilidade - Temperatura: frio ou quente - Umidade: Úmido ou seco - Mobilidade: móvel ou aderida DIGITO-PRESSÃO É realizada com a polpa do polegar ou do indicador. VITRO-PRESSÃO 25 Pressiona-se a lesão com os dedos ou com um vidro provocando uma isquemia local, isso permite distinguir o eritema da púrpura ou de outras manchas vermelhas. COMPRESSÃO Nesse momento serão avaliados os edemas. Agora que você já sabe descrever uma lesão, gostaríamos que descrevesse uma lesão no braço apresentada pela paciente Sra. Gretchen, vamos lá? Descreva as seguintes características: Quantidade Localização Forma Distribuição da lesão Tamanho – medir o maior diâmetro Coloração Observar borda - Regular? Irregular? Observar limites - Bem definido? Mal definido? Superfície: lisa, áspera ou rugosa? Consistência: Dura? Mole? Sensibilidade Temperatura: Fria/quente Umidade : Úmida? Seca? Mobilidade : Móvel? Aderida? Resposta: Lesão única, localizada no braço, formato numular, focal, coloração rosácea, borda regular, limites bem definidos, superfície aparentemente lisa, 26 aparentemente seca, aparentemente mole, sem sensibilidade segundo Sra. Gretchen. Aparentemente pois não temos bola de cristal e através de consulta EAD não dá pra definir com exatidão, mas coloquei para vocês irem quebrando a cabeça rs. Lesões Elementares Lesões elementares são alterações no tegumento cutâneo determinadas por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, por distúrbios de metabolismo ou por defeitos de formação. Da combinação de lesões elementares surgem os sinais morfológicos que caracterizam síndromes e afecções. São classificadas de acordo com os seguintes grupos: 1) Alterações de cor 2) Elevações edematosas 3) Formações sólidas 4) Coleções líquidas 5) Alterações de espessura 6) Perdas e reparações Existem as lesões elementares primárias, que ocorrem sobre a pele sadia. As secundárias, que ocorrem sobre uma lesão primária prévia. O conjunto de lesões primárias é chamado de erupção. Pode ser monomorfa (reação alérgica) ou polimorfa (varicela). 1) Alterações de cor Possuem coloração diferente da pele do paciente e não possuem relevo. São classificadas em: 27 Mácula: possuem menos de 1 cm. Mancha: possuem mais de 1 cm. As máculas e as manchas são lesões elementares primárias. Elas são divididas ainda em pigmentares, vasculares e hemorrágicas. As pigmentares possuem relação com a quantidade de melanina, enquanto que as vasculares são resultado de uma maior quantidade de sangue no local da lesão, o que as diferencia é a localização desse sangue, se dentro (vasculares) ou fora (hemorrágicas) do vaso. Através da digito/vitro pressão é possível diferenciar as duas, se a colocação desaparecer é vascular, caso não desapareça, é hemorrágica. - Pigmentares: Variação da quantidade de melanina. Pode ser: Manchas leucodérmicas: Manchas brancas decorrentes de diminuição ou ausência de melanina. Manchas hiperpigmentares ou hipercrômicas: Ocorre por aumento da melanina ou de outros pigmentos. As lesões por aumento da melanina da epiderme são de coloração castanha e as lesões com presença de melanina na hipoderme são mais azuladas. Outros pigmentos que pode causar manchas: hemossiderina, bilirrubina, caroteno. - Vasculares: Eritemas: mancha vermelha decorrente da vasodilatação (desaparece à vitropressão). Pode ser classificada segundo a cor, localização, extensão e evolução. Exantemas: manchas eritematosas disseminadas na pele e de evolução aguda, que pode ser exantema morbiliforme ou rubeoliforme, quando as manchas são entremeadas por pele normal, ou exantema escarlatiniforme, quando a pele é 28 uniformemente eritematosa sem áreas de pele entremeadas. Os exantemas nas mucosas recebe o nome de enantema. A cianose é um eritema arroxeado, por congestão passiva ou venosa com diminuição da temperatura. O rubor é um eritema vermelho vivo por vasocongestão ativa ou arterial com aumento de temperatura. A eritrodermia é um eritema generalizado crônico e persistente que se acompanha de descamação. Mancha angiomatosa: Mancha de cor vemelha decorrente de uma neoformação vascular na derme. Mancha anêmica: Mancha branca por agenesia vascular em determinada área da pele. Telangiectasias/Spider: telangiectasias são dilatações nos vasos terminais, ou seja, arteríolas, vênulas e capilares. Spider é uma telangiectasia cujo formato se assemelha a uma aranha, isto é, possui um corpo central de onde emergem várias perninhas diferentes e em várias direções. Desaparece ao pressionar o ponto central. - Hemorrágicas: Púrpura: Mancha vermelha por extravasamento de hemácias na derme e não desaparecem a vitro/digitopressão. Podem ser de dois tipos: petéquias, que são lesões menores que 1 cm, ou equimoses, que são lesões maiores que 1 cm. 29 2 - Lesões edematosas: São elevações circunscritas causadas por edema na derme ou hipoderme. Urticária: elevação efêmera, irregular, de tamanho e cor variável do branco-róseo ao vermelho pruriginosa, resulta do extravasamento de plasma com formação de edema dérmico. Angioedema: área de edema circunscrito, que pode ocorrer no subcutâneo, causando tumefação Resultam de processo inflamatório ou neoplásico, atinge isoladamente ou conjuntamente epiderme, derme e hipoderme. 3 - Formações sólidas: As formas sólidas podem ser classificadas em: Pápula: lesão sólida, circunscrita, elevada e menor que 1 cm. Placa: lesão elevada, de superfície geralmente plana, maior que 1 cm, pode apresentar superfície descamativa, crostosa ou queratinizada, pode ser formada pela confluência de pápulas. Tubérculo: Elevação sólida e circunscrita de localização dérmica, com mais de 1 cm de diâmetro. Ex: Hanseníase Virchowiana; neurofibromatose. Nódulo: lesão sólida, circunscrita, saliente ou não de 1 a 3 cm de tamanho. Nodosidade ou tumor: lesão sólida, circunscrita e maior que 3 cm, o termo tumor é utilizado preferencialmente para neoplasia. localização hipodérmica, com até 3 cm de diâmetro. Ex: Hanseníase virchowiana; neoplasias.Verrucosidade: Lesão sólida, elevada, de superfície dura e inelástica, formada por hiperqueratose. 30 4 - Coleções líquidas: As formas líquidas podem ser classificadas: Lesões de conteúdo líquido que pode ser serosidade, sangue ou pus. Vesícula: elevação circunscrita de até 1cm, com conteúdo claro (seroso) que pode se tornar turvo (purulento) ou rubro (hemorrágico). Bolha ou Flictena: difere-se da vesícula apenas pelo tamanho, que é maior que 1cm. Pústula: elevação de até 1cm e de conteúdo purulento. Abscesso: possui tamanho variável, é formado por coleção purulenta da pele ou tecidos subjacentes. Sinais flogísticos podem estar presentes:edema, dor, rubor, calor. Hematoma: formada por derrame de sangue na pele ou tecidos subjacentes, difere-se da equimose por haver alteração de espessura. Pode infectar e haver presença de sinais flogísticos, e o conteúdo hemorrágico pode tornar-se purulento. 5 - Alterações na espessura da pele: Queratose: espessamento da pele por aumento da camada córnea, tornando-se áspera e com a superfície amarelada. Liquenificação: espessamento da pele com acentuação dos sulcos e da cor própria, apresentando aspecto quadriculado. Edema: aumento de espessura, depressível, cor da própria pele ou rósea-avermelhada por extravasamento de plasma. Esclerose: alteração da espessura com aumento da consistência da pele, tornando-se lardácea ou coriácea. A pele pode estar espessada ou adelgaçada, havendo hiper ou hipocromia associadas. Resulta de fibrose do colágeno. 31 Atrofia: diminuição da espessura da pele. Ocorre redução do número e volume dos constituintes teciduais. 6 - Perdas ou reparações: Lesões oriundas da eliminação ou destruição patológicas e de reparações em tecidos subcutâneos. Escama: massa furfurácea, micácea ou foliácea que se desprende as superfície cutânea por alteração de queratinização. Exulceração: perda superficial somente de epiderme. Ulceração: perda circunscrita de epiderme e derme, podendo atingir hipoderme e tecidos subjacentes. Fissura: perda linear da epiderme e derme, no contorno de orifícios naturais ou em áreas de pregas e dobras. Crosta: concreção de cor amarela, esverdeada ou vermelha escura, que se forma em área de perda tecidual. Resulta do dessecamento da serosidade, pus ou sangue misturado a restos epiteliais. Cicatriz: lesão de aspecto variável, pode ser saliente ou deprimida, móvel ou aderente. Não possui poros ou anexos cutâneos. Resulta da reparação de processo destrutivo da pele, associado a atrofia, fibrose e discromia. Finalmente acabou, nem Sra. Gretchen aguentava mais ouvir falar sobre tantos tipos de perebas. Vamos agora para o exame das mucosas! 32 Exame das Mucosas Nesse momento analisaremos nas mucosas dos pacientes: - Cor - Umidade - Integridade Cor: A coloração normal é róseo-avermelhada, decorrente da rica rede vascular das mucosas. Quando estão normais, denomina-se mucosas normocoradas. Em caso de descoramento das mucosas, denomina-se mucosas descoradas e classifica segundo o sistema de cruzes (+/++++). A descoloração é um achado semiológico de grande valor prático pois indicam anemia. Além disso, a mucosa pode apresentar-se hipercorada, podendo haver inclusive, mudança da tonalidade para vermelho-arroxeada. Mucosas hipercoradas indicam aumento de hemácias na área, como ocorre em inflamações (conjuntivite, gengivites) e nas poliglobulias. Além disso a mucosa pode se apresentar cianótica, ictérica e leucoplásica (esbranquiçada por espessamento do epitélio). Umidade: A umidade das mucosas pode estar normal, apresentando um discreto brilho indicativo de tecidos hidratados. Porém, o paciente pode apresentar mucosas secas, com perda do brilho, os lábios e língua adquirem aspecto ressecado. Na maioria das vezes indicam desidratação. Integridade: Deve observar no paciente se as mucosas estão íntegras ou se possuem lesões. 33 Exame dos Fâneros: - Implantação - Distribuição: verificar se é uniforme, se há calvície/alopécia. - Quantidade: a queda de cabelos é um dado de interesse semiológico. - Coloração - Brilho - Textura UNHAS - Forma - Implantação - Espessura - Superfície - Consistência - Brilho - Coloração 5 - Exame Segmentar de Cabeça e Pescoço Dividido em Crânio x Face Face: - Olhos - Orelhas - Boca - Nariz - Seios paranasais Pescoço Nesse momento do exame segmentar usaremos as técnicas de inspeção e palpação. 34 Crânio: Analisar: - Tamanho: macro ou microcefalia - Formato: alteramento por traumas ou fechamento prematuro de suturas - Posicionamento - Pontos dolorosos - Ulcerações - Tumorações - Depressões Face: Olhos: - Globos oculares: Tamanho (momento em que se analisa a presença de exoftalmia, entre outros) Simetria (momento em que se analisa a presença de estrabismo, entre outros) Distância - Supercílios e cílios: Quantidade Tamanho Direção Coloração - Pálpebras: Cor, fissuras, simetria; Movimentos de abertura e fechamento Bordas Edema 35 Lesões Ressecamento/lacrimejamento excessivo Conjuntiva: anemia ou pterigio. Acuidade visual Pupila (midríase ou miose) Orelha: - Pavilhão - Secreções - Tumorações e lesões - Processos inflamatórios - Sensibilidade - Corpo estranho - Comprimir tragus (otite média e externa) - Comprimir mastóide Nariz: - Formato - Simetria - Tumorações, lesões e depressões - Narina: mucosa, secreções e vibrissas - Septo nasal Através da rinoscopia é possível observar no paciente o assoalho da fossa nasal, o septo nasal, a cabeça da concha nasal inferior e a entrada do meato inferior. Com o paciente em hiperextensão é possível observar a concha média, a porção alta do septo nasal e a fenda olfativa. Seios paranasais: palpação em busca de sensibilidade dolorosa 36 Boca: A classificação/teste de Mallampati é muito utilizada por anestesistas para avaliar o grau de abertura da cavidade bucal. - Mucosa - Gengivas - Dentes - Língua - Assoalho da boca - Palato - Tonsilas - Úvula - Lábios Pescoço: Momento em que será analisado os linfonodos e a glândula tireóide. Inspeção geral: deve verificar toda a região cervical na busca de alguma alteração visível ou assimetrias. Cadeias ganglionares: - Pré-auriculares - Auriculares posteriores - Occipitais - Tonsilares - Submandibulares - Submentonianos - Cervicais superficiais - Cervicais profundos - Cervicais posteriores - Supraclaviculares Descrição do linfonodo: - Localização - Tamanho 37 - Número - Consistência - Sensibilidade - Mobilidade x aderência - Confluência Essas características ajudam a diferenciar um processo inflamatório de uma neoplasia, uma vez que dor, bordas bem delimitadas com bordas macias e certa mobilidade tem uma indicação de inflamação ao invés de neoplasia, cujas as características são, de certa maneira,antagônicas. Laringe e Traqueia: Identifique o osso hióide e as cartilagens tireóide e cricóide, elas devem se mover durante a deglutição. Os anéis cartilaginosos devem ser distintos e indolores. Palpação da tireoide: - Cartilagem tireóide (pomo de Adão) - Ligamento cricotireóideo - Cartilagem cricoide - Tireoide Avaliar o tamanho, a simetria, consistência, superfície e se há hipersensibilidade (dor). O examinador deve se posicionar à direita, em frente ao paciente. 38 Após localizar o istmo da tireóide, posiciona o polegar e o indicador direito em cada um dos lados da traqueia. Solicite que Sra. Gretchen degluta, assim você poderá sentir a glândula bilateralmente passando pelos dedos. Na palpação do lobo direito da tireoide do paciente, o examinador utiliza o polegar direito, e no lobo esquerdo, usa o polegar esquerdo. Em outro tipo de palpação, o paciente deve estar em sedestação e o examinador em ortostase atrás do paciente. O paciente deve fletir a cabeça para o lado a ser examinado para descontrair o músculo e os dedos indicador e médio do observador penetram na face interna daquele músculo, explorando o lobo da glândula, deslizando os dedos desde a cartilagem tireóidea até o 6º anel da traquéia. A manobra é repetida para o outro lado. A deglutição deve ser solicitada pois facilita a identificação da glândula. Ausculta: Artérias carótidas: possível identificar sopros de aneurisma e sopros de estenose da artéria aórtica. A ausculta pode ser feita na tireóide uma vez que é possível auscultar sopros causados por aumento de fluxo sanguíneo por tireotoxicose. Na traqueia ausculta-se som traqueal, produzido pela passagem do ar na fenda glótica e na própria traquéia. 39 5.1 - Semiologia do Aparelho Respiratório É composto por: - Inspeção estática - Inspeção dinâmica - Palpação - Percussão - Ausculta O tórax de uma maneira bastante geral compreende a região da parede torácica, que se estende dorsalmente da vértebra T1 até T12, e lateralmente é delimitado pelas costelas. Toda a propedêutica pulmonar deve ser feita na porção posterior e anterior, de forma a abranger todas as regiões pulmonares, e bilateralmente (comparar um hemitórax com o outro). Exame do tórax: O paciente deve estar preferencialmente despido. É importante identificar regiões e linhas anatômicas. Deve buscar comparar as regiões simétricas do pulmão, pois isso permite encontrar alterações que podem estar presentes em apenas um dos pulmões. 40 Devemos lembrar que na porção posterior há a presença da escápula e da coluna vertebral devendo-se, portanto, solicitar ao paciente que se posicione de modo a afastá-las dos campos pulmonares. Uma das maneiras mais utilizadas é solicitando a ele que cruze os braços e coloque as mãos sobre os ombros. 41 Inspeção estática: Basicamente devemos olhar a aparência do tórax. Observar se o paciente possui desvios de coluna: - Escoliose: coluna em S - Cifose: “corcunda” - Lordose: entrada aprofundada na lombar Além disso, no exame estático, deve-se observar a estrutura do esterno, das costelas e das vértebras, pois isso pode ser indicativo de certas alterações estruturais como: 42 - Pectus excavatum (tórax escavado ou “tórax de sapateiro”), no qual há a inversão da concavidade do esterno. - Tórax em barril, que apresenta uma retificação das colunas vertebrais e elevação do esterno (tórax comum em enfisematosos). Inspeção dinâmica: Visa definir o padrão respiratório do paciente, que pode estar eupneico, taquipneico ou bradipneico. Observar se existe uso da musculatura acessória: - Tiragem intercostal - Retração subdiafragmática - Retração supraesternal - Retração de fúrcula esternal Palpação: Deve-se fazer a palpação superficial de toda a caixa torácica visando a avaliação de: - Pontos dolorosos - Lesões superficiais - Crepitação Avaliação da complacência pulmonar: A palpação deve ser realizada no ápice, na base e entre elas. Para ser realizada no ápice, deve-se colocar as mãos na base do pescoço, com os polegares juntos na região da proeminência das vértebras cervicais na pele (processo espinhoso) e os dedos sobre a região acima da escápula de cada lado. 43 Peça para o paciente realizar movimentos inspiratórios e expiratórios profundos, devendo ambos lados estarem com expansibilidade simétrica (as duas mãos devem fazer a mesma amplitude de movimento). Deve-se repetir o processo mais duas vezes até a base (aproximadamente até a vértebra T12). Procura-se com isso encontrar assimetrias entre os campos pulmonares (direito ou esquerdo) e entre os terços pulmonares (superior, médio e inferior). Avaliação do Frêmito tóraco-vocal: É como se define a vibração sentida quando o paciente emite um som estridente, como quando requisitado a falar “33”. Isso é importante, pois auxilia diagnóstico de processos patológicos, tais como derrame pleural ou consolidações pulmonares. Nos derrames, o frêmito se encontra diminuído devido ao fato de haver líquido entre a pleura e o pulmão, dificultando a propagação do som até a parede torácica. Nas consolidações (uma espécie de “massa”), ex.: pneumonia ou tumor, o som encontra-se aumentado, posto que o meio sólido da consolidação permite maior transmissibilidade por meio da árvore brônquica. Palpação: 44 Percussão: A percussão deve ser realizada com a mão dominante, usando-se a falange distal (ponta do dedo) do terceiro dedo sobre o segundo ou terceiro dedo da outra mão. Você irá prosseguir batendo a falange contra o outros dedos realizando-se sempre a comparação entre os sons produzidos na porção de um hemitórax com a do outro hemitórax. É possível identificar quatro sons pulmonares. Som claro pulmonar: som da percussão do pulmão normal. Entre a macicez e o timpanismo. Som timpânico: som de característico de estruturas mais "ocas", ou seja, com grande quantidade de ar no parênquima pulmonar ou na cavidade torácica, é encontrado em casos de enfisema pulmonar e de pneumotórax. Som submaciço: ocorre quando há líquido interposto entre o parênquima pulmonar e a parede torácica, como em derrames pleurais (uma espécie de líquido na camada que reveste o pulmão). Som maciço: obtido quando se percute regiões mais "densas", ou seja, quando há uma diminuição da quantidade de ar no pulmão ou em suas proximidades. Isto está 45 presente em tumores periféricos e em pneumonias (consolidação). Você irá sentir que está percutindo algo sólido.A percussão pode apresentar certas alterações que não determinam estados patológicos. É importante ressaltar que abaixo do sexto espaço intercostal direito é possível encontrar um som maciço que corresponde ao fígado (principalmente quando a percussão é executada na porção anterior do tórax). Ausculta: Para a ausculta, devemos pedir ao paciente que realize inspirações e expirações profundas com a boca entreaberta, sem realizar barulho, uma vez que isso pode gerar alguns ruídos adventícios. Assim como na percussão, deve-se realizar uma comparação entre duas regiões simétricas do hemitórax, indo do ápice até a base. Os sons respiratórios normais podem ser classificados como: som traqueal, respiração brônquica e murmúrios vesiculares. Murmúrio vesicular: É o som normal escutado no pulmão. Representa o som causado pela entrada e saída de ar dos pulmões. Pode estar presente , ausente ou diminuído. Em situações patológicas é possível auscultar ruídos adventícios (sons anormais), indicativos, cada um deles, de certas alterações. Estertores finos (crepitações): São tipos de sons nítidos e descontínuos semelhantes ao friccionar dos cabelos. São gerados quando o ar entra em um alvéolo pulmonar que contenha líquido. Ocorrem no final da inspiração. 46 Estertores grosseiros: São menos agudos e duram mais que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. São audíveis no início da inspiração e durante a expiração. Têm origem na abertura e fechamento das vias aéreas contendo secreção viscosa e espressas. Comuns na bronquite crônica e nas bronquiectasias. Sibilos: São sons contínuos, musicais e de longa duração. Têm sua origem nas vias aéreas e requerem o fechamento prévio dos brônquios. As paredes brônquicas devem ser trazidas aos pontos de oclusão para que ocorra os sibilos. Por outro lado, em vez de acontecer uma reabertura súbita, as paredes brônquicas passam a vibrar ao serem atingidas por fluxo aéreo em alta velocidade. Os sibilos acompanham as doenças que levam à obstrução de fluxo aéreo. Em geral são múltiplos e disseminados. Acontece na asma e na bronquite (DPOC). Atrito Pleural: Ocorre por um processo inflamatório das pleuras visceral e parietal. Isso torna a superfície das pleuras irregulares, gerando o atrito pleural. Dica: O som é similar ao atrito de um pano velho. 47 Estridor: Pode ser considerado como um tipo especial de sibilo, com maior intensidade na inspiração, audível à distância. Acontece nas obstruções altas da laringe ou da traquéia. Pode ser provocado por laringites agudas, câncer da laringe e estenose da traquéia. Síndromes torácicas: 48 5.2 Semiologia do Aparelho Cardiovascular Avaliação Geral: - Alterações da coloração da pele e mucosas (palidez e cianose) - Edema e perfusão periférica. Exame dos Pulsos Arterial e Venoso Jugular: Hora de avaliar as seguintes características, lembram? Não detalhei pois vocês nessa altura do campeonato já devem ter gravado o significado de cada uma delas. Se não recorda, sobe ai em dados vitais e revisa, ok? - Localização - Frequência - Ritmo - Amplitude - Dureza - Simetria Nessa espécie de escultura romana ao lado temos os pontos do corpo onde é possível avaliar o pulso. 49 Exame do Precórdio Eta lasqueira, agora o bicho pega! Corre aqui Sra. Gretchenn!! Enton meninas, vocês devem saber onde se localiza o coração. Em pacientes homens pode ser difícil encontrar, mas Sra. Gretchen jura que lá no fundo em algum lugar tem um, então é preciso fazer esses exames nos homens também, tá? Além disso, existem linhas importantes que vocês devem saber pois elas te ajudarão nos exames. 50 Anatomia do coração: Exame do precórdio: Deve ser realizado com o paciente em decúbito dorsal com o tórax exposto. Para melhor avaliação da válvula mitral: decúbito lateral esquerdo. Para melhor avaliação da válvula aórtica: sedestação, tórax inclinado para a frente. Inspeção do precórdio: - Malformações torácicas - Abaulamento: Para facilitar o reconhecimento de abaulamento, a observação da região precordial deve ser feita em 2 incidências: tangencial, com o examinador de pé ao lado direito do paciente e frontal, o examinador fica junto aos pés do paciente que permanece deitado. Abaulamento pode indicar a ocorrência de aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da própria caixa torácica. - Retrações 51 - Impulsões - Ictus Cordis Um dos sinais mais importantes de disfunção cardíaca é a turgência da veia jugular interna, também designada estase jugular. Palpação do precórdio: O mais importante da palpação cardíaca nesse momento é determinar a localização do ictus cordis (ápice do coração) e a presença de pulsos. Ictus Cordis: - Localização: 5º (as vezes 4º) EICE/LMC - Extensão: 1 a 2 polpas digitais - Amplitude: +/4+ - Duração: até ⅓ da sístole Mais facilmente percebido na palpação, na forma de batidas bruscas, que correspondem à propulsão do VE nas contrações (é a ponta do coração que bate na parede torácica). Utilizam-se as polpas digitais de vários dedos para a palpação. O ápice se encontra geralmente no 5º EI (espaço intercostal) sobre a linha hemiclavicular. Se palpado mais para baixo ou mais para a esquerda, pode ser sugestivo de cardiomegalia. Também deve ser observado o diâmetro, amplitude e duração do ictus. Impulsão paraesternal: - Alta: hipertensão pulmonar - Média: normal 52 - Baixa: sobrecarga do ventrículo direito Ausculta: - Foco Aórtico: 2º EICD (espaço intercostal direito)/LPE (linha paraesternal) - Foco Pulmonar: 2º EICE/LPE - Foco Tricúspide: base do apêndice xifóide levemente à esquerda (4º ou 5º EIC) - Foco Mitral: 5º (4º) EICE/LMC, corresponde ao ictus cordis - Foco Aórtico Acessório: 3º EICE/LME Bulhas Cardíacas: Chegamos nas famosas bulhas cardíacas, então Sra. Gretchen, afinal o que ouvimos nessas bulhas? Primeira bulha (B1) - Sístole Fechamento das válvulas mitral e tricúspide, componente mitral antecede a tricúspide, coincide com o ictus cordis e pulso carotídeo, timbre mais grave. Representado com um TUM. Fonese: hiper x normo x hipofonéticas Segunda Bulha (B2) - Diástole Fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre mais agudo, representado por um TA. 53 Desdobramento: As Válvulas Aórtica e Pulmonar tem uma diferença no tempo de fechamento, mas esse tempo em situação normal é tão mínimo que se torna imperceptível. Mas quando a pessoa tem um desdobramento fisiológico, há um retardo ainda maior, a aórtica fecha primeiro e a pulmonar depois, com um intervalo de tempo maior. Isso faz comque o som ouvido mude de tum-ta para tum-tla. - Fisiológico: causado por um retardo no fechamento da VP → inspiração profunda retarda o fechamento da VP, ao pedir que o paciente inspire profundamente ajuda a ouvir melhor o desdobramento. - Amplo: insuficiência cardíaca esquerda → hipertensão pulmonar → retardo do fechamento da válvula pulmonar (intensifica inspiração profunda) - Paradoxal: ocorre na expiração → estenose da válvula aórtica Para discernir a B1 da B2, aconselha-se sentir o pulso cardíaco (carotídeo ou radial, por exemplo) que será simultâneo à sístole, marcada por B1. Assim, é mais fácil identificar as bulhas que se está ouvindo. Massss, atencionnn!! O pulso radial do paciente pode não estar sincronizado com o coração, no caso de um paciente arrítmico, podendo levar a uma falsa identificação. As bulhas geralmente ocorrem de forma rítmica e não acompanhadas de demais sons, sendo descritas com a onomatopéia “tum-tá”. Terceira Bulha (B3) Penetração rápida do sangue na cavidade ventricular. Ruído de baixa frequência → utilizar a campânula, é representado por um TU Fisiológico: em crianças e atletas Patológico: insuficiência cardíaca descompensada 54 Quarta Bulha (B4) Ruído débil que ocorre no final da diástole → choque entre o sangue da sístole atrial e o sangue ventricular no fim da diástole (traduz déficit diastólico, comum em idosos). Sopros: Vibrações decorrentes de mudança do fluxo sanguíneo de laminar para turbulento. Características e classificação: Localização: Foco único ou mais de um? No segundo caso, qual o mais forte? Localizar no ciclo cardíaco: sístole/diástole/contínuo Temporal: proto x meso x tele x holo Timbre: musical, rude, áspero, aspirativo, ruflar, entre outros. Forma: crescente, decrescente, crescente/decrescente, em platô. Irradiação Grau: classificação de 1 a 6 de acordo com a sua intensidade. 55 Intensidade - Classificação de Lavine I - Muito difícil de ouvir II - Pouco mais fácil de ouvir III - Ouve-se com facilidade IV - Presença de frêmito, ouve-se com o estetoscópio todo encostado ao tórax. V - Tem frêmito, ouve-se com apenas uma parte do estetoscópio encostada no tórax VI - Frêmito, ouve-se com o estetoscópio levemente suspenso no tórax Atrito pericárdico: ruído provocado pelo roçar dos folhetos que perderam suas características normais. Ritmo cardíaco: - Regular - Irregular (extrasístoles, fibrilação atrial, fibrilação ventricular) Por fim, usando a nossa paciente Sra. Gretchen, considerando ela uma paciente saudável, como poderíamos descrever o exame dela? Descrição do exame normal: Pulsos simétricos, rítmicos, com amplitude e consistência preservada. Ausência de estase de jugular. Precórdio calmo, ictus visível no 5º EICE/LMC, medindo 1 polpa digital, impulsivo, +/4+ de curta duração, ausência de impulsão paraesternal esquerda, bulhas palpáveis ou frêmitos, à ausculta bulhas rítmicas normofonéticas, em 2 tempos, sem sopros. 56 E assim, chegamos ao final da nossa jornada em propedêutica essa unidade. Se você chegou aqui, parabéns guerreiro! Sra. Gretchen agradece sua companhia. 57
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