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Hiago Manoel Araujo Medicina UniFTC-P2 TUBERCULOSE · AGENTE ETIOLÓGICO -Bactérias do tipo BACILOS (Bacilos de Koch) -Família: Mycobacteriaceae -Espécie: Mycobacterium turbeculosis -Bacilos aeróbios, finos, alongados e imóveis -Não formam esporos (formas latentes em meio externo) -Parede celular lipídica Hidrofóbica e Álcool-Ácido Resistente (BAAR) -Não é corada por métodos comuns -Uso do método de Coloração de Ziehl-Neelsen -Usado em diagnóstico na BACILOSCOPIA -Fator de resistência a corantes e antibióticos -Crescimento lento (exige condições específicas) -Empecilho para diagnóstico por cultura -Diversas outras espécies do gênero podem causas doenças em humanos: -M. leprae (Mais comum) -Características morfofisiológicas (contribuem como Fator de Virulência): -Parede lipídica (acidorresistência, resistência a antibióticos, detergentes e à resposta imune, crescimento lento) Presença de LPS -Parede celular parecida com Gram-positivas (rica em peptidioglicanos, mas com presença de outras proteínas e lipídeos) -Derivados de Proteínas Purificadas (essas da parede celular) são usadas em teste PPD -Lipoarabinomanana (LAM) na parede células – garante características antigênicas e impede formação de fagolisossomo -Presença de ácidos micólicos de cadeia longa na parede celular (garante ácido resistência) -Parasita intracelular facultativo -Proteína quinase G (impede maturação de fagolisossomo) · PATOGÊNESE -Penetra hospedeiro por vias respiratórias -Instalam-se no alvéolos pulmonares -Fagocitados pelos macrófagos alveolares -Impede digestão pelo bloqueio de moléculas que fazem a ligação do fagossomo com o lisossomo (papel da LAM) -Acopla fagossomo a outras vesículas Acesso a nutrientes Reprodução -Impossibilita apoptose do macrófago (mais tempo para replicação) -Até o momento: Quadro de TUBERCULOSE PULMONAR PRIMÁRIA (0-3 semanas) – sintomas gripais ou assintomático -Macrófagos (APCs) infectados secretam IL12 e TNF-a -Aumento da atividade inflamatória Ativação de resposta linfocítica T CD4 Th1 -Recrutamento de Células NK e Linfócitos T -Liberação de INF-y Diferenciação em Linf. T CD8+ Induzem morte celular (macrófagos infectados) -Pacientes imunodeprimidos possuem carência de produção de INF-y e TNF-a Maior risco de infecção grave -Atividade inflamatória leva à formação do GRANULOMA (FOCO DE GHON) Aglomerado de macrófagos alveolares infectados vivos ou não (revestido por células de defesa e fibroblastos) Evolui para Necrose Caseosa (massa celular densa) -Formação de meio ANÓXIDO (impede reprodução e disseminação do parasito) -Baixa na eficácia do sistema imune pode deformar granuloma e liberar bacilos ainda viáveis anos após a infecção -Pode ocorrer evolução para reinfecção Desfaz granuloma Disseminação do bacilo Tuberculose extra-pulmonar -Pode acometer outros órgãos (no pulmão, mais comum em lobo médio e inferior) -Após ativação da resposta imune, a replicação cessa entre 3 a 6 semanas (Contém evolução, apenas 5% progridem) -A evolução depende da competência imune e da dose infecciosa · EPIDEMIOLOGIA -Doença de notificação compulsória -Homem como único reservatório natural -Fatores sociais e econômicos contribuem para disseminação do patógeno (mais comuns em desabrigados, indígenas, dependentes químico, PPL) -Portadores de HIV estão mais suscetíveis à doença -Mais comuns em países subdesenvolvidos -Estima-se que cerca de 1/3 da população tenha se infectado com M. tuberculosis (mais de 1 milhão de mortes anuais) -No Brasil, 45 milhões de infectados -Brasil lidera número de casos na América -Faz partes dos 30 países que mais contribuem com novos casos -Acometimento entre 15 a 54 anos de idade -Crianças, geralmente, paucibacilar (mas podem desenvolver quadros graves) · SINAIS E SINTOMAS -Insidiosa no início (lenta) -Quadros assintomáticos (90%) -O quadro clínico reflete a região de infecção (geralmente, nos pulmões – infecção primária) -Mal-estar -Perda ponderal -Dispneia -Febre baixa vespertina -Tosse (há mais de 3 semanas) -Pode ser produtiva (hemoptise ou purulenta) -A hemoptise está relacionada à lesão tecidual -Sudorese noturna -Sintomatologia específica quando tem infecção secundária (10% dos sintomáticos) · DIAGNÓSTICO -Clínico: quadro clássico de infecção primária -Imagem: Evidência radiográficas (cicatrizes clássicas – doença cavitária) -Laboratorial: -PPD (Teste de reatividade da pele por Derivados de Proteínas Purificadas da parede celular) –pode dar positivo após vacinação; -BACILOSCOPIA (mais comum e acessível – pesquisa em material biológico com uso de coloração de Ziehl-Neelsen) Importante no acompanhamento da eficácia do tratamento (quantitativo- paucibacilar ou multibacilar) -Cultura (demorada e menos comum) -PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) – pesquisa de material genético (identificar espécie) -Teste rápido (detecta bacilos resistentes) · TRATAMENTO E PROFILAXIA -Resistente à maioria dos antibióticos comuns -Uso de coquetéis por, em média, 6 meses (Rifampicina, isoniazida, etambutol) -Vacinação: BCG – Uso de M. bovis atenuado -Países endêmicos e pouco eficaz em adultos -Não pode ser usada em imunodeprimidos (pode causar infecção) -Evita que infecção primária evolua para casos graves Reconhecimento antigênico – Não impede infecção -Quimioprofilaxia: Uso de antibióticos -Tratar bacilíferos (adesão ao tratamento) Vigilância epidemiológica
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