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Hiago Manoel Araujo Medicina UniFTC-P2 PNEUMONIA ATÍPICA -Infecção respiratória causada por bactérias atípicas ou vírus -Possibilidade de coinfecções -Exige diagnóstico laboratorial -Quadros clínicos concomitantes -Principal diferença é a resposta imune a infecções extracelulares (típica) ou intracelulares (atípica) -BACTÉRIAS ATÍPICAS: Seres intracelulares (obrigatório ou facultativo) -Não são tipadas pela coloração de GRAM - Não possuem parede celular -Mais comuns mundialmente em Pneumonia: Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Legionella pneumophila... -VÍRUS: Intracelular obrigatório -Coronavirus -Influenza A e B -Metapneumovirus, Adenovirus -PNEUMONIA TÍPICA X PNEUMONIA ATÍPICA Bactérias extracelulares X Bactérias atípicas (intracelulares) e vírus Tosse produtiva X Tosse seca Febre alta X Febra moderada Quadro insidioso X Quadro brando Reação neutrofílica X Reação linfocítica -SINTOMATOLOGIA -Início com evolução lenta -Tosse seca intensificada -Mialgia, artralgia, dor no peito -Dispneia -Secreção nasal hialina -Febre baixa ou moderada · PARASITAS 1. Mycoplasma pneumoniae (bactéria) -Família: Mycoplasmatacceae -Intracelular facultativa -Atípica: Sem parede celular -Menor organismo com poder de autoduplicação -Possuem membrana celular com Adesina P1 (Fator de virulência: facilita entrada na célula por ligação com ácido siálico da membrana) -Única bactéria com colesterol na membrana (mais estável) -Aeróbio obrigatório -Antibióticos que agem em parede celular não funcionam -Pleomórficos (sem forma determinada) -PATOGENIA: -Causadora de diversas síndromes clínicas: Infecções do trato aéreo superior, traqueobronquite, pneumonia atípica -Transmitida por secreções respiratórias -Distribuição mundial (ubíquas) -Incidente em primavera e inverno (resfriados e locais fechados) -Alta incidência em crianças e jovens -Incubação: 2 a 4 semanas (para iniciar sintomas) -Tosse pode adquirir aspecto coqueluchoide (tosse seca, intensa e irritante) -Evolução branda e com cura rápida -Pertence à microbiota transitória do TRS Invasão no TRI gera infecção Gera lesão pulmonar direta (pelo patógeno) ou indireta (pela resposta imune) -Tropismo por células do trato respiratório (Adenisa P1 + Ácido siálico) -Entrada no interior da célula Retarda reconhecimento da infecção pelo sistema imune -Destruição de células da barreira física do trato respiratório (Ciliostase- paralisa cílios) -Adenisa P1 como SUPERANTÍGENO Geração de resposta inflamatória intensa Lesão tecidual -Excreção de H2O2 Libera oxigênio (benéfico) -Gera lesão tecidual -Morte de concorrentes anaeróbios -Excreção de amônio Alcalinização Morte de outros microrganismo concorrentes -Produz proteases e fosfolipases (Degradação de membrana celular) -Resposta Imune Celular Linfocítica (reconhecimento da infecção) e citocinas -DIAGNÓSTICO -Bactéria fastidiosa (difícil cultivo) -Cultura: constante falso negativo (pouco uso) -PCR (Reação em Cadeia de Polimerase)- Detecção de material genético -Sorologia quantitativa (indivíduos possuem anticorpos reagentes sem infecção aguda por presença na microbiota) -TRATAMENTO -Tetraciclinas e eritromicinas -Resistente a penicilinas (atinge parede celular) 2.Chlamydia pneumoniae -Família: Chlamydiaceae -Intracelular obrigatório -Não tem parede celular (não cora com GRAM) -Possui envoltório celular semelhante a GRAM- -Presença de LPS (sem peptídeoglicano) -Cultura feita apenas em laboratórios de vírus (alto custo e demorada) -Ciclo bifásico: -Corpo Elementar: Extracelular Infectante Metabolicamente inativa (fuga do sistema imune) -Corpo Reticular: Intracelular Metabolicamente ativa Produção e toxinas e reprodução Liberação de enzimas antiapoptóticas (apoptose celular– mecanismo de defesa natural) -Ciclo lítico Morte da célula após transformação interna de corpo reticular para elementar -EPIDEMIOLOGIA -15% dos quadros de pneumonia atípica -Ubíqua -Recorrente em crianças de 5 a 15 anos -Reinfecção frequente (imunidade transitória – mesmo com sorotipo único) -Difícil gravidade -TRANSMISSÃO: Secreções respiratórias e fômites -Causa inflamações e lesões teciduais: reação imunológica semelhante a quadros virais – secreção de IFN-y) -FATORES DE VIRULÊNCIA -Divisão intracelular -Ciclo bifásico -Impedir digestão intracelular após fagocitose -Controle de apoptose -DIAGNÓSTICO -Cultura com alto custo -Sorologia quantitativa (vide Mycoplasma) -PCR 3. Influenzavirus -Família: Orthomyxoviridae -Espécies: Influenzavirus A, B e C -A: Zoonótico -B e C: Atinge apenas humanos -A e B: Ligado a quadros graves de pneumonia (compõem vacina anual) -Taxa de imunização alta Anualmente novas cepas (Necessidade de novas vacinas) -Sensíveis ao calor, pH ácido, solventes lipídicos -Infeccioso por até 24h em ambientes estáveis -Alta instabilidade genética (mutações) -Vírus envelopado -Presença de glicoproteínas de superfície HA (Hemaglutininas-16 tipos) e NA (Neuraminidases- 9 tipos) combinações geram H1N1, H2N3... -Proteínas da M1, M2 e NP no envelope – determinam espécie -Matriz envolve material genético e enzimas -MATERIAL GENÉTICO: 8 fragmentos de RNA- -MUTAÇÕES -Drift- mutação pontual em uma trinca – causa surtos (garante vantagens evolutivas) -Shift- rearranjo genômico com cepas zoonóticas – ocorre em organismo animal e infecta humano (apenas Influenza A) – causa pandemia -Adesão e penetração por ligação entre HA e Ácido siálico -Após penetração Desnudamento (proteína M2) Entrada e replicação no núcleo -EPIDEMIOLOGIA -Responsável por surtos, epidemia e pandemia -Distribuição mundial -Todas as faixas etárias -Início abrupto e rápida disseminação -Pandemia de 1918 (H1N1)- Gripe Espanhola -Vigilância anual em humanos e animais -Pandemia mais recente: Gripe suína (H1N1) - 2009 a 2012 -SINTOMATOLOGIA -Infecção por A e B: tosse, coriza, dor de garganta, febre (Evolução em 3 a 10 dias) -Infecção por C: Subclínica (sem relevância) -Ocorrência sazonal: Inverno -Complicações (A e B): Pneumonia, SARS -FATORES DE RISCO: -Idade (crianças e idosos) -Gestante -Imunossuprimidos -Doenças crônicas (DM, cardiopatas...) -TRANSMISSÃO: Secreção respiratória e fômites (inter-humana), fecal-oral e objetos contaminados (interespécies) -INCUBAÇÃO: 2 a 7 dias -Infecção de vias aéreas superiores (gripe) e inferiores (pneumonia) -Resposta imune celular e humoral -Reinfecções frequentes -Altamente contagiosa -Recuperação 3 dias a 1 mês -Facilita infecções secundárias -DIAGNÓSTICO: -Clínico -Laboratorial: Amostras clínicas (secreção nasofaringe e orofaringe), Detecção Molecular e Cultura viral -Sorologia inviável devido a mutações -TRATAMENTO: Repouso e hidratação, antiviral (casos graves – Tamyflu (inibição da NA- vírus não brota da célula após reprodução)) -PREVENÇÃO: Vacinas anuais de vírus inativado (A e B); Antissepsia das mãos, vigilância -SUS: Trivalente (2 cepas de A e 1 cepa de B) -Particular: Tetravalente (1 cepa a mais de B)
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