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1) Reflexos pupilares – Reflexo Fotomotor Direto - Posicionar o voluntário (preferência olhos claros) em um ambiente não muito iluminado, sentado com os olhos abertos. - O experimentador, munido da lanterna, deverá iluminar por alguns segundos um dos olhos do voluntário. Uma forma adequada de proceder é, mantendo a lanterna acesa a uns 15 cm da face do voluntário, aplicar o foco de luz sobre seu olho por alguns segundos, afastando-a em seguida também por alguns segundos, repetindo, então, o procedimento. - Observar, durante a aplicação do foco de luz, o que acontece com o diâmetro pupilar do respectivo olho. - Observar o que acontece com o diâmetro pupilar quando o foco de luz é retirado daquele olho. · O que acontece com o diâmetro pupilar do olho iluminado? Foi observado que quando o experimentador incidiu a luz da lanterna sobre o olho direito da voluntária, ocorreu a contração do diâmetro pupilar (miose) e quando se afastou, houve a dilatação (midríase). Quando a luz brilha nos olhos, as pupilas se contraem em uma reação chamada reflexo fotomotor. Quando a luz invade a retina, alguns dos impulsos resultantes passam dos nervos ópticos para os núcleos pré-tectais. Daí impulsos secundários passam para os núcleos de Edinger-Westphal e finalmente volta através dos nervos parassimpáticos para contração dos esfíncteres da íris. Inversamente, na escuridão, o reflexo torna-se inibido o que resulta em dilatação da pupila. · Qual a função fisiológica deste reflexo? A função do reflexo fotomotor é ajudar o olho a adaptar-se de forma extremamente rápida às mudanças das condições de luminosidade. Portanto, quanto maior a intensidade de luz, maior a necessidade da contração pupilar (miose) para proteger o olho contra o excesso de luminosidade. Por outro lado, na ausência de luz, como quando afastamos a lanterna, é importante que a pupila se dilate (midríase) para a retina captar uma maior quantidade de raios luminosos possíveis no ambiente. · Quais são as vias neurais que participam deste reflexo? A via do reflexo pupilar começa nas células ganglionares fotossensíveis da retina, que conduzem informações pelo nervo óptico (através da papila óptica). O nervo óptico, depois quiasma e tracto, conecta-se ao núcleo pré-tectal do mesencéfalo superior, contornando o núcleo geniculado lateral, na região conhecida como colículo superior. Esse caminho é denominado via aferente do reflexo pupilar e é comum tanto ao reflexo pupilar direto quanto ao consensual. Já na via eferente, a partir do núcleo pré-tectal, os axônios se conectam bilateralmente aos neurônios do núcleo de Edinger-Westphal, cujos axônios se direcionam para os nervos oculomotores direito e esquerdo. Os neurônios parassimpáticos dos nervos oculomotores fazem sinapse com os neurônios do gânglio ciliar, que emite pequenos nervos ciliares para inervar o músculo circular da íris, levando, finalmente, à contração da pupila pelo estímulo luminoso. · Em qual região do SNC esse reflexo é integrado? O reflexo fotomotor passa pela região dos colículos superiores e se “integram” na região do córtex somatosensorial de associação. 2) Reflexo pupilar consensual - Repetir o procedimento anterior, só que o experimentador deverá impedir com a própria mão, que a luz da lanterna, ao iluminar um dos olhos, atinja o outro olho do voluntário. - Observar, durante a aplicação do foco de luz, o que acontece com o diâmetro pupilar do olho não iluminado. - Observar o que acontece com o diâmetro pupilar do olho não iluminado quando o foco de luz é retirado. · O que acontece com o diâmetro pupilar do olho não iluminado? Por quê? O reflexo pupilar do olho não iluminado também se encontrou em contração pupilar (miose). A via nervosa que media este fenômeno é a via do reflexo pupilar fotomotor, sendo assim constituída: epitélio neurossensorial (cones e bastonetes), células bipolares, células ganglionares, camada de fibras nervosas retinianas, nervo óptico, quiasma óptico, no qual há parcial decussação de suas fibras, trato óptico e mesencéfalo. Toda esta sequência de elementos representa o braço aferente. Dentro do mesencéfalo desenvolve-se o neurônio intercalar que hemidecussa e articula o braço aferente com o braço eferente. Este é formado pelo núcleo de Edinger-Westfall, III nervo, gânglio ciliar, onde existe sinapse, nervos ciliares, os quais vão inervar o músculo esfíncter iriano e o músculo ciliar. Esta disposição anatômica explica porque a estimulação luminosa de um olho provoca miose simultânea em ambos os olhos. Entretanto o braço eferente recebe também influências não decorrentes de estimulação luminosa. De fato, a substância reticular do tronco cerebral pode interferir na eferência e, indiretamente, inibir ou liberar os influxos indutores de miose. · Qual a importância clínica da pesquisa destes reflexos? A importância clínica dos testes de reflexo pupilar é importante para a identificação das alterações das respostas neurológicas, além da identificação de possíveis lesões na porção inicial, na conduta ou no prognóstico. Referências bibliográficas ALVES, Carlos Alberto Rodrigues. Pupila neuro-oftalmologica. Moreira Jr Editora. Disponível em: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1249&fase=imprime>. Acesso em: 26 nov. 1999
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