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Atendente de Farmácia 1 O curso de Atendente de Farmácia cobre os aspectos do atendimento em uma farmácia, seja para auxiliar o farmacêutico, como para atender os clientes no balcão. Os principais tópicos abordados são relacionados à organização dos medicamentos, normas e fiscalização, primeiros socorros e testes em geral. Além disso, é dada uma ênfase bastante grande aos conhecimentos biológicos do organismo humano, anatomia, sistemas e principais patologias. Atendente de Farmácia 2 SUMARIO 1. História Do Ramo Farmacêutico....................................................................03 2. Introdução À Farmácia...................................................................................04 3. Tipos De Medicamento..................................................................................07 4. Formas Farmacêuticas .................................................................................09 5. Atendimento E Organização..........................................................................18 6. Normas E Fiscalização..................................................................................19 7. Bula E Automedicação..................................................................................20 8. Receita Médica...............................................................................................24 9. Primeiros Socorros.........................................................................................25 10. Aplicação De Injeções..................................................................................28 11. Teste De Glicemia........................................................................................31 12. Teste De Pressão Arterial.............................................................................32 13. Anatomia E Patologia...................................................................................34 14. Sistema Tegumentar (Pele)..........................................................................37 15. Sistema Muscular.........................................................................................41 16. Anatomia Do Sist. Ósseo 1..........................................................................44 17. Anatom. Sist. Digest.....................................................................................47. 18. Sist. Respiratório...........................................................................................53 20. Anatomia Do Sist. Circulatório......................................................................54 22. Sistema Urinário...........................................................................................56 23. Anatomia Do Sist. Reprodutor......................................................................60 25. Ciclo Menstrual.............................................................................................64 26. Sistema Endócrino.......................................................................................68 27. Distúrbios Hormonais...................................................................................70 28. Gestação........................................................................................... ...........73 Atendente de Farmácia 3 História Do Ramo Farmacêutico A origem das atividades relacionadas à farmácia se deu a partir do século X com as boticas ou apotecas, como eram conhecidas na época. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Na Espanha e na França, a partir do século X, foram criadas as primeiras boticas. Esse pioneirismo, mais tarde, originaria o modelo das farmácias atuais. Neste período, o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão devia cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e guarda dos medicamentos. Com um grande surto de propagação da lepra leva Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde pública, houve a necessidade de ampliar o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da medicina e fica proibido ao médico ser proprietário de uma botica. Com isso, dá início na antiga Roma a separação daqueles que diagnosticavam a doença e dos que misturavam matérias para produzir porções de cura. No século II, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia de que se tem notícia, criando inclusive uma legislação para o exercício da profissão. Em 1777, Luiz XV determina a substituição do nome de apoticário pelo de farmacêutico. A obtenção do diploma de farmacêutico exige estudos teóricos e prestação de exames práticos, embora ainda não seja considerado de nível universitário. Com o tempo, o estudo universitário para a formação do farmacêutico é logo estendido para toda a Europa. No século XVI, o estudo dos remédios ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças. O boticário no Brasil surgiu no período colonial, os medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos podiam ser comprados nas boticas. Geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopéia e a prescrição médica. O primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal pelo governador geral, Thomé de Souza (nomeado pela coroa portuguesa). Isso só aconteceu após a coroa portuguesa detectar que no Brasil, o acesso ao medicamento às pessoas só acontecia quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, onde sempre havia um cirurgião barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos. Com o tempo, a botica, onde o boticário pesquisava e manipulava fórmulas extemporâneas, originou dois novos tipos de estabelecimentos: Farmácia e Laboratório Industrial Farmacêutico. Atendente de Farmácia 4 Durante a 1a Guerra Mundial (1914 -1919), teve início o desenvolvimento da antibioticoterapia e imunoterapia. No período da 2a Guerra Mundial (1939 -1945), começaram as pesquisas sobre guerra química que resultaram no descobrimento dos primeiros anti-neoplásicos. A industrialização desenvolveu-se em ritmo crescente, aliado as mudanças da sociedade de consumo, interesses econômicos e políticos, e os elevados investimentos publicitários que atribuem ao medicamento a solução para todos os problemas, o fármaco tornou-se um produto industrial. A partir de 1950, a sociedade começa a dispor dos serviços de farmácias e da qualificação do farmacêutico. A Introdução à Farmácia Um medicamento é definido como o agente destinado a diagnóstico, mitigação, tratamento, cura ou prevenção de doenças em seres humanos ou animais. Uma das suas mais surpreendentes qualidades reside na diversidade de suas ações e efeitos sobre o organismo. Essa qualidade torna seu uso seletivo em várias condições patológicas comuns e raras, envolvendo órgãos, tecidos ou células. Alguns medicamentos contêm fármacos que estimulam seletivamente o músculo cardíaco, o sistema nervoso central, o trato gastrintestinal, enquanto outros produzem o efeito contrário. Fármacos midriáticos dilatam a pupila, e mióticos contraem ou reduzem o tamanho pupilar. Fármacos podem tornar o sangue mais ou menos coagulável; podem aumentar o teor de hemoglobina dos eritrócitos, reduzir o colesterol sérico ou expandir o volume sanguíneo. Fármacos denominados eméticos induzem o vômito, enquanto os antieméticos o previnem. Diuréticos aumentam o fluxo de urina; expectorantes aumentam o fluido do trato respiratório; catárticos ou laxantes causam evacuação do intestino.Outros fármacos reduzem o fluxo de urina,diminuem as secreções corporais ou induzem a constipação. Os medicamentos podem ser usados para reduzir dor, febre, atividade da tireóide, rinite, insônia, acidez gástrica, náuseas, pressão sanguínea e depressão. Outros elevam o humor, a pressão sanguínea ou a atividade das glândulas endócrinas. http://4.bp.blogspot.com/-lBwqOw9RSy4/VlTH59dLL9I/AAAAAAAAMb8/PVKUr9Snl9s/s1600/A+Introdu%C3%A7%C3%A3o+%C3%A0+Farm%C3%A1cia+e+aos+Medicamentos+rem%C3%A9dio+farmac%C3%AAutica+farmac%C3%AAutico.png Atendente de Farmácia 5 Os medicamentos podem combater doenças infecciosas, destruir parasitas intestinais ou agir como antídotos contra os efeitos dos venenos ou de outras drogas. Eles podem auxiliar no combate ao fumo ou na abstinência de álcool, ou modificar transtornos obsessivo-compulsivos. Os medicamentos são usados para tratar infecções comuns, AIDS, hiperplasia prostática benigna, câncer, doença cardiovascular, asma, glaucoma, doença de Alzheimer e impotência masculina. Eles podem proteger contra a rejeição de tecidos e órgãos transplantados ou reduzir a incidência de sarampo e caxumba. Antineoplásicos oferecem um meio para combater processos cancerosos; os radiofármacos oferecem outro. Os medicamentos são usados para diagnosticar o diabete, a disfunção hepática, a tuberculose ou a gravidez. Podem repor a deficiência corporal de anticorpos, vitaminas, hormônios, eletrólitos, proteínas, enzimas ou sangue. Previnem a gravidez, auxiliam na fertilidade e mantêm a vida. Certamente a vasta gama de agentes medicinais efetivos disponíveis, usados na preparação de medicamentos, é uma das nossas maiores realizações científicas. É difícil conceber nossa civilização privada dessas remarcáveis e benéficas substâncias. Por meio de seu uso, muitas das doenças que trouxeram sofrimento ao longo da nossa história, como a varíola ou a poliomielite, estão agora extintas. Doenças como diabete, depressão ou hipertensão são efetivamente controladas por medicamentos modernos. Os procedimentos cirúrgicos de hoje seriam impossíveis sem os benefícios dos anestésicos, analgésicos, antibióticos, das transfusões sanguíneas e dos fluidos intravenosos. Novas substâncias com propriedades terapêuticas podem ser obtidas a partir de plantas ou animais, subprodutos do crescimento microbiano, ou por meio de síntese química, modificação molecular ou processos biotecnológicos. Bibliotecas virtuais, bancos de dados de compostos químicos e métodos sofisticados de screening para potenciais atividades biológicas auxiliam no descobrimento de novos fármacos. O processo de descobrimento e desenvolvimento de novos fármacos é complexo. Ele engloba as contribuições específicas de muitos especialistas, incluindo químicos orgânicos, físico-químicos ou químicos analíticos; bioquímicos; biólogos moleculares; bacteriologistas; fisiologistas; farmacologistas; toxicologistas; hematologistas; imunologistas; endocrinologistas; patologistas; bioestatísticos; farmacêuticos pesquisadores e clínicos; médicos e muitos outros. Após uma potencial nova substância ser descoberta e ter sido completamente caracterizada química e físico-quimicamente, um grande número de informações biológicas deve ser coletado. Aspectos sobre farmacologia básica, ou seja, natureza e mecanismo de ação da substância no organismo, devem ser avaliados, incluindo suas características toxicológicas. O local e a velocidade de absorção, o perfil de distribuição e a concentração no organismo, Atendente de Farmácia 6 duração de ação e tipo e velocidade de eliminação ou excreção devem ser estudados. Informações sobre o metabolismo e a atividade dos seus metabólitos devem ser obtidas. Um estudo completo sobre os efeitos a curto e a longo prazo, nas células, nos tecidos e órgãos deve ser realizado. Informações altamente específicas, como o efeito do fármaco sobre o feto ou a capacidade de passar para o bebê por intermédio do leite, devem ser obtidas. Muitos fármacos promissores foram abandonados devido a seu potencial de causar efeitos colaterais excessivos ou danosos. As vias de administração (p.ex., oral, retal, parenteral, tópica) mais efetivas devem ser determinadas, e as doses recomendadas precisam ser estabelecidas para pessoas de várias idades (p.ex., neonatos, crianças, adultos, idosos), pesos e condições de saúde. Tem-se afirmado que a única diferença entre fármaco e veneno é a dose. Para facilitar o uso de fármaco pelas diferentes vias de administração, formas farmacêuticas, como comprimidos, cápsulas, injetáveis, supositórios, pomadas, aerossóis, entre outras, são formuladas e preparadas. Cada uma dessas unidades de dosagem deve conter uma quantidade específica de medicação de modo a facilitar e permitir a exatidão da dose durante a administração. Essas formas farmacêuticas são sistemas de liberação altamente sofisticados. Seu desenho, desenvolvimento, produção e uso resultam da aplicação das ciências farmacêuticas – a mistura das ciências básica, aplicada e clínica com a tecnologia farmacêutica. Cada produto farmacêutico em particular é uma formulação específica. Em adição aos componentes terapeuticamente ativos, uma formulação farmacêutica contém várias outras substâncias. É por meio de seu uso que uma formulação apresenta determinada composição que confere características físicas ao produto. Adjuvantes farmacêuticos incluem materiais como diluentes, espessantes, solventes, agentes suspensores, materiais de revestimentos, desintegrantes, promotores de permeação, agentes estabilizantes, conservantes, flavorizantes, corantes e edulcorantes. Para assegurar a estabilidade do fármaco em uma formulação e manter a eficácia do medicamento durante sua vida de prateleira, os princípios de química, física farmacêutica, microbiologia e tecnologia farmacêutica devem ser aplicados. Todos os componentes da formulação devem ser compatíveis, incluindo fármacos, adjuvantes e materiais de embalagem. A formulação deve ser resguardada da decomposição decorrente da degradação química e protegida da contaminação microbiológica e de influências destrutivas do calor, da luz e da umidade. Os componentes ativos devem ser liberados a partir da forma farmacêutica em quantidades apropriadas, de maneira a proporcionar o início e a duração de ação desejados. O medicamento deve oferecer administração eficiente e possuir características atrativas de sabor, odor, cor e textura,que aumentem a aceitação pelo paciente. Finalmente,o produto deve ser embalado de forma adequada e rotulado de acordo com as exigências legais. Atendente de Farmácia 7 Uma vez preparado, o medicamento deve ser apropriadamente administrado ao paciente para proporcionar o máximo benefício. Ele deve ser tomado em quantidade suficiente, em intervalos de tempo específicos e durante o período indicado para o alcance dos resultados terapêuticos desejados. Sua eficácia, em respeito aos objetivos do médico prescritor deve ser reavaliada periodicamente, e os ajustes necessários na dose, no regime, na posologia ou na forma farmacêutica, ou, ainda, quanto ao fármaco administrado, devem ser realizados. Expressões de insatisfação do paciente quanto à velocidade de progresso da terapia e reclamações quanto aos efeitos colaterais devem ser avaliadas e tomadas decisões quanto à continuidade ou ajuste do tratamento. Antes de tomar o medicamento, o paciente deve ser avisado em relação aos efeitos colaterais esperados e aos efeitos de alguns alimentos e bebidas, e outros medicamentos, que podem interferir na eficácia do tratamento. Por meio da interação e da comunicação com outros profissionais da saúde, o farmacêutico pode contribuir muito para a saúde do paciente. O grande conhecimento sobre a ação dos fármacos, farmacoterapêutica, desenho e formulação de formas farmacêuticas, produtos disponíveis e fontes de informação torna-o um membro essencialnas equipes de saúde. Ele tem a responsabilidade legal para a aquisição, o armazenamento, o controle e a distribuição de medicamentos e para a manipulação e o atendimento das prescrições. Caracterizado por sua larga experiência e seu conhecimento, atua como conselheiro sobre medicamentos e encoraja seu uso seguro e apropriado. O farmacêutico fornece seus serviços em várias instituições de cuidado com a saúde e realiza registros de medicamentos, monitoramento de pacientes e técnicas de avaliação, com vistas à melhoria da saúde pública. Tipos De Medicamento Este é o produto farmacêutico tecnicamente elaborado, composto de uma ou mais substâncias que possuam atividade farmacológica. Conheça agora os vários tipos de medicamentos: Medicamento Fitoterápico É o medicamento feito exclusivamente à base de plantas. Ex: GinkoBiloba, usada para combater problemas de circulação. Medicamento Alopático É o medicamento feito de substâncias processadas, ou seja, que já passaram por um processo de extração, Atendente de Farmácia 8 purificação e síntese. Ex: a maioria dos medicamentos que estão à venda na farmácia, no formato de cápsulas, comprimido, suspensão. Medicamento Homeopático É o medicamento que segue a doutrina da cura pelo semelhante, ou seja, são substâncias capazes de causar sintomas de uma determinada doença no organismo sadio para que o sistema imunológico defenda a doença. É conhecida como dinamização (energização do medicamento). Sendo a homeopatia uma técnica mais natural, comparada à alopatia. Ex: Buchinha paulista, usada para tratamento de sinusite. Medicamento Similar É aquele que apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, em comparação ao medicamento de referência; podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos. Esse é mais barato. E a farmácia ao comprar um ganha da distribuidora outros dois, assim, representam lucro certo. Ex: Laboratório como Cimed, Geolab, Hipolabor, produzem esses medicamentos. Formas Farmacêuticas Medicamento Genérico É o medicamento registrado pelo nome genérico ou químico da substância ativa que o compõe, mas que não possui os testes de biodisponibilidade. Esse passa apenas por testes de bioequivalência para comprovar que tem o mesmo comportamento no organismo e as mesmas características de qualidade do medicamento de referência ou de marca e é mais barato que o medicamento de referência. Atendente de Farmácia 9 Ex: Laboratórios como Medley, Ems, produzem a Amoxicilina. Medicamento de Referência É um produto inovador, registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país; sua eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente pela ANVISA e são medicamentos com mais de 40 anos no mercado. Ex: Laboratórios como Bayer e Ache produzem esses medicamentos. Medicamento Manipulado É o medicamento produzido em farmácias de manipulação ou hospitais com recursos para tal prática, seguindo prescrição médica de acordo com a necessidade individual de cada paciente. As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração de medicamentos a pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições especiais, e para permitir seu melhor aproveitamento. Para uma criança, por exemplo, é melhor engolir gotas em um pouco de água do que um comprimido. Além disso, a forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai ser utilizada, isto é, a porta de entrada do medicamento no corpo da pessoa, que pode ser, por via oral, retal, intravenosa, tópica, vaginal, nasal, entre outras. VIA DE ADMINISTRAÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS Via oral (boca) Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para reconstituição, gotas, xarope, solução oral, suspensão. Via sublingual (debaixo da língua) Comprimidos sublinguais Via parenteral (injetável) Soluções e suspensões injetáveis Via cutânea (pele) Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos. Via nasal (nariz) Spray e gotas nasais Via oftálmica (olhos) Colírios e pomadas oftálmicas Via auricular (ouvidos) Gotas auriculares ou otológicas e pomadas auriculares Via pulmonar (respiração/aspiração) Aerossol (bombinha) Via vaginal (vagina) Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos. Via retal (ânus) Supositórios e enemas Atendente de Farmácia 10 FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS • CÁPSULAS É o armazenamento de uma ou mais substâncias químicas em recipientes de gelatina que pode ser mole (armazenando líquidos, semi-sólidos e sólidos) ou duro (armazenando sólidos). Há casos específicos em que a cápsula pode ser aberta e ser administrada na forma de pó, porém, isto só poderá ser feito com indicação médica e orientação do farmacêutico. Em geral, não se pode abrir, quebrar ou triturar as cápsulas, pois o medicamento pode perder seu efeito. Pode ser usada para mascarar sabor desagradável. • COMPRIMIDOS É a compressão de uma ou mais substâncias químicas na forma de pó ou grânulo. Segue abaixo alguns Tipos de comprimidos: https://i0.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-0Yq4LMlP4iQ/Vr0NWvuwAQI/AAAAAAAASmY/wx9B3UCpWKA/s1600-h/image[19].png?ssl=1 https://i0.wp.com/2.bp.blogspot.com/-aIFhOuJ-SLU/VC2AxPvYhGI/AAAAAAAAQiM/Z4pMkxMPUeM/s1600/pink-pill-02.png Atendente de Farmácia 11 ♦ COMPRIMIDOS DE REVESTIMENTO ENTÉRICO » Os comprimidos prontos são revestidos por um produto que garante sua passagem integra pelo estômago e chegando perfeito ao intestino onde irá se dissolver e iniciar sua ação. O revestimento é necessário para os casos em que os medicamentos, quando em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica. Pode ser utilizado também em casos de medicamentos que agridem a parede do estômago. ♦ COMPRIMIDOS SUBLINGUAIS » Os comprimidos são colocados, obrigatoriamente, embaixo da língua, e se dissolvem com auxílio da saliva e são absorvidos na própria boca. É usado no caso de medicamentos que, em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica, também para aqueles que são pouco absorvidos pelo intestino. ♦ COMPRIMIDOS EFERVESCENTES » São comprimidos preparados com uma ou mais substâncias químicas associadas a alguns sais que liberam gases quando em contato com a água. Este mecanismo facilita o comprimido a desintegrar e a dissolver para ser absorvido. ♦ COMPRIMIDOS MASTIGÁVEIS » São comprimidos preparados para terem a sua desintegração facilitada pela mastigação. Depois de mastigados, eles são engolidos, para aí serem dissolvidos e absorvidos. ♦ COMPRIMIDOS DE AÇÃO LENTA/PROLONGADA » É um comprimido que possui um revestimento que controla a liberação da substância química. Isso permite que esses comprimidos, ao serem dissolvidos, iniciem sua ação lentamente de forma que seja prolongada/duradoura, mas somente quando ingeridos inteiros. Já um comprimido simples quando é totalmente dissolvido, sofre completa absorção e tem sua ação iniciada rapidamente. São utilizados, geralmente, para doenças crônicas, podendo aumentar o intervalo entre as tomadas dos medicamentos em pacientes que precisam de altas doses por dia. →Um tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado de “Oros”, esse comprimido permite a liberação lenta da substância ativa no organismo, o que garante a ação durante 24 horas. Uma vez concluído este processo, o comprimido vazio é eliminado pelo organismo através das fezes. Ex: Adalat® Oros. →Outro tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado “Inserts”, usado em preparações oftálmicas, colocado no saco lacrimal, esses são colocados e retirados intactos, há liberaçãoda substância química. Ex: Ocusert TM. https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-5YW0YxnCXGg/Vr0NYce2f-I/AAAAAAAASmg/YPnaURITT6M/s1600-h/image[43].png?ssl=1 Atendente de Farmácia 12 • DRÁGEAS São comprimidos revestidos com açucares. Melhora a deglutição, aparência física e mascara o sabor do medicamento. • PREPARAÇÃO EXTEMPORÂNEA São pós liofilizados ou grânulos, podem ser solúveis, resultando em soluções, ou insolúveis, resultando em suspensões. São preparações para substâncias que não são estáveis na presença da água (se degradam facilmente depois de um curto tempo de contato). Assim, é necessário que as substâncias sejam acrescentadas à água filtrada ou fervida somente no momento da administração, para se fazer a solução ou suspensão. Geralmente, esses produtos devem ser utilizados por um período máximo de 14 dias após sua preparação, quando armazenado em geladeira. Se armazenado em temperatura ambiente esse período cai para 7 dias. Se não utilizado por completo dentro desses períodos e nessas condições, o que restar no frasco deve ser descartado. Ter atenção, pois há produtos com especificações diferentes. Os granulados devem ser consumidos em no máximo 24hs após serem preparados. FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS As preparações tópicas semi-sólidas são para aplicação na pele ou em certas mucosas, para ação local ou penetração percutânea dos medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora. • POMADAS OU UNGÜENTOS São preparações semi-sólidas para aplicação externa que amolecem ou derretem à temperatura corpórea. A substância química sólida é geralmente inserida em uma base oleosa. São usadas em regiões menores, com menos pêlos por serem muito oleosas, não é aconselhável aplicá-las em feridas abertas. https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-BAumXlDGisc/Vr0NaHIWEJI/AAAAAAAASmo/qKW61QI6xx4/s1600-h/image[32].png?ssl=1 https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-glK53rzlkgc/Vr0NcWrFvJI/AAAAAAAASmw/p-RXmCRVyok/s1600-h/image[37].png?ssl=1 Atendente de Farmácia 13 • PASTAS Para aplicação externa na pele. Contém maior porcentagem de material sólido, por isso são mais firmes e espessas. Apresentam consistência macia e firme pela quantidade de sólidos, são pouco gordurosas e têm grande poder de absorção de água ou de exsudados. • EMULSÕES OU CREMES Preparações com parte de água e parte de óleo. Em comparação com as pomadas, são bem menos oleosas e se espalham facilmente. Portanto, são mais aplicadas para áreas extensas do corpo e também em regiões com pêlos. As emulsões também são usadas por via oral para mascarar o sabor de medicamentos quando usadas por via oral, evitando o contato do óleo com as papilas gustativas. • GÉIS São preparações a base de água, portanto, não contém óleo. São utilizadas em regiões muito úmidas. Também são utilizados para reduzir a oleosidade da pele. • SISTEMAS DE GÁS COMPRIMIDO OU AEROSSÓIS São utilizadas em medicamentos e cosméticos. Geralmente são soluções associadas a gases. Antigamente o gás mais utilizado era o CFC https://i2.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-EwrHwluS54k/Vr0NkS0b0GI/AAAAAAAASnI/ZVm9CdazcNo/s1600-h/cremes[6].png?ssl=1 https://i0.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-1l15SYnNkPs/Vr0NnMuh_NI/AAAAAAAASnQ/oAPapdW6kbE/s1600-h/gel[6].png?ssl=1 Atendente de Farmácia 14 (clorofluorcarbono), pois ele não é inflamável, em contrapartida causam grande estrago para a natureza (uma pequena quantidade dele no ar é capaz destruir grande parte da camada de ozônio). Foi substituído atualmente pelos hidrocarbonetos (n-butano, propano, iso-butano), que são inflamáveis, mas pouco tóxicos e mais baratos. É importante alertar que as embalagens não devem ser descartadas fora do lixo, e não podem ser reutilizadas e abertas. • SUPOSITÓRIOS São formas farmacêuticas da consistência firme, de forma cônica ou ogival, destinadas a serem inseridas no reto, onde devem desintegrar-se ou derretem-se a temperatura do corpo, liberando a substância química. Pode ser para ação sistêmica devendo ser aplicado mais profundamente possível, ou local não sendo necessário aplicação profunda. Para ação local são utilizados em casos de dor, constipação, irritação, coceira e inflamação. Para ação sistêmica são utilizados em casos de pacientes com vômitos e que não engolem o medicamento, ou mesmo para cortar o vômito, e para medicamentos que se degradam no líquido ácido do estômago. • ÓVULOS Um tipo de supositório de uso vaginal. • VELAS Um tipo de supositório de uso uretral. FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS • SOLUÇÕES São preparações em que há uma ou mais substâncias químicas dissolvidas em uma pequena https://i2.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-qXe1lW9AU6Y/Vr0Nu6rS5pI/AAAAAAAASno/EKlbyS9nWac/s1600-h/solu%C3%A7%C3%B5es[3].png?ssl=1 Atendente de Farmácia 15 quantidade de solvente (a substância que dissolve). Podem ser divididas em Soluções Orais e Soluções Estéreis. • SOLUÇÕES ORAIS As soluções orais, necessitam de componentes que dêem cor e sabor ao líquido para tornar o medicamento mais agradável ao gosto. Podem ser administradas em gotas, ou com um volume bem definido, como, por exemplo, 5mL (uma colher de chá). Elas podem ter cor, mas devem ser transparentes. • SOLUÇÕES ESTÉREIS (INJETÁVEIS, COLÍRIOS..) São preparações líquidas estéreis, ou seja, sem a presença de microorganismos. São colírios e medicamentos injetáveis. Não devem conter nenhum tipo de substância estranha e nem estarem turvas. • TINTURAS São medicamentos líquidos resultantes da extração princípios ativos de drogas vegetais e animais. Elas são preparadas à temperatura ambiente por percolação (droga vegetal na forma íntegra em contato com o solvente) ou maceração (droga macerada ou triturada em contato com o solvente). Os líquidos extratores ou “solventes” são: álcool, álcool/água, éter alcoolizado ou acetona. • EXTRATOS FLUIDOS São preparações oficinais líquidas obtidas de drogas vegetais e manipuladas de maneira que cada 1mL contenha os princípios ativos solúveis de 1 g da droga respectiva, devidamente dessecada ao ar livre. Eles são preparados, em sua maioria, por um dos quatro processos gerais de percolação designados pelas letras A, B, C e D na Farm.Bras.II. • ESPÍRITOS São preparações líquidas com a essência da respectiva planta e álcool, de acordo com a seguinte fórmula geral. Essência 50 mL (5% v/v) Álcool 80% qsp 1000 mL Observação: Quando se menciona apenas álcool, refere-se ao produto que contém cerca de 95% de etanol. É o álcool simples. • XAROPESSão preparações a base de água, concentradas de açúcar, que contêm uma ou mais substâncias químicas. São usadas principalmente para substâncias com sabor muito https://i2.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-B_4O1ftUh0s/Vr0NxV-Cp3I/AAAAAAAASnw/EUZ5hYqHcqY/s1600-h/colirio[3].jpg?ssl=1 https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-9lRufiNRbUY/Vr0Nz8pvHCI/AAAAAAAASn8/bNXjA300nLE/s1600-h/image[68].png?ssl=1 https://i1.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-HnMAr3UtcUY/Vr0N2shQbVI/AAAAAAAASoI/D-jzccqZeMQ/s1600-h/image[72].png?ssl=1 Atendente de Farmácia 16 desagradável e também para pacientes que têm dificuldade de ingerir comprimidos (crianças e idosos, por exemplo). • ELIXIRES São preparações líquidas à base de água e álcool e com sabor levemente adocicado, que contêm uma ou mais substâncias químicas. São menos viscosos e, devido à presença de certa quantidade de álcool, são menos utilizadas atualmente. • SUSPENSÕES As suspensões são preparações em que as substâncias químicas não estão totalmente dissolvidas no meio líquido. Geralmente têm baixa capacidade de dissolução, por isso depositam-se no fundo do recipiente. É essencial informar ao paciente que ele deve agitar o frasco antes de usar. OUTRAS FORMAS FARMACÊUTICAS •Cataplasmas → São preparações geralmente magistrais, de aplicação tópica na pele. •Ceratos → São um tipode pomada, em que o excipente é constituído por uma mistura de cera e óleo. •Alcolatos → São preparações farmacêuticas que se obtém pela maceração olcoólica de plantas frescas, seguidas de destilação •Colutórios → São preparações magistrais destinadas a serem depostas na mucosa bocal ou orofaríndea. São soluções viscosas devido à presença de mel ou glicerina. As substâncias ativas empregues são anti-sépticos. •Enemas ou Clister (Phosfoenema) → São formas farmacêuticas destinadas a serem introduzidas na porção terminal do intestino. •Aerossois → Se caracterizam por constituírem um “nevoeiro não molhante” formado por micro gotas (diâmetro compreendido entre 0,05 e 0,2 micrômetro). Formam uma suspensão coloidal, em que a fase contínua é o gás e a fase dispersa é o líquido. •Sprays → São semelhantes aos aerossóis, mas o diâmetro da partícula é maior (0,5 micrômetro), podem ser considerados “nevoeiros molhantes”. •Vaporizações → São formas farmacêuticas magistrais resultantes da libertação de vapor de água por si só, ou contendo anti-sépticos, e que se destinam a ser inalados •Fumigações → São gases resultantes da combustão de determinadas plantas, ou liberação de gases (p. ex. Formal) com fins desinfetantes de espaços ou dirigidos para as vias resiratórias com fins medicamentosos anti-sépticos – inalação •Ampolas → São tubos de vidro ou plástico, colorido ou incolor, estirados nos dois topos, ou pequenas “garrafas” seladas, podem conter líquido ou pó. –Servem para facilitar a esterilização e conservação do seu conteúdo; –O pó normalmente é utilizado na preparação extemporânea de solutos injetáveis. –O conteúdo poder ser aplicado via parenteral, oral ou tópico. Atendente de Farmácia 17 Farmácia Referência: qualidade no atendimento, controle e organização Toda farmácia trabalha com vários medicamentos, o que envolve diferentes fabricantes e diversas apresentações, sendo importante a organização de prateleiras e gavetas para facilitar a procura pelo medicamento. Veja algumas considerações importantes sobre a organização de uma farmácia: • Separar os medicamentos e outros produtos de acordo com o laboratório. Ex: medicamentos genéricos, similares e de referências; • Organizar os medicamentos por ordem alfabética; • Separá-los por grupo ou seção em que se enquadram. Ex: obedecendo a forma de apresentação e o uso do medicamento. Conheça agora como devem ser feitas as divisões dos grupos ou seções: • Grupo de comprimidos, drágeas, cápsulas, pastilhas e pílulas. • Grupo de ampolas injetáveis e orais. • Grupo de medicamentos líquidos, suspensão, geleias, elixires, sprays, gotas e xaropes. • Grupo de cremes, pomadas, supositórios, óvulos, bastões, inaladores e pós granulados. • Grupo de envelopes de comprimidos ou pós devem ser guardados em gavetas e na parte externa. Ex: em gôndolas na frente da farmácia. • Grupo de entorpecentes e psicotrópicos devem ficar em armários oxidáveis, no fundo da farmácia e sob a responsabilidade do farmacêutico. Esses são medicamentos de tarja preta, que necessitam ser controladas as receitas médicas. • Grupo de perfumaria, higiene e limpeza, acessórios médicos e odontológicos, precisam de prateleiras próprias na parte da frente da farmácia. Você poderá também organizar os medicamentos por ordem alfabética e por seções, agrupando-os de acordo com os laboratórios fabricantes. Nesses casos, se o atendente conhece o laboratório que produz o medicamento, é mais fácil identificar o remédio na prateleira. Farmácias de Manipulação e Hospitalares Nas farmácias de manipulação, os medicamentos são manipulados no local e organizados de acordo com o tipo de fórmula ou encomenda dos pacientes. Nas farmácias hospitalares, esses são agrupados segundo sua apresentação e especialidade. Exemplos: • Analgésicos: os comprimidos ficam de um lado e os analgésicos em gotas de outro; • Medicamentos fracionados: os líquidos são guardados em geladeira; os comprimidos são fracionados um a um, cortados e colocados em blisters, devidamente etiquetados, onde marca- se nome, lote e validade. Estes devem ser armazenados em gavetas. Detalhes importantes: Atendente de Farmácia 18 É interessante ter uma prateleira à parte para medicamentos com seis meses para o vencimento, assim previne-se perdas na farmácia, uma vez que os laboratórios não recolhem medicamentos vencidos. Atendimento E Organização Ser atendente de farmácia ou drogaria é ser mais que um vendedor de medicamentos. Esse profissional precisa obter conhecimentos não apenas em relação ao corpo humano e aos medicamentos. Precisa saber lidar com o público, fazer um atendimento eficiente, auxiliar nas tarefas organizacionais, gerenciais e administrativas do estabelecimento, além de possuir habilidades em vendas. Em suma, é preciso ser um profissional qualificado. Muitas vezes, o atendente irá se relacionar com o público mais intensivamente do que o próprio farmacêutico ou o dono da farmácia. Da mesma forma, irá atender pessoas que procuram a farmácia ou a drogaria com a expectativa de encontrar uma solução para o seu problema de saúde. Por isso, esse profissional precisa estar preparado para promover sempre o melhor para os clientes e para o estabelecimento. Principais atribuições dos atendentes de farmácia Os atendentes de farmácia representam um dos cargos mais importantes dentro dos estabelecimentos farmacêuticos. Esse é o profissional que tem o primeiro contato com o cliente/paciente. A sua atuação abrange alguns estabelecimentos do ramo, como farmácias, drogarias, farmácias hospitalares, farmácias populares e postos de saúde. As principais atribuições desse profissional estão listadas abaixo: →Leitura e interpretação de prescrições médicas, odontológicas e veterinárias; →Dispensação e comercialização de medicamentos e cosméticos; →Controle e gestão de estoques; →Organização e controle do armazenamento de medicamentos, cosméticos e correlatos. Apresentação pessoal Além dessas atribuições ligadas ao cargo, o atendente de farmácia e drogaria deve ficar atento à sua imagem, junto ao seu cliente e ao mercado, que, muitas vezes, pode valer mais que um bom currículo. O cuidado com a apresentação pessoal conta muitos pontos para a formação da opinião das pessoas sobre o profissional. A preocupação com a sua aparência também é fundamental para o sucesso. É fundamental que exista preocupação com o vestuário, a postura e a linguagem. Deve-se ter essa preocupação, assim como as empresas devem se preocupar com a embalagem do produto ou a estrutura física de suas lojas. Essa é a forma como o profissional se mostra para o mundo. Em relação à apresentação visual, o atendente deve ficar sempre atento aos cuidados de higiene pessoal, ao vestuário, à sua aparência em geral. Se você usa cabelos longos, procure Atendente de Farmácia 19 prendê-los para trabalhar. Da mesma forma, é preciso evitar excessos de maquiagem e perfumes fortes, bem como adornos, pingentes e pulseiras. Também deve cuidar bem da estética e higiene bucal, além de lavar as mãos várias vezes ao dia. Normas e Fiscalização CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DO AMAZONAS O Conselho Regional de Farmácia do Estado do Amazonas (CRF-AM), criado pela Resolução nº. 097, de 15 de Julho de 1972, do Conselho Federal de Farmácia, como decorrência da Lei nº. 3.820, de 11 de Novembro de 1960 e Lei nº. 9.120, de 26 de Outubro de 1995, tem sede na cidade de Manaus, Estado do Amazonas, possui personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, é uma autarquia federal de regulamentação e fiscalização da profissão farmacêutica em nível estadual. Busca-se o aprimoramento dos profissionais e dos serviços de saúde para disponibilizar segurança e qualidade de vida aos cidadãos. - Registrar os profissionais de acordo com a presente Lei e expedir a carteira profissional;Deacordo com o poder administrativo deferido aos CRFs, devido à competência expressa no artigo 10 da Lei 3820/60, estão enunciadas as seguintes atividades: - Examinar reclamações e representações escritas acerca dos serviços de registro e das infrações desta Lei e decidir; - Fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as infrações à Lei, além de enviar às autoridades competentes relatórios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja solução não seja de sua alçada; - Organizar o seu Regimento Interno, submetendo-o à aprovação do CFF. Em complementação às suas atribuições fixadas nas Leis supracitadas, poderá o CRF AM promover atividades que tenham como objetivo contribuir para melhoria da Saúde Pública e da Assistência Farmacêutica, estimular a unidade da classe e executar programas de atualização do profissional farmacêutico. Atendente de Farmácia 20 Bula E Automedicação O que é automedicação, causas e quais são as consequências? Seja por conta própria ou por indicação, o simples ato de tomar remédios sem recomendação médica pode ser mais prejudicial à saúde do que se imagina. Isso porque os perigos da automedicação vão além do agravamento da doença, já que o uso inadequado de medicamentos pode causar até mesmo a morte. É bastante comum ter em casa um estoque de comprimidos e pílulas para amenizar as dores mais diversas. Porém, o alívio dos sintomas após a automedicação nem sempre significa que houve um tratamento adequado. E muito menos que o problema foi resolvido, pois a prática pode estar mascarando problemas mais sérios. Entenda como o uso indevido de medicamentos pode afetar a saúde e saiba como se proteger dos perigos da automedicação! Receita Médica O que é automedicação? A automedicação se caracteriza pela prática de tomar remédios, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde. Nessas situações, a pessoa tende a medicar-se por conta própria ou por indicação de amigos, familiares e conhecidos. Tal hábito geralmente está relacionado à intenção do paciente em aliviar algum sintoma. O que é o uso indiscriminado de medicamentos? Apesar de possuir relação com a automedicação, o uso indiscriminado de medicamentos se refere a um conceito diferente. Essa prática diz respeito ao consumo excessivo e frequente de remédios, inclusive quando há prescrição médica. Nesses casos, é bastante comum que o paciente não respeite a dosagem recomendada, bem como os intervalos de uso. Automedicação no Brasil O Brasil é recordista mundial em automedicação. De acordo com pesquisa de 2016 feita pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 72% dos brasileiros se medicam por conta própria. Além do uso inadequado, muitos têm o hábito de aumentar as dosagens para obter alívio mais acelerado. Outro dado relevante mostra que 40% da população faz o autodiagnóstico por meio da internet. Surpreendentemente, a edição anterior da mesma pesquisa, realizada em 2014, também apontou que quanto maior o grau de escolaridade, maior é a prática da automedicação pelos brasileiros. Já em relação ao gênero, os dados são bastante próximos: 76,7% dos homens e 75,1% das mulheres têm o hábito de se automedicar. Atendente de Farmácia 21 Uma das alternativas para auxiliar no combate ao uso indevido de medicamentos seria promover a venda fracionada. Isso favoreceria o acesso aos remédios, aumentaria as chances de adesão ao tratamento e, ainda mais importante, evitaria o desperdício. Atualmente tal proposta está em análise no senado, por meio do projeto de lei nº 98/2017. Casos de intoxicação Em relação à intoxicação por uso de medicamentos, os números também podem ser bastante assustadores. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico- Farmacológicas, cerca de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil, sendo as crianças as maiores vítimas – menores de 5 anos de idade representam uma parcela de aproximadamente 35% dessa estatística. Tipos de uso irracional de medicamentos A automedicação é apenas um dos tipos de uso irracional de medicamentos. Dentre as outras formas estão: Uso abusivo de medicamentos (polimedicação); Uso excessivo por via de administração inadequada (injetável ao invés de oral); Uso do medicamento como forma exclusiva de cura para doenças (medicalização); Uso inadequado de antimicrobianos, tanto em doses incorretas quanto em infecções não-bacterianas; Prescrição em desacordo com as normas clínicas. Causas da automedicação A principal causa da automedicação talvez esteja relacionada a um aspecto cultural, em que tomar remédio por conta própria, sem a necessidade de ir até o médico, alivia a dor de imediato. No entanto, outras causas podem contribuir para essa prática: Precariedade do sistema de saúde; Dificuldade para marcar consultas médicas; Variedade de produtos fabricados pela indústria farmacêutica; Venda livre de medicamentos; Livre acesso à informações sobre doenças por meio da internet; Falta de fiscalização na venda de medicamentos prescritos. Como funciona a venda de medicamentos? Alguns tipos de medicamentos, mais especificamente os não tarjados, não exigem a prescrição médica, sendo comercializados livremente. Esses remédios são caracterizados pela baixa toxicidade e comumente são representados por substâncias que tratam sintomas de resfriados, azia, má digestão e dor de cabeça. No caso de medicamentos tarjados, a prescrição é indispensável, uma vez que esses remédios apresentam possíveis efeitos colaterais graves. Além disso, alguns deles, como os antibióticos, obrigam a retenção da receita. Atendente de Farmácia 22 Vale destacar que os remédios de tarja preta e vermelha são os mais perigosos quando o assunto é intoxicação. Por que ler a bula? Quase metade dos brasileiros não têm o hábito de ler a bula e, quando leem, muitos não entendem o que as informações querem dizer. Isso pode ser um problema, especialmente em casos de automedicação. É na bula que estão contidas as informações relevantes a respeito do medicamento: indicação, posologia, reações, precauções e interações medicamentosas. Por meio dela, o paciente tem acesso à todas as possibilidades de ocorrência do medicamento, podendo assim evitar possíveis complicações. Para facilitar o acesso à informação, a Anvisa disponibiliza diversas bulas por meio de um bulário eletrônico. Além disso, na página de cada medicamento dentro do Consulta Remédios, a bula pode ser encontrada de maneira organizada e de fácil compreensão. Em caso de qualquer dúvida, consulte um farmacêutico, lembrando que a presença desse profissional é obrigatória em qualquer farmácia. Remédios mais utilizados na automedicação Os líderes no ranking da automedicação são os anti-inflamatórios e analgésicos, especialmente aqueles que aliviam dores de cabeça e coluna. Na lista também estão remédios para combater sintomas da má digestão, gripes e resfriados. A lista de medicamentos comumente utilizados inclui: Amoxil; Aspirina; Dorflex; Neosaldina; Neosoro; Omeprazol; Paracetamol; Sal de Fruta Eno; Salonpas; Torsilax; Tylenol. Consequências: quais os principais riscos da automedicação? Não é somente o fato de tomar o remédio sem recomendação médica que pode trazer riscos à saúde. Doses em excesso, administração inadequada e uso para fins não indicados também trazem consequências perigosas. O principal problema está no fato da automedicação contribuir para a dificuldade e atraso no diagnóstico de determinadas doenças, agravando o problema. https://consultaremedios.com.br/amoxil/p https://consultaremedios.com.br/aspirina/p https://consultaremedios.com.br/dorflex/p https://consultaremedios.com.br/neosaldina/p https://consultaremedios.com.br/neosoro/p https://consultaremedios.com.br/omeprazol-medley/p https://consultaremedios.com.br/paracetamol-teuto/p https://consultaremedios.com.br/sal-de-fruta-eno/phttps://consultaremedios.com.br/salonpas/p https://consultaremedios.com.br/torsilax/p https://consultaremedios.com.br/tylenol/p Atendente de Farmácia 23 Outros riscos relacionados são: Interação medicamentosa A combinação de medicamentos pode anular ou potencializar o efeito do outro. Por esse motivo, é tão importante ler as informações contidas no campo “interação medicamentosa”, presente na bula do remédio. Resistência de microorganismos O uso abusivo de antibióticos pode aumentar a resistência de microorganismos, comprometendo a eficácia do tratamento. Por esse motivo, hoje a venda desse tipo de medicamento só é permitida com a retenção da receita. Intoxicação Os analgésicos, anti-inflamatórios e antitérmicos são os maiores causadores de intoxicação pelo uso de medicamentos. O problema pode surgir quando há uma superdosagem na ingestão do remédio, resultando em reações alérgicas. Em quadros graves de intoxicação, pode haver a morte do paciente. Nos casos de intoxicação infantil por uso de medicamentos, os riscos são ainda maiores em crianças com menos de seis anos de idade. O acúmulo da substância no organismo pode comprometer o funcionamento dos órgãos e gerar outras sequelas. Dependência O alívio imediato da dor após o uso de alguns medicamentos pode tornar-se um vício, fazendo com que o paciente não viva mais sem o remédio. O problema está no fato de que a ingestão recorrente pode fazer com que a substância não tenha mais efeito no organismo ao longo do tempo. Além disso, o abuso de medicamentos pode gerar complicações mais sérias à saúde. Hipocondria e o vício em remédios Pessoas viciadas em remédios e que apresentam preocupação excessiva relacionada à problemas de saúde podem ser hipocondríacas. Porém, somente o hábito de tomar medicamentos constantemente não caracteriza a hipocondria. O sintoma mais comum desse transtorno psicológico é o medo intenso e prolongado de possuir uma doença grave. Portanto, é importante buscar ajuda médica em qualquer sinal de obsessão, seja relacionada à doenças ou ao uso de remédios. Atendente de Farmácia 24 Automedicação e Ministério da Saúde A fim de incentivar a administração correta de remédios de acordo com as normas do SUS, o Ministério da Saúde instituiu o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos (CNPURM). Segundo a Organização Mundial da Saúde, o conceito de uso racional refere-se a “quando os pacientes recebem os medicamentos apropriados à sua condição clínica, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período de tempo adequado e ao menor custo possível para eles e sua comunidade.” O uso indevido de medicamentos, até mesmo os de venda livre, pode trazer consequências ao organismo. Por isso, consultar um profissional de saúde e ler a bula é sempre a melhor opção em qualquer sinal de problema. Compartilhe os riscos da automedicação para que essa prática seja cada vez menos comum! Receita medica A receita médica é um item que aparece diariamente na rotina de farmacêuticos clínicos. O documento indica o medicamento e a posologia da terapia escolhida para tratar o paciente. Para que os profissionais da Farmácia consigam compreender corretamente o que foi prescrito, seus dados devem ser objetivos e legíveis. Como é considerado um documento legal, se forem constatadas irregularidades na escrita ou orientações passadas pelo médico, pode configurar como prova em casos judiciais. De acordo com o Manual de Orientações Básicas para Prescrição Médica desenvolvido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), toda receita médica é composta por tópicos essenciais. São eles: 1. Cabeçalho: https://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/cartilhaprescrimed2012.pdf Atendente de Farmácia 25 Deve ser impresso, contendo o nome e endereço do profissional, registro no Conselho Regional de Medicina, número de cadastro da pessoa física ou jurídica e especialidade médica. 2. Superinscrição: A principal informação é o nome do paciente, mas contém endereço, idade e via de administração dos medicamentos quando necessário. 3. Inscrição: Inclui o nome do fármaco, forma farmacêutica e sua concentração. 4. Subscrição: Representa a quantidade que deve ser fornecida. Em relação aos fármacos controlados, essa quantidade deve ser escrita em algarismos arábicos, por extenso e entre parênteses. 5. Adscrição: Orientações do médico para o paciente. 6. Data e assinatura. Também existem os elementos facultativos, utilizados principalmente na receita médica pediátrica, como, por exemplo, peso, altura e dosagens específicas. Primeiros socorros A Estrela da Vida, símbolo usado nas ambulâncias de emergência de diversos países para significar os seis estágios do socorro pré-hospitalar. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Star_of_life2.svg Atendente de Farmácia 26 SAMU 192 - Lancha de salvamento De acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, define-se os primeiros socorros como a prestação e assistência médica imediata a uma pessoa ou uma ferida até à chegada de ajuda profissional. Centra-se não só no dano físico ou de doença, mas também no atendimento inicial, incluindo o apoio psicológico para pessoas que sofrem emocionalmente devido a vivência ou testemunho de um evento traumático. Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais comuns são atendimento de vítimas de acidentes automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos, catástrofes naturais, acidentes industriais, tiroteios ou atendimento de pessoas que passem mal: traição,apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões, etc. Tão importante quanto os próprios primeiros socorros é providenciar o atendimento especializado. Ao informar as autoridades, deve-se ser direto e preciso sobre as condições da(s) vítima(s) e o local da ocorrência; no caso dos países subdesenvolvidos da África deve-se também informar o número telefônico do socorrista, devido a alguns défices no sector da informática de localizações. Unidade de terapia intensiva Os primeiros socorros referem-se ao atendimento temporário e imediato de uma pessoa que está ferida ou adoeceu repentinamente. Também podem envolver o atendimento em casa quando não se pode ter acesso a uma equipe de resgate ou quando técnicos em emergência médica (TEM) não chegam. Trata-se de procedimentos de emergência, os quais devem ser aplicados a vítimas de acidentes, mal súbito ou em perigo de vida, com o intuito de manter sinais vitais. Os procedimentos não substituem o médico, a enfermeira ou a equipe técnica. Na verdade, um dos principais fundamentos dos primeiros socorros é a obtenção de assistência médica em todos os casos de lesão grave. O socorro tende a ser prestado sempre que a vítima não tem condições de cuidar de si própria, recebendo um primeiro atendimento e logo acionando-se o atendimento especializado. Queimaduras Queimadura de primeiro grau causada 19 horas após um acidente de cozinha. https://pt.wikipedia.org/wiki/Federa%C3%A7%C3%A3o_Internacional_das_Sociedades_da_Cruz_Vermelha_e_do_Crescente_Vermelho https://pt.wikipedia.org/wiki/Federa%C3%A7%C3%A3o_Internacional_das_Sociedades_da_Cruz_Vermelha_e_do_Crescente_Vermelho https://pt.wikipedia.org/wiki/Federa%C3%A7%C3%A3o_Internacional_das_Sociedades_da_Cruz_Vermelha_e_do_Crescente_Vermelho https://pt.wikipedia.org/wiki/Assist%C3%AAncia_m%C3%A9dica https://pt.wikipedia.org/wiki/Assist%C3%AAncia_m%C3%A9dica https://pt.wikipedia.org/wiki/Assist%C3%AAncia_m%C3%A9dica Atendente de Farmácia 27 Uma queimadura pode ter vários graus de gravidade e esta pode ser considerada grave quando as suas características fazem com que seja necessária uma consulta médica ou a hospitalização. A gravidade da queimadura depende de vários fatores: do localatingida pela queimadura, extensão da queimadura, profundidade, natureza ou causa da queimadura e da fragilidade do indivíduo. A queimadura está entre as lesões mais comuns ocorridas dentro de uma residência – principalmente na cozinha. Segundo as dermatologistas Denise Steiner e Márcia Purceli "não existe produto ou receita caseira que alivie na hora nem as dores e nem as lesões causadas pela queimadura.[19][20] A complicação mais imediata de uma queimadura grave é o estado de choque e a paragem cardiovascular, causados pela dor, pela perda de plasma em correspondência com a zona queimada e pelas substâncias libertadas pelos tecidos lesionados. As complicações tardias são de dois tipos: a infecção da queimadura; uma cicatrização insuficiente que requer um enxerto cutâneo. Classificação das queimaduras O sistema de avaliação utilizado para descrever a gravidade das queimaduras baseia-se no número de camadas de tecido envolvidas. As queimaduras mais graves destroem não apenas camadas de pele e tecido subcutâneo, mas também tecidos subjacentes. Podem possuir características causadas por produtos químicos, como produtos corrosivos que podem ser bases fortes ou de origem ácida, tais como o álcool ou a gasolina, bases e ácidos. Ou por intermédio de produtos físicos como o calor ou o frio, através de exposição, condução ou radiação eletromagnética, existem ainda as de origem biológica como animas: água- viva, lagarta-de-fogo e a medusa. Passados os primeiros socorros, também é preciso tomar uma série de cuidados nos dias seguintes. Bolhas formam uma proteção natural ao local e não devem ser estouradas, porque isso aumenta o risco de infecção do local. O uso do algodão também não é indicado, porque ele pode grudar nos ferimentos. Queimaduras de 1º grau são as queimaduras menos graves; apenas a camada externa da pele (epiderme) é afetada. A pele fica avermelhada e quente e há a sensação de calor e dor (queimadura simples), causa algum desconforto e o avermelhamento da pele, a destruição do tecido é mínima. Choques elétricos A morte causada por eletricidade é também conhecida como eletrocussão e consiste na passagem de uma corrente eléctrica pelo corpo. A electrocussão pode provocar a morte instantânea, perda dos sentidos mais ou menos prolongada, convulsões e queimaduras no ponto de contato. É necessário tomar cuidado com quem está sujeito ao choque, tocá-lo pode ser perigoso. O ideal é pegar num objecto constituído por borracha pois conduzem pouco a eletricidade,ou uma madeira seca para afastá-lo do objeto que lhe dá o choque, e verificar os sinais vitais da vitima. Caso esta se encontre em paragem cardiorrespiratória deve-se retirar os objetos adjacentes a esta como por exemplo dentaduras, óculos, etc… desapertar a roupa e expor o tórax, e proceder então à reanimação colocando sobre o tórax as duas mãos sobrepostas e realizar 30 compressões seguidas de suas insuflações. Se a vitima estiver inconsciente mas com pulso e a ventilar deve-se colocá-la em PLS e contactar um serviço de https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiros_socorros#cite_note-Thibodeau_2002-19 https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiros_socorros#cite_note-Thibodeau_2002-19 https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiros_socorros#cite_note-Thibodeau_2002-19 https://pt.wikipedia.org/wiki/Derme https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipoderme https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lcool https://pt.wikipedia.org/wiki/Gasolina https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_eletromagn%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Taturana https://pt.wikipedia.org/wiki/Medusa_(animal) https://pt.wikipedia.org/wiki/Epiderme_(pele) Atendente de Farmácia 28 emergência (192 ou 193, no Brasil e 112, em Portugal) para obter transporte ao Hospital mais próximo. De acordo com o novo protocolo da NSC (National Safety Concil), temos 04 graus de queimaduras, sendo que o 4º grau corresponde aos acidentes com eletricidade, e que nestes casos percebe-se a perca de membros. A entorse é uma lesão nos tecidos moles (cápsula articular e/ou ligamentos) de uma articulação. Manifesta-se por uma dor na articulação, gradual ou imediata, um inchamento na articulação lesada e pela incapacidade do lesado para mexer a articulação. As entorses se originam de movimentos bruscos, traumatismos, má colocação do pé ou de um simples tropeçar que force a articulação a um movimento para o qual ela não está preparada. Pode igualmente acontecer de uma intensa tração, a que o ligamento seja submetido, provocar o seu estiramento ou ruptura e que isso chegue a arrancar um pequeno fragmento ósseo. Uma fratura é caracterizada por uma dor intensa no local, inchaço, falta de força, perda total ou parcial dos movimentos, e encurtamento ou deformação do membro lesionado. Em caso de fratura ou suspeita de fractura, o osso deve ser imobilizado. Qualquer movimento provoca dores intensas e deve ser evitado. Transporte de vítimas Um método de transporte de vítimas é o transporte aeromédico. O transporte de vítimas é um procedimento arriscado que muitas vezes, na tentativa de ajudar, a pessoa acaba agravando um quadro estável, recomenda-se que em casos de vítima grave, com possível lesão na medula, movimenta-se a vítima o menos possível. Em caso de vítima de mal-estar, desmaio ou intoxicação leve-se a vítima "no colo colocando um braço por baixo dos joelhos e o outro em torno das costas dela." Recomendações posteriores incluem para que pessoas não se impressionem com a gravidade, a avaliação é que as lesões possam ser "cuidadas rapidamente". A Triagem é o procedimento pelo qual doentes e feridos são classificados de acordo com o tipo de ocorrência e suas condições. Aplicação De Injeções Injetáveis aplicados nas farmácias – quais são permitidos? Quais injetáveis podem ser aplicados nas farmácias? Esta é uma pergunta que intriga muita gente e que eu já escutei diversas vezes! Será que existe uma listas dos proibidos e outra lista dos permitidos? Nem toda resposta é https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Dor https://pt.wikipedia.org/wiki/Dor https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A1usea https://pt.wikipedia.org/wiki/Intoxica%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Triagem Atendente de Farmácia 29 curta e simples, por isso resolvi escrever este artigo! Mas não se preocupe pois “Quais injetáveis são permitidos em farmácias?” tem sim uma resposta simples! É que eu acho importante estruturar bem o assunto. Na minha visão, todo conhecimento deve desenvolver capacidade crítica, de criação e de adaptação para cada circunstância. Escrevo aqui para profissionais que são tomadores de decisão na farmácia. Darei orientações para que você entenda o assunto, defina e estruture a questão na sua farmácia! A ideia é que você seja capaz de desenvolver as suas listas, que devem inclusive ser dinâmicas, ajustadas conforme mudanças, que mais cedo ou mais tarde ocorrem! Então primeiro vamos recordar: Farmácias podem oferecer a aplicação de injetáveis! A lei 5.991 de 1973 já permitia e hoje é a RDC 44 que regulamenta o procedimento, ela determina as Boas Práticas em Farmácia. Também é preciso considerar a resolução 499 publicada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), que “dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos, em farmácias e drogarias, e dá outras providências”. Estas duas resoluções não definem as “tais” listas de permitidos e de proibidos e não há outra legislação que faça isso, porém vou aqui listar alguns pontos que devemos ter em mente para responder a questão levantada no título deste artigo. Veja só: “Fica permitida a administração de medicamentos nas farmácias e drogarias…” (RDC 44, artigo 74). Não estão definidas quais vias de aplicação podem e quais não podem ser feitas em farmácias. Na verdade, esta RDC nem especifica “injetáveis”, ela permite que a administração de medicamentos seja feita em farmácia. Sabe-se quena realidade, as vias SC (subcutânea) e IM (intramuscular) são as mais frequentes e muitas farmácias só oferecem os procedimentos de aplicação de medicamentos nestas duas vias. Injeções EV (endovenosa) e ID (intradérmica) são menos comuns em farmácias, então muitos estabelecimentos optam por não aplicá-las! A baixa frequência da EV e ID leva a pouca experiência pelo profissional, mas se você quer oferecer estas injeções, invista em capacitação profissional! Outro ponto importante é divulgar. Seu cliente sabe que sua farmácia oferece estes procedimentos? Pense nisso! “É vedada a administração de medicamentos de uso exclusivo hospitalar” (RDC 44, parágrafo único do artigo 74). Esta frase deixa bem claro que medicamentos enquadrados nesta “classificação” não podem seradministrados na farmácia. E como identificar isso? Verifique na bula! Alguns exemplos de medicamentos que têm esta restrição são Plasil® e Kanakion®. Importante: quando os dizeres do fabricante não apresentam esta restrição, o medicamento pode ser aplicado na farmácia! Atendente de Farmácia 30 “Os medicamentos para os quais é exigida a prescrição médica devem ser administrados mediante apresentação de receita e após sua avaliação pelo farmacêutico” (RDC 44, artigo 75). “Os medicamentos injetáveis só deverão ser administrados mediante prescrição de profissional habilitado” (Resolução do CFF 499, artigo 23). Não se pode aplicar injetáveis sem a prescrição. Quanto a este aspecto, a legislação é clara, não há muito o que interpretar! “Só poderão ser aplicados medicamentos injetáveis quando não houver qualquer dúvida em relação a sua qualidade” (Resolução do CFF 499, artigo 22). É possível garantir as condições adequadas de armazenamento dos medicamentos que se encontram no estoque da sua farmácia. Porém, quando o injetável é trazido de outro local, há o risco do mesmo ter passado por condições que comprometam sua qualidade. Há farmácias que optam por somente aplicar medicamentos vendidos no estabelecimento. Se este não é o seu caso, importante conferir as informações presentes no rótulo do medicamento (pode evitar o uso de medicamentos falsificados), sempre investigar e orientar os pacientes sobre a forma correta de armazenamento. O maior beneficiado é ele mesmo! Lembre-se de que há tratamentos injetáveis de longa duração como anticoagulantes e insulina. Por falar nisso, veja o que a RDC 44 diz sobre medicamentos que ofereçam múltiplas doses… “Os medicamentos adquiridos no estabelecimento, a serem utilizados na prestação de serviços de que trata esta seção, cujas embalagens permitam múltiplas doses, devem ser entregues ao usuário após a administração, no caso de sobra” (RDC 44, artigo 76). “O usuário deve ser orientado quanto às condições de armazenamento necessárias à preservação da qualidade do produto” (RDC 44, parágrafo primeiro do artigo 76). “É vedado o armazenamento em farmácias e drogarias de medicamentos cuja embalagem primária tenha sido violada” (RDC 44, parágrafo segundo do artigo 76). O exemplo das insulinas é típico. Lembre-se que educar o paciente é nosso papel. Neste post eu abordo algumas orientações que você pode usar na Educação em Diabetes! E por falar em diabetes, provavelmente você conhece as canetas de administração de injetáveis, certo? Elas apresentam insulinas e outros medicamentos, mas foram desenvolvidas http://www.aplicarconteudosaude.com.br/educacao-em-diabetes/rodizio-como-orientar/ Atendente de Farmácia 31 para autoaplicação. Utilizá-las nas aplicações de injetáveis coloca o profissional em risco de sofrer acidentes com as agulhas pois é necessário fazer o reencape para retirá-las (em alguns países há agulhas com dispositivos de evitam este risco, no Brasil ainda não dispomos). Então oriente o paciente para usar corretamente a caneta mas evite acidentes! Teste de Glicimeia COMO SABER SE TENHO DIABETES? QUAIS OS PARÂMETROS DO DIAGNÓSTICO? Diagnóstico de Diabetes: quais são os métodos e critérios? Diabetes é caracterizado pelo aumento de glicose (açúcar) no sangue, o que chamamos de hiperglicemia. Neste texto, falaremos especificamente sobre as principais formas de diagnosticar o diabetes. Pode ser que surjam dúvias sobre o que é diabetes, sintomas, tipos e tratamentos. Para isso, deixamos o link de um outro texto para esclarecê-las, basta clicar AQUI. E caso você também queira ler sobre Pré-Diabetes, sugerimos esta leitura AQUI. Glicemia Atualmente, segundo a American Diabetes Association, Organização Mundial da Saúde e Sociedade Brasileira de diabetes, existem três critérios aceitos para o diagnóstico do DM com utilização da glicemia. Em Jejum* Pós- Sobrecarga** Glicemia Casual*** Glicemia está Normal inferior à 100 mg/dL Inferior à 140 mg/dL Tolerância à glicose diminuída de 100 a 126 mg/dL de 140 a 200 mg/dL Diagnóstico de Diabetes mellitus maior ou igual a 126mg/dL maior ou igual a 200 mg/dL maior ou igual a 200mg/dl (com sintomas clássicos¹) http://gliconline.net/diabetes/ http://gliconline.net/diabetes/ http://gliconline.net/pre-diabetes/ http://gliconline.net/pre-diabetes/ Atendente de Farmácia 32 Fonte: Diretrizes SBD 2015-2016 *Sem ingestão de alimentos há no mínimo 8h **2 h após 75 g de glicose ***Realizada em qualquer hora do dia Para medir a glicemia, o método mais indicado é através da realização de um exame de sangue laboratorial. Uma única glicemia maior ou igual a 126 mg/dL não fecha o diagnóstico de diabetes. Há necessidade de repetir este exame para confirmação do diagnóstico. Os valores de glicemia considerados normais estão entre 70 e 99 mg/dL e para o diagnóstico de diabetes valores superiores a 125 mg/dL. Os valores de glicemia entre 100 e 125 mg/dL são considerados alterados, mas não fecham o diagnóstico de diabetes. Hemoglobina Glicada A hemoglobina glicada (HbA1c) avalia a média da glicemia nos últimos 3 meses. Segundo a American Diabetes Association, os critérios para utilizar a HbA1c como exame para compor o diagnóstico de diabetes são: Diagnóstico de Diabetes HbA1c ≥ 6,5% a ser confirmada em outra coleta. Dispensável em caso de sintomas ou glicemia ≥ 200 mg% Alto risco para o desenvolvimento de diabetes HbA1c entre 5,7 e 6,4%. Teste De Pressão Arterial A avaliação do comportamento da pressão arterial (PA) permite estimar o desempenho ventricular esquerdo frente ao esforço físico. Os padrões de resposta da PA durante o teste ergométrico estão descritos na tabela abaixo. Atendente de Farmácia 33 O comportamento hiperreativo da PA é fator preditivo de hipertensão arterial futura (probabilidade 4 a 5 vezes maior de se tornarem hipertensos). Já o comportamento deprimido da PAS, em pacientes com suspeita ou diagnóstico de cardiopatia isquêmica, pode sugerir disfunção contrátil do miocárdio. A hipotensão intra- esforço indica baixa reserva miocárdica e tem valor fundamentalmente prognóstico. Se isolado, não é critério de positividade. Lembrar que a hipotensão arterial pós-esforço em indíviduos aparentemente sadios, em geral após exercício até exaustão, não tem associação com morbimortalidade cardiovascular. Atendente de Farmácia 34 Anatomia Humana e patologia A anatomia humana é um ramo da Biologia que estuda os sistemas do corpo humano e o funcionamento dos mesmos. Para isso, é necessário entender o que é homeostase e a sua importância. No nosso corpo, existem órgãos e complexos sistemas que interagem uns com os outros, de forma a garantir que as funções vitais do organismo estejam em funcionamento. Homeostase é o equilíbrio que esses sistemas devem ter para a realização dessas funções. Anatomia vem do grego 'anatome', que significa 'cortar em partes', 'cortar separado'. Em português, a palavra significa dissecação. Juntamente com ela, estuda-se também a fisiologia, ou seja,o funcionamento dos sistemas. A fisiologia é uma ciência que pesquisa as funções dos seres vivos. A fisiologia humana estuda a função de cada parte do corpo e tem uma grande ligação com a anatomia humana. Na Anatomia Humana, os membros se posicionam de diferentes ângulos e são chamados de: Planos de Inscrição ou Delimitação; ⇒ Eixos ortogonais – utilizados como pontos de referência para verificar a situação, a posição e direção dos órgãos ou partes do corpo; Atendente de Farmácia 35 ⇒ Planos de Secção – em que o corpo e suas estruturas sofrem cortes, sendo possível visualizar por dentro do sistema. Imagine o corpo sendo cortado por uma serra. Existem várias direções para o corte: sagital mediano (o corte é feito no meio do corpo), paramediano (o corte é feito lateralmente com relação à linha sagital mediana), frontal (corte lateral); transversal (vários cortes, feitos horizontalmente); ⇒ Termos de Posição – dá proximidade entre os planos de inscrição e de secção, como referência para visualizar os órgãos internos; ⇒ Cavidades do corpo – são os espaços do corpo que contêm os órgãos internos. Elas têm uma extrema importância para os órgãos, pois protegem, isolam e sustentam. Sociedade Brasileira de Anatomia Essa instituição foi criada em 1952, no Departamento de Anatomia da Universidade de São Paulo. É uma instituição de caráter científico, sem fins lucrativos, e tem o objetivo de estudar a evolução da morfologia e seus ramos e agregar todos os estudiosos para a área. Ela destina- se, também, a promover a especialização dos profissionais. Divisão da Anatomia Humana ♦ Anatomia Sistêmica ou descritiva – estudo do corpo e seus sistemas. Ex.: sistema esquelético, sistema muscular, etc.; ♦ Anatomia Regional ou topográfica - estudo das regiões do corpo e suas ligações; ♦ Anatomia Clínica, de superfície ou do vivo – estudo das estruturas e funções do corpo, das áreas importantes à saúde, ou seja, trata dos sintomas e sinais de um paciente e ajuda a interpretá-lo; ♦ Anatomia Aplicada – foca na importância do estudo para os seus diversos campos, como as atividade médicas, cirúrgicas, etc.; ♦ Anatomia Comparada – estuda a anatomia de espécies animais com o foco no seu desenvolvimento e sua história evolutiva (filogenética) dos órgãos; ♦ Anatomia Funcional – estuda o funcionamento das inter-relações; ♦ Anatomia Radiológica – esse ramo da anatomia, juntamente com a clínica, fazem por meio do raio x, o estudo do corpo humano. http://raio-x.info/ Atendente de Farmácia 36 Veja os diversos nomes utilizados também para o estudo da anatomia humana: ⇒ Osteologia: estudo dos ossos; ⇒ Estesiologia: estudo dos órgãos sensoriais (sentidos); ⇒ Endocrinologia: estudo do sistema endócrino; ⇒ Angiologia: estudo do sistema circulatório; ⇒ Miologia: estuda o sistema muscular; ⇒ Artrologia: estuda as articulações do corpo humano, entre outras áreas. ⇒ Partes do corpo humano: O corpo humano está separado em: cabeça (face e crânio), tronco (pescoço, tórax e abdome) e membros(superiores – ombros, braço, antebraço e mão - e inferiores – quadril, coxa, pé e perna). Nomenclatura Utilizada Na nomenclatura anatômica, utiliza-se a clássica ou a tradicional e ela irá variar de acordo com as convenções de cada país. Também existe a nomenclatura internacional, em que os termos são traduzidos para cada país. A PNA, Paris Nomina Anatomica ou Nomenclatura Anatômica de Paris, foi uma comissão que substituiu a antiga comissão e é ela a responsável por formular e organizar a nomenclatura utilizada mundialmente. O que é Patologia Os conceitos variam de acordo com o universo em questão. Para o estudante, a patologia deve ser encarada como uma introdução ao estudo (gr. "logos") da doença (gr. "pathos"), abordando principalmente o mecanismo de formação das doenças e também as causas, as características macro e microscópicas e as conseqüências destas sobre o organismo. Deve ser encarada como uma matéria interessante (pois representa o primeiro contato com a terminologia médica) e importante (já que a compreensão do mecanismo de formação das doenças é que vai ser a base para a boa prática clínica, potenciando diagnósticos e indicando terapêuticas.). Para o bom clínico, a patologia representa um meio de apoio e de confirmação de diagnósticos. Para o patologista (profissional treinado para reconhecer morfologicamente as lesões), a patologia é o estudo das lesões decorrentes das doenças. Mas para o bom patologista, mais que um objetivo, o grande desafio é entender a doença (i.e., saber como e por que determinadas lesões ocorrem em determinadas circunstâncias, e quais as suas conseqüências.). Isto explica por que muitas vezes um quadro patológico muito ruim (para o paciente) desperta nos patologistas exclamações com entusiasmo. Atendente de Farmácia 37 Para os cursos da área médica , a patologia é um importante elo entre as disciplinas básicas (anatomia, histologia, embriologia, fisiologia, microbiologia, bioquímica e parasitologia) e as profissionalizantes (clínicas, cirurgias, reprodução e inspeção de produtos de origem animal). O que é doença? É uma alteração orgânica geralmente constatada a partir de alterações na função [sintomas] de determinado órgão ou tecido, decorrentes de alterações bioquímicas e morfológicas causadas por alguma agressão, de tal maneira que se ultrapasse os limites de adaptação do organismo. O paralelo com "defeito na TV ou no carro" é aceitável, apenas diferindo em aqui se tratar de alteração em um ser vivo, i.e. envolver muito mais variáveis, algumas das quais imensuráveis. Assim, o estudo das doenças não é uma ciência exata, precisa-se portanto saber interpretar os achados, não somente memorizar esquemas, circuitos e decisões. Sistema Tegumentar Humano – Epiderme, Derme, Glândulas A pele se apresenta como uma espécie de membrana que envolve todo o corpo e que, ao nível dos orifícios naturais, se continua com as mucosas. É órgão do tacto e de outros sentidos cutâneos. Exerce igualmente outras funções de grande importância, a que nos vamos referir. Façamos, porém, antes de tudo, o estudo da morfologia e estrutura da pele. Funções da pele Descreveram-se já nos parágrafos anteriores, a propósito da constituição da pele, algumas das importantes funções deste órgão. Encaradas agora em conjunto, são elas as seguintes: a) proteção; b) sensibilidade; c) respiração; d) excreção; e) regulação térmica. Proteção A pele, que forma um revestimento contínuo para o corpo, protege-o, ao mesmo „tempo, contra os venenos e contra os micróbios. A pele intacta oferece barreira inexpugnável aos Atendente de Farmácia 38 venenos sólidos ou líquidos (não voláteis). Homolle fez a experiência de permanecer quase duas horas em uma infusão de folhas de beladona, altamente tóxica, sem que se manifestasse o menor indício de penetração do veneno através da pele. Esta verificação mostra a ineficácia dos chamados banhos medicamentosos, sobre a pele sã. Constitui ainda o revestimento cutâneo ótima defesa contra os germes microbianos, que só conseguem atravessá-lo pelas suas soluções de continuidade -(ferimentos, erosões, etc.). Respiração Em certos animais inferiores, como os batráquios, é importantíssima a respiração cutânea. No homem, o fenômeno é de intensidade mínima, havendo, por dia, em média, a eliminação de 8 gramas de anidrido carbônico por intermédio da pele Excreção do Sistema Tegumentar Pelas suas glândulas sudoríparas, a pele é um órgão de excreção, comparável aos rins. Calculam os fisiologistas que, nesse particular, a pele íntegra equivale a meio rim. As minudências desta função serão examinadas a propósito da sudação. Regulação térmica Graças, de um lado, à sua sensibilidade e, de outro, às suas glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos, a pele é importantíssimo órgão de regulação térmica. ESTRUTURA DA PELE
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