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Anticoagulantes, antiplaquetários e fibrinolíticos 2ª avaliação Hemostasia – interrelação entre endotélio, plaquetas e fatores da coagulação sanguínea, de forma harmônica, com o intuito de evitar hemorragias e manter a fluidez sanguínea. A hemostasia não pode ser excessiva (pois favorece a formação de trombos) e nem insuficiente (pois favorece eventos hemorrágicos). Quando o vaso é lesionado, tem-se uma vasoconstrição (2 a 5segundos), seguida de adesão e ativação plaquetária (as plaquetas começam a mudar a morfologia, aumentam metabolismo e liberam agregantes plaquetários), culminando em um agregado de plaquetas frouxo para ocluir a lesão. O agregado plaquetário precisa da rede de fibrina para ter uma maior estabilidade = coagulação. Esse sistema não é suficiente em lesões grandes/profundas, nesses casos é preciso de uma intervenção cirúrgica. Adesão e ativação plaquetária e formação de fibrina = tampão hemostático. Coagulação sanguínea Trauma intenso – 15 a 20s Trauma pequeno - 1 a 2minutos Defeitos da coagulação • Genéticos: Hemofilia A (deficiência do fator VIII) e Hemofilia B (deficiência do fator IX); • Adquiridas: Hepatopatias (os fatores de coagulação são produzidos no fígado, se lesionar os hepatócitos pode haver comprometimento desses fatores = alcoolismo), deficiência da vitamina K (fatores dependentes da vit. K = II, VII, IX e X), uso de anticoagulantes orais, coagulação intravascular disseminada (CVID), trombocitopenia A vitamina K é um co-fator que atua auxiliando o resíduo do ácido glutâmico a se transformar nos resíduos do ácido carboxiloglutâmico = assim, viabiliza a ação do cálcio na cascata de coagulação sanguínea. A vitamina K pode ser administrada por via oral ou por via parenteral, a vitamina K3 é mais recomendada para administração por via oral. Usos clínicos da vitamina K: Tratamento e prevenção de hemorragias por anticoagulantes orais, deficiência de vitamina K e doenças hemorrágicas do recém-nascido. DROGAS USADAS PARA REDUZIREM O COÁGULO • Anticoagulantes – evita a formação do coágulo; • Antiplaquetárias - evita a agregação das plaquetas; • Trombolíticas – destrói os trombos já formados = destrói a fibrina. ANTICOAGULANTES: podem ser injetáveis ou orais. A heparina é o mais utilizado, se trata de um glicosaminaglicano, administrado de maneira injetável. Não atravessa a barreira hematoencefálica. Pele e mucosa = locais de maior concentração da heparina. Por via intravenosa tem início imediato, por via subcutânea tem efeito variável. É metabolizada pelo SRE (sistema reticuloendotelial) e pequena quantidade na urina. ➢ Função fisiológica – Anticoagulante. A heparina circulante do nosso próprio corpo não tem ação tão bem elucidada. ➢ Mecanismo de ação – Heparina carregada positivamente se encaixa na ATIII (antitrombina III, um anticoagulante natural), e depois na trombina = a heparina acelera a ação de inativação do ATIII sobre a trombina. Em relação ao fator X, a heparina se liga somente ao ATIII. Heparina de baixo peso molecular = só inibe o fator X. ➢ Fatores que alteram a concentração de heparina – os que competem para se ligar ao ATIII: fator plaquetário 4, vitronectina, fator VIII, embolismo pulmonar, diminuição da AT-III (cirrose hepática). ➢ Uso clínicos – Prevenção e tratamento do tromboembolismo e trombose venosa, trombose venosa profunda pós- operatória e embolia pulmonar, trombose coronária. ➢ Terapêutica - Via intravenosa (início com dose única de 5.000 UI seguido por 1200 a 1600 UI/h; ou 32000 UI/24h); Ajuste de dosagem através do exame TTPa (tempo de tromboplastina parcialmente ativada); Via subcutânea – uso profilático: baixas doses (Doses iniciadas elevadas 35000 UI/24h); efeito iniciado em cerca de 1h e efeito máximo Anticoagulantes, antiplaquetários e fibrinolíticos 2ª avaliação em cerca de 3h; tratamento a longo prazo: gravidez. ➢ Toxicidade/efeitos adversos – maior susceptibilidade à hemorragia; trombocitopenia reversível; osteoporose em tratamentos prolongados. ➢ Antagonista da heparina – Protamina 1mg : 100UI de heparina; reações a protamina incluem: pacientes diabéticos (1%), vasoconstrição pulmonar, hipotensão etc. ➢ Interações – anticoagulantes orais e agentes antiplaquetários (ação sinérgica); glicosídeos cardiotônicos, nicotina, tetraciclinas e anti-histamínicos (reduzem o efeito da heparina). ➢ Heparinas de baixo peso molecular (HBPM) – enoxaparina, dalteparina, tinzaparina, ardeparina, nadroparina, reviparina – fragmentos pequenos. ➢ Características da HBPM em relação a heparina padrão - mecanismo de ação (só agem no fator X), possuem meia-vida mais longa, melhor biodisponibilidade, não necessitam de acompanhamento através do TTPa, resposta mais previsível, baixa incidência de indução de trombocitopenia, menor risco de sangramento e osteopenia, não se ligam às proteínas plasmáticas e células endoteliais, é mais cara. Não pode começar o tratamento com uma HBPM e terminar com outra. ➢ Outros coagulantes parenterais – lepirudina, bivalirudina, argatroban, danaparoide, drotrecogina alfa. ➢ Anticoagulantes orais – Varfarina/Warfarin – é o principal, inibe os fatores K-dependentes (II, VII, IX e X). Absorvidos rápida e completamente por via oral, volume de distribuição pequeno. Concentração máxima em 1h e o efeito máximo em 36h-48h; biotransformado no fígado e rins, concentração fetal aproxima-se da materna (atravessa barreira placentária e causa danos ao feto). Posologia – 5 a 15mg/dia. Adotou- se valores de referência (INR): entre 2,0 e 3,0, abaixo de 2 não faz efeito, e acima de 3 tem ação anticoagulante. ➢ Toxicidade – hemorragia, em relação à gravidez, causa anomalias e abortos. Existem outros anticoagulantes orais, como Dabigatrana (PRADAXA), que inibe diretamente a trombina, a administração é feita via oral. ➢ Indicações: prevenção e tratamento do tromboembolismo venoso, fibrilação atrial permanente não valvar. ➢ Interações medicamentosas: não interage com o citocromo P450, mas a quinidina, rifampicina etc, alteram a biodisponibilidade, por ser uma interação pouco previsível, deve-se evitar o uso simultâneo. ➢ Contraindicações – pacientes com insuficiência renal grave. Não precisa de monitoramento. Pode favorecer efeitos hemorrágicos. ➢ A Rivaroxabana (XARELTO) é um inibidor direto do fator Xa, tem uso oral. Apixabana (ELIQUIS) – inibidor direto do fator Xa. Esses três tem perfis farmacológicos semelhantes. ANTIPLAQUETÁRIOS: ✓ AAS – inibidor da COX-1 (inibe irreversivelmente, influenciando os tromboxanos e suas ações agregantes plaquetárias), dose entre 160 e 320mg, plaquetas: 7 a 10 dias ✓ Dipiridamol - vasodilatador (inibe fosfodiesterase e/ou impede a recaptação da adenosina) ✓ Ticlopidina, clopidrogel – inibe o receptor purinérgico P2Y12 ✓ Abicixamabe, epitifibatida, tirofibana - antagonistas dos receptores GP IIb/IIIa ✓ Usos clínicos - prevenção da trombose em doenças da artéria coronariana e vascular cerebral, tratamento da angina instável, profilaxia do choque. Anticoagulantes, antiplaquetários e fibrinolíticos 2ª avaliação FIBRINOLÍTICOS: fármacos cuja ação se baseia na ativação do plasminogênio enzimático em plasmina, resultando na quebra da fibrina e lise do coágulo. ▪ Estreptoquinase – tenecteplase (principal), reteplase, alteplase, dupeplase ▪ Uroquinase ▪ Ativados do plasminogênio tecidual ▪ Anistreplase ou CAAPE ANTIFIBRINOLÍTICOS: inibidores da ativação do plasminogênio e consequentemente impedem a formação de fibrinólise ❖ Ácido tranexâmico ❖ Ácido aminocapróico
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