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AULA 1 - GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA - ALUNOS

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| GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Luiz Renato Justiniano
Daniele Fernandes Rodrigues Justiniano
PROGRAMA – GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
Módulo A - Introdução – Usos e Funções
Módulo B - Fundamentações Necessárias à Aplicação das Técnicas
Módulo C - Técnicas Necessárias
Módulo D – Conteúdos da Atualidade
M
Ó
D 
“A”
M
Ó
D 
“B”
M
Ó
D 
“C”
MÓDULO “D”
AULAS 7 e 8
AULA 6
AU
LA
S
4 
e 
5
AU
LA
 3
AU
LA
 2
AU
LA
 1
PROGRAMA – GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
1. Administração Financeira – Usos e Funções.
2. Objetivos Empresariais.
3. Funções do Administrador Financeiro.
4. Demonstrações Econômico Financeiras – O que são e o que representam.
5. Extração de Informações das Demonstrações Econômico Financeiras para uso nos processos
decisórios.
6. Matemática Financeira – Valor do Dinheiro no Tempo.
7. Técnicas de Orçamento de Capital - Criar um empreendimento - Decisões de Investimentos
no Longo Prazo.
8. Gestão Financeira do Capital de Giro - Manter a saúde financeira de um empreendimento –
Decisões de Curto Prazo.
9. Gerenciamento de Riscos Financeiros.
10. Conforme Resultado da Enquete
M
Ó
D 
“A”
M
Ó
D 
“B”
M
Ó
D 
“C”
MÓDULO “D”
AULAS 7 e 8
PROGRAMA – GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
10. Conforme Resultado da Enquete MÓDULO “D”
Módulo D – Conteúdos da Atualidade
Se você selecionou "Outros" acima, descreva sua opção abaixo:
 Disponibilidade de Financiamento para Desenvolvimento
 Financiamento de projetos
 Logística orçamentária
AULAS 7 e 8
AULAS 7 e 8
PROGRAMA – GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
10. Investimentos Pessoais – Opções do Mercado
11. Educação Financeira – Para Sobrevivência nas Crises
MÓDULO “D”
Módulo D – Conteúdos da Atualidade
BL
O
CO
 1
PROGRAMA – GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
1. Administração Financeira – Usos e Funções.
2. Objetivos Empresariais.
3. Funções do Administrador Financeiro.
1 - Administração Financeira –
Usos e Funções
1.1 - Administração Financeira
• A área de finanças é ampla e 
dinâmica e afeta diretamente a 
vida de todas as pessoas e 
organizações.
Finanças Pessoais
Finanças Empresariais
Mercado Financeiro
1.1 - Administração Financeira
• Aqui focaremos os aspectos 
gerais e os de Gestão Hospitalar, 
que poderão ser aplicados a 
empresas dos mais diversos 
aspectos e tipos.
1.2 - O que são finanças?
• Arte e a ciência da gestão do dinheiro.
• Praticamente todos os indivíduos e organizações recebem ou captam, 
gastam ou investem dinheiro.
• A área de finanças preocupa-se com os processos, as 
instituições, os mercados e os instrumentos associados à 
transferência de dinheiro entre indivíduos, empresas e 
órgãos governamentais.
1.3 - Principais áreas em finanças
• Finanças podem ser identificadas em duas grandes partes:
Serviços financeiros
Administração Financeira
Serviços de assessoramento e 
produtos financeiros a indivíduos, 
empresas e órgãos 
governamentais. Serviços 
bancários, planejamento 
financeiro pessoal, investimentos, 
imóveis e seguros.
Detalhe
1.3 - Principais áreas em finanças
• Administração financeira
Preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro na empresa. 
Gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa — financeiras e 
não financeiras, privadas e públicas, grandes e pequenas, com ou sem fins lucrativos.
Planejamento, concessão de crédito a clientes, avaliação de projetos de investimento 
e captação de fundos para financiar as operações da empresa.
Administra com foco no objetivo empresarial, em consequência, muitos presidentes 
de empresas têm migrado da área financeira.
1.4 - Modalidades jurídicas de 
organização de empresas
• As três mais comuns são:
Firma individual (USA - 75%);
Sociedade por cotas (USA – 10%);
Sociedade por ações (USA - 15%).
18.804.473 
76,6%
SOC. LIMITADA 4.153.183 22,1%
0,9%
0,4%
INDIVIDUAL 14.397.582 
SOC. ANÔNIMA 176.368 
OUTRAS 77.340 
18.804.473 
76,6%
SOC. LIMITADA 4.153.183 22,1%
0,9%
0,4%
INDIVIDUAL 14.397.582 
SOC. ANÔNIMA 176.368 
OUTRAS 77.340 
As firmas individuais são as mais numerosas, mas as sociedades por ações 
são as dominantes em termos de faturamento e lucro líquido.
DetalheDetalhe
NO BRASIL (11/05/2020)
DetalheDetalhe
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/mapa-de-empresas/painel-mapa-de-empresas
18.804.473 
76,6%
SOC. LIMITADA 4.153.183 22,1%
0,9%
0,4%
INDIVIDUAL 14.397.582 
SOC. ANÔNIMA 176.368 
OUTRAS 77.340 
18.804.473 
76,6%
SOC. LIMITADA 4.153.183 22,1%
0,9%
0,4%
INDIVIDUAL 14.397.582 
SOC. ANÔNIMA 176.368 
OUTRAS 77.340 
MEI = 13.088.008
https://www.forbes.com/global2000/#17dc894f335d
Rank Company Country Sales Profits Assets
1 70 Petrobras Brazil $78.9 B $10.2 B $230.2 B
2 78 Itaú Unibanco Holding Brazil $52 B $6.9 B $408.8 B
3 101 Banco Bradesco Brazil $62 B $5.7 B $337.9 B
4 208 Banco do Brasil Brazil $42 B $3.8 B $359.5 B
5 461 JBS Brazil $51.8 B $1.5 B $31.4 B
6 513 Vale Brazil $36.2 B $178.5 M $84.8 B
7 722 Eletrobrás Brazil $7 B $2.7 B $44.1 B
8 935 Itaúsa Brazil $1.3 B $2.6 B $16.8 B
9 1341 Banco Btg Pactual Brazil $3.3 B $645.7 M $40.3 B
10 1371 B3 Brazil $1.5 B $688 M $10.3 B
11 1383 Suzano Papel e Celulose Brazil $6.6 B $-714.2 M $24.3 B
12 1542 CPFL Energia Brazil $7.6 B $685.1 M $11 B
13 1623 Braskem Brazil $13.3 B $-672.6 M $16.9 B
14 1654 WEG Brazil $3.4 B $424.6 M $3.3 B
15 1680 Cemig Brazil $6.4 B $774.3 M $12.4 B
16 1694 Ultrapar Participacoes Brazil $22.6 B $94.7 M $7.9 B
17 1698 Companhia Brasileira de Distribuicao Brazil $14.4 B $104.4 M $14.4 B
18 1916 Magazine Luiza Brazil $5 B $233.7 M $4.9 B
415,3 US$ BI
1.638,4 R$ BI
As 18 maiores empresas S.A. 
Brasileiras (0,01% das 176 mil) 
representam 22,4% do PIB.
Anualmente, a Forbes lança um ranking das duas mil empresas 
com maior valor de mercado do mundo. Em 2019, o Brasil 
marcou presença com 18 empresas de capital aberto na lista. 
1.4.1 - Firmas individuais
Uma firma individual é uma empresa que pertence a uma única pessoa,
que a gere com vistas a seu próprio lucro.
Cerca de 75% de todas as empresas são firmas individuais. Geralmente,
trata-se de uma pequena empresa como uma oficina de bicicletas, o
escritório de um personal trainer ou de um encanador.
Em sua maioria são encontradas nos setores de comércio atacadista,
comércio varejista, serviços e construção civil.
Normalmente, a firma individual é gerida pelo proprietário, com a ajuda
de alguns empregados.
Ele costuma utilizar recursos pessoais ou obter empréstimos e é
responsável pela tomada de todas as decisões.
O proprietário tem responsabilidade ilimitada; todo o seu patrimônio
pessoal, e não apenas o capital originalmente aplicado, pode ser
tomado para saldar dívidas com credores.
NO BRASIL
1.4.1 - Firmas individuais – Opções no Brasil
MEI - Microempreendedor Individual  Faturamento menor que R$ 
81 mil/ano
EI – Empresário Individual ou EIRELI - Empresa Individual de 
Responsabilidade Limitada
Micro Empresa  Faturamento até R$ 360 mil/ano (Simples 
Nacional)
Empresa de Pequeno Porte  Faturamento até R$ 4,8 
Milhões/ano (Simples Nacional)
Empresa de Pequeno Porte  Faturamento até R$ 78 
Milhões/ano (Lucro Presumido)
Sem Enquadramento  Faturamento sem restrições (Lucro 
Real)
EI - (sem restrições de Capital Social) 
EIRELI – (Capital Social mínimo de 100 Salários Mínimos)
1.4.2 - Sociedades por cotas
Envolve dois ou mais proprietários atuando em 
conjunto com o objetivo de obter lucro.
Esse tipo de sociedade representa cerca de 10% do 
total de empresas, e elas costumam ser maiores do 
que as firmas individuais.
Em sua maioria, as sociedades por cotas são criadas 
com base em um contrato de associação.
Em uma sociedade geral (ou regular), todos os sócios 
possuem responsabilidade ilimitada, e cada um é 
legalmente responsávelpor todas as dívidas da 
sociedade.
NO BRASIL
1.4.2 - Sociedades por cotas – No Brasil
- As Sociedades por Cotas no Brasil são majoritariamente as Sociedades de 
Responsabilidade Limitada. Todos já vimos a sigla “LTDA” acompanhando o 
nome de algumas empresas, elas são a primeira opção para a maioria dos 
empreendedores que pretendem se tornar sócios em um empreendimento.
- São aquelas formadas por mais de uma pessoa, na qual todas elas, de 
forma subsidiária, tem responsabilidade solidária pelo total do capital social.
- Cada um dos sócios destina determinados valores à empresa, integralizando 
capital.
- O capital social da empresa é o montante que responde pelas dívidas. Caso a 
empresa enfrente algum problema financeiro, é este capital que servirá para 
quitar as dívidas, mantendo o patrimônio pessoal dos sócios protegido.
1.4.3 - Sociedades por ações
• Entidade Jurídica, ela tem os poderes de uma pessoa física, no sentido de que 
pode mover ações judiciais e ser acionada judicialmente, assinar contratos e 
adquirir bens em seu nome.
• Embora somente 15% de todas as empresas tenham essa forma de 
organização, a sociedade por ações é a modalidade dominante de organização 
em termos de faturamento e lucro.
• É responsável por quase 90% do faturamento e 80% dos lucros líquidos. Apesar 
de as sociedades por ações estarem presentes em todos os setores de 
atividade, as empresas industriais são responsáveis pela proporção maior do 
faturamento e do lucro líquido.
• Os proprietários de uma sociedade por ações são os seus acionistas, e sua 
participação acionária, ou capital, é evidenciada por ações ordinárias ou 
preferenciais.
• A ação ordinária é a forma mais pura e fundamental de propriedade de uma 
sociedade por ações. Os acionistas esperam conseguir retorno recebendo 
dividendos — distribuições periódicas de lucros — ou obtendo ganhos com a 
valorização de suas ações.
ON – PN = DIFERENÇAS
1.4.3 - Sociedades por ações
DIFERENÇAS
1.4.3 - Sociedades por ações
• Os acionistas votam periodicamente para eleger os 
membros do conselho de administração e mudar os 
estatutos da empresa.
• O conselho de administração é a maior autoridade em 
relação à condução dos assuntos da empresa e à 
formulação de sua política geral.
• O presidente (chief executive officer – CEO) é 
responsável pela gestão das operações no dia-a-dia e 
pela execução das políticas determinadas pelo 
conselho. Ele é obrigado a apresentar relatórios 
periódicos ao conselho de administração.
1.5 - O estudo da administração 
financeira
• A compreensão das teorias e dos conceitos lhe permitirá 
familiarizar-se integralmente com as atividades e as 
decisões do administrador financeiro. Como a maioria 
das decisões numa empresa é avaliada em termos 
financeiros, esse profissional desempenha um papel 
essencial. Em todas as áreas de responsabilidade, 
contabilidade, sistemas de informação, administração, 
marketing, operações e assim por diante, as pessoas têm 
necessidade de conhecimentos básicos da função de 
administração financeira.
1.5 - O estudo da administração financeira
Todos os administradores, independentemente das especificidades 
de suas tarefas, trabalham com pessoal financeiro quando precisam 
justificar necessidades de contratação de mão-de-obra, negociar 
orçamentos operacionais, lidar com avaliações de desempenho. 
Não há nenhuma dúvida de que os administradores que 
compreenderem o processo decisório na área financeira estarão mais 
capacitados a tratar de questões financeiras e, portanto, conseguirão 
obter mais facilmente os recursos de que necessitam para atingir 
seus objetivos.
1.5 - O estudo da administração 
financeira
Enfocaremos aqui principalmente as empresas 
fechadas ou abertas com fins lucrativos, porém o 
conteúdo apresentado será igualmente aplicável a 
empresas e organizações sem fins lucrativos, 
guardadas suas peculiaridades. Os princípios de 
tomada de decisões abordados também podem 
ser aplicados a decisões de cunho pessoal.
2 - Objetivos
Empresariais
2 - Objetivo da empresa
o Os proprietários de uma sociedade por ações (os acionistas) normalmente não são os 
administradores da empresa.
o Os proprietários de uma Empresa de Grande Porte normalmente não são os 
administradores da empresa.
o As atividades do administrador financeiro devem ser realizadas de modo que se atinjam 
os objetivos dos proprietários.
o Se ele for bem-sucedido nesse esforço, também estará alcançando os próprios 
objetivos financeiros e profissionais.
o Desse modo, os administradores financeiros precisam conhecer os objetivos dos 
proprietários da empresa.
2 – Objetivo da Empresa
Discorrer sobre a essência dos 
objetivos empresariais e sua evolução
Revista EXAME – março/2005
2 - Objetivo da empresa
A missão das empresas: Empresários
Dar lucro aos acionistas 82%
Ser ética nos relacionamentos 63%
Ajudar a desenvolver o país 50%
Aliar crescimento à justiça social 47%
Gerar empregos 34%
Recolher os impostos devidos 14%
Desenvolver trabalhos comunitários 5%
Sem ferir a ética, derrotar a concorrência 5%
A missão das empresas: Empresários
Dar lucro aos acionistas 82%
Ser ética nos relacionamentos 63%
Ajudar a desenvolver o país 50%
Aliar crescimento à justiça social 47%
Gerar empregos 34%
Recolher os impostos devidos 14%
Desenvolver trabalhos comunitários 5%
Sem ferir a ética, derrotar a concorrência 5%
O Estigma do Lucro
Para o consumidor brasileiro, a missão das empresas é gerar emprego e apoiar projetos sociais. Já 
ganhar dinheiro...
Consumidor A missão das empresas:
93% Gerar empregos
60% Ajudar a desenvolver o país
42% Desenvolver trabalhos comunitários
31% Aliar crescimento à justiça social
29% Recolher os impostos devidos
19% Ser ética nos relacionamentos
10% Sem ferir a ética, derrotar a concorrência
10% Dar lucro aos acionistas
Consumidor A missão das empresas:
93% Gerar empregos
60% Ajudar a desenvolver o país
42% Desenvolver trabalhos comunitários
31% Aliar crescimento à justiça social
29% Recolher os impostos devidos
19% Ser ética nos relacionamentos
10% Sem ferir a ética, derrotar a concorrência
10% Dar lucro aos acionistas
Duas pesquisas encomendadas por EXAME revelam uma 
contradição que perturba o ambiente de negócios no Brasil.
2 - Objetivo da empresa
Trata-se do fosso de percepções entre as
expectativas que a população, de um
lado, e que os empresários e
executivos, do outro, alimentam em
relação às empresas.
Visão do Consumidor Brasileiro
2 - Objetivo da empresa
"Os brasileiros habituaram-se a ver no capitalismo um 
mal, responsável pela diferença de classes sociais.”
Paulo Zottolo, presidente no Brasil da alemã Nivea em 2005
2 - Objetivo 
da empresa
Mas o lucro está tão estigmatizado, tão satanizado na sociedade que os
próprios empresários -- embora, no íntimo, reconheçam sua
importância – tomam cuidado, em público, para não defendê-lo com
entusiasmo. Comportam-se como se tivessem vergonha, pudor ou
sentimento de culpa pelo próprio sucesso.
Visão do Empresário Brasileiro
Sociedade $
Na Gestão
Em Público
IMAGEM
Investimentos
2 - Objetivo 
da empresa
Em razão dessa realidade, os empresários acabam muitas vezes adotando uma
postura tímida ao defender o papel das companhias que dirigem.
Invariavelmente, sentem-se mais confortáveis discorrendo sobre projetos
sociais do que sobre os projetos econômicos do negócio. Eis o que disseram os
presidentes de algumas das maiores empresas do Brasil e do mundo:
A missão de uma empresa é criar valor para a sociedade. Só com essa visão
ela tem chance de se perpetuar e remunerar melhor seus acionistas --, diz
Guilherme Peirão Leal, da Natura.
Não é mais admissível buscar o lucro a qualquer custo, é preciso
respeitar conceitos como sustentabilidade do planeta e ter preocupação
com valores universais, diz Márcio Cypriano, do Bradesco.
As empresas não têm de escolher entre lucros e princípios. O
sucesso econômico de longo prazo depende de melhoriasno nosso
desempenho financeiro, ambiental e social, diz Jeroen van der Veer,
CEO mundial da Shell.
O lucro, na verdade, é uma noção não de acumulação, mas de distribuição --
, diz José Carlos Grubisich, da Braskem.
2 - Objetivo 
da empresa
Não faz muito tempo que inúmeras companhias supuseram algo diferente
quanto ao propósito de uma empresa. Disseram simplesmente que o propósito é
ganhar dinheiro. Mas isso provou ser tão vazio quanto dizer que o propósito da
vida é comer. Sem comer a vida cessa. Sem lucros o negócio para”., (Theodore
Levitt, Economista Alemão, Escreveu o livro A Imaginação de Marketing 1990).
uma benção que não traz vantagem para a gente,
exceto quando gastamos”, ou seja, gastamos na
satisfação de nossas necessidades.
Ambrose Gwinnett Bierce foi um crítico satírico, escritor e jornalista,
particularmente conhecido pela sua obra O Dicionário do Diabo.
Definia que "sozinho" era estar em "má companhia". Bierce fez do
cinismo, misturado ao humor negro, sua marca registrada.
O que é o dinheiro ?
Para que serve o lucro ?
Lucro é o meio 
necessário e não o fim !
Dinheiro é o fluido necessário à realização dos objetivos !
?
?
2 - Objetivo da empresa
TOC – (Guerreiro, 1996) menciona:
“No que diz respeito às medidas de desempenho, ... 
Um aspecto interessante a ser observado é que a 
teoria das restrições condena o uso de medidas físicas 
para avaliação do desempenho, insistindo na utilização 
de medidas financeiras. Neste sentido, existe uma 
crítica à filosofia JIT, por ignorar esse assunto, e à TQM, 
por incentivar a utilização de medidas não financeiras”.
Theory of Constraints TOC
Theory of Constraints TOC
2 - Objetivo da empresa
• Nesta mesma linha de raciocínio Umble e Srikanth (1990), efetuam
os seguintes questionamentos:
• “A meta de uma empresa industrial é fabricar produtos de alta
qualidade a um preço competitivo? A meta é oferecer melhor
atendimento ao cliente? A meta é obter maior participação no
mercado? A meta é ter a mais avançada tecnologia em termos de
equipamentos industriais? Deveria ser a meta reduzir custos? Ou
deveria ser a meta da corporação a sobrevivência? Embora todos esses
pontos possam ser considerados meios válidos para que a empresa
atinja a meta, eles não são a meta da organização. Existe apenas uma
única meta para uma empresa industrial. A meta é ganhar dinheiro,
tanto hoje como no futuro”.
Perspectivas do
Balanced Scorecard
$$
2.1 - Maximização do lucro?
O objetivo da empresa é sempre maximizar o 
lucro?
Para alcançar esse objetivo, o administrador 
financeiro deveria escolher sempre a alternativa de 
ação que apresente maior probabilidade de 
proporcionar o maior lucro geral da empresa ?
As sociedades por ações comumente medem os 
lucros em termos de lucro por ação LPA (Lucro Por 
Ação), o que representa o resultado obtido no 
período para cada ação ordinária.
ExemploExemplo
2.1 - Maximização do lucro?
EXEMPLO
O administrador financeiro da Neptune 
Manufacturing, empresa produtora de 
componentes para motores náuticos, está 
preocupado com a escolha entre duas 
alternativas de investimento, os produtos 
Rotor e Valve. A tabela apresentada a seguir 
mostra o LPA que cada investimento deverá 
proporcionar durante o prazo de três anos.
Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Total dos 
anos 1,2 e 3 
Rotor $ 1,40 $ 1,00 $ 0,40 $ 2,80
Valve $ 0,60 $ 1,00 $ 1,40 $ 3,00
Lucro por ação (LPA)
2.1 - Maximização do lucro?
EXEMPLO (cont. ...)
• Em termos da meta de maximização de lucro, o produto 
preferido deveria ser o Valve, porque seus resultados em termos 
de lucro por ação são maiores no prazo de três anos ($ 3,00, 
contra $ 2,80 do produto Rotor).
• Mas será que a maximização do lucro é um objetivo razoável? 
Não. Esse é um objetivo inadequado por três motivos, ignora:
1. A distribuição dos resultados no tempo,
2. Os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas
3. O risco.
Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Total dos 
anos 1,2 e 3 
Rotor $ 1,40 $ 1,00 $ 0,40 $ 2,80
Valve $ 0,60 $ 1,00 $ 1,40 $ 3,00
Lucro por ação (LPA)
2.1.1 - Distribuição no tempo
EXEMPLO (cont....)
Como a empresa pode obter rendimentos com os 
fundos que recebe, o recebimento mais rápido de 
fundos sempre é preferível. Em nosso exemplo, 
apesar do fato de os lucros totais do produto Rotor 
serem menores que os do produto Valve, o Rotor 
oferece lucros por ação maiores no primeiro ano. 
Os maiores resultados no ano 1 poderiam ser 
reinvestidos para gerar lucros maiores no futuro.
Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Total dos 
anos 1,2 e 3 
Rotor $ 1,40 $ 1,00 $ 0,40 $ 2,80
Valve $ 0,60 $ 1,00 $ 1,40 $ 3,00
Rotor - Valve 0,80 0,00 -1,00 -0,20
Rendimento ao ano
10% 0,08 0,09 0,17
Rotor - Valve 0,80 0,08 -0,91 -0,03
15% 0,12 0,14 0,26
Rotor - Valve 0,80 0,12 -0,86 0,06
20% 0,16 0,19 0,35
Rotor - Valve 0,80 0,16 -0,81 0,15
Lucro por ação (LPA)
2.2 - Fluxos de caixa
• Lucros não levam necessariamente a fluxos de caixa para os acionistas /
proprietários.
• Os acionistas da empresa recebem fluxos de caixas sob a forma de pagamento de
dividendos em dinheiro pela empresa ou com a venda de suas ações a preço superior
ao de compra.
• Um LPA mais alto não significa necessariamente que o conselho de administração de
uma empresa votará pelo aumento do pagamento de dividendos.
• LPA mais elevado não se traduz automaticamente em preço mais alto da ação.
• As empresas, às vezes, passam por aumentos de lucro sem nenhuma variação
favorável correspondente no preço da ação.
• Somente se os aumentos de lucro fossem acompanhados de maiores fluxos de caixa
no futuro é que se deveria esperar um preço mais alto da ação.
2.2 - Fluxos de caixa
Por exemplo, uma empresa atuante num setor muito
competitivo e de tecnologia avançada poderia
aumentar seu lucro reduzindo significativamente seus
gastos com pesquisa e desenvolvimento. Isso diminuiria
suas despesas, elevando, desse modo, seu lucro
imediato.
Mas, como sua posição em termos competitivos estaria
enfraquecendo, o preço de sua ação poderia cair, já que
muitos investidores bem informados a venderiam ao
vislumbrar fluxos de caixa menores no futuro.
Nesse caso, o aumento de lucro seria acompanhado por
fluxos de caixa menores futuramente, portanto, preço
mais baixo da ação.
2.3 - Risco
A maximização do lucro também desconsidera o risco,
a possibilidade de que os resultados efetivos sejam
diferentes dos esperados. Uma premissa básica em
administração financeira é que existe uma relação de
compensação entre retorno (fluxo de caixa) e risco.
Retorno e risco, na verdade, são os determinantes
básicos do preço da ação, o qual representa a riqueza
dos acionistas na empresa.
2.3 - Risco
O fluxo de caixa e o risco afetam o preço da ação de maneiras distintas:
 Um fluxo maior de caixa está associado a um preço mais alto da ação;
 Um risco maior tende a resultar em preço mais baixo da ação.
O acionista / proprietário precisa ser recompensado pelo risco mais alto ou ainda pela 
segurança maior.
Exemplo: se for movida uma ação judicial contra a empresa pedindo indenização 
substancial, o preço de sua ação certamente cairá. Isso ocorre não por causa de uma 
redução imediata de fluxos de caixa, mas em resposta ao aumento do risco da empresa, 
há alguma chance de que ela seja obrigada a fazer um pagamento substancial no futuro, 
por força de um acordo ou para cobrir a indenização determinada.
2.3 - Risco
Simplificando, um risco maior reduz o
preço da ação e os acionistas têm aversão
a risco, ou seja, gostariam de evitá-lo e
esperam receber:
taxas mais altas de retorno, em
investimentos com maior risco;
taxas mais baixas em investimentos com
menor risco.
O ponto fundamental, a ser
desenvolvido é que as diferenças de
risco podem afetar significativamente o
valor de um investimento.
2.4 -
Maximização 
da riqueza do 
acionista 
O objetivo da empresa e, portanto, de todos os seus administradores e empregados é
maximizar a riqueza de seusproprietários.
A riqueza dos proprietários, numa sociedade por ações, é medida pelo preço da ação, que
por sua vez se baseia na distribuição dos resultados (fluxos de caixa) no tempo, em sua
magnitude e em seu risco.
Quando examinam cada alternativa de decisão financeira ou ação possível em termos de
impacto sobre o preço da ação da empresa, os administradores financeiros devem aceitar
somente aquelas alternativas que tendem a aumentar o preço da ação. Esse processo é
representado na figura abaixo:
2.4 - Maximização
da riqueza do 
acionista
• Como o preço da ação representa a riqueza
dos proprietários da empresa, a maximização
desse preço maximizará a riqueza dos
proprietários.
• Os resultados (fluxos de caixa) e o risco são as
variáveis fundamentais de decisão na
maximização da riqueza dos proprietários.
• Duas questões importantes, relacionadas à
maximização do preço da ação, são o valor
econômico adicionado (EVA) e a preocupação
com os chamados grupos de interesse.
2.5 - Valor econômico adicionado (EVA)
O valor econômico adicionado (EVA) é uma medida usada por muitas 
empresas para determinar se um investimento, proposto ou existente, 
contribui positivamente para a riqueza dos acionistas.
Esse valor é calculado subtraindo-se dos lucros operacionais líquidos 
de um investimento o custo dos fundos utilizados para financiá-lo.
Investimentos com EVA positivo aumentam a riqueza do acionista, e 
aqueles com EVA negativo diminuem essa riqueza. 
2.5 - Valor econômico adicionado (EVA)
Por exemplo, o EVA de um investimento com lucros operacionais líquidos de $ 410.000 e 
custos de financiamento correspondentes de $ 375.000 seria igual a $35.000 (ou seja, $ 
410.000 - $ 375.000). Como esse EVA é positivo, espera-se que o investimento aumente a 
riqueza do acionista e, portanto, seja aceitável.
Lucros
Operacionais
Líquidos
Encargo
de Capital
EVA
$ 410
$ 375
$ 35
2.6 - Grupos de interesse
• Embora a meta principal seja a maximização da riqueza dos
acionistas, muitas empresas ampliam seu foco de atenção para
incluir outros grupos de interesse.
• Os chamados grupos de interesse podem ser compostos por
empregados, clientes, fornecedores, credores, proprietários e
outros com vínculo econômico direto com a empresa.
• Uma organização preocupada com grupos de interesse
deliberadamente evita agir de uma maneira que os prejudique.
2.6 - Grupos de interesse
• Esse novo ponto de vista não muda o objetivo de 
maximização da riqueza dos acionistas.
• Ele é encarado como parte da responsabilidade social da 
empresa.
• Espera-se que essa preocupação gere benefícios de longo 
prazo aos acionistas, com a manutenção de relações positivas 
com os grupos de interesse.
• A empresa pode ter maior facilidade para alcançar seu 
objetivo de maximização da riqueza dos acionistas 
estimulando a cooperação com seus grupos de interesse.
2 - Objetivo 
da empresa
Mas o lucro está tão estigmatizado, tão satanizado na sociedade que os
próprios empresários -- embora, no íntimo, reconheçam sua
importância – tomam cuidado, em público, para não defendê-lo com
entusiasmo. Comportam-se como se tivessem vergonha, pudor ou
sentimento de culpa pelo próprio sucesso.
Visão do Empresário Brasileiro
Sociedade $
Na Gestão
Em Público
IMAGEM
Investimentos
2.6 - Grupos de 
interesse
RELEMBRANDO
3 - Funções do Administrador Financeiro
3.1 - A função de administração financeira
Pessoas de todas as áreas de responsabilidade dentro de uma empresa interagem com 
área de finanças e seus procedimentos para executar suas tarefas.
Este processo de comunicação é essencial para que se viabilizem previsões e decisões na 
condução dos destinos da empresa. 
A administração financeira pode ser descrita, considerando-se seu papel dentro da 
organização, sua relação com a teoria econômica e com a contabilidade e as atividades 
básicas do administrador financeiro.
3.2 - Estrutura da função financeira
O porte e a relevância da função de administração financeira dependem do tamanho da 
empresa.
Nas pequenas empresas, a função financeira geralmente é desempenhada pelo 
departamento de contabilidade.
A medida que a empresa cresce, essa função se transforma num departamento 
separado e ligado diretamente ao presidente da empresa, com a supervisão do diretor 
financeiro. 
3.2 -
Estrutura da 
função 
financeira
Fonte: Gitman, L.J. Princípios de Administração Financeira, 10ª Edição. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2004.
3.2 - Estrutura da função financeira
O tesoureiro e o controller estão subordinados ao 
diretor financeiro.
O tesoureiro (principal administrador 
financeiro), normalmente é responsável 
pela gestão de atividades financeiras, tais 
como:
 Planejamento financeiro e 
captação de fundos,
 Tomada de decisões de 
investimento;
 Gestão de caixa;
 Gestão de atividades de crédito;
 Gestão do fundo de pensão;
 Administração da área de câmbio. 
3.2 - Estrutura da função financeira
O tesoureiro e o controller estão 
subordinados ao diretor financeiro.
O controller (contador-chefe) lida 
com as atividades contábeis, tais 
como:
Contabilidade gerencial;
Gestão fiscal;
Contabilidade financeira / 
societária
Contabilidade de custos.
3.2 - Estrutura da 
função financeira
Exemplo – Grupo S.A.
COVID
3.3 - Relação com a teoria econômica
O campo das finanças está intimamente relacionado ao da
economia:
 Compreender o arcabouço econômico e estar atentos para
as consequências da variação dos níveis de atividade
econômica e das mudanças de política econômica.
 Usar as teorias econômicas como diretrizes para o
funcionamento eficiente da empresa.
Exemplos disso incluem a análise de oferta e demanda,
estratégias de maximização de lucro e a teoria da formação de
preços.
3.3 - Relação com a teoria econômica
O campo das finanças está intimamente relacionado ao da
economia:
O princípio econômico fundamental usado na administração
financeira é a análise marginal, ou seja, o princípio de que
uma decisão financeira deve ser tomada somente quando
os benefícios adicionais superarem os custos adicionais.
Praticamente todas as decisões financeiras reduzem-se a
uma comparação de benefícios marginais a custos
marginais.
EXEMPLO
3.3 - Relação com a teoria econômica
EXEMPLO (Análise Marginal)
A administradora financeira da Nord Department Stores, uma grande rede
de lojas de departamentos para uma clientela de alto poder aquisitivo
esta decidindo se substituirá um dos computadores da empresa por um
novo, mais sofisticado, que aceleraria o processamento e permitiria
processar maior volume de transações.
 O novo computador exigiria o desembolso de $ 80.000,
 O computador antigo poderia ser vendido por $28.000 líquidos
 Os benefícios totais com a compra do novo computador seriam de $
100.000.
 Os benefícios produzidos pelo computador antigo no mesmo período
seriam de $ 35.000.
Aplicando a análise marginal, organizando os dados:
Benefícios:
Novo Computador 100.000
Custos: 
Novo Computador (compra) 80.000
Computador Antigo
( + ) Benefício Marginal =
35.000
65.000
( - ) Custo Marginal =
Computador Antigo (venda) 28.000
52.000
( + ) Benefício Líquido = 13.000
Fonte: Gitman, L.J. Princípios de Administração Financeira, 10ª Edição. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010.
Decisão ?
3.4 - Relação com a contabilidade
As atividades financeiras (tesoureiro) e contábeis (controller) estão 
intimamente relacionadas e com frequência se sobrepõem.
Na verdade, nem sempre é fácil distinguir entre administração financeira e 
contabilidade. Em empresas de pequeno porte, o controller comumente 
ocupa a função financeira, e em empresas grandes muitos contadores estão 
envolvidos em diversas atividades da área financeira.
Entretanto, existem duas diferenças básicas entre finanças e contabilidade: 
uma está relacionada à ênfase em fluxos de caixa, e a outra, à tomada de 
decisões.
3.4.1 - Ênfase em Fluxos de Caixa
A função primordial do contadoré produzir e divulgar dados para a mensuração do desempenho da
empresa, avaliando sua posição financeira, e capacidade para geração de resultados econômicos.
O contador prepara demonstrações financeiras que reconhecem receitas no momento da venda (quer
tenha sido recebido pagamento quer não) e reconhecem despesas quando são realizadas. Esse enfoque é
conhecido pelo nome de regime de competência.
O administrador financeiro, por outro lado, dá mais ênfase aos fluxos de caixa, na entrada e saída de caixa.
Ele foca na manutenção da solvência da empresa planejando os fluxos de caixa necessários para que ela
cumpra suas obrigações e adquira os ativos necessários para alcançar seus objetivos.
O administrador financeiro usa o regime de caixa para reconhecer as receitas e despesas somente no que
diz respeito às entradas e saídas efetivas. Independentemente de lucro ou prejuízo, uma empresa precisa
ter um fluxo suficiente de caixa para saldar suas obrigações.
EXEMPLO
3.4.1 – Ênfase em Fluxo de Caixa
EXEMPLO (Visão Contábil X Visão Financeira)
Uma revendedora de iates, vendeu um iate por $ 100.000 no ano passado. O iate foi comprado durante o ano ao custo total de $
80.000. Embora a empresa tenha pago integralmente o custo do iate durante o ano, no final do ano ela ainda não tinha recebido os $
100.000 de seu cliente. A visão contábil do desempenho da empresa durante o ano é oferecida pela demonstração de resultado, e a
visão financeira, pelo fluxo de caixa, a seguir:
Visão Contábil (regime de competência)
Demonstração de Resultado 31/12
( + ) Receita de Venda 100.000 ( + ) Entrada de Caixa 0
( - ) Custo 80.000
( = ) Lucro Líquido 20.000
( - ) Saída de Caixa 80.000
Fonte: Gitman, L.J. Princípios de Administração Financeira, 10ª Edição. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010.
Visão Financeira (regime de caixa)
Demonstração de Fluxo de Caixa 31/12
( = ) Fluxo Líquido de Caixa - 80.000
3.4.1 - Ênfase em Fluxos de Caixa
Num sentido contábil, a Revendedora de Iates é rentável, mas em termos de fluxo efetivo de 
caixa é um fracasso financeiro. A falta de fluxo de caixa da empresa resultou do saldo de contas a 
receber, ainda não recebidas, no valor de $ 100.000. Sem entradas adequadas de caixa para 
saldar seus compromissos, ela não sobreviverá, qualquer que seja o nível de seus lucros.
3.4.1 - Ênfase em Fluxos de Caixa
Como mostra o exemplo, os dados baseados no regime de competência demonstram a capacidade econômica da empresa, já os baseados nos 
fluxos de caixa, demonstram a capacidade da empresa em se manter solvente e desta forma garantir a continuidade operacional da empresa 
ajudando-a a atingir seus objetivos.
Evidentemente, os contadores estão cientes da importância dos fluxos de caixa, e os administradores financeiros usam e compreendem as 
demonstrações financeiras baseadas no regime de competência. 
No entanto, esta distinção é essencial para que os gestores sejam capazes de garantir a capacidade econômica da empresa (gerar lucros), bem 
como evitar a insolvência (pagar suas obrigações).
3.5 - Atividades básicas do administrador financeiro
Permanente envolvimento com análise e
planejamento financeiros e com a tomada de
decisões de investimento e financiamento.
As decisões de investimento determinam tanto a
composição quanto os tipos de ativos da empresa.
As decisões de financiamento determinam tanto a
composição quanto os tipos de recursos financeiros
usados pela empresa.
Esses tipos de decisões podem ser
convenientemente visualizados com a ajuda do
balanço da empresa.
Estas decisões são tomadas com base nos efeitos de
seus fluxos de caixa sobre o valor da empresa.
Balanço Patrimonial
Ativo
Circulante
Ativo Não 
Circulante
Passivo 
Circulante
Passivo Não 
Circulante
Decisões de
Financiamento
Decisões de
Financiamento
Decisões de
Investimento
Decisões de
Investimento
Decisões de Curto Prazo
Decisões de Longo Prazo
Balanço Patrimonial
Ativo
Circulante
Ativo Não 
Circulante
Passivo 
Circulante
Passivo Não 
Circulante
Decisões de
Financiamento
Decisões de
Investimento
Decisões de Curto Prazo
Decisões de Longo Prazo
3.5 - Atividades básicas do administrador financeiro
• Análise e planejamento financeiros
• Tomada de decisões de investimento
• Tomada de decisões de financiamento
1
n
. . .
tempo
3.5 - Atividades básicas do administrador financeiro
• Análise e planejamento financeiros
• Tomada de decisões de investimento
• Tomada de decisões de financiamento
Balanço Patrimonial
Ativo
Circulante
Ativo Não 
Circulante
Passivo 
Circulante
Passivo Não 
Circulante
Decisões de
Financiamento
Decisões de
Financiamento
Decisões de
Investimento
Decisões de
Investimento
Decisões de Curto Prazo
Decisões de Longo Prazo
Balanço Patrimonial
Ativo
Circulante
Ativo Não 
Circulante
Passivo 
Circulante
Passivo Não 
Circulante
Decisões de
Financiamento
Decisões de
Investimento
Decisões de Curto Prazo
Decisões de Longo Prazo
3.5 - Atividades básicas do administrador financeiro
• Análise e planejamento financeiros
• Tomada de decisões de investimento
• Tomada de decisões de financiamento
Balanço Patrimonial
Ativo
Circulante
Ativo Não 
Circulante
Passivo 
Circulante
Passivo Não 
Circulante
Decisões de
Financiamento
Decisões de
Financiamento
Decisões de
Investimento
Decisões de
Investimento
Decisões de Curto Prazo
Decisões de Longo Prazo
Balanço Patrimonial
Ativo
Circulante
Ativo Não 
Circulante
Passivo 
Circulante
Passivo Não 
Circulante
Decisões de
Financiamento
Decisões de
Investimento
Decisões de Curto Prazo
Decisões de Longo Prazo
PROGRAMA – GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
Módulo A - Introdução – Usos e 
Funções
Módulo B - Fundamentações 
Necessárias à Aplicação das Técnicas
Módulo C - Técnicas Necessárias
Módulo D – Conteúdos da Atualidade
M
Ó
D 
“A”
M
Ó
D 
“B”
M
Ó
D 
“C”
MÓDULO “D”
1
2
3
4
Luiz Renato Justiniano (professor.justiniano@gmail.com)
Daniele Fernandes Rodrigues Justiniano (dani.uenf@gmail.com)

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