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Aula 02 (2)

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Normas de auditoria 
externa e interna
Neste capítulo abordaremos as normas existentes para a realização dos 
trabalhos por parte dos auditores externos e internos, apresentando um 
breve resumo sobre os conjuntos das normativas para o adequado desem-
penho das funções inerentes a esses profissionais. 
Normas de auditoria externa
As normas de auditoria representam o conjunto de técnicas, procedimen-
tos e rotinas necessárias para o adequado exercício profissional de auditor 
das demonstrações financeiras, também conhecido como auditor externo/
independente. Esse conjunto de normas é formado por três normas profis-
sionais e 37 normas técnicas.
O conjunto de normas a serem seguidas é emitido pelo Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC), e possui algumas letras que formam o seu sufixo, o 
qual explicamos a seguir. As normas podem vir precedidas de suas nomen-
claturas, quer sejam:
NBC PA – Normas Brasileiras de Contabilidade – Profissional de Audi- �
toria; 
NBC TA – Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnica de Auditoria. �
Relação das normas técnicas de 
auditoria independente
Atualmente o Brasil adotou na íntegra as normas emitidas pelo Interna-
tional Federation of Accountants (IFAC1), pois tanto a contabilidade como a 
auditoria estão em um processo mundial de harmonização das práticas.
As normas técnicas e as profissionais formam, atualmente, um conjunto 
de 40 instruções as quais relacionamos a seguir.
1 <www.ifac.org>.
35
36
Normas de auditoria externa e interna
Nomenclatura Descrição da norma
NBC PA 01 Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes
NBC PA 02 Independência
NBC PA 03 Revisão Externa da Qualidade pelos Pares
NBC TA 01 Estrutura Conceitual para Trabalho de Asseguração
NBC TA 200 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Audito-ria em Conformidade com Normas de Auditoria
NBC TA 210 Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria
NBC TA 220 Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis
NBC TA 230 Documentação de Auditoria
NBC TA 240 Responsabilidade do Auditor em Relação à Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis
NBC TA 250 Consideração de Leis e Regulamentos na Auditoria de Demonstra-ções Contábeis
NBC TA 260 Comunicação com os Responsáveis pela Governança
NBC TA 265 Comunicação de Deficiências do Controle Interno
NBC TA 300 Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis
NBC TA 315 Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente
NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria
NBC TA 330 Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados
NBC TA 402 Considerações de Auditoria para a Entidade que Utiliza Organização Prestadora de Serviços
NBC TA 450 Avaliação das Distorções Identificadas durante a Auditoria
NBC TA 500 Evidência de Auditoria
NBC TA 501 Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens Sele-cionados
NBC TA 505 Confirmações Externas
NBC TA 510 Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais
NBC TA 520 Procedimentos Analíticos
NBC TA 530 Amostragem em Auditoria
NBC TA 540 Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive do Valor Justo, e Divul-gações Relacionadas
NBC TA 550 Partes Relacionadas
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Normas de auditoria externa e interna
37
Nomenclatura Descrição da norma
NBC TA 560 Eventos Subsequentes
NBC TA 570 Continuidade Operacional
NBC TA 580 Representações Formais
NBC TA 600 Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes
NBC TA 610 Utilização do Trabalho de Auditoria Interna
NBC TA 620 Utilização do Trabalho de Especialistas
NBC TA 700 Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Indepen-dente sobre as Demonstrações Contábeis
NBC TA 705 Modificações na Opinião do Auditor Independente 
NBC TA 706 Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente
NBC TA 710 Informações Comparativas – Valores Correspondentes e Demonstra-ções Contábeis Comparativas
NBC TA 720
Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações In-
cluídas em Documentos que Contenham Demonstrações Contábeis 
Auditadas
NBC TA 800
Considerações Especiais – Auditorias de Demonstrações Contábeis 
Elaboradas de Acordo com Estruturas Conceituais de Contabilidade 
para Propósitos Especiais
NBC TA 805
Considerações Especiais – Auditoria de Quadros Isolados das De-
monstrações Contábeis e de Elementos, Contas ou Itens Específicos 
das Demonstrações Contábeis
NBC TA 810 Trabalhos para a Emissão de Relatório sobre Demonstrações Contá-beis Condensadas
Resumos dos objetivos das normas técnicas 
de auditoria independente
A seguir serão apresentados, de maneira resumida, os objetivos das 
normas técnicas e profissionais que regem o trabalho de auditoria indepen-
dente. As normas completas podem ser consultadas no site: <www.cfc.org.
br/sisweb/sre/Default.aspx>.
NBC PA 01
Essa norma, cuja descrição consiste em Controle de Qualidade para Firmas 
(Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes, estabelece as di-
38
Normas de auditoria externa e interna
retrizes necessárias para que efetivamente haja a implantação de medidas 
que visem assegurar a qualidade nos trabalhos de auditoria, definindo entre 
outros itens a ética e responsabilidade pela liderança da firma de auditoria.
NBC PA 02
Essa norma, denominada Independência, direciona situações em que 
existe a perda da independência por parte do auditor e estabelece a necessi-
dade de rotação dos responsáveis por trabalhos técnicos de auditoria, além 
de demonstrar os critérios quanto aos honorários cobrados pelos auditores. 
NBC PA 03
O objetivo da norma Revisão Externa da Qualidade pelos Pares é asse-
gurar a qualidade e confiabilidade dos trabalhos executados por auditores 
independentes. Essa norma visa revisar as documentações de auditoria pre-
paradas por uma firma, de modo a demonstrar que os procedimentos e téc-
nicas utilizadas pelas empresas de auditoria independente são revestidos de 
critérios e práticas adequadas aos trabalhos, transmitindo qualidade, confi-
dencialidade e competência por parte dos auditores. 
NBC TA 01
Denominada Estrutura Conceitual para Trabalho de Asseguração, essa 
norma estabelece todas as condições para que o trabalho do auditor possa 
ser executado dentro de um padrão de segurança e confiabilidade. O termo 
asseguração está vinculado à responsabilidade do auditor independente 
quando este expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau 
de confiança dos usuários das demonstrações financeiras. 
NBC TA 200
Essa norma de auditoria, cuja descrição é dada por Objetivos Gerais do 
Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com 
Normas de Auditoria, define o contexto da auditoria sobre as demonstrações 
contábeis, preceitua os conceitos fundamentais de materialidade, relevância 
e ética, empregados nos trabalhos de auditoria. Importantes definições de 
evidências de auditoria e risco nos trabalhos são destacados nessa norma. 
Normas de auditoria externa e interna
39
NBC TA 210
Essa norma, Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria, esta-
belece as diretrizes para a execução dos trabalhos de auditoria, desde a fase 
de contratação dos serviços. Na norma estão contidas as instruções sobre as 
condições prévias para a adequada execução de uma auditoria, como acesso 
irrestrito às pessoas da entidade e informações e documentos relevantes.
NBC TA 220
Descrita como Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações 
Contábeis, essa norma fornece o detalhamento dos requisitos necessários 
que asseguram que os trabalhos de auditoria estão sendo monitorados e 
executados com ética e responsabilidade. Estabelece as condições que as-
seguram a efetiva utilização de um sistema de controle da qualidadedentro 
das firmas de auditoria.
NBC TA 230
Essa norma, que recebe o nome de Documentação de Auditoria, é vol-
tada para estabelecer os requisitos para que seja evidenciada a execução 
dos trabalhos do auditor, através de documentação gerada por ele ou obtida 
junto a terceiros. Define a finalidade da documentação de auditoria, seus 
objetivos, e como deve ser a montagem final dos arquivos de auditoria. 
NBC TA 240
Essa norma, descrita como Responsabilidade do Auditor em Relação à 
Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis, estabelece 
os requisitos necessários para que o auditor possa avaliar os riscos de distor-
ção relevante nas demonstrações contábeis, decorrentes de fraudes. Esta-
belece os fatores de risco de fraudes, bem como direciona como deve ser a 
postura da auditoria perante a administração, quando detectadas possíveis 
fraudes na organização.
NBC TA 250
A norma de auditoria que trata da Consideração de Leis e Regulamentos 
na Auditoria de Demonstrações Contábeis direciona o posicionamento do 
40
Normas de auditoria externa e interna
auditor em relação a leis e regulamentos, atentando para que a empresa pro-
duza demonstrações contábeis que atendam à legislação vigente. Estabele-
ce quais devem ser os procedimentos da auditoria diante de uma possível 
ausência de cumprimento de legislação por parte da empresa auditada. 
NBC TA 260
Comunicação com os Responsáveis pela Governança é a norma que es-
tabelece como deve ser a comunicação da auditoria com as áreas ou pesso-
as que são responsáveis pela governança dentro das organizações. Dentro 
dos assuntos a tratar diretamente com os responsáveis pela governança 
estão a avaliação dos controles internos e como o auditor tratará os riscos 
detectados.
NBC TA 265
A norma que trata sobre a Comunicação de Deficiências do Controle In-
terno demonstra como deve ser a avaliação do auditor na definição, se as 
deficiências isoladas nos controles internos podem afetar a segurança no 
desenvolvimento do seu trabalho. Essa norma estabelece os indicadores de 
deficiência significativa nos controles internos, e como deve ser a comunica-
ção para a área de governança da empresa, indicando a melhor época para a 
formalização dos riscos e falhas detectadas no processo de auditoria.
NBC TA 300
A norma denominada Planejamento da Auditoria de Demonstrações 
Contábeis demonstra as atividades preliminares que devem ocorrer na fase 
de planejamento dos trabalhos. Estabelece quais são os documentos de au-
ditoria importantes para o adequado planejamento, tais como documenta-
ção da estratégia global da auditoria e o plano da auditoria. 
NBC TA 315
Na norma que trata sobre a Identificação e Avaliação dos Riscos de Distor-
ção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente, 
é demonstrado o entendimento que o auditor deve ter da entidade e o seu 
Normas de auditoria externa e interna
41
ambiente de negócios de modo a estabelecer procedimentos adequados 
para a atividade relacionada. A norma relaciona também os componentes 
da avaliação do controle interno, como ambiente de controle e processo de 
avaliação de riscos.
NBC TA 320
Denominada Materialidade no Planejamento e na Execução da Audito-
ria, essa norma define os parâmetros para o estabelecimento do que é re-
levante dentro de um processo de auditoria. De acordo com essa norma, a 
materialidade nos trabalhos de auditoria pode ser estabelecida sobre com-
ponentes específicos do patrimônio como ativos, passivos ou patrimônio 
líquido.
NBC TA 330
A norma de Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados trata dos testes e 
procedimentos de auditoria que devem ser aplicados na condução dos tra-
balhos. Aborda sobre a natureza, época e tipos de testes a aplicar em cada 
situação, destacando a relação existente entre os testes de auditoria e a ava-
liação do controle interno.
NBC TA 402
No que se refere à norma que trata sobre as Considerações de Auditoria 
para a Entidade que Utiliza Organização Prestadora de Serviços é estabe-
lecido como deve ser o procedimento de auditoria quando a contabilida-
de não é realizada nas dependências da empresa auditada, e sim em uma 
entidade prestadora de serviços. Demonstra como deve ser o posiciona-
mento do auditor diante da distorção relevante de uma informação pres-
tada pela entidade contratada por elaborar atividades específicas como a 
contabilidade. 
NBC TA 450
Na norma denominada Avaliação das Distorções Identificadas durante a 
Auditoria, é estabelecido como deve ser a comunicação para o órgão res-
42
Normas de auditoria externa e interna
ponsável pela governança, diante de uma distorção detectada, bem como o 
acompanhamento da correção dessa distorção. Estabelece ainda como deve 
ser a avaliação da auditoria diante de uma distorção comunicada, porém não 
regularizada pela área de governança da companhia. 
NBC TA 500
A norma que recebe o nome de Evidência de Auditoria, além de relacio-
nar quais são os principais documentos e fontes de informações que pro-
piciam ao auditor segurança no seu trabalho, também auxilia na forma de 
selecionar itens para testes que permitam obter a confiabilidade sobre o que 
o auditado está repassando ao auditor. 
NBC TA 501
Essa norma recebe o nome de Evidência de Auditoria – Considerações 
Específicas para Itens Selecionados e trata exclusivamente de três itens em 
que o auditor deve ter especial cuidado no momento de obter informações 
precisas e confiáveis, sendo estes relacionados aos estoques, litígios e recla-
mações e dados do segmento em que ele está executando a auditoria.
NBC TA 505
A norma que recebe o nome de Confirmações Externas estabelece os 
procedimentos para que o auditor possa obter informações junto a fontes 
externas da empresa, relacionando as operações em que é possível a apli-
cação dessa técnica de auditoria. Também direciona qual deve ser o posi-
cionamento do auditor diante da administração da empresa quando esta se 
recusa a autorizar a obtenção de dados de fontes externas.
NBC TA 510
Nessa norma, denominada Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais, estão des-
critos quais são os procedimentos que o auditor deve adotar na condução 
do seu trabalho, sobre saldos de demonstrações que não haviam sido au-
ditados anteriormente por ele. Estabelece também condições especiais de 
verificação dos saldos de demonstrações de entidade públicas, pois normal-
Normas de auditoria externa e interna
43
mente estas são auditadas por auditores designados por entidades públicas, 
onde pode haver limitação de acesso à documentação produzida por estes 
profissionais.
NBC TA 520
A norma sobre os Procedimentos Analíticos estabelece a forma de análise 
que o auditor deve empregar sobre os dados contábeis, definindo os tipos 
de teste utilizados nos trabalhos de auditoria. Os testes descritos na norma 
propiciam ao auditor maior segurança na formação da opinião global sobre 
os trabalhos executados. 
NBC TA 530
A norma sobre Amostragem em Auditoria é extremamente útil quando o 
auditor tem a impossibilidade de certificação da totalidade dos itens exami-
nados. Nessa norma são descritos os principais termos utilizados na seleção 
das amostras adequadas, de maneira a propiciar a diminuição dos riscos da 
auditoria. 
NBC TA 540
Essa norma é denominada Auditoria de Estimativas Contábeis, Inclusive 
do Valor Justo, e Divulgações Relacionadas, aponta os caminhos para que o 
auditor consiga verificar se há consistência nos critérios estabelecidos pela 
empresa quando da formação de estimativas contábeis, as quais são neces-
sárias na ausência de um meio de mensuração preciso. 
NBC TA 550
A norma que recebe o nome de Partes Relacionadas propicia ao auditor 
a identificação e avaliação dos riscos relativos às operações realizadas por 
empresas do mesmo grupo e seus diretores. Define quais situações demons-
tram que as transações entre partes relacionadas foram praticadas de acordo 
com condições normais de mercado e quais foram praticadas com favoreci-mento para uma, ou ambas as partes. 
44
Normas de auditoria externa e interna
NBC TA 560
Eventos Subsequentes é o nome dado para essa norma, a qual direciona 
a responsabilidade do auditor diante dos possíveis fatos que vieram ao seu 
conhecimento durante e após a auditoria. Estabelece como esses eventos 
afetam as demonstrações contábeis, seja na forma de ajustes, ou apenas 
como explicações contidas em notas que acompanham as demonstrações 
financeiras.
NBC TA 570
Essa norma, conhecida como Continuidade Operacional, determina os 
procedimentos de auditoria diante de situações que denotam a possibili-
dade da empresa interromper as suas atividades operacionais. Demonstra 
também a responsabilidade pela avaliação da capacidade da entidade em 
manter sua continuidade operacional. 
NBC TA 580
Denominada Representações Formais, essa norma tem por objetivo ga-
rantir ao auditor que todas as informações relevantes foram apresentadas a 
ele, e que a empresa não omitiu dados e saldos contábeis nas demonstrações. 
A norma estabelece a formatação do documento que será entregue pelo au-
ditor para a área de governança da empresa, para que esta assine a declara-
ção atestando a veracidade e legitimidade das informações prestadas. 
NBC TA 600
Na norma que recebe o nome de Considerações Especiais – Auditorias 
de Demonstrações Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores 
dos Componentes, estão estabelecidos os procedimentos a adotar quando 
um grupo econômico é auditado por empresas distintas de auditoria, indi-
cando como deve ser o planejamento global dos trabalhos.
NBC TA 610
Nessa norma denominada Utilização do Trabalho de Auditoria Interna, 
estão estabelecidas as condições de relacionamento entre a auditoria inter-
Normas de auditoria externa e interna
45
na e a auditoria independente, descrevendo em quais situações é possível a 
utilização dos trabalhos dos auditores internos. A norma determina, ainda, 
como deve ser a avaliação das atividades executadas pelo auditor interno, 
sob o ponto de vista da auditoria externa. 
NBC TA 620
Na norma sobre a Utilização do Trabalho de Especialistas, estão contidas 
as situações em que é necessária a contratação de uma pessoa para executar 
determinadas atividades que não são de domínio da empresa de auditoria. 
A norma estabelece a responsabilidade do auditor sobre as atividades exe-
cutadas por especialistas.
NBC TA 700
A norma sobre a Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor 
Independente sobre as Demonstrações Contábeis é muito importante, pois 
conceitua os tipos de opinião possíveis de se emitir, ao término dos traba-
lhos de auditoria. Na norma constam exemplos de relatórios de auditoria, 
indicando a estrutura adequada desse documento.
NBC TA 705
Essa norma trata das Modificações na Opinião do Auditor Independente, 
indicando as circunstâncias em que é necessário emitir uma opinião contrá-
ria ao que seria o convencional. A norma destaca os tipos de opiniões mo-
dificadas, as quais são classificadas em três categorias: opinião com ressalva, 
opinião adversa e abstenção de opinião. 
NBC TA 706
A norma sobre Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outros Assuntos no 
Relatório do Auditor Independente é especialmente útil quando o desejo do 
auditor é chamar a atenção dos usuários das demonstrações contábeis para 
assuntos considerados relevantes. A norma destaca que o auditor deve co-
locar em seu relatório um item denominado ênfase para assuntos, tais como 
desfechos de incertezas sobre litígios que a empresa possua. 
46
Normas de auditoria externa e interna
NBC TA 710
Nessa norma, que é denominada Informações Comparativas – Valores 
Correspondentes e Demonstrações Contábeis Comparativas, está descrito 
o posicionamento que o auditor deve ter quando realizar o seu trabalho e 
houver a necessidade de comparabilidade com saldos de demonstrações 
que foram auditadas por outros auditores. 
NBC TA 720
Responsabilidade do Auditor em Relação a Outras Informações Incluídas 
em Documentos que Contenham Demonstrações Contábeis Auditadas é a 
norma que determina até onde vai a responsabilidade do auditor na inter-
pretação dos dados inclusos em documentos que não sejam as demonstra-
ções contábeis. Durante o processo de auditoria é comum a apresentação de 
documentos auxiliares como resumos financeiros, índices, nomes de direto-
res, sendo que o auditor avalia o impacto dessas informações nas demons-
trações contábeis.
NBC TA 800
A norma relativa às Considerações Especiais – Auditorias de Demonstra-
ções Contábeis Elaboradas de Acordo com Estruturas Conceituais de Conta-
bilidade para Propósitos Especiais foi desenvolvida com o objetivo de estabe-
lecer diretrizes para a condução dos trabalhos do auditor quando se depara 
com entidades em que há regulamentações específicas, as quais podem ser 
substancialmente diferentes dos padrões usuais de contabilidade e apresen-
tação das demonstrações.
NBC TA 805
Essa norma diz respeito às Considerações Especiais – Auditoria de Qua-
dros Isolados das Demonstrações Contábeis e de Elementos, Contas ou Itens 
Específicos das Demonstrações Contábeis, direcionando os cuidados que 
o auditor deve ter na aceitação de trabalhos que não contemplam análises 
completas das demonstrações contábeis, estabelecendo como deve ser o 
planejamento da auditoria e a forma de relatar a sua opinião isolada sobre 
determinados itens. 
Normas de auditoria externa e interna
47
NBC TA 810
A norma denominada Trabalhos para a Emissão de Relatório sobre De-
monstrações Contábeis Condensadas determina condições para que o 
auditor possa emitir opinião sobre demonstrações condensadas, que são 
menos detalhadas do que as demonstrações completas. A norma estabelece 
que o auditor somente deverá aceitar trabalhos, desta natureza, desde que 
também tenha sido contratado para realizar a auditoria das demonstrações 
completas. 
Normas de auditoria interna
Devido à peculiaridade da atividade do auditor interno, em comparação 
ao auditor independente, nesta etapa dos nossos estudos iremos abordar 
os requisitos imprescindíveis para a execução da auditoria interna, tomando 
por base normas emitidas pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil2 
(Audibra).
Normas relativas à independência do auditor 
interno
Os auditores internos são independentes quando podem exercer suas 
funções livre e objetivamente. A independência situa-se não apenas no livre 
acesso a informações, documentos e dependências da organização, mas 
principalmente na liberdade de programar seus trabalhos, executá-los e re-
latar os resultados consoante sua livre iniciativa, sem interferências. 
A auditoria interna é uma atividade de avaliação que deve atuar de forma 
independente, dentro da organização da qual faz parte. Seu objetivo é dis-
tinto do dos demais setores da organização, na medida que se dedica ao 
exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dessa organização; de 
seus sistemas de controle, registro, análise e informação e do desempenho 
das áreas em relação aos planos, metas e objetivos organizacionais.
A independência profissional dos auditores internos, em relação aos 
demais membros da organização, departamentos e órgãos, deve ser clara-
mente mencionada nos estatutos de funcionamento e no manual da au-
ditoria interna bem como formalizada junto a todas as áreas e funções da 
organização e nas entidades externas, tais como: conselho fiscal, comitê de 
auditoria, auditor independente e organismos de fiscalização e controle.
2 Indicaremos apenas 
partes da Normas de Au-
ditoria Interna emitidas 
pelo Audibra, sendo que 
a sua totalidade pode ser 
obtida mediante filiação 
ao instituto através do site: 
<www.audibra.org.br>.
48
Normas de auditoria externa e interna
A objetividade se caracteriza por uma atitude mental independente, a ser 
mantida pelos auditores durante a realização de seu trabalho.
A objetividade requer que um auditor interno adote os procedimentos de 
auditoria recomendadospara cada caso específico e que não desvie desses 
procedimentos, nem faça concessões à qualidade, extensão e objetivos de 
seus exames, quer por pressões de programas de trabalho, quer por influên-
cia de pessoas ou funções sujeitas ao seu exame.
No seu trabalho o auditor deve ser franco, honesto e sincero, não permi-
tindo que preconceitos ou prevenções influenciem sua objetividade. Deve 
manter e demonstrar sua imparcialidade em relação a qualquer interesse 
que possa ser interpretado ou considerado como incompatível com a ho-
nestidade e objetividade que se exige de sua função.
Os auditores internos não devem assumir responsabilidades executivas 
nas áreas operacionais. Nas situações excepcionais em que o auditor interno 
tiver de assumir responsabilidades operacionais em caráter emergencial e 
provisório, deve deixar absolutamente claro e de maneira formal perante a 
direção que não atuará na qualidade de auditor; suas ações serão as de um 
funcionário executivo. Esse fato deverá impedi-lo de efetuar diretamente a 
complementação do exame da área ou relatar sobre ela.
A objetividade do auditor interno não é prejudicada quando ele reco-
menda normas de controle para serem introduzidas nos sistemas, procedi-
mentos e fluxos operacionais da organização.
Essas recomendações não eximem nem substituem a responsabilidade 
final dos administradores pela quantidade do controle e das normas de con-
trole sistêmicos, operacionais e contábeis da organização.
Normas relativas à competência profissional
É responsabilidade do órgão de auditoria interna e do auditor interno, 
individualmente, demonstrar competência profissional. O órgão deve desig-
nar para executar o trabalho auditores que possuam, em conjunto, a experi-
ência e os conhecimentos técnicos necessários para desempenhar as tarefas 
com eficiência.
O gerente da auditoria interna deve estabelecer a estrutura departamen-
tal de maneira tal a poder satisfazer as responsabilidades e objetivos atribu-
ídos pela alta administração.
Normas de auditoria externa e interna
49
As responsabilidades e forma de atuação de cada um desses auditores 
devem ser claramente especificadas e formalizadas através do manual de 
auditoria interna e incluídas nas respectivas descrições de funções.
As responsabilidades da auditoria interna podem variar de uma organiza-
ção para outra, no tocante aos enfoques técnicos adotados. Entretanto, é re-
comendável que aspectos estruturais básicos sobre o órgão obedeçam uma 
linha profissional mais próxima possível daquela estabelecida nas normas 
aprovadas para o exercício profissional da auditoria interna. Um dos instru-
mentos essenciais para a boa organização do órgão e orientação básica no 
treinamento e capacitação profissional é o manual de auditoria interna.
O manual deve ser distribuído a todos os membros da auditoria interna 
e fazer parte do plano de treinamento dos auditores, no sentido de garantir 
um mínimo de conhecimento, entendimento e observância de seu conteú-
do e possibilitar sua periódica atualização.
As nomenclaturas utilizadas para designar os níveis de graduação dos au-
ditores variam segundo a natureza e origem da organização em que atuam, 
pelas adaptações de termos estrangeiros utilizados corretamente ou até 
mesmo pelas imposições estabelecidas em legislação específica nas entida-
des de administração direta, indireta ou descentralizada do Estado.
A auditoria interna deve se assegurar de que os auditores internos possu-
am competência técnica e grau de instrução compatíveis com as tarefas que 
executarão.
O órgão da auditoria interna deve possuir, em conjunto, conhecimentos 
multidisciplinares e capacidade técnica, necessários para o adequado de-
sempenho de suas responsabilidades.
O trabalho deve ser planejado adequadamente e os auditores devem ser 
supervisionados apropriadamente pela chefia. A supervisão é um processo 
contínuo, iniciado na fase de planejamento e findo na conclusão dos exames 
de auditoria.
Normas de conduta – código de ética profissional
O código de ética do auditor interno deve ser observado mesmo em 
adição a eventuais outros códigos de ética, sejam da categoria profissional a 
que pertence seu conselho regional, sejam da organização em que atua ou 
da classe de funcionalismo a que pertence.
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Normas de auditoria externa e interna
Não se espera que haja conflito entre esses diversos códigos de ética e 
estatutos de trabalho, no que se refere aos seus princípios básicos. Flexibili-
dades, quando existentes, devem ser interpretadas pelo auditor segundo os 
princípios de conduta do auditor interno.
Os auditores são responsáveis não só perante a administração da orga-
nização para a qual prestam serviços, mas também perante muitos usuários 
das atividades dessa organização. Esses usuários manifestam sua fé no audi-
tor. Os que atuam nessa área, por sua vez, devem conduzir-se de modo a jus-
tificar essa confiança. Da mesma forma que outros profissionais, os auditores 
estabeleceram um código de ética profissional, para orientar os que militam 
na profissão, sobre como conduzir-se adequadamente. O código informa 
que os auditores desejam alcançar credibilidade profissional e que prome-
tem agir condizentemente com essa condição. Certos aspectos do código 
promovem relações harmoniosas entre os auditores.
O que um auditor faz, individualmente, sendo ou não uma atitude típica 
dos auditores em geral, às vezes é a única coisa que chama a atenção da or-
ganização, de parte do público ou mesmo de comunidades inteiras. Assim, 
a profissão de auditor, como um todo, pode ser julgada pelas atitudes de 
um único membro que nela milita. Por isso, é imprescindível que a profissão 
tenha um conjunto de regras para ditar a conduta a cada um de seus mem-
bros e, se necessário, proporcionar um mecanismo capaz de estimular a boa 
conduta e corrigir a daqueles que comprometem os interesses da profissão.
O exercício da auditoria interna está sujeito a princípios de ética profissio-
nal que o auditor tem o dever de observar, cumprir e fazer cumprir fielmente, 
nas suas relações com as organizações, público em geral, órgãos e autorida-
des governamentais, entidades de classe e colegas de profissão.
Todo auditor interno deve possuir certo conhecimento e capacidades 
mínimas. Capacidade significa enfrentar situações, que possam ocorrer, sem 
necessitar recorrer de imediato a outras fontes para assessoria ou pesquisa 
técnica. Essa capacidade não elimina a necessidade de supervisão. 
Os auditores internos devem desenvolver-se em relações humanas para 
manter um relacionamento de mútuo respeito com os setores submetidos 
a exame.
Normas de auditoria externa e interna
51
Para o bom relacionamento com o auditado, particularmente no campo 
profissional, é necessário que o auditor interno mantenha sempre presente 
no seu trabalho:
os princípios da boa educação; �
o respeito ao auditado na sua condição de pessoa, de funcionário e do �
posto que ocupa e cargo que representa;
que as constatações que efetuar no seu trabalho devem ser levadas ao �
conhecimento do auditado, em primeiro lugar, de modo que ele possa 
compreender a função do auditor, seus objetivos e a forma como con-
tribui para a melhoria da qualidade do trabalho do auditado.
Os auditores internos devem ser capazes de se comunicar bem, verbal-
mente e por escrito, de modo que possam transmitir eficazmente assuntos 
relacionados com objetivos, avaliações, conclusões e recomendações.
Os auditores internos têm a responsabilidade de continuar seu desenvol-
vimento técnico, a fim de manterem-se atualizados e capacitados. Devem 
estar sempre informados sobre novos eventos e tudo o que se passa com le-
gislação, normas, procedimentos e técnicas que tenham implicação em sua 
atividade de auditoria interna. 
O zelo exige a aplicação dos conhecimentos próprios de um auditor in-
terno prudente, de bom senso e competente, em circunstâncias iguais ou 
semelhantes. 
O zelo profissional deve, portanto, ser compatível com ascomplexidades 
do trabalho executado. Ao empregarem o zelo profissional, os auditores in-
ternos devem atentar para a possibilidade de deturpações, erros, omissões, 
ineficiência, desperdício, ineficácia e conflitos de interesse intencionais. 
Devem também estar alertas para as situações e atividades em que há mais 
possibilidade de ocorrerem irregularidades.
Ao conduzir seu trabalho com o devido zelo profissional, espera-se que 
o auditor tenha não só executado seus exames de forma competente e ade-
quada às circunstâncias como também em observância às normas e proce-
dimentos profissionais em vigor. O zelo profissional deve determinar sempre 
a abrangência e profundidade dos exames a serem efetuados e, portanto, 
deve se fazer presente a partir da programação dos trabalhos do auditor.
52
Normas de auditoria externa e interna
Normas relativas ao âmbito do trabalho 
do auditor interno
O âmbito do trabalho de auditoria interna, conforme é especificado nesta 
norma, envolve a determinação do trabalho de auditoria a ser feito. Reco-
menda-se, contudo, que a alta administração deve fornecer orientação geral 
quanto ao âmbito desse trabalho e os setores a serem examinados.
O auditor interno deve estruturar sua programação de trabalhos de forma 
abrangente, compreendendo os fluxos de planejamento, de execução, de 
coordenação e controle das diversas atividades da organização. Deve apli-
car as técnicas cabíveis a cada caso e praticar a auditoria em todos os seus 
enfoques, seja analítica, contábil-financeira, operacional, de gestão, de infor-
mática ou outras, conforme necessário. Horas para investigações especiais 
devem ser previstas nessa programação.
Ao realizarem seus exames, os auditores devem estar cônscios da possibi-
lidade de existirem fraudes. Devem, portanto, examinar com suficiente zelo 
profissional os meios usados para proteger o patrimônio contra os diversos 
tipos de danos decorrentes de roubo, fraude, atividades ilegais ou atentató-
rias a esse patrimônio, assim como sua segurança contra mau uso, intempé-
ries, incêndios e ocorrências de situações similares.
Os auditores devem ter conhecimentos técnicos sobre os sistemas e pro-
cedimentos da organização, bem como sobre os tipos e características bási-
cas de fraude possíveis de ocorrerem na área de atividade de seu exame.
Devem ainda poder identificar os indícios de possíveis ocorrências de 
fraude ou riscos de atos atentatórios ao patrimônio da organização.
Quando o auditor interno tiver motivos razoáveis para suspeitar que foram 
praticados atos dolosos, irregularidades intencionais ou atos atentatórios ao 
patrimônio, deve informar essa sua suspeita à alta administração, de forma 
apropriada ao caso, bem como o grau de comprovação que substancia sua 
suspeita e, quando possível, o valor do risco de perda ou dano.
Normas relativas à execução do trabalho da 
auditoria interna
O auditor interno tem a responsabilidade de planejar e realizar o trabalho 
de auditoria, sujeito à supervisão e aprovação.
Normas de auditoria externa e interna
53
Para poder cumprir suas tarefas de modo eficaz e eficiente, em conformi-
dade com os objetivos definidos em conjunto com a administração e com 
os requisitos profissionais exigidos, o órgão de auditoria interna deve contar 
com uma adequada estrutura de apoio logístico aos seus auditores.
A informação (ou conjunto de informações) para fundamentar os resul-
tados da auditoria denomina-se evidência e deve ser suficiente, fidedigna, 
relevante e útil para fornecer uma base sólida para as conclusões e recomen-
dações dos auditores.
Informação suficiente: quer dizer existência de dados factuais comple-
tos, adequados e convincentes, que conduzem os destinatários da infor-
mação às mesmas conclusões que o auditor.
Informação fidedigna: significa informação confiável, íntegra, proce-
dente de boa fonte e a melhor que se pode obter usando os métodos 
apropriados de auditoria.
Informação relevante: é a que diz respeito direto ao objetivo sob exa-
me, e significa que a informação usada para fundamentar as descober-
tas e recomendações de auditoria atinge os objetivos estabelecidos para 
esta última.
Informação útil: significa que a informação obtida auxilia tanto o audi-
tor a alcançar suas conclusões como ajuda a organização a atingir suas 
metas e objetivos.
Um relatório por escrito e assinado pelo gerente da auditoria interna deve 
ser encaminhado aos níveis adequados da estrutura organizacional, após a 
conclusão dos exames de cada tarefa programada para a auditoria.
Relatórios intermediários podem ser feitos, de forma verbal ou escrita, 
quando considerar necessário transmitir informação que requeira tratamen-
to e atenção urgente da administração; ou quando tiver modificado, por 
razões imperiosas e justificadas, os objetivos da auditoria programada; ou 
quando desejar manter a administração informada sobre o resultado das 
etapas já cumpridas de um exame com longa duração prevista. O relatório 
intermediário não elimina a necessidade do relatório final.
54
Normas de auditoria externa e interna
O auditor interno deve reunir-se com os representantes de níveis adequa-
dos da gerência da área auditada para discutir suas conclusões e recomen-
dações, antes de emitir seu relatório na forma definitiva. Os mesmos cuida-
dos devem ser adotados em relação à alta administração, se o conteúdo das 
descobertas ou recomendações assim o exigir. A discussão prévia colabora 
para que os relatórios sejam melhor assimilados pelas áreas e níveis hierár-
quicos envolvidos.
O gerente de auditoria interna, ou o supervisor por ele designado, deve 
acompanhar o andamento do trabalho das áreas auditadas, para se certifi-
car de que foram tomadas as providências necessárias a respeito do que foi 
apontado no relatório de auditoria.
Normas relativas à administração do órgão de 
auditoria interna
O departamento/divisão de auditoria interna deve zelar para que o traba-
lho de auditoria seja feito em conformidade com as normas para o exercício 
profissional.
O gerente da auditoria interna tem a responsabilidade de obter aprova-
ção de alta administração para a declaração que estabelece a finalidade, au-
toridade e responsabilidade do órgão de auditoria interna.
O gerente da auditoria interna deve apresentar anualmente, para apro-
vação da alta administração, um resumo da programação de trabalhos do 
órgão, o plano de contratação de pessoal e orçamento financeiro. O gerente 
deve apresentar, também, todas as alterações significativas para conheci-
mento e aprovação pela alta administração. A programação do trabalho de 
auditoria, os planos para contratação de pessoal e os orçamentos financei-
ros devem informar à alta administração possíveis limitações impostas ao 
âmbito do trabalho.
Os objetivos da auditoria interna devem possuir sua mensuração, ser pas-
síveis de realização e capazes de serem alcançados através dos planos ope-
racionais e dos orçamentos. Devem ser acompanhados, estabelecendo-se 
critérios de avaliação e prazos para sua consecução.
Os planos para o pessoal e orçamentos financeiros, incluindo o número 
de auditores e a natureza e grau da experiência exigida para execução do 
trabalho, devem ser feitos com base na programação de trabalhos de audi-
Normas de auditoria externa e interna
55
toria, atividades administrativas, necessidades de educação e treinamento e 
de pesquisa e desenvolvimento.
A forma e conteúdo de políticas e procedimento, transmitidos por escrito 
para orientar o pessoal de auditoria, devem ser adequados ao tamanho e 
estrutura do órgão de auditoria interna e ao âmbito e complexidade do tra-
balho por ele executado.
Faz parte da responsabilidade do auditor interno acompanhar as ativi-
dades da auditoria independente, podendo participar dos exames das de-
monstrações financeiras e demais trabalhos relacionados ao exame das 
contas, em comum acordo com aqueles auditores.
O auditor interno deve cooperar com a alta administração para a escolha 
do auditorindependente, colaborando no processo e na sistemática de sele-
ção dos candidatos, na determinação de condições contratuais e nas neces-
sidades de cobertura técnica das auditorias exigidas pelas organizações, de 
maneira a ensejar, em termos de resultados e economicidade, o custo total 
da auditoria.
A finalidade do programa de garantia de qualidade é proporcionar rela-
tiva segurança de que o trabalho de auditoria é feito em conformidade com 
as normas, com a declaração de finalidade, autoridade e responsabilidade 
do órgão de auditoria interna e com outros requisitos de auditoria que se 
apliquem às circunstâncias. Em um programa de garantia de qualidade deve 
constar o seguinte:
a supervisão do trabalho dos auditores internos deve ser contínua, �
para assegurar sua conformidade com as normas de auditoria interna 
e os métodos e programas da mesma;
as revisões internas devem ser feitas periodicamente, para avaliar a �
qualidade global das operações do órgão. Frequentemente, essas re-
visões são feitas por membros escolhidos entre o pessoal da auditoria 
interna, na qualificação de supervisores;
as revisões externas das operações da auditoria interna devem ser fei- �
tas por auditores internos alheios ao órgão. As revisões devem ser feitas 
pelo menos uma vez a cada três anos. Os revisores devem fazer relató-
rios por escrito, emitindo parecer sobre a observância das normas para 
o exercício profissional da auditoria interna e, se necessário, apresen-
tando recomendações para melhorias.
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Normas de auditoria externa e interna
Ampliando seus conhecimentos
Brasil adere a normas internacionais de auditoria 
independente
Entre as principais mudanças está o fim da divisão de responsabilidades na 
auditoria de várias empresas de um conglomerado
(LUZ, 2010)
A partir de 2010, o Brasil passa a adotar novas normas de auditoria inde-
pendente. Ao todo, são 37 novas regras (intituladas NBC TAs) que governa-
rão os trabalhos dos auditores independentes em exames de demonstrações 
contábeis cujo objetivo seja a emissão de opinião formal sobre as mesmas. 
Além dessas normas, o Instituto Brasileiro de Auditores Independentes (Ibra-
con) emitiu outras que se aplicam a trabalhos correlatos de auditoria indepen-
dente, como, por exemplo, os de revisão e os de “procedimentos previamente 
acordados”. Todas essas normas foram aprovadas pelo Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC).
Essas alterações trazem, de fato, um avanço significativo na busca pela 
maior qualidade dos serviços prestados pelos auditores independentes, 
uma vez que as novas normas são o resultado do processo da completa har-
monização das regras brasileiras com as normas internacionais de auditoria 
independente (International Standards on Auditing – ISAs) elaboradas pelo 
International Federation of Accountants (IFAC).
Esse processo torna-se ainda mais relevante para o cenário brasileiro, pois 
as próprias normas internacionais foram objeto de ampla revisão e atualiza-
ção recentes, como resultado do ISA Clarity Project. O ISA Clarity Project foi co-
ordenado pelo IAASB (International Auditing and Assurance Standards Board) 
e iniciou em 2005. Após um trabalho exaustivo de revisão e atualização do 
conteúdo, as novas ISAs passaram a ter efeito no final de 2009.
As alterações incluem uma significativa mudança estrutural no relatório 
do auditor no sentido de permitir uma leitura mais fácil por parte do usuário, 
algumas modificações técnicas no planejamento e na documentação das evi-
Normas de auditoria externa e interna
57
dências de trabalho. Há ainda considerações sobre o relacionamento, inclusi-
ve comunicação tempestiva dos resultados de seus trabalhos, do auditor com 
os responsáveis pela governança corporativa das entidades auditadas e uma 
que tem direta relação com o grau de responsabilidade do auditor sobre as 
demonstrações examinadas no caso de grupos empresariais. 
Essa última é considerada a que trouxe uma modificação de natureza mais 
substancial e que pode ter efeitos sobre a prática de contratação de auditores 
independentes em nosso país. A norma indica como o auditor independen-
te deve tratar a sua responsabilidade sobre as empresas controladas, cujas 
demonstrações contábeis tenham sido examinadas por outros profissionais 
e incluídas em seu conjunto de demonstrações consolidadas sob exame. Até 
aqui, os auditores do consolidado, no Brasil, ainda podiam, em seu relatório, 
“dividir a responsabilidade” sobre a sua opinião com os auditores das empre-
sas controladas. 
Fim da divisão de responsabilidades em conglomerados
A partir deste ano, em um conglomerado tendo, em uma ou mais controla-
das, auditores diferentes dos que tem na empresa controladora, estes últimos 
terão que necessariamente manter comunicação periódica com os profissio-
nais que auditam as controladas e planejar o seu próprio trabalho, de forma 
tal que venham a poder opinar sobre o todo sem a mencionada divisão de 
responsabilidade. Ou seja, sua responsabilidade de opinião contempla as de-
monstrações contábeis do conglomerado como um todo.
Isso vai trazer muito mais clareza para a leitura do relatório do auditor, sem 
contar para a assunção da responsabilidade em si. Essa norma já existe há 
muitos anos em um grande número de países. O auditor independente que 
assina uma opinião sobre um conjunto de demonstrações contábeis consoli-
dadas, representativas de um conglomerado de empresas, precisa ter o nível 
apropriado de conforto sobre o todo. 
Se, para isso, for necessário que se revise os trabalhos de auditores de algu-
mas empresas controladas, eventualmente não coincidentes, ou até se refaça 
os trabalhos nos casos em que não se tenha acesso aos detalhes das auditorias 
feitas, ele passa a obrigar-se a assim fazê-lo, sem poder simplesmente reportar 
para o leitor que sua responsabilidade cingiu-se aos exames que ele mesmo 
fez, portanto sem incluir a revisão do alcance e dos resultados dos trabalhos 
de outros eventuais auditores nas controladas.
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Normas de auditoria externa e interna
Trata-se efetivamente de uma mudança com impacto significativo, inclusi-
ve nas políticas de contratação de auditores em grupos empresariais. Muitos, 
em outros países, decidiram adotar como política a manutenção de todas as 
empresas de seus grupos em uma só firma de auditoria, consolidando a res-
ponsabilidade e evitando custos desnecessários com retrabalhos.
Atividades de aplicação
1. As normas aplicáveis à auditoria independente são as mesmas aplicá-
veis à auditoria interna? 
2. Em relação às normas de auditoria independente, no que se diferen-
ciam as normas técnicas se comparadas às normas profissionais?
3. Em relação às normas de auditoria interna, como deve ser a programa-
ção dos trabalhos e qual é sua preocupação com possíveis fraudes nas 
organizações? 
Referências
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Normas Brasileiras de Contabilida-
de. Disponível em: <www.cfc.org.br/conteudo.aspx?codMenu=116>. Acesso em: 
25 nov. 2010.
INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL. Disponível em: <www.audi-
bra.org.br/new/>. Acesso em: 05 nov. 2010.
INTERNATIONAL FEDERATION OF ACCOUNTANTS (IFAC). Disponível em: <www.
ifac.org/>. Acesso em: 25 nov. 2010.
LUZ, Henrique. Brasil adere a normas internacionais de auditoria indepen-
dente. Publicado em: 29 jun. 2010. Disponível em: <http://economia.ig.com.br/
artigos/brasil+adere+a+normas+internacionais+de+auditoria+independente/
a1237686739135.html.> Acesso em: 24 nov. 2010.

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