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PERGUNTA 1 • Leia o excerto a seguir: • “(...) alguns fatores dificultavam a aproximação entre conquistadores [germânicos] e conquistados [romanos]. A fraqueza demográfica germânica ajuda a explicar a recusa à miscigenação em certos reinos, talvez como forma de preservação de identidade (...) Mais importante foi a questão religiosa, já que ostrogodos, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos e lombardos adotaram o arianismo, heresia que os afastava da população romana católica”. • FRANCO JÚNIOR, H. A Idade Média : nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001, p. 67. • Considerando o excerto e os temas discutidos na Unidade II, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. • I. As tribos germânicas adotaram o cristianismo como religião em uma tentativa de se diversificarem culturalmente. • Porque: • II. Os romanos estavam em declínio populacional e, para contornarem a fraqueza demográfica, converteram-se ao arianismo. • A seguir, assinale a alternativa correta: • A asserção I é falsa, mas a afirmativa II é uma proposição verdadeira. A proposição I é uma justificativa correta da afirmativa II, que é verdadeira. As asserções I e II são falsas. A asserção II é verdadeira, mas não é uma justificativa correta da I, que é falsa. A asserção I é uma afirmativa verdadeira, mas II não é uma justificativa correta da I, que é falsa. PERGUNTA 2 • Leia o excerto a seguir: • “O camponês era, então, um escravo? Na verdade, chamava-se de “servos” a maioria dos arrendatários, da palavra latina “servus” que significa “escravo”. Mas eles não eram escravos, no sentido que atribuímos à palavra. (...) Se o escravo era parte da propriedade e podia ser comprado ou vendido em qualquer parte, a qualquer tempo, o servo, ao contrário, não podia ser vendido fora de sua terra. Seu senhor deveria transferir a posse do feudo a outro, mas isso significava, apenas, que o servo teria novo senhor; ele próprio permanecia em seu pedaço de terra. Esta era uma diferença fundamental, pois concedia ao servo uma espécie de segurança que o escravo nunca teve. Por pior que fosse o seu tratamento, o servo possuía família e lar e a utilização de alguma terra”. • • HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem . Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976, p. 6. • • Ao discorrer sobre a estrutura de produção e de trabalho na Alta Idade Média, o historiador econômico especifica a situação social e jurídica do servo naquele período. Considerando essa situação, analise as afirmativas a seguir: • • I. O escravo ( res ) era uma propriedade e parte do ordenamento jurídico do mundo Antigo e, como tal, a fim de preservar sua integridade, os seus proprietários evitavam aplicar-lhe castigos físicos, ao passo que os servos recebiam açoites e não eram lhe entregues uma parte da produção auferida na propriedade do senhor. • II. O servo, mesmo estando ligado a um senhor e possuir laços de fidelidade, poderia ser vendido ou trocado a qualquer momento, condição diferente enfrentada pelos escravos. • III. Os distintos vínculos existentes no mundo feudal, já que o escravo não poderia escolher seu senhor, enquanto o servo podia se associar a um senhor que lhe fosse mais benevolente. • IV. O estatuto de servo se diferenciava do escravo da Antiguidade Tardia em razão da segurança oferecida pelo senhor, a quem de fato pertencia a terra. • • Está correto apenas o que se afirma em: III e IV, apenas. II e III, apenas. I e II, apenas. I, II e III, apenas. IV, apenas. PERGUNTA 3 • Leia o excerto a seguir: • "O nosso problema é o feudalismo, e a mim me parece que são os seguintes os elementos de nossa resposta. A principal característica do modo de produção na sociedade feudal é que os donos dos meios de produção, os proprietários rurais, empenham-se constantemente em apropriar-se de todo o excedente produzido pelos produtores diretos. Antes de perguntar por que o fazem, precisamos demonstrar rapidamente que é isso mesmo o que eles tentam fazer de diferentes maneiras. Em estágios diferentes do desenvolvimento do feudalismo europeu, o caráter dos produtores diretos se modifica, tal como outros aspectos do sistema econômico, e, conseqüentemente, o caráter específico da exploração dos proprietários da terra também se modifica”. • • SWEEZY, P. et al. A transição do Feudalismo para o capitalismo . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983, p. 141. • • Acerca da visão marxista sobre as transformações que processaram no sistema feudal, considere as alternativas: • • I. Os latifúndios da Antiguidade Tardia, em que trabalhavam os escravos, tinham-se transformado em propriedades por camponeses servis. • II. No século IX - período que os historiadores denominam de Baixa Idade Média - a economia feudal europeia era determinada por extensões territoriais, denominadas de latifúndios, em que escravos produziam produtos e excedentes comercializados no mercado externo. • III. A partir do século VIII até o final o XI, a classe dominante (nobreza feudal) perdeu poder econômico e político em face das transformações no interior da sociedade medieval, por exemplo, revoltas escravistas e crises na produção como prova do declínio do sistema feudal. • IV. Os burgúndios e os visigodos se fundiam à antiga elite romana adaptando os velhos latifúndios romanos às novas formas de produção feudal. • • É correto apenas o que se afirma em: II, IV, apenas. II, III, IV, apenas. I, IV, apenas. I, III, IV, apenas. I, II, III, apenas. PERGUNTA 4 • “Ao se pretender dar uma visão geral do Império Bizantino, o primeiro problema que se coloca é quanto ao seu próprio nome. De fato, é essencial lembrar que ‘bizantino’ não tem conotação étnica, mas civilizacional, correspondendo aos indivíduos de fala grega e religião ortodoxa. Assim, tal grupo de indivíduos [...] variou ao longo da história bizantina, conforme as alterações territoriais e/ou religiosas ocorridas no império. Por exemplo, grande parte da população do Egito e da Síria, grupo humano dos mais importantes primeiros séculos de vida de Bizâncio, ao ser submetida pelos árabes muçulmanos, mudando, perdeu a condição de bizantino. Ou melhor de rhomamioi (‘romanos’) pois eles assim se consideravam”. • FRANCO JÚNIOR, H.; ANDRADE FILHO, R. de O. O Império Bizantino. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995. p. 7. • • Tendo em vista as especificidades do Império Bizantino e considerando essas informações, bem como o conteúdo estudado, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). • • ( ) Como os antigos gregos e romanos, os bizantinos se consideravam os únicos habitantes do mundo civilizado, atribuindo aos demais, que não partilhavam de seus modos de vida e cultura, a alcunha de bárbaros. • ( ) Constantinopla, capital do Império Bizantino, teve, provavelmente, um milhão de habitantes, o que fez da capital bizantina um dos maiores centros urbanos do mundo. • ( ) O Império Bizantino era uma conjunção de diferentes povos de origem e costumes diversos, logo, era necessário um aparelho administrativo bem montado e uma vasta burocracia, concentrados nas mãos do imperador. • ( ) Sob o ponto de vista das estruturas religiosas, no Império Bizantino, o patriarcado, autoridade máxima da Igreja Ortodoxa, esteve, desde o início, distante do poder do imperador. • • Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. V, V, F, F. V, F, V, F. F, F, V, V. V, V, F, V. PERGUNTA 5 • Denomina-se Queda de Constantinopla, a conquista da capital bizantina pelo Império Otomano, sob o comando do sultão Maomé II, o Conquistador, em 1453. O episódio marcou a destruição final do Império Romano do Oriente, bem como a morte de Constantino XI, o último imperador romano; também significou a estratégica conquista crucial para o domínio otomano sobre o Mediterrâneooriental e os Bálcãs. • ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada. Da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. • • A respeito do enfraquecimento e da sucessiva queda do império e suas consequências, analise as afirmativas a seguir. • • I. Os três imperadores finais de Bizâncio foram Manuel II (1350-1425), João VIII (1392-1448) e Constantino XI (1405-1453), tendo o último morrido durante o cerco e a conquista de Constantinopla, perpetrada por Mehmed II, em 1453. • II. Os otomanos, que já haviam imposto sua força ao enfraquecido Império Bizantino, foram, de modo rápido, sucedidos pelos venezianos, que se fortaleceram comercialmente com as Cruzadas no Mediterrâneo. • III. A queda de Constantinopla para os turcos otomanos, segundo o consenso cronológico entre muitos estudiosos, foi o segundo evento político que marcou o fim da Idade Média na Europa. • • A seguir, assinale a alternativa correta. • As afirmativas II e III são proposições falsas. As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e são justificadas pela III. As afirmativas I e III são proposições falsas, mas a II é uma afirmativa verdadeira. A afirmativa II é falsa, mas as afirmativas I e III são proposições verdadeiras. A afirmativa III é uma justificativa da correta da proposição I, mas a afirmativa II está incorreta. PERGUNTA 6 • “O processo de gestação do Feudalismo foi bastante longo, remontando à crise romana do século IIl, passando pela constituição dos reinos germânicos nos séculos V-VI e pelos problemas do Império Carolíngio no século IX, para finalmente se concluir em fins desse século ou princípios do X”. • FRANCO JÚNIOR, H. O Feudalismo. Col. Tudo é História, n° 65. São Paulo: Brasiliense, 1983. p. 09. • • I. Se valorizarmos um ou outro aspecto análogo ao da Europa Ocidental medieval, corremos o risco de encontrar “feudalismos” em civilizações tão diversas entre si quanto o Egito antigo, a China, Bizâncio ou o Império Turco. • PORQUE • II. É preciso compreender que o feudalismo não foi uma fórmula precisa, aplicável homogeneamente em todas regiões da Europa, mas uma resposta espontânea às dificuldades, possibilidades, necessidades e ansiedades concretas de um local (Ocidente europeu) e de uma época (medieval). • • A seguir, assinale a alternativa correta. A asserção I é uma proposição verdadeira, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição falsa, mas a II é uma proposição verdadeira. A asserção I é uma proposição verdadeira, mas não justifica a afirmativa II. A asserção I é uma proposição verdadeira e é uma justificativa correta da II. As asserções I e II são proposições falsas. PERGUNTA 7 • “Bizâncio significa um milênio de história, uma capital, Constantinopla, um império imenso na escala da época e uma sociedade trabalhada e modificada pelos séculos. O Império se apoia então a leste nos contrafortes armênios do Cáucaso e no alto Eufrates e a sudeste no maciço de Taurus. Nos Bálcãs, estende-se da margem esquerda do Danúbio, separado do curso inferior do rio pelo Estado búlgaro, nascido em 681 e convertido ao cristianismo em 864 pela missão bizantina. Depois do século IX, marcado pela emancipação política de Veneza e pela luta com os árabes, na qual estavam em jogo a Sicília, Creta e as ilhas do Egeu, o século X é aquele de um triunfal élan de reconquista. Bizâncio retoma Creta, restabelece uma província no sul da Itália, em torno de Bari e Tarento, volta à Mesopotâmia, onde se apodera de Edessa”. • PATLAGEAN, É. Bizâncio: séculos X-XI. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada: do império romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das letras, 1993. • • A respeito da história secular do Império Bizantino, considere as afirmativas a seguir. • • I. A história do Império Bizantino é marcada pelo encolhimento gradual do poder de sua marinha no Mediterrâneo, frente a expansão dos Lombardos e Francos na região continental e insular, antes dominada por Bizâncio. • II. Os árabes (turcos seldjúcidas) não alteraram o quadro territorial e de disputa de poder nas fronteiras do Império Bizantino. • III. No Bizâncio, desdobra-se um espaço social e cultural variado, isto é, trata-se de império quase milenar, cuja extensão territorial englobava diferentes povos, de hábitos e idiomas distintos. • IV. Constantinopla era a grande cidade do império e da cristandade no Oriente; a capital abrigava palácios, monumentos e grandes construções arquitetônicas de épocas diferentes. • • É correto o que se afirma em: • III e IV. I e IV. I, II e III. II, III e IV. I e III. PERGUNTA 8 • Leia o trecho a seguir: • • "A luta vitoriosa contra a ameaça árabe-muçulmana certamente favoreceu a afirmação da dinastia carolíngia, com o apoio do papado, portanto formação do império de Carlos Magno e da 'Cristandade latina'. É difícil saber se o caráter decisivo destes acontecimentos foi plenamente percebido pelos contemporâneos. A este respeito, cita-se por vezes o termo Europenses que a Crônica moçárabe de 754 emprega para designar os francos na batalha de Poitiers, o que poderia levar a supor que existia (circunstancialmente entre os cristãos submetidos ao Islã) uma certa percepção da dimensão do choque de civilizações que estava acontecendo". • • LE GOFF, J.; SCHMITT, J. Dicionário temático do ocidente medieval. v. 1. São Paulo: EDUSC, 2002, p. 634. • • Acerca do excerto extraído da obra do medievalista francês Jacques Le Goff, analise as afirmativas a seguir: • • I. A percepção de choque de civilizações mencionada pelo o autor refere-se ao conflito entre as concepções heréticas e a fé tradicional professada pela Santa Sé, consubstanciada na figura do papado. • II. A dinastia carolíngia é resultado da aliança entre o papado e o reino bárbaro dos francos, que teve nas figuras de Pepino, o Breve e de seu filho, Carlos Magno, as mais proeminentes representações do início do reinado. • III. O excerto quer fazer crer que o termo europenses desponta nos documentos do século VIII de maneira ainda não totalmente esclarecida, como sinônimo dos povos cristãos em detrimento dos árabes islâmicos. • IV. O processo de repovoamento, iniciado a partir de células cristãs do norte da África do sul da Península Ibérica, a partir do fim do século VIII, é denominado Reconquista. É correto o que se afirma em: II e III, apenas. I e II, apenas. I e III, apenas. II, apenas. III, apenas. PERGUNTA 9 • Leia o trecho a seguir: • “Neste mesmo período [século X], a fraqueza dos poderes políticos na Itália levou o papa em diversas ocasiões a tomar iniciativa na luta contra os bandos e incursões sarracenos - que constituíam a principal ameaça no flanco da doutrina da ‘guerra santa’, cujos desdobramentos levariam à Cruzada. O perigo sarraceno acabou por se atenuar tanto em razão da resistência dos cristãos quanto devido a fatores internos ao Islã. Em fins do século X, o pior momento já tinha passado, não mais restando estabelecimentos muçulmanos no litoral da Gália e da Itália. Entretanto, a ameaça continuava a existir no sul da Itália, desde a Sicília”. • • LE GOFF, J.; SCHMITT, J. Dicionário temático do ocidente medieval. v. 1. São Paulo: EDUSC, 2002, p. 635. • • Considerando o trecho extraído, analise as afirmativas a seguir: • • I. Na Itália, os árabes deixaram de oferecer riscos aos cristãos no fim do século X, em razão da rigorosa resistência cristã que freou o expansionismo islâmico. • II. A “guerra santa” refere-se aos conflitos internos vivenciados pela cristandade, como a perseguição, por parte da Inquisição, aos movimentos heréticos que grassavam a Itália no começo do século X. • III. A Itália Insular, mais precisamente a Sicília, localizada no Mediterrâneo, passou a ser dominada e controlada pelos árabes a partir de 902. Nesse local, instalou-se oEmirado da Sicília, que durou de 965 até 1072. • IV. O século X é o período da recrudescência do poder monárquico na Itália, período de diminuição do poder papal nos assuntos seculares em detrimento do aumento do poder temporal dos senhores feudais. É correto o que se afirma em: I e III, apenas. I e II, apenas. II e III, apenas. II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. PERGUNTA 10 • “A fundação de Constantinopla, a Nova Roma, por Constantino (324-330), consolida a inclinação do mundo romano para o Oriente. Tal clivagem marcará também o mundo medieval: os esforços de união entre Ocidente e Oriente não resistirão a uma evolução cada vez mais divergente. A ruptura inscreve-se nas realidades do século 4°. Bizâncio continuará Roma e, sob a aparência de prosperidade e prestígio, por trás de suas muralhas, a agonia romana se prolongará até 1453. O Ocidente, empobrecido, barbarizado, deverá refazer as etapas de um desenvolvimento que, ao fim da Idade Média, lhe abrirá as rotas de todo o mundo”. • LE GOFF, J. Civilização do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2005. p. 20. • • Considerando o trecho apresentado, analise as afirmativas a seguir e a correlação entre elas. • 1. O Império Bizantino é uma consequência do rompimento com o Império Romano do Ocidente no século IV. 2. 3. A riqueza no Império Romano Ocidental se multiplicou em razão das invasões bárbaras. 4. 5. A fundação de Constantinopla marca, irreparavelmente, o surgimento do Império Romano no Oriente. 6. A seguir, assinale a alternativa correta. A afirmativa III é falsa, enquanto as proposições I e II são verdadeiras. As afirmativas I e II são proposições verdadeiras e justificam a II. As afirmativas II e III são proposições falsas, mas a I é uma afirmativa verdadeira. A afirmativa II é falsa e não é justificativa correta para as afirmativas I e III, que são verdadeiras. As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a afirmativa III é falsa.
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