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Sistema respiratorio Introdução O sistema respiratório fornece oxigênio (O2) para manter o metabolismo tecidual e remove o dióxido de carbono (CO2). O consumo de oxigênio e a produção de dióxido de carbono variam com a taxa metabólica, que é dependente do nível de atividade do animal. Espécies menores consomem mais oxigênio por quilograma de peso corpóreo do que as maiores. O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) está diretamente relacionado à massa total da mitocôndria nos músculos esqueléticos. As espécies atléticas, como o cavalo e o cão, possuem maior densidade mitocondrial e, portanto, maior VO2máx que as espécies menos atléticas de tamanho corporal semelhante, como gado e cabras. O sistema respiratório também está envolvido na comunicação por sons e feromônios, e é importante na termorregulação; no metabolismo de substâncias endógenas e exógenas e na proteção do animal contra poeiras inaladas, gases tóxicos e agentes infecciosos. O aumento da pressão abdominal que facilita a micção, defecação e parto requer participação ativa dos músculos respiratórios. Ventilação Ventilação é o movimento de gás para dentro e para fora dos pulmões. As necessidades metabólicas de oxigênio requerem que um animal receba certo volume de ar dentro de seus pulmões, especialmente os alvéolos, a cada minuto. O volume total de ar inspirado por minuto, também conhecido como ventilação minuto (VE),é determinado pelo volume de cada respiração, conhecido como volume corrente (VC), e o número de respirações por minuto é conhecido como frequência respiratória (f), sistema representado na seguinte equação: VE=VC x f O ar flui para os alvéolos através das narinas, da cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolo. Estas estruturas constituem as vias aéreas de condução. A troca gasosa não ocorre nestas vias. Ventilação minuto (VE) Volume corrente (VC) Frequência respiratória (f) Espaço morto (VD) Ventilação alveolar (VA) Capacidade respiratória: soma de todos os volumes, quantidade máxima de ar para ser expirado. Portanto, a ventilação minuto (VE) é a soma da ventilação alveolar (VA), que é essencial troca gasosa, com a ventilação de espaço morto (VD), que é a ventilação desperdiçada. A ventilação alveolar é regulada por mecanismos de controle para sincronizar a tomada de O2 com a eliminação de CO2 necessárias ao metabolismo. Assim, quando um animal é submetido a um exercício, a ventilação alveolar aumenta, recebendo mais O2 e eliminando mais CO2. Fração de cada respiração que ventila o espaço morto é conhecida como relação espaço morto/volume corrente (VD/VC). A VD/VC varia de forma considerável entre as espécies. Em pequenas espécies, como cães, ela se aproxima de 33%, ao passo que em algumas espécies maiores, como bovinos e cavalos, chega perto de 50% a 75%. Estas mudanças no VC e na f ocorrem em animais em exercício e durante a termorregulação. Termorregulação O ar que entra no sistema respiratório geralmente é mais frio que a temperatura corporal e não é saturado por vapor de água. Conforme o ar passa pelo espaço morto para o pulmão, é aquecido pela transferência de calor dos capilares das mucosas respiratórias e umidificado pela evaporação de água da superfície mucosa do espaço morto. Quando o animal exala, o calor é perdido devido à saída de ar umidificado e aquecido do corpo. Elevação da temperatura no espaço morto ⇢ elevação da evaporação da água ⇢ perda de calor. Contrariamente aos efeitos provocados pelo estresse por calor, os animais submetidos ao estresse por frio apresentam uma maior taxa metabólica, necessária para manter a temperatura corporal em situações de frio. Isto leva ao aumento do consumo de O2 e da produção de CO2, tornando necessário o aumento da ventilação alveolar e a diminuição da ventilação do espaço morto. Recomendações O veterinário precisa se assegurar de que o equipamento usado para a anestesia ou o tratamento para o trato respiratório não aumentem o espaço morto. Sondas endotraqueais excessivamente longas ou máscaras muito largas dão origem a um grande espaço morto dentro do próprio equipamento. Como consequência, o animal deve receber um VC grande para que possa obter uma ventilação alveolar adequada. movimentos muscular inspiração ocorre quando os músculos respiratórios se contraem para expandir o tórax, estendendo o pulmão, e criar a pressão alveolar subatmosférica que faz com que o ar entre no sistema respiratório. Durante a expiração, a energia elástica armazenada no tórax e no pulmão estendido faz com que eles diminuam de volume, ocasionando um aumento na pressão alveolar que leva o ar para fora do sistema respiratório. Portanto, na maioria dos mamíferos em repouso, a expiração não exige esforço muscular. O alargamento do tórax cria a pressão negativa (subatmosférica) necessária para fazer com que o ar entre nos pulmões durante a inspiração. Os músculos intercostais externos também são ativos durante a inspiração. A pressão subatmosférica gerada dentro do trato respiratório durante a inspiração leva ao colapso das narinas externas, faringe e laringe. Conforme a cavidade torácica fica menor, a pressão intratorácica aumenta e força a saída de ar dos pulmões.
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