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Avaliação do conhecimento e práticas de biossegurança em uma
amostra de profissionais da beleza de Goiânia-Goiás
Evaluation of knowledge and biosecurity practices in a sample of the professionals beautification of
Goiania-Goias
Hermínio Maurício da Rocha Sobrinho1, Clayson Moura Gomes2, Bruna Divina Ferreira1, Franciane do 
Nascimento Cunha1, Mayara Luma D. dos Santos Moraes1, Ramuza Aiecha C. de O. Lima1, Regina Maria 
Vargas Marques1, Tatiane Ramos Aires1, Tauane Silva de Oliveira1, Luciana de Lara Pontes Ferreira1
1Curso Superior Tecnológico em Estética e Cosmética da Universidade Estadual de Goiás-GO, Brasil; 2Departamento de Medicina e 
Biomedicina da PUC, Goiás-GO, Brasil.
Objetivo – Avaliar o conhecimento sobre infecções e adesão às recomendações de biossegurança em uma amostra de profissionais do em-
belezamento de Goiânia-GO e região metropolitana. Métodos – Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva, do tipo survey, conduzida
no período de novembro do ano de 2013 a maio de 2014. Utilizou-se um questionário para a coleta dos dados. Resultados – Constatou-
se um conhecimento e adesão insatisfatórios em 52,1% dos entrevistados em relação aos aspectos de reprocessamento e reutilização de
materiais, inoculação cutânea de patógenos, transmissão, manifestações clínicas e prevenção de doenças infecciosas propagadas por via
percutânea. Mais da metade dos profissionais não apresentaram conhecimento satisfatório sobre as condutas recomendadas após acidentes
com instrumento cortante. Houve baixa adesão dos profissionais à lavagem de mãos, esterilização adequada de artigos e à proteção vacinal
para a Hepatite B. Conclusões – Os resultados deste estudo reforçam a necessidade de organização de um processo de educação prática
e orientada em saúde oferecendo treinamento, conscientização e supervisão, principalmente para manicures e cabeleireiros, em relação
à adesão e cumprimento das práticas de biossegurança para prevenção de doenças infecciosas em estabelecimentos de beleza.
Descritores: Infecção; Doenças profissionais/prevenção e controle; Desinfecção das mãos
Abstract
Objective – To evaluate the knowledge about infections and adherence to biosafety recommendations in a sample of professional beauti-
fication of Goiania-GO and its metropolitan area. Methods – This was a cross sectional, descriptive research, survey type, conducted from
November of the year 2013 to May 2014 a questionnaire was used for data collection. Results – It was found unsatisfactory knowledge and
adherence in 52.1% of the respondents in relation to aspects of reprocessing and reuse of materials, cutaneous inoculation of pathogens,
transmission, clinical manifestations and prevention of infectious diseases spread percutaneously. Over half of the professionals do not have
a satisfactory knowledge about recommended after accidents with cutting instrument. There was low compliance professionals to hand
washing, proper sterilization of articles and vaccine protection for hepatitis B. Conclusions – The results of this study reinforce the need for
organizing a process of practice-oriented education and health by offering training, awareness and supervision mainly for manicures and
hairdressers, in relation to adherence and compliance with biosecurity practices to prevent infectious diseases in beauty establishments. 
Descriptors: Infection; Occupational disease/prevention and control; Hands desinfection
Introdução
No país e em boa parte do mundo existe uma grande
variedade de serviços de embelezamento e estética
sendo ofertados à população, desde os tradicionais
como os de manicure/pedicure, corte de cabelo, tintura
de cabelo, barbeamento, depilação, limpeza de pele,
massagens, aos mais modernos, como maquiagem e
sobrancelhas definitivas, alisamentos capilares, peeling
faciais, depilação permanente e diversos tratamentos
estéticos cutâneos: anticelulite e estrias, antimanchas,
antiflacidez, antienvelhecimento, entre outros1-2.
Os institutos de beleza e centros e/ou clínicas de es-
tética são considerados estabelecimentos de interesse
da saúde, pois podem representar um risco para seus
usuários e profissionais, se as boas práticas de biosse-
gurança não forem adotadas3-4. Sabe-se que durante
procedimentos estéticos e de embelezamento áreas do
corpo são manipuladas por instrumentos, tais como:
alicates para remoção do eponíquio (cutículas), lâminas
de barbear, palitos, espátulas, tesouras, agulhas e outros
instrumentais perfurocortantes capazes de promover
lesões cutâneas que atingindo o leito vascular sanguíneo
oferecem o risco de sangramentos da pele possibili-
tando a transmissão de doenças infecciosas como
HIV/AIDS, hepatites B e C, além de infecções bacteria-
nas e fúngicas1-6. A contaminação de instrumentos es-
téticos com micro-organismos infecciosos, a baixa ade-
são do profissional às recomendações de biossegurança
e o pouco conhecimento sobre a transmissão destas
doenças, aliados à falta ou inadequada desinfecção
e/ou esterilização dos instrumentos cortantes possibilita
a transmissão cruzada destas doenças nos estabeleci-
mentos de embelezamento e estética1,3,4,7-10.
Os profissionais da beleza, durante procedimentos
estéticos, podem acidentalmente se expor ao sangue
de seus clientes, transmitir a sua própria infecção para
eles, ou transmitir a infecção a partir de um cliente
para outro1,6,11-15.
Verifica-se uma escassez de estudos direcionados à
adesão e conhecimento dos profissionais do segmento
J Health Sci Inst. 2014;32(4):343-52 343
da estética e beleza quanto às recomendações de bios-
segurança e conhecimento sobre a transmissão de doen-
ças infecciosas, ao contrário da vasta literatura na área
da saúde3. Diante do exposto a avaliação do conheci-
mento, riscos de transmissão de doenças infecciosas e
das práticas de biossegurança é fundamental no seg-
mento da beleza. Neste contexto, o presente estudo
teve como objetivo verificar o conhecimento e adesão
às recomendações de biossegurança em uma amostra
de profissionais do segmento da beleza da cidade de
Goiânia-GO e região metropolitana.
Métodos
Foi realizada uma pesquisa transversal, observacional,
com abordagem descritiva, com profissionais do seg-
mento da beleza e estética atuantes na cidade de Goiâ-
nia-GO e região metropolitana conduzida no período
entre novembro do ano de 2013 e julho de 2014. O es-
tudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do
Hospital de Urgências de Goiânia/GO-HUGO/SES re-
gistrado pelo protocolo nº CAAE: 22157813.0.0000.
0033. Foram selecionados 178 estabelecimentos de be-
leza e estética, de um total de 755 estabelecimentos,
que apresentavam endereço e número de telefone atua-
lizado no Sindicato dos Profissionais da Beleza do Estado
de Goiás (SINDIBELEZA), em Goiânia-GO. O cálculo
amostral foi baseado no número de profissionais da be-
leza da capital e região metropolitana cadastrados no
SINDIBELEZA, 16.000 profissionais da capital e 4.500
profissionais da região metropolitana de Goiânia-GO,
totalizando 20.500 profissionais da beleza, conforme
lista cadastral fornecida pelo SINDIBELEZA. O total
amostral foi de 378 profissionais da beleza, o erro amos-
tral adotado foi de 5%, o nível de confiança de 95%, o
percentual máximo considerado foi de 50% (percentual
de proporção do fenômeno estudado, de acordo com a
literatura regional). As entrevistas foram realizadas por
uma equipe, previamente treinada, composta por 9 en-
trevistadores. A população estudada foi dividida em três
grupos de 126 profissionais do segmento da beleza e
estética: 1) Cabeleireiros e/ou barbeiros, 2) Esteticistas
e 3) Manicures e/ou pedicures. O grupo de esteticistas
era composto por profissionais técnicos ou com curso
superior tecnológico em Estética e Cosmética que reali-
zavam procedimentos de massagem, depilação, drena-
gem linfática corporal, higienização e tratamento su-
perficial da pele, pigmentação de sobrancelhas e
manuseio de equipamentos e instrumentos estéticos. 
Os estabelecimentos de beleza (salões) e estética (cen-
tros de estéticae clínicas) foram mapeados cuidadosa-
mente por bairro para obter uma amostra que foi geogra-
ficamente distribuída ao longo da cidade de Goiânia-GO
e região metropolitana. Os critérios de participação dos
profissionais no estudo incluiu idade maior ou igual a 18
anos e pelo menos 1 ano de experiência, independente-
mente do gênero ou posição dentro do estabelecimento
de trabalho (ou seja, o proprietário ou funcionário). Em
cada estabelecimento foram aplicados três (3) questioná-
rios: um para manicure/pedicure, outro para Cabelei-
reiro/Barbeiro e o último para Esteticista. A coleta de da-
dos foi realizada pelos próprios pesquisadores mediante
a aplicação de um questionário estruturado, elaborado
pelos pesquisadores, baseado em estudos epidemiológi-
cos. Cerca da metade dos questionários foi aplicada a
profissionais atuantes na capital e o restante na região
metropolitana de Goiânia-GO, aplicados em 12 do total
de 20 municípios do entorno de Goiânia-GO. O instru-
mento de coleta de dados era composto por 34 questões,
sendo 32 de múltipla escolha e 2 questões abertas, divi-
dido em 4 partes: I – Informações sócio-demográficas
dos participantes; II – Conhecimento sobre transmissão e
prevenção de doenças infecciosas; III – Conhecimento
microbiológico sobre doenças infecciosas e IV – Reco-
mendações de biossegurança e adesão pelos profissionais. 
Quadro 1. Aspectos avaliados quanto ao conhecimento e adesão dos
profissionais em relação às práticas de biossegurança.
A adesão e o conhecimento foram tratados de forma
dicotômica; satisfatório/insatisfatório, suficiente/insufi-
ciente, sendo considerados satisfatórios/suficientes
aqueles em que houve acerto mínimo de 75% das ques-
tões específicas do questionário. Os dados obtidos fo-
ram tabulados e para o tratamento dos dados utilizou-
se métodos estatísticos descritivos, teste qui-quadrado
de Pearson ou exato de Fisher. As frequências e intervalo
de confiança de 95% das diferentes variáveis avaliadas
entre os grupos estudados foram calculadas utilizando-
se software Epi-Info versão 7.1. Foi utilizado o programa
Graph Pad PRISM software versão 5.0 (San Diego, CA,
EUA) para elaboração de gráficos. O nível de signifi-
cância estabelecido foi o p < 0,05 determinado pelo
teste do qui-quadrado (χ2) de Pearson ou exato de
Fisher, calculados pelo software SPSS versão 13.0.
Semiologia cutânea ou capilar
Higienização simples das mãos (HM)
Uso de EPI
Importância da anamnese 
e inspeção local
Procedimentos recomendados
Importância do diagnóstico
das lesões
Noções sobre transmissão
de infecções
Importância da intissepsia
de lesões
Situações em que realiza
os procedimentos
Procedimentos realizados
Diagnóstico realizado
Cuidados executados –
profilaxia
Situações em que realiza
a antissepsia
Reconhecimento 
da importância da HM
Dispositivos recomendados
para HM
Conhecimento sobre soluções
anti-sépticas
Situação em que realiza 
a HM
Dispositivos usados 
para HM
Uso de soluções 
anti-sépticas
Importância do uso de EPI
Conhecimento acerca da HM
no uso de luvas
Utilização dos EPI na prática
HM antes e após 
de calçar luvas
Reprocessamento
Conceito de descontaminação
Conceito de esterilização
situações indicadas para 
esterilização e/ou 
desinfecção
Descontaminação de artigos
Esterilização de artigos 
e processo utilizado
Situação em que desinfeta/
esteriliza artigos
Questões de Conhecimento Questões de Adesão
344 J Health Sci Inst. 2014;32(4):343-52
Sobrinho HMR, Gomes CM, Ferreira BD, Cunha FN, Moraes MLS, Lima RACO,
Marques RMV, Aires TR, Oliveira TS, Ferreita LLP.
O Quadro 1, apresentado logo abaixo, apresenta os
principais aspectos avaliados quanto ao conhecimento
e adesão dos profissionais em relação às práticas de
biossegurança.
Resultados 
Características sócio-demográficas dos profissio-
nais da beleza
As características sócio-demográficas dos 378 pro-
fissionais da beleza que aceitaram participar do estudo
são apresentadas, em seguida, na Tabela 1, onde pode-
se observar também alguns dados relacionados às ca-
racterísticas dos estabelecimentos de trabalho. A maio-
ria dos participantes do estudo trabalhava em pequenos
estabelecimentos (74,1%), era do sexo feminino
(83,3%), da raça caucasiana (60,5%), com média de
idade de 33 ± 10 anos, apresentando uma variação de
18 a 65 anos de idade, com ensino médio concluído
(35,7%) ou curso técnico profissionalizante na área da
beleza/estética (24,3%). A maior parte dos sujeitos in-
quiridos tinha de 5 a 10 anos de profissão (42,1%),
com uma carga horária diária de trabalho de 4 a 8
horas (54,2%), atendia uma média de 8 clientes por
dia (50,5%). Pouco mais da metade dos cabeleireiros e
esteticistas (52%) relataram ser o proprietário do esta-
belecimento, entretanto, 78% das manicures/pedicures
Tabela 1. Características sócio-demagráficas dos profissionais da beleza, Goiânia-GO, 2014.
Profissionais do Embelezamento (n = 378)
 Variáveis Cabeleireiros Esteticistas Manicures
 N=126, N (%) N=126, N (%) N=126, N (%)
 Sexo
 Masculino 32 (25,40) 19 (15,08) 7 (5,56)
 Feminino 94 (74,60) 107 (84,92) 114 (90,48)
* Cabeleireiros x Esteticistas (p= 0,0001). * Esteticistas x Manicures (p=0,02).
 Cor
 Caucasóide 92 (73,02) 80 (63,50) 57 (45,23)
 Mulato 28 (22,22) 36 (28,57) 43 (34,14)
 Negro 6 (4,76) 10 (7,93) 26 (20,63)
* Cabeleireiros x Manicures (p < 0,0001). * Esteticistas x Manicures (p=0,003). 
 Idade (Média ± Desvio Padrão)
 36 ± 12 anos 32 ± 9 anos 29 ± 10 anos 
 Estabelecimento
 Salão de Beleza 114 (90,48) 44 (34,92) 105 (83,33)
 Domicílio 5 (3,97) 2 (1,60) 12 (9,52)
 Centro de Beleza 7 (5,56) 4 (3,17) 9 (7,15)
 Clínica de Estética - 76 (60,31) –
* Cabeleireiros x Esteticistas (p < 0,0001). * Esteticistas x Manicures (p < 0,0001).
 Tamanho do Estabelecimento
 Pequeno (< 45 m2) 103 (81,75) 79 (62,70) 98 (77,78)
 Médio (45 – 80 m2) 14 (11,11) 40 (31,75) 16 (12,70)
 Grande (> 80 m2) 09 (7,14) 7 (5,56) 12 (9,52)
* Cabeleireiros x Esteticistas ( p = 0,003). * Esteticistas x Manicures ( p = 0,001).
 Tempo de Profissão
 < 5 anos 19 (15,08) 51 (40,48) 51 (40,48)
 5 a 10 anos 63 (50,0) 51 (40,48) 45 (35,71)
 10 a 15 anos 14 (11,11) 16 (12,70) 13 (10,32)
 > 20 anos 29 (23,02) 8 (6,34) 17 (13,49)
 Não respondeu 1 (0,79) – –
* Cabeleireiros x Esteticistas (p < 0,0001). * Cabeleireiros x Manicures (p = 0,0001).
 Escolaridade Completa
 Ensino Fundamental 22 (17,46) 6 (4,76) 21 (16,67)
 Ensino Médio 56 (44,45) 9 (7,14) 70 (55,56)
 Profissionalizante 19 (15,08) 49 (38,89) 24 (19,05)
 Ensino Superior 20 (15,87) 21 (16,67) 7 (5,55)
 Pós-graduação 2 (1,60) 8 (6,35) –
 Outro 7 (5,56) 33 (26,19) 4 (3,17)
* Cabeleireiros x Esteticistas (p < 0,0001). * Esteticistas x Manicures (p < 0,0001).
 Carga Horária diária
 < 4 horas 7 (5,56) 4 (3,17) 13 (10,32)
 4 – 8 horas 60 (47,62) 72 (57,14) 73 (57,94)
 8 – 12 horas 57 (45,24) 46 (36,51) 30 (23,81)
 > 12 horas 2 (1,59) 4 (3,17) 10 (7,94)
* Cabeleireiros x Manicures (p=0,0008). Esteticistas x Manicures (p=0,01). 
 Média de Clientes/Dia
 4 34 (26,98) 47 (37,30) 39 (30,95)
 8 55 (43,65) 59 (46,83) 77 (61,12)
 12 29 (23,02) 20 (15,87) 10 (7,93)
 > 12 8 (6,35) – –
* Cabeleireiros x Esteticistas (p=0,007). * Cabeleireiros x Manicures (p<0,0001). * Esteticistas x Manicures (p=0,03).
Legenda: n: amostra; %: proporção; p: significância da amostra * p < 0,05; Teste qui-quadrado.
J Health Sci Inst. 2014;32(4):343-52 Biossegurança por profissionais da beleza345
não eram proprietárias do estabelecimento onde traba-
lhavam, a maioria dos estabelecimentos selecionados
eram pequenos, apresentando uma área total menor
que 45 m2 (Observar Tabela 1).
Conhecimento dos profissionais sobre 
infecção e doenças infecciosas 
Dentre os sujeitos participantes deste estudo cerca
de 38% dos entrevistados não apresentavam conheci-
mento satisfatório/suficiente sobre a transmissão de
doenças infecciosas prevalentes em estabelecimentos
de beleza (micoses, dermatoses bacterianas, hepatite
B, hepatite C, HIV). Os resultadosreferentes ao co-
nhecimento dos profissionais sobre a prevalência de
infecções que podem acontecer nos estabelecimentos
de beleza, as manifestações clínicas destas e atitudes
dos pesquisados diante da constatação de lesões teci-
duais na clientela são apresentados na Tabela 2. Em
relação à sobrevivência do vírus da hepatite B em ma-
téria orgânica ressequida, a sua transmissão e a pato-
gênese da doença, 177 (46,8%) profissionais não ti-
nham conhecimento suficiente sobre estes aspectos.
Quase a metade (47,2%) dos entrevistados apresentava
conhecimento insatisfatório sobre as principais mani-
festações clínicas de doenças infecciosas que acome-
tem o sistema tegumentar humano (pele e anexos). Se-
tenta e cinco (19,8%) profissionais não realizavam
anamnese e nem a inspeção da pele, couro cabeludo
ou cabelos dos clientes antes de iniciar o procedi-
mento, ressaltando-se que no grupo de manicures
houve 66,6% de adesão adequada a este procedi-
mento, 75,4% entre os cabeleireiros e 96% entre as
esteticistas (observar o Gráfico 1). Noventa e oito en-
trevistados (26%) responderam que já atenderam clien-
tes apresentando alguma lesão tecidual e também já
tiveram algum contato com o sangue do cliente sem
utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) ao
longo do seu tempo de profissão (observar a Tabela 2). 
Gráfico 1. Adesão e conhecimento sobre medidas de biossegurança
empregadas por profissionais da beleza de Goiânia-GO
e região metropolitana, 2014.
Na avaliação geral às questões para análise do co-
nhecimento sobre infecção e doenças infecciosas per-
cebeu-se conhecimento insuficiente/insatisfatório por
197 (52,1%) entrevistados, com acertos nas questões
variando entre 26,6% e 73,3% no grupo de cabeleireiros
(n=66), 46,6% e 73,3% no grupo de esteticistas (n= 53)
346 J Health Sci Inst. 2014;32(4):343-52
Sobrinho HMR, Gomes CM, Ferreira BD, Cunha FN, Moraes MLS, Lima RACO,
Marques RMV, Aires TR, Oliveira TS, Ferreita LLP.
Tabela 2. Conhecimento e atitudes afirmadas pelos profissionais da beleza. 
Profissionais do Embelezamento (n= 378), Goiânia-GO, 2014.
 Variáveis Cabeleireiros N=126, Esteticistas N=126, Manicures N=126,
 N (%), IC 95% N (%), IC 95% N (%), IC 95%
 Conhecimento sobre prevalência de infecções nos estabelecimentos de beleza
 Insatisfatório 57 (45,24) 36,35 – 54,35 31 (24,60) 17,37 – 33,07 42 (33,33) 23,94 – 40,93
 Satisfatório 63 (50,00) 40,97 – 59,03 93 (73,81) 65,23 – 81,24 75 (59,52) 50,46 – 68,06
 Não respondeu 6 (4,76) 1,77 – 10,08 2 (1,59) 0,19 – 5,62 9 (7,15) 3,35 – 13,23
* Cabeleireiros x Esteticistas (p= 0,0004).
 Conhecimento sobre a sobrevivência dos vírus da Hepatite B em objetos não esterilizados
 Insatisfatório 51 (40,48) 31,83 – 49,58 43 (34,13) 25,92 – 43,10 32 (25,40) 18,07 – 33,92
 Satisfatório 60 (47,62) 38,65 – 56,70 74 (58,73) 49,62 – 67,42 67 (53,17) 44,08 – 62,12
 Não respondeu 15 (11,90) 6,82 – 18,87 9 (7,14) 3,32 – 13,13 27 (21,43) 14,62 – 29,62
 Conhecimento sobre manifestações clínicas de infecção
 Insatisfatório 52 (41,26) 32,85 – 50,75 54 (42,86) 34,08 – 51,98 72 (57,14) 48,02 – 65,92 
 Satisfatório 46 (36,50) 28,35 – 45,89 64 (50,79) 40,19 – 59,26 33 (26,20) 18,07 – 33,92
 Não respondeu 28 (22,24) 14,74 – 29,85 8 (6,35) 2,78 – 12,13 21 (16,66) 11,28 – 25,23
* Cabeleireiros x Manicures (p= 0,03). * Esteticistas x Manicures (p= 0,001). 
 Realização da Anamnese e inspeção dos clientes antes do procedimento 
 Não 24 (19,05) 12,08 – 26,32 5 (3,97) 1,30 – 9,02 38 (30,16) 22,31 – 38,97
 Sim 95 (75,40) 67,54 - 83,18 121 (96,03) 90,98 – 98,70 84 (66,67) 57,72 – 74,81
 Não respondeu 7 (5,55) 2,28 – 11,20 – 4 (3,17) 0,87 – 7,93
* Cabeleireiros x Esteticistas (p= 0,0002). * Manicure x Esteticista (p = 0,0001). 
 Atendimento do cliente apresentando lesão tecidual local
 Não 89 (70,63) 61,86 – 78,41 108 (85,70) 78,60 – 92,82 70 (55,56) 46,44 – 64,40 
 Sim 33 (26,20) 20,12 – 32,30 16 (12,70) 6,78 – 18,62 49 (39,00) 30,92 – 47,18
 Não respondeu 4 (3,17) 1,63 – 4,72 2 (1,60) 0,82 – 2,38 7 (5,44) 2,88 – 8,12
* Cabeleireiros x Esteticistas (p= 0,0088). * Esteticistas x manicures (p= 0,0001). Cabeleireiros x Manicures (p= 0,02). 
 Legenda: n: amostra; %: proporção; IC: índice de Confiança; p: significância da amostra * p < 0,05; Teste qui-quadrado.
e entre 13,3% e 66,6% no grupo de manicures (n= 78)
(p < 0,05, manicures x esteticistas). Apenas 181 profis-
sionais (47,9%) atingiram conhecimento suficiente/sa-
tisfatório sobre o processo de infecção (agentes biológi-
cos), inflamação, transmissão e manifestações clínicas
de doenças infecciosas.
Conhecimento e adesão às práticas de bios-
segurança para prevenir doenças infecciosas
em estabelecimentos de beleza e estética
Com relação à adoção de medidas de biossegurança
para a prevenção de doenças infecciosas, 27% dos
J Health Sci Inst. 2014;32(4):343-52 Biossegurança por profissionais da beleza347
Tabela 3. Conhecimento e práticas de biossegurança autoafirmadas pelos profissionais da beleza, Goiânia-GO, 2014. 
Profissionais do Embelezamento (n= 378)
 Variáveis Cabeleireiros N=126, N(%), IC 95% Esteticistas N=126, Manicures N=126,
 IC 95% N (%), IC 95% N (%), IC 95%
 Lavagem as mãos antes e/ou após o atendimento do cliente
 Não 29 (23,02) 16,71 – 29,33 22 (17,46) 10,34 – 24,58 51 (40,48) 33,35 – 47,61
 Sim 97 (76,98) 68,65 – 84,01 104 (82,54) 74,77 – 88,72 75 (59,52) 50,42 – 68,17
*Cabeleireiros x Manicures (p= 0,0002). *Esteticistas x Manicures (p < 0,0001).
 Uso de Equipamentos de Proteção Individual
 Não 16 (12,70) 7,13 – 18,27 4 (3,17) 0,49 – 7,80 31 (24,60) 17,37 – 33,07
 Sim 104 (82,54) 78,06 – 91,20 119 (94,45) 85,89 – 98,13 92 (73,02) 63,95 – 79,65
 Às Vezes 5 (3,96) 2,1 – 5,92 3 (2,38) 0,49 – 6,80 3 (2,38) 0,49 – 6,80
 Não respondeu 1 (0,80) 0,04 – 3,52 – –
* Cabeleireiros x Esteticistas (p= 0,001). * Esteticistas x Manicures (p< 0,0001). * Cabeleireiros x Manicures (p= 0,005).
 Acidente ocupacional com instrumento cortante
 Não 110 (87,30) 80,20 – 92,56 116 (92,06) 85,89 – 96,13 112 (88,89) 82,06 – 93,79
 Sim 14 (11,11) 6,21 – 17,94 10 (7,94) 3,87 – 14,11 11 (8,73) 4,44 – 15,08
 Não respondeu 2 (1,59) 0,19 – 5,62 – 3 (2,38) 0,49 – 6,80
 Reutilização de toalhas, toucas, luvas e outros materiais
 Não 93 (73,81) 65,23 – 81,24 112 (88,89) 84,02- 93,36 88 (69,84) 61,03 – 77,69
 Sim 31 (24,60) 17,61 – 29,30 4 (0,80) 0,02 – 4,10 37 (29,36) 22,51 – 36,21
 Não respondeu 2 (1,59) 0,19 – 5,62 10 (7,93) 2,98 – 12,23 1 (0,80) 0,04 – 3,52
* Cabeleireiros x Esteticistas (p < 0,0001). * Esteticistas x Manicures (p < 0,0001). 
 Disponibilização de soluções anti-sépticas
 Não 50 (39,70) 33,16 – 46,24 7 (5,56) 2,38 – 11,65 48 (38,10) 33,79 – 42,41
 Sim 70 (55,56) 48,47 – 62,65 117 (92,85) 87,75 – 97,95 77 (61,11) 56,64 – 65,58
 Não respondeu 6 (4,74) 1,77 – 9,08 2 (1,59) 0,19 – 5,66 1 (0,79) 0,04 – 3,51
* Cabeleireiros x Esteticistas (p < 0,0001). * Esteticistas x Manicures (p < 0,0001). 
 Realização de higiene dos instrumentos de trabalho
 Não 3 (2,38) 0,50 – 6,85 7 (5,56) 2,26 – 11,11 7 (5,56) 2,26 – 11,11 
 Sim 106 (84,10) 77,29 – 90,59 89 (70,63) 61,86 – 78,41 49 (38,89) 30,34 – 47,98
 No final do expediente 12 (9,52) 4,48 – 15,20 11 (8,73) 4,44 – 15,08 50 (39,68) 31,44 – 48,38
 No final da semana 5 (4,00) 1,31 – 9,09 19 (15,08) 9,33 – 22,54 20 (15,87) 9,38 – 22,94
* Cabeleireiros x Esteticistas (p = 0,01). * Cabeleireiros x Manicures (p< 0,0001). * Esteticistas x Manicures (p< 0,0001) 
 Presença de equipamentos para esterilização de materiais (Estufa Pasteur e/ou Autoclave)
 Não 25 (19,84) 13,27 – 27,88 28 (22,22) 15,43 – 30,72 26 (20,63) 13,94 – 28,75
 Sim 92 (73,02) 64,38 – 80,53 87 (69,05) 59,90 – 76,78 100 (79,37) 71,25 – 86,06
 Não respondeu 9 (7,14) 3,32 – 13,13 11 (8,73) 4,48 – 15,20 –
 Realização de procedimento anti-séptico em lesão cutânea
 Não 25 (19,85) 14,75 – 25,00 21 (16,65) 9,84 – 23,46 22 (17,45) 10,35 – 24,55 
 Sim 75 (59,50) 52,35 – 66,65 62 (49,20) 39,32 – 57,53 97 (77,00) 70,92 – 84,13
 Não respondeu 26(20,65) 13,83 – 27,47 43 (34,15) 29,05 – 39,25 7 (5,55) 2,38 – 11,65
* Cabeleireiros x Esteticistas (p < 0,0001). * Esteticistas x Manicures (p < 0,0001). 
 Conhecimento sobre prazo máximo de validade de artigos esterilizados
 Insatisfatório 29 (23,02) 15,99 – 31,35 26 (20,63) 13,94 – 28,75 48 (38,10) 29,59 – 47,17
 Satisfatório 82 (65,08) 56,08 – 73,35 81 (64,29) 55,26 – 72,62 43 (34,13) 25,92 – 43,10
 Não respondeu 15 (11,90) 6,82 – 18,87 19 (15,08) 9,33 – 22,54 35 (27,78) 20,17 – 36,46
* Cabeleireiros x Manicures (p = 0,002). * Esteticistas x Manicures (p = 0,0001).
 Conhecimento sobre manutenção preventiva de equipamentos de esterilização
 Insatisfatório 50 (39,68) 31,08 – 48,78 51 (40,48) 31,83 – 49,58 62 (49,21) 40,19 – 58,26
 Satisfatório 44 (34,92) 26,65 – 43,92 56 (44,44) 35,60 – 53,56 29 (23,02) 25,99 – 31,35
 Não respondeu 32 (25,40) 18,07 – 33,92 19 (15,08) 9,33 – 22,54 35 (27,78) 20,17 – 36,46
* Esteticistas x Manicures (p= 0,005). 
 Conhecimento sobre procedimento de estancamento de sangramento cutâneo local
 Insatisfatório 43 (34,12) 25,40 – 42,60 62 (49,21) 40,19 – 58,26 52 (41,27) 32,58 – 50,38
 Satisfatório 53 (42,08) 33,61 – 51,56 32 (25,40) 18,07 – 33,92 54 (42,86) 34,08 – 51,98
 Não respondeu 30 (23,80) 16,82 – 32,46 32 (25,40) 18,07 – 33,92 20 (15,87) 9,97 – 23,44
*Cabeleireiros x Esteticistas (p = 0,005). *Esteticistas x Manicures (p = 0,02). 
 Realização de cursos de aperfeiçoamento profissional nos últimos 5 anos
 Não 29 (23,02) 16,33 – 30,54 20 (15,87) 9,97 – 23,44 31 (24,61) 17,62 – 28,34
 Sim 97 (76,98) 67,46 – 87,68 106 (84,13) 76,56 – 90,03 95 (75,39) 67,66 – 82,38
Legenda: n: amostra; %: proporção; IC: índice de Confiança; p: significância da amostra * p < 0,05; Teste qui-quadrado. 
profissionais inqueridos declararam que não lavavam
as mãos, com água e sabão, antes e/ou após o atendi-
mento de cada cliente, com adesão adequada de
68,6% entre cabeleireiros, 74,7% entre esteticistas e
50,4% entre as manicures. Cerca de 25% dos profis-
sionais relataram que o seu estabelecimento de traba-
lho não disponibilizava soluções anti-sépticas e nem
luvas de procedimento para uso. Quinze por cento
(15%) dos entrevistados relataram não usar nenhum
tipo de EPI durante as suas atividades laborais, sendo
que 36,7% das manicures, 31,4% dos cabeleireiros e
6,0% das esteticistas não se aderiram adequadamente
ao uso de EPI. Os resultados da adesão dos profissio-
nais às medidas de biossegurança são apresentados
no Gráfico 1. Quase 20% dos profissionais reutilizavam
toucas, toalhas, luvas, recipientes e outros materiais
durante o dia de trabalho entre a sua clientela, sendo
realizada por 29,3% das manicures e por 24,6% dos
cabeleireiros. Aproximadamente 20% dos entrevistados
declararam realizar higiene dos materiais de trabalho
apenas no final do expediente. Os resultados relacio-
nados com o conhecimento e práticas de biossegu-
rança realizadas pelos participantes desta pesquisa são
apresentados na Tabela 3. Do total de 178 estabeleci-
mentos de beleza visitados durante a pesquisa 46 (26%)
não possuíam equipamentos para esterilização de ins-
trumentos estéticos (estufa e/ou autoclave), realizavam
apenas lavagem e/ou desinfecção dos instrumentos es-
téticos. Destes estabelecimentos 27 (58%) estavam lo-
calizados na região metropolitana de Goiânia-GO e
19 (42%) na capital. Setenta e oito (20,8%) profissionais
afirmaram que apenas o procedimento de limpeza e
desinfecção dos instrumentos de trabalho seria sufi-
ciente para eliminar todos os tipos de agentes infec-
ciosos dos artigos, sendo que a adesão adequada à es-
terilização dos artigos estéticos foi de 34,9% entre ca-
beleireiros, 58,7% entre esteticistas e 39,6% entre
manicures. Os principais produtos desinfetantes utili-
zados e a frequência destes nestes estabelecimentos
eram: o etanol (53%), o hipoclorito de sódio (31%),
ácido peracético (9%) e o glutaraldeído (7%). Setenta
e seis profissionais (20,1%) não conheciam a concen-
tração e o tempo adequado da substância desinfetante
empregada, sendo que os instrumentais ficavam imer-
sos, na solução, em um recipiente por alguns minutos,
horas ou até de um dia para o outro. Os entrevistados
foram questionados a respeito da visita de algum órgão
fiscalizador municipal ou estadual (Vigilância Sanitária)
nos últimos 12 meses e 298 (78,8%) profissionais res-
ponderam que não receberam tal visita. 
Quando questionados sobre o tempo e a temperatura
que os profissionais utilizavam para a esterilização de
materiais na estufa, 32% dos entrevistados que respon-
deram a esta questão realizavam o procedimento in-
correto para esta relação e 23% não souberam respon-
der a esta pergunta. Quanto ao uso desta relação na
autoclave, 30% dos profissionais que responderam a
este questionamento que a utilizavam de maneira in-
correta e 35% não souberam responder. Estes resultados
são apresentados na Tabela 4. Vinte e sete por cento
(27%) dos entrevistados utilizavam instrumentos este-
rilizados além do prazo máximo de validade do pro-
cesso e 43% não realizavam manutenção preventiva
adequada nos equipamentos de esterilização (estes da-
dos são apresentados na Tabela 3). 
Diante de um corte acidental da pele do cliente com
348 J Health Sci Inst. 2014;32(4):343-52
Sobrinho HMR, Gomes CM, Ferreira BD, Cunha FN, Moraes MLS, Lima RACO,
Marques RMV, Aires TR, Oliveira TS, Ferreita LLP.
Tabela 4. Relação tempo/temperatura das estufas e autoclaves afirmada pelos profissionais da beleza para esterilização de
instrumentais de trabalho.
Profissionais do Embelezamento (n= 378), Goiânia-GO, 2014.
 Cabeleireiros n (%) Esteticistas n (%) Manicures n (%) 
 Estufa
 Relação correta 44 (34,92) 74 (58,73) 50 (39,68)
 Relação Incorreta 50 (39,68) 27 (21,43) 45 (35,71)
 Não respondeu 32 (25,40) 25 (19,84) 31 (24,60)
* Cabeleireiros x Esteticistas (p = 0,0003). * Manicures x Esteticistas (p = 0,004).
 Autoclave
 Relação correta 30 (23,81) 67 (53,17) 34 (26,98)
 Relação Incorreta 38 (30,16) 28 (22,22) 49 (38,90)
 Não respondeu 58 (46,03) 31 (24,60) 43 (34,12)
* Cabeleireiros x Esteticistas (p = 0,001). * Manicures x Esteticistas (p =0,0001). 
Legenda: n: amostra; %: proporção; p: significância da amostra; * p < 0,05; Teste qui-quadrado. 
Tabela 5. Situação vacinal para Hepatite B autoafirmada pelos profissionais da beleza.
Profissionais do Embelezamento (n=378), Goiânia-GO, 2014.
 Cabeleireiros n (%) Esteticistas n (%) Manicures n (%) 
 Avaliação do esquema vacinal
 Não vacinados 21 (16,67) 22 (17,46) 30 (23,80)
 Vacinados 
 (Esquema Completo) 36 (28,57) 59 (46,82) 31 (24,60)
 Vacinados 
 (Esquema Incompleto) 52 (41,26) 34 (27,00) 39 (30,95)
 Não sabem 17 (13,50) 11 (8,72) 26 (20,65)
* Cabeleireiros x Esteticistas (p = 0,01). * Manicures x Esteticistas (p= 0,009). 
Legenda: n: amostra; %: proporção; p: significância da amostra; * p < 0,05; Teste qui-quadrado.
um instrumento perfurocortante (tesoura, alicate, na-
valha, etc.) 18% dos profissionais afirmaram não reali-
zar nenhum procedimento anti-séptico no local da
lesão tecidual, 52,3% apenas estancavam o sangra-
mento utilizando algodão com álcool e/ou papel ab-
sorvente ou até mesmo apertando o dedo no local.
Cerca de 89% dos entrevistados relataram que nunca
sofreram algum tipo de acidente com instrumentos per-
furocortantes no trabalho. Dos profissionais que já so-
freram acidente ocupacional com instrumentos perfu-
rocortantes 11% dos cabeleireiros relataram que já se
cortaram com tesouras e/ou navalhas, 8% dos esteti-
cistas relataram que já sofreram lesão tecidual com
agulhas e 9% das manicures responderam que já sofre-
ram alguma lesão tecidual provocada por alicates e/ou
palitos (estes dados são apresentados na Tabela 3). 
Quando questionados sobre os principais métodos
de prevenção de doenças infecciosas que podem ser
propagadas nos estabelecimentos de embelezamento,
a maioria dos profissionais (86%) relatou que já foi in-
formada, por meio da televisão, rádio, internet, cursos
de atualização profissionale outros meios de comuni-
cação, de pelo menos um método para prevenir doen-
ças infecciosas cutâneas. 
Foi evidenciado que 19% dos entrevistados afirmaram
não ter tomado nenhuma dose da vacina para hepatite
B nos últimos 10 anos, 33% afirmaram não ter com-
pletado o último esquema vacinal, 33% afirmaram ter
tomado as três doses vacinais durante o último esquema
vacinal e 14% não se lembravam ou não souberam
responder, evidenciou-se que adesão à vacinação para
hepatite B foi de 35,2% dos profissionais (dados apre-
sentados na Tabela 5).
Ao analisar a adesão global dos profissionais partici-
pantes desta investigação, quanto ao uso regular de EPIs,
reprocessamento adequado de artigos, lavagem das
mãos, anmnese e inspeção do cliente, e reutilização de
materiais, verificado por meio de todas as questões pro-
postas e considerando-se como adequado uma porcen-
tagem de acerto nas questões igual ou superior a 75%,
verificou-se que a adesão foi inadequada/insatisfatória
para 94 (74,6%) manicures, 79 (62,6%) cabeleireiros e
62 (49,2%) esteticistas (p < 0,0001, manicures x esteti-
cistas). Os profissionais esteticistas (50,8%) atingiram
maior índice de adesão adequada. Os acertos nas ques-
tões variaram entre 13,3% e 80% para manicures, 33,3%
e 80% para cabeleireiros e entre 40% e 86,6% para es-
teticistas. Alguns resultados referentes à adesão dos pro-
fissionais são apresentados no Gráfico 1.
Discussão
Os estabelecimentos de beleza são considerados lo-
cais de interesse da saúde, pois podem representar um
risco de infecção e propagação de doenças infecciosas
para seus usuários caso as práticas de biossegurança
não sejam obedecidas1,3,6. O risco de agravos à saúde
nos estabelecimentos de embelezamento pode ser va-
riado e cumulativo tanto para os trabalhadores como
para os clientes. Uma das maiores preocupações rela-
cionadas ao risco de infecções é a possibilidade de
propagação de doenças infecciosas tais como: Hepatite
B, Hepatite C e HIV/AIDS, além de micoses (Tinea ca-
pitis e onicomicoses), herpes, tétano e dermatoses bac-
terianas provocadas por Staphylococcus aureus, Stap-
hylococcus aureus resistente à Meticilina (MRSA),
Mycobacterium fortuitum, Mycobacterium abscessus
e Enterobactérias1,3,6,11,12,15-17.
As hepatites B e C e HIV/AIDS são consideradas
doenças de risco ocupacional para profissionais do em-
belezamento que utilizam instrumentos cortantes ina-
dequadamente desinfetados/esterilizados ou não este-
rilizados em suas atividades, os quais podem se
contaminar com o sangue, secreções biológicas cutâ-
neas e fragmentos teciduais dos clientes. O sangue e
outras secreções cutâneas também podem contaminar
produtos cosméticos, como esmaltes, que podem trans-
mitir micro-organismos infecciosos entre clientes e tam-
bém para o profissional que faz uso deste produto 
contaminado1,3.
Há pouco tempo as profissões relacionadas com a
área de embelezamento foram regulamentadas no Brasil
por meio da Lei nº 12.592 no ano de 201229. A mesma
reforça a obediência às normas sanitárias pelos profis-
sionais do segmento, sendo estes responsáveis pela
adequada desinfecção e/ou esterilização de instrumen-
tos, materiais e utensílios utilizados no atendimento a
sua clientela. Os profissionais que trabalham como 
cabeleireiros/barbeiros, manicures/pedicures e alguns
esteticistas sem formação técnica ou curso de ensino
superior, nem sempre passam por cursos de aper fei -
çoamento técnico ou treinamentos que abordam reco-
mendações de biossegurança e que ensinam, adequa-
damente, procedimentos de lavagem, desinfecção e
esterilização de instrumentos cortantes4,10. Esta falta de
formação e/ou conhecimento é registrada na literatura
evidenciando que os salões de beleza e centros de es-
tética podem contribuir para a disseminação de micro-
organismos e doenças que muitas vezes são adquiridas,
mas que acabam não sendo associadas a estes ambien-
tes, num processo de transmissão silenciosa4,10. 
Este foi o primeiro estudo, segundo nosso conheci-
mento, realizado no estado de Goiás que avaliou desde
o conhecimento microbiológico dos profissionais do
embelezamento em relação ao processo de infecção
até a adesão dos profissionais às recomendações de
boas práticas de biossegurança durante as atividades
laborais. Foi constatado um nível insatisfatório/insufi-
ciente de conhecimento em relação aos aspectos ava-
liados em 38% dos profissionais da beleza, sendo mais
considerável nas categorias de cabeleireiros (50,1%) e
manicures/pedicures (47,6%), provavelmente, devido
ao menor nível de escolaridade e qualidade da forma-
ção profissional quando comparado com os esteticistas,
que na sua maioria tinham curso superior de ensino
completo, conforme apresentado nas Tabelas 1 e 2, res-
pectivamente. No que tange à formação profissional
para cabeleireiros e manicures, foi verificado que ter
realizado curso regular profissionalizante e cursos de
J Health Sci Inst. 2014;32(4):343-52 Biossegurança por profissionais da beleza349
aperfeiçoamento profissional nos últimos 5 anos não
implicou em maior adesão às medidas de biossegu-
rança, apesar do conhecimento suficiente em cerca de
50% destes profissionais. 
Mais de um terço dos participantes tinham ensino
médio completo e/ou curso técnico profissionalizante
na área da beleza/estética e trabalhavam neste segmento
há mais de 5 anos, contudo estas características não
garantiram o conhecimento e adesão satisfatórios sobre
a transmissão e prevenção de doenças infecciosas e o
cumprimento das boas práticas de biossegurança no
ambiente ocupacional, resultado que se encontra em
consonância com outros estudos1,4,7,18-19,30.
Em relação aos aspectos estudados nesta pesquisa,
não foram constatadas diferenças estatísticas signifi-
cantes entre os profissionais do embelezamento que
trabalhavam na capital em relação aos profissionais da
região metropolitana de Goiânia-GO. Foi constatada a
presença de não conformidades ou falhas nos procedi-
mentos de reprocessamento de artigos (32,3%, Tabela
4), reutilização de toalhas, toucas, luvas e recipientes
entre a clientela (17,5%), na prática da higienização
das mãos (27,0%), não uso de EPIs (16,4%) e em vários
outros cuidados referentes à biossegurança, corrobo-
rando com os resultados encontrados por outros pes-
quisadores brasileiros nos estados de São Paulo e Minas
Gerais e em países como a Itália e Canadá3-5,7,10. 
No que se diz respeito aos critérios de lavagem das
mãos antes e/ou após o atendimento de cada cliente e
não uso regular de EPIs pelos profissionais, respectiva-
mente 40,5% e 24,6% das manicures referiu não obe-
decer a estes critérios. Estes resultados são semelhantes
a outros estudos nacionais realizados com manicures,
como o de Garbaccio e Oliveira (2013) em Minas Ge-
rais, com referência a 61% de manicures que não usa-
vam regularmente os EPIs e 13% que não lavavam as
mãos durante a jornada de trabalho, e também com o
estudo de Oliveira e Focaccia (2010) em São Paulo, re-
ferindo que 26% das manicures não realizavam a lava-
gem das mãos entre o atendimento dos clientes e 80%
não usavam os EPIs (luvas e jaleco), no estudo de Diniz
e Matté (2013), realizado em Jacareí-SP, referiram que
apenas 50% das manicures usavam EPIs (luvas).
Quando os sujeitos desta pesquisa foram inquiridos
sobre o contato com o sangue dos seus clientes 26%
dos profissionais relataram já ter entrado em contato
com o sangue dos seus clientes pelo menos uma vez
durante o seu tempo de profissão e 11,1% dos cabelei-
reiros, 8,0% dos esteticistas e 8,8% das manicures afir-
maram ter sofrido algum acidente ocupacional com
instrumentos perfurocortantes (Tabela 3), fato que tem
sido constantemente destacado por outros estudos de-
monstrando a suscetibilidade destes profissionais para
adquirir doenças infecciosas transmitidas pelo sangue,
como as hepatites B e C e HIV/AIDS3-5,7-9,19-21. Sobre a
conduta dos profissionais após um acidente com expo-
sição à material biológico, verificou-se que boa parte
destes (18%) não praticavam medida preventiva ime-
diata, como lavagemdo local com água e sabão e uso
de um produto anti-séptico sobre a lesão, conforme re-
comendação da Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (ANVISA) e do Centro para Controle e Prevenção
de Doenças dos EUA (Center of Disease Control and
Prevention – CDC)23. Evidenciou-se a grande preocu-
pação do profissional em apenas estancar o sangra-
mento pelo uso de hemostasia química ou mecânica,
geralmente apertando um algodão ou papel absorvente,
ou até mesmo o dedo no local da lesão tecidual. 
Com relação ao emprego de processos físico-quími-
cos para a eliminação de micro-organismos infecciosos
de instrumentos de trabalho contaminados 20,8% dos
profissionais entrevistados afirmaram, neste estudo, que
apenas a limpeza e desinfecção dos instrumentos utili-
zando o álcool a 70% ou outros produtos químicos
germicidas seriam suficientes para eliminar todas as
formas de micro-organismos infecciosos sendo desne-
cessária a esterilização dos materiais usando o processo
de calor da estufa ou autoclave. Este fato é preocupante
e demonstra que estes profissionais não possuem o co-
nhecimento satisfatório sobre a eficácia do processo
de esterilização de materiais em relação ao processo
de desinfecção, corroborando com resultados de outros
estudos que referiram que cabeleireiros/barbeiros e ma-
nicures não apresentavam conhecimento suficiente so-
bre a importância do processo de esterilização para a
eliminação de micro-organismos infecciosos3-4,7-8,10.
Quanto ao emprego dos critérios de tempo e tempe-
ratura adequados para a realização da esterilização dos
instrumentos de trabalho constatou-se que 32,2% e
30,4% dos profissionais da beleza utilizavam esta rela-
ção incorreta, respectivamente, para o procedimento
na estufa e autoclave (Tabela 4). O uso de instrumentos
esterilizados além do prazo máximo de validade foi re-
ferido por 27% dos entrevistados, os quais utilizavam o
instrumento após 7 dias de esterilização na estufa e
após 21 dias de esterilização na autoclave quando em-
balados adequadamente em papel grau cirúrgico, de
acordo com as recomendações preconizadas pela AN-
VISA24. Vale lembrar que o prazo de validade de artigos
esterilizados é variável de acordo com a eficiência da
embalagem e das condições de armazenamento25. Es-
tudo realizado com manicures do município de São
Paulo-SP por Yoshida e colaboradores (2014) demonstrou
resultado semelhante ao nosso estudo, referindo que
65,7% das manicures não executavam o procedimento
adequado de esterilização utilizando o processo físico
(estufa e/ou autoclave), e ainda estudos realizados em
Goiás e Minas Gerais apresentaram resultados seme-
lhantes27-28. Este fato demonstra que os artigos de traba-
lho, de serviços de embelezamento, indevidamente es-
terilizados são potenciais fontes para a transmissão de
agentes infecciosos, tais como vírus da hepatite B e C,
HIV/AIDS, fungos e bactérias resistentes ao calor, capa-
zes de provocar doenças infecciosas nos profissionais
que utilizam estes instrumentos e na sua clientela3.
O vírus da hepatite B (VHB) apresenta certa resistên-
cia no meio ambiente, podendo sobreviver por uma
semana em amostra de sangue seco sobre alguma su-
350 J Health Sci Inst. 2014;32(4):343-52
Sobrinho HMR, Gomes CM, Ferreira BD, Cunha FN, Moraes MLS, Lima RACO,
Marques RMV, Aires TR, Oliveira TS, Ferreita LLP.
perfície e até em recipientes contendo produtos cos-
méticos14. A transmissão do VHB e o risco ocupacional
de adquirir a hepatite B têm sido atribuídos, provavel-
mente, como resultado de lesões da pele ou mucosas
por materiais perfurocortantes que deveriam ser de uso
único ou que não foram submetidos a processos de es-
terilização adequados4.
Verificou-se no presente estudo que 19,3% dos pro-
fissionais da beleza não haviam recebido nenhuma
dose da vacina para a hepatite B nos últimos dez anos,
e 33% afirmaram ter recebido uma ou duas sem com-
pletar todo o esquema vacinal de três doses, estes re-
sultados são semelhantes aos apresentados por outros
estudos nacionais3-4,28. Entretanto, ao que parece, os
profissionais da beleza ainda não estão sensibilizados
para a importância de se vacinar.
Conclusão
Verificou-se nesta pesquisa que o conhecimento acu-
mulado por esta amostra de profissionais da beleza de
Goiás sobre os assuntos avaliados não garante que pro-
cessos como, atendimento adequado do cliente, práti-
cas de higiene, uso regular de EPIs, limpeza e esterili-
zação apropriada de instrumentos de trabalho e demais
recomendações de biossegurança sejam adequadas. 
Embora os profissionais desta área possuam informa-
ções sobre os riscos existentes, sua adesão às práticas
de biossegurança não eram condizentes com o seu co-
nhecimento. Infere-se que a percepção do risco de ad-
quirirem doenças infecciosas durante o exercício pro-
fissional não é suficiente para transformar suas práticas.
Esta realidade pode ser explicada por meio da má for-
mação dos profissionais, pela deficiência na capacita-
ção, falta de conscientização profissional, pelos custos
envolvidos na prevenção de riscos ou até mesmo pela
falha na fiscalização sanitária, maior rigor no creden-
ciamento dos estabelecimentos e dos profissionais de
beleza e estética e realização de campanhas públicas
para melhor esclarecimento sobre as recomendações
de biossegurança para os profissionais e população.
Assim os resultados desta pesquisa reafirmam a im-
portância de uma maior atenção dos pesquisadores, das
autoridades sanitárias locais, estaduais e nacionais, assim
como das instituições de ensino que formam estes pro-
fissionais sobre o risco iminente desta área de atividade
para provocar agravos à saúde dos profissionais e da
sua clientela. Reforça também o incentivo a outras pes-
quisas para subsidiar políticas públicas para o setor da
estética e beleza no contexto nacional e internacional,
a necessidade de intervenções educativas pelo Sindicato
patronal e associações destes profissionais e pelos pró-
prios proprietários dos estabelecimentos de beleza. É
fundamental o planejamento e execução de um pro-
cesso de educação prática e orientada em saúde, ofere-
cendo treinamento, supervisão e monitoramento vol-
tado, principalmente, para os cabeleireiros/barbeiros e
manicures/pedicures em relação ao uso correto dos pro-
cedimentos de limpeza, desinfecção e esterilização de
instrumentais, e incentivos à adesão às boas práticas de
biossegurança durante a sua jornada de trabalho.
No final desta pesquisa, como devolutiva para os par-
ticipantes do estudo, um curso teórico-prático de Bios-
segurança com carga horária de 4 horas, foi oferecido
pelos professores do curso tecnológico em Estética e
Cosmética da Universidade Estadual de Goiás, Campus
Laranjeiras, Goiânia-GO, e uma reunião com o presi-
dente do sindicato patronal (SINDIBELEZA) e diretoria
da associação dos profissionais da beleza do estado de
Goiás (APROBELEZA) foi realizada com o objetivo de
discutir resultados parciais desta pesquisa e reforçar as
boas práticas de biossegurança pelos profissionais da
beleza.
Colaboradores
HM Rocha Sobrinho trabalhou na elaboração, con-
cepção e redação; LLP Ferreira participou da concepção
e da redação; CM Gomes trabalhou na metodologia;
BD Ferreira; FN Cunha; MLCS Moraes; RACO Lima;
RMV Marques; TR Aires e TS Oliveira; trabalharam na
pesquisa e tabulação dos dados provenientes da apli-
cação dos questionários.
Agradecimentos
À Universidade Estadual de Goiás pelo apoio e in-
centivo para a realização desta pesquisa. À equipe de
pesquisadores e a todos os profissionais que aceitaram
participar do estudo. 
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Endereço de correspondência:
Prof. Hermínio Maurício da Rocha Sobrinho
Av. Angélica, Chácara 22 – Jardim Bela Vista
Aparecida de Goiânia-GO, CEP 74912-015
Brasil
E-mail: herminio.sobrinho@gmail.com
Recebido em 27 de outubro de 2014
Aceito em 11 de dezembro de 2014
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