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18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 1/11 * Algumas perguntas ainda não avaliadas Prova Presencial Entrega 21 nov em 23:59 Pontos 60 Perguntas 10 Disponível 16 nov em 0:00 - 21 nov em 23:59 6 dias Limite de tempo 60 Minutos Instruções Histórico de tentativas Tentativa Tempo Pontuação MAIS RECENTE Tentativa 1 39 minutos 40 de 60 * As respostas corretas estarão disponíveis em 21 nov em 0:00. Pontuação deste teste: 40 de 60 * Enviado 18 nov em 21:01 Esta tentativa levou 39 minutos. A Prova Presencial tem peso 60 e é composta por: 8 (oito) questões objetivas (cada uma com o valor de 5 pontos); 2 (duas) questões dissertativas (cada uma com o valor de 10 pontos); Você terá 60 (sessenta) minutos para finalizar esta atividade avaliativa. 5 / 5 ptsPergunta 1 “O Manifesto comunista inicia-se com a afirmativa de que as classes sociais sempre se enfrentaram e “mantiveram uma luta constante, velada umas vezes e noutras franca e aberta; luta que terminou sempre com a transformação revolucionária de toda a sociedade ou pelo colapso das classes em luta”. Portanto, a história das sociedades https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690/history?version=1 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 2/11 cuja estrutura produtiva baseia-se na apropriação privada dos meios de produção pode ser descrita como a história das lutas de classes. Essa expressão, antes de significar uma situação de confronto explícito - que de fato pode ocorrer em certas circunstâncias históricas - expressa a existência de contradições numa estrutura classista, o antagonismo de interesses que caracteriza necessariamente uma relação entre classes, devido ao caráter dialético da realidade.” Em Marx, a sociedade se explica a partir da: Da organização de suas crenças e suas religiões Na forma como as mesmas organizam a sua produção. Na forma como as mesmas organizam suas burocracias administrativas. Da forma dada à organização de suas relações de parentesco. Da forma como as mesmas organizam sua política externa. 5 / 5 ptsPergunta 2 “Frequentemente, deparamo-nos com evidências de que o emprego da palavra não garante por si só o compartilhamento intersubjetivo de significados, podendo ocorrer a produção de significados não desejada por aqueles que buscam se comunicar. Por outro lado, buscar um significado unívoco, sem ambiguidades e sem polissemias, para termos que operam abstrações significativas nas Ciências Sociais nos parece improvável, senão impossível. Improvável porque o que confere sentido aos termos abstratos, as generalizações, é a teoria, e esta, nas Ciências Sociais, é inescapavelmente plural.” Acerca da polissemia conceitual nas Ciências humanas e sociais, é possível afirmar que: 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 3/11 Não há como afirmar que se tratam de conceitos científicos, visto poderem ser apresentados de forma diferente. Os conceitos nas Ciências humanas e sociais são polissêmicos visto que seus objetos de análise (fenômenos sociais) não se apresentam da mesma forma que os fenômenos naturais (objetos das ciências naturais/ exatas). Não há diferenças entre conceitos nas Ciências humanas e sociais, e nas Ciências naturais e exatas, visto estarem associados ao paradigma científico, que é universal. Os conceitos nas Ciências humanas e sociais são definidos de forma a terem a mesma precisão que os conceitos das Ciências naturais ou exatas, por isso mesmo, várias vezes são apresentados em expressões matemáticas garantidoras de sua precisão. As Ciências humanas e sociais prescindem do uso de conceitos em suas análises, visto trabalharem com fenômenos de difícil precisão. 5 / 5 ptsPergunta 3 “De início, pode-se supor que o conceito de “distopia” poderia ser simplesmente definido por meio de sua simples contraposição ao conceito de “utopia”, o que não nos parece um procedimento adequado. Um método mais válido para esta definição parece-nos ser o que confronta eutopia e distopia. Ou seja, trata-se da oposição entre o “bom lugar” e o “lugar ruim”. Pois a distopia apresenta um componente de materialidade – trata-se, em sua maioria, de lugares situados no tempo (geralmente no futuro) e no espaço – que o termo utopia não pressupõe em igual medida; cujo oposto seria tão somente topia. Dito de forma resumida, podemos então dizer que a distopia caracteriza-se pela extrapolação negativa do status quo à época de 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 4/11 sua funcionalização ficcional; já não nos parece ser cabível falar aqui em superação, como no conceito de utopia.” Nas distopias sociais, a sociedade geralmente é apresentada como: Sociedades justas e equilibradas, geralmente organizadas por mecanismos democráticos bastante consolidados. Sociedades idealizadas pautada na ideia de igualdade, onde as desigualdades de raça, cor e gênero estão superadas. Sociedades idealizadas onde problemas ligados à sustentabilidade social e ambiental foram superados. Sociedades idealizadas, retratos paradisíacos de igualdade, fraternidade e liberdade. Sociedades idealizadas onde elementos como ciência e tecnologia exacerbaram suas funções e os indivíduos, muitas vezes, está submetido às mesmas. 5 / 5 ptsPergunta 4 “A investigação dos distintos projetos de construção democrática e dos significados que os constituem se põe como tarefa analítica no Brasil pelo menos desde os anos oitenta, com a ruptura da momentânea “unidade” da sociedade civil que havia se construído em torno do restabelecimento do Estado de Direito e das instituições democráticas. O debate entre as várias concepções de democracia que se inicia naqueles anos, expressando a diversidade que sucedeu àquela “unidade”, catalisou boa parte das energias intelectuais e políticas do país. No entanto, nos últimos anos, o que denominamos acima de 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 5/11 “confluência perversa” agudizou, desde o nosso ponto de vista, a necessidade dessa tarefa. “ Ao pensarmos em sociedades na contemporaneidade, é certo afirmar que: Há uma diversidade de projetos sociais, visto a existir uma diversidade de formas de pensar e compreender as relações sociais. Existe apenas um grande projeto de sociedade, visto que a educação universal alcança a todos e homogeniza o pensamento. Existe uma diversidade de projetos sociais e todos eles têm em comum seu início religioso. Embora exista uma diversidade de formas de compreensão acerca das relações sociais, mas todas elas resultam num projeto universal de sociedade . O final das utopias culminou na unificação de um grande projeto de sociedade. 5 / 5 ptsPergunta 5 “A palavra "violência" parece ser um destes casos. Todos a conhecem ela é redigida ou pronunciada inúmeras vezes em incontáveis situações pelos mais diferentes atores sociais. O poder deste termo é evidente; ele parece expressar inequivocamente realidades sociais tão flagrantes quanto indesejáveis e dolorosas. Esta associação de "violência" a "inde¬selado.' e "doloroso" passa a ser vista corno a única acepção possível da palavra e ela a palavra, parece se fundir aos objetos que deveria representar. Esta fusão de palavra e coisa acaba por formar um agregado de difícil separação e no qual as 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 6/11 distâncias entre a linguagem e seus objetos de referência são apagadas” Acerca da conceituação de violência é possível afirmar que: Um dos únicos conceitos onde a polissemia não está presente nas ciências humanas/sociais. Definidos no senso comum, esses fenômenos são transferidos sem mediações paraas análises e reflexões científicas. As ciências humanas sociais pautam-se em definições jurídicas do fenômeno para entendê-los. Trata-se de um conceito unívoco, visto a unanimidade que encontramos em definir um ato violento. Trata-se de um conceito de difícil definição, visto a necessidade de contextualização para compreendê-lo. 5 / 5 ptsPergunta 6 “Desse modo, por um lado, vemos na modernidade o ideário de mudança como algo que viria para melhor, daí a ideia “positiva” (com a pertinente ambiguidade do termo) de “progresso”. Ademais, no que diz respeito à esfera econômica, também as teorias liberais afiançavam que o mercado se autorregularia, através de suas “leis de oferta e procura”. Tais formulações eram tidas como “naturais” e nota-se que havia uma espécie de teleologia em torno delas, anunciando que, no final, tudo acabaria bem.” Sobre as utopias sociais, podemos afirmar que: 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 7/11 Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas, no geral, apresentam princípios de orientação religiosa. Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas são, no geral, fortemente militarizadas e belicistas. Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas pautam-se em determinações genéticas para orientar a organização social. Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas são, geralmente, militarizadas e hierarquizadas. Nos projetos utópicos as sociedades idealizadas são retratos paradisíacos de igualdade, fraternidade e liberdade. 5 / 5 ptsPergunta 7 “A crença de que a razão é capaz de captar a dinâmica do mundo material e de que a lei natural, inscrita no coração dos homens, pode ser descoberta espontaneamente vai ganhando força, deteriorando, aos poucos, os velhos princípios de autoridade - entre os quais os mantidos pela Igreja católica. Sobre essa base, torna-se mais fácil compreender a emergência do empirismo, do racionalismo cartesiano e o avanço das ciências experimentais que, no seu conjunto, caracterizarão a era moderna.” Acerca do iluminismo, podemos afirmar que: Tem caráter antropocêntrico, ou seja, tem o Homem como centro do mundo e referência para todas as explicações. 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 8/11 Tem caráter científico, ou seja, tem Deus como centro do mundo e referência para todas as explicações. É politeísta já que propõe as divindades como referências para todas as explicações . Tem Deus como centro do mundo e referência para todas as explicações. Tem caráter economicista, isto é, tem na produção a referência para todas as explicações. 5 / 5 ptsPergunta 8 Esses três movimentos e momentos na história do liberalismo e do capitalismo: o maltusianismo social, o darwinismo social e o neoliberalismo apresentam características essenciais comuns que precisam ser lembradas. Todos emergem em momentos de crise do capitalismo. Todos são movimentos tipicamente reacionários, isto é, de reação contra os reais ou supostos desvios de rota em relação aos ideais liberais. Todos se insurgem contra a interferência crescente do Estado, particularmente no campo social. Todos carregam o ranço ideológico típico de um profundo pessimismo. Todos têm um cunho fundamentalista, pregando por isso o retorno ao passado, imaginada pureza da fé liberal original. Todos buscam na naturalização do social a legitimação da exclusão social. Sobre o liberalismo econômico é possível afirmar que: O Estado é fortemente interventor já que é entendido sob o viés do poder total na mão do monarca. 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 9/11 Tem como prioridade a distribuição equânime de rendas. Tem como ponto principal o fortalecimento do monopólio econômico do Estado em várias áreas produtivas. Se pauta na ideia de que o Estado não deve interferir no Mercado. Parte do princípio que o Estado deve atuar para diminuir as desigualdades sociais. Não avaliado ainda / 10 ptsPergunta 9 “Na atividade cotidiana de pesquisa em Ciências Humanas é comum encontrarmos inúmeros termos cujos significados são polissêmicos. Vocábulos como “identidade”, “estrutura”, “moral”, “cultura”, “ação”, dentre outros, são motivos de significativos “ruídos” na comunicação científica. Acreditamos que a polissemia, fenômeno de ocorrência habitual na vida cotidiana, tem seus efeitos negativos amplificados quando se trata de termos que, no contexto argumentativo, possuem status de conceito. Frequentemente, deparamo-nos com evidências de que o emprego da palavra não garante por si só o compartilhamento intersubjetivo de significados, podendo ocorrer a produção de significados não desejada por aqueles que buscam se comunicar. Por outro lado, buscar um significado unívoco, sem ambiguidades e sem polissemias, para termos que operam abstrações significativas nas Ciências Sociais nos parece improvável, senão impossível. Improvável porque o que confere sentido aos termos abstratos, as generalizações, é a teoria, e esta, nas Ciências Sociais, é inescapavelmente plural.” (Cotanda, Fernando Coutinho. A POLISSEMIA DOS CONCEITOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A SOCIOLOGIA: OS USOS DO TERMO “SISTEMA”. In: Educ. Soc., Campinas, v. 35, nº. 128, p. 629-996, jul.- set., 2014. P 830) Partindo do que você estudou em aula, das leituras indicadas e do excerto acima, produza um texto argumentativo acerca da polissemia dos conceitos nas ciências humanas e sociais. 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 10/11 Sua Resposta: O texto do enunciado trata sobre a polissemia nas ciências sociais e humanas que diz respeito aos diversos significados que uma palavra/fenômeno que poderá depender do contexto. Isso é bastante comum no âmbito das ciências sociais na medida em que esses conceitos são subjetivos e cabem interpretações diversas. Importante notar assim que a cultura, os costumes, a moral, os hábitos, dentre outros, variam conforme cada sociedade e por isso não podem ser conceituados de forma objetiva. Já nas ciências humanas apesar de em um certo grau apresentar uma limitação, a polissemia não pode ser vista como um defeito, pois ela abre a opção de várias interpretações sobre um mesmo fenômeno, que acontecem de perspectivas diferentes. Não podemos formular para a sociedade "leis" como podemos formular para a natureza, pois os fenômenos naturais são mecânicos e regulares - a gravidade sempre funciona do mesmo jeito, por exemplo - enquanto que os seres humanos são livres para agir de diversas maneiras diferentes, sendo impossível prever isto sempre. Contudo, não é por não ter "leis" mecânicas que as Ciências Humanas devam ser consideradas como não-confiáveis: mesmo que os fenômenos sociais não expliquem 100% dos comportamentos que pretendem explicar, ajudam a compreendê-lo parcialmente e, no mínimo, basear políticas públicas em estatísticas, de modo que, na medida do possível, as ciências humanas explicam algo difícil de explicar e influenciam positivamente os seus indicadores Não avaliado ainda / 10 ptsPergunta 10 Na teoria de Freud (1974a), a civilização é fundada na base de uma renúncia à satisfação pulsional, uma constante repressão das pulsões. O desenvolvimento da civilização pode ser compreendido como um processo peculiar experimentado pela humanidade, caracterizado pelas modificações que ele ocasiona nas habituais disposições pulsionais dos seres humanos, resultando numa certa economia da libido, que para Freud constituiria a “tarefa econômica de nossas vidas” (Freud, 1996a, p.103). Em geral, como afirma Freud (1987, 18/11/2020 Prova Presencial: Cultura e Sociedade https://dombosco.instructure.com/courses/3049/quizzes/14690 11/11 Sua Resposta: p.16), a civilização “tem de ser defendida contra o indivíduo, e seus regulamentos, instituições e ordens dirigem-se aessa tarefa”. A questão fatídica parece residir na possibilidade ou não de conciliar as reivindicações individuais de felicidade e as exigências contidas no processo de desenvolvimento em curso. (Lima, Brunno Marcondes de. O mal-estar na civilização: um diálogo entre Freud e Marcuse. In: Revista Mal-estar e Subjetividade – Fortaleza – Vol. X – Nº 1 – p. 61-86 – mar/2010) Partindo do que foi visto em aula, das leituras recomendadas e do excerto citado, elabore um texto curto sobre o argumento freudiano acerca do mal-estar na civilização. O mal-estar na civilização é um texto do médico e fundador da psicanálise Sigmund Freud que discute o fato da cultura - termo que o autor iguala à civilização - produzir um mal-estar nos seres humanos, pois que existe uma dicotomia entre os impulsos pulsionais e a civilização. Freud não distingue a civilização de cultura, como deferindo a vida em uma sociedade, de um homem animal. Assim, a civilização englobaria tanto o controle do homem perante a natureza, como um conjunto de regulamentos que regem os relacionamentos humanos. Freud coloca dá enfâse no texto que a civilização tende evitar o sofrimento e oferecer segurança, deixando o prazer em segundo plano, por exemplo. No texto Freud afirma que existe esse tipo de controle para que o homem possa viver em sociedade, evitando assim O MAL ESTAR na civilização. Pontuação do teste: 40 de 60