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Experimento 1 - Transformadores de Tensão Yuri Falcão Departamento de Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco Data de Realização: 03/05/2018 - Data de Entrega: 28/06/2018 Resumo—Neste experimento, buscamos compreender o funci- onamento de um Transformador de tensão. Utilizando conhe- cimentos sobre eletromagnetismo, iremos estudar este tipo de circuito de corrente alternada experimentalmente, para então relacionarmos com a teoria de como se dá a sua transformação de voltagem. I. OBJETIVO Comprovar experimentalmente a relação entre as tensões de entrada (Vd) e saída (Vs) do transformador. II. DESCRIÇÃO TEÓRICA Para fins de uma boa definição teórica, consideraremos um transformador ideal. Na figura, observamos duas bobinas enroladas em torno de um núcleo de ferro. Dispostos dessa maneira para que o acoplamento eletromagnético entre as bobinas seja otimizado (apesar do fenômeno em questão ocorrer sem o núcleo completo, ele fica enfraquecido, consequentemente passando menos corrente pelo circuito) e, assim, haja a menor perda de corrente possível. O enrolamento primário, com Np espiras, está conectado a um gerador de corrente alternada, cuja a força eletromotriz é dada por: ε = εmsen(ωt) [1] Com isso, a corrente primária alternada (Imag) induz um fluxo magnético alternado φ no núcleo de ferro. Como estamos considerando um transformador ideal, supomos que todo esse fluxo atravesse as espiras do secundário. De acordo com a Lei da Indução de Faraday, a força eletromotriz produzida em um circuito, pela indução, é expressa pelo negativo da derivada do fluxo magnético com o tempo através da área delimitada por esse circuito. Ou seja, a força eletromotriz induzida por espira εesp é a mesma em ambas. Podemos escrever então que: εesp = dφ dt = Vp Np = Vs Ns Simplificadamente: Vs = Vp ( Ns Np ) Essa equação descreve como se dá a transformação de voltagem num transformador. III. INSTRUMENTOS UTILIZADOS • 1 Transformador de tensão; • 2 Multímetros; • 1 Par de bobinas. • 1 Fonte de Tensão variável. IV. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Figura 1. Fotografia dos instrumentos utilizados no experimento já montados sobre a bancada. A bobina de entrada possui 600 espiras e a saída 300 espiras e o transformador possui um núcleo dividido em duas peças metálicas. O experimento foi montado como na foto acima. Um multímetro para medir as tensões de entrada e saída das respectivas espiras, um gerador de corrente o qual foi utilizado para variar a tensão (entre 0 e 14 volts) e o transformador para converter a tensão alternada de entrada numa diferente na saída. Assim, tomamos nota da variação da tensão na entrada e na saída, para dois transformadores diferentes: Tensão da entrada (V ) Tensão da saída (V ) 0 0 1,97 0,69 3,98 1,47 6,00 2,28 8,02 3,13 10,04 4,00 12,09 4,89 14,11 5,82 Tabela 1 - Valores encontrados para o primeiro transformador. Tensão da entrada (V ) Tensão da saída (V ) 0 0 1,97 16,08 3,99 34,10 5,99 51,6 8,02 69,10 10,02 86,10 12,04 103,20 14,07 121,20 Tabela 2 - Valores encontrados para o segundo transformador. A seguir, para a demonstração experimental da equação: Vs = Vp ( Ns Np ) , construiremos os gráficos referentes aos valores coletados, que nos dará o valor de Vs Vp , de acordo com o coeficiente angular da equação encontrada, para cada um dos transfor- madores. Por fim, compararemos o valor encontrado com o valor teórico e calcularemos o erro percentual, que nos dará uma noção da eficiência do primeiro transformador e o quão satisfatórios foram os dados do experimento. Para o segundo, apenas devemos encontrar a relação entre Vs Vp e concluir se o transformador em questão tem mais espiras na entrada ou na saída, sendo ele amplificador ou abaixador de corrente. V. GRÁFICOS E CÁLCULOS Para primeiro transformador, temos o seguinte valor teórico: Ns Np = 300 600 = 1 2 = 0, 5 De acordo com o gráfico, nosso valor experimental encontrado foi: Vs Vp = 0, 4139. Sendo assim, o erro percentual referente aos valores desse transformador é: |V alorExperimental − V alorTeorico| V alorTeorico · 100 |0, 4139− 0, 5| 0, 5 · 100 = 0, 0861 0, 5 · 100 = 17, 22% Para segundo transformador, temos: Ns Np = Vs Vp = 8, 6317 VI. CONCLUSÃO Apesar do erro de 17, 22% para o primeiro transformador, devemos considerar as condições do mesmo, pois esse está bastante gasto e velho, além de não ser possível obter o valor exato da teoria mesmo para um transformador novo, pois a teoria considera um transformador ideal. Considerando esses fatores, podemos dizer que a porcentagem de erro foi razoável para com o experimento. Contudo, isso não atraplha a compreensão do experimento, pois pudemos observar durante o experimento que mesmo sem a parte de cima do núcleo do transformador, o acoplamento eletromagnético ainda ocorria, apesar de mais fraco. Como pudemos observar experimen- talmente isso, podemos dizer que o transformador estava cumprindo sua função, mesmo que precáriamente, validando a relação NsNp = Vs Vp . Ademais, conseguimos demonstrar expe- rimentalmente que o segundo transformador é amplificador de corrente, tendo quase nove vezes mais espiras na saída do que na entrada. REFERÊNCIAS [1] D. Halliday and R. Resnick, Fundamentos de Física 3 - Eletromagne- tismo, 2nd ed. FUTURA, 1994.
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