Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Experimento 3 - Polarização da Luz Aluno - Yuri Falcão Departamento de Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco Realização: 25/05/2018 - Entrega: 28/06/2018 Resumo—O experimento consiste no estudo e compreensão experimental da Lei de Malus. Os professores e alunos montaram uma bancada com equipamentos como laser, lentes de polarização e detector de luminosidade para coletar dados de intensidade, de acordo com o ângulo variado. Por fim construindo um gráfico para validar a lei de acordo com os valores encontrados. I. OBJETIVO Analisar a polarização da luz emitida pelo laser e verificar experimentalmente a validade da Lei de Malus. II. DESCRIÇÃO TEÓRICA Como demonstrado teóricamente por James Clerk Maxwell e confirmadas experimentalmente por Heinrich Hertz, a luz é uma onda eletromagnética. Faraday mostrou que um campo magnético variável no tempo gera um campo elétrico. Maxwell mostrou que um campo elétrico variável com o tempo gera um campo magnético, e com isso há uma sustentação entre os campos eléctrico e magnético. Em seu trabalho, Maxwell demonstrou que essa onda se propagava a partir da variação no espaço de no tempo dos campos, elétrico e magnético, um perpendicular ao outro e que se movia a uma velocidade que seria muito parecida com a velocidade que havia sido obtida experimentalmente para a luz, daí a inferência de que a luz é uma onda eletromagnética. A luz gerada por uma lâmpada convencional é emitida com diversas polarizações sobrepostas, chamadas ondas não- polarizadas, por serem provenientes de diversos irradiadores independentes. É possível obter ondas polarizadas a partir de materiais específicos formados por cadeias moleculares que são boa condutoras de eletricidade e absorvem a energia dos campos que passam paralelos a ela e transmitem as que são perpendiculares, estes materiais são chamados de polaróides, a luz perde sua intensidade ao passar por ele. Então, se essa onda polarizada passar por outro polaróide, porém angulado em relação ao primeiro, como na figura (Figura 1.) a seguir: Figura 1. Laser incidente em dois polaróides, um parado e um rotacionado com um ângulo θ. Primeiramente devemos imaginar que a onda pode ser decomposta em duas componentes ao longo dos eixos x e y, com amplitudes Eox = Eocos(θ) e Eoy = Eosen(θ) respectivamente. Se a onda incidir em um polarizador cujo o eixo de transmissão está ao longo do eixo x, a componente em x não sofre perdas, enquanto a componente em y é totalmente absorvida. A intensidade I da luz polarizada, dados o ângulo θ entre os eixos dos polaroides e a constante da intensidade máxima da luz Im: I = Imcos 2(θ) - Lei de Malus [1] sendo Im = 12c�oE 2 o . Agora, verificaremos a validade experimental dessa lei. III. INSTRUMENTOS UTILIZADOS Figura 1. Mesa montada para o experimento de polarização da luz. Os materiais sob a mesa são: um laser, dois filmes polarizadores, banco óptico, suportes para os filmes com medidor de ângulo, sensor de luz e multímetro. IV. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Como na imagem acima, os dois suportes são montados sobre o banco óptico juntamente com o detector e o laser, todos em seus devidos suportes. Após ligado, um feixe de laser atravessa dois polarizadores e incide sobre um sensor de luz. Um dos polarizadores é mantido fixo, enquanto o outro pode girar com frequência angular constante, variando apenas seu ângulo θ. A intensidade da luz polarizada, medida pelo sensor de luz, é função do ângulo de rotação. Com um multímetro detectando a intensidade da luz incidida no detector, executam- se medidas para os ângulos de rotação de 10 em 10 até 90 graus. Tomando nota da intensidade luminosa detectada no multímetro e do ângulo rotacionado, pudemos obter os seguintes valores: Intensidade luminosa (Volts) Ângulo (Grau) 0 -90 0,116 -80 0,170 -70 0,195 -60 0,214 -50 0,227 -40 0,230 -30 0,243 -20 0,246 -10 0,249 0 0,248 10 0,245 20 0,236 30 0,230 40 0,215 50 0,201 60 0,179 70 0,136 80 0 90 Por fim, tomando como base a Lei de Malus, montaremos um gráfico (Gráfico 1.) do ângulo versus intensidade luminosa de acordo com os valores encontrados. V. GRÁFICO Gráfico 1. Representa a curva definida pelos valores encontrados experimentalmente VI. CONCLUSÃO Com a utilização dos polarizadores, a luz passa a se propagar em um único plano. Com isso, pudemos observar que a polarização da luz evidencia que ela é formada por ondas transversais. Ademais, como mostra o gráfico acima, foi possível demonstrar experimentalmente que a lei de malus, de fato, é válida para um feixe de luz polarizado incidente no detector, pois o formato do gráfico condiz com a equação da luz polarizada (apesar de ter sido representado de forma polinomial, e não polar). Ainda há um erro percentual devido a fatores como imperfeição da posição do laser, filmes pola- rizadores levemente arranhados e incidência de luz externa. Contudo, como mostrado no gráfico, a diferença entre a linha de tendência (tracejada) e a linha dos valores no gráfico é pequena, então pode-se dizer que o erro foi pequeno. Apesar desses detalhes, é possível afirmar que o experimento foi satisfatório para com nossa meta, já que cumprimos o objetivo. REFERÊNCIAS [1] D. Halliday and R. Resnick, Fundamentos de Física 4 - Ótica e Física Moderna, 2nd ed. FUTURA, 1994.
Compartilhar