Buscar

TCC- ENFERMAGEM UFRR (29)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
SARA SUERDA LOPES OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
CUIDADO REALIZADO PELO ENFERMEIRO À MULHER NO 
CLIMATÉRIO 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA, RR 
2020 
 
 
SARA SUERDA LOPES OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
CUIDADO REALIZADO PELO ENFERMEIRO À MULHER NO 
CLIMATÉRIO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
no Curso de Enfermagem da Universidade 
Federal de Roraima como requisito parcial para 
a obtenção do grau de bacharel em 
enfermagem. 
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cíntia Freitas 
Casimiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA, RR 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na publicação (CIP) 
Biblioteca Central da Universidade Federal de Roraima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária/Documentalista: 
Shirdoill Batalha de Souza - CRB-11/573 - AM 
 
O48c Oliveira, Sara Suerda Lopes. 
Cuidado realizado pelo enfermeiro à mulher no climatério / Sara 
Suerda Lopes Oliveira. – Boa Vista, 2020. 
38 f. : il. 
 
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cíntia Freitas Casimiro. 
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade 
Federal de Roraima, Curso de Enfermagem. 
 
1 – Climatério. 2 – Enfermeiro. 3 – Cuidado. I – Título. II – 
Casimiro, Cíntia Freitas (orientadora). 
 
CDU – 612.67-083 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a DEUS, pelo dom da vida, pela minha saúde, por ser o meu 
sustento e a minha fortaleza, pelas benções recebidas e por nunca ter me abandonado nos 
momentos difíceis em que eu pensei em desistir. 
Agradeço a toda a minha família pelos ensinamentos repassados, principalmente, pela 
valorização e o incentivo aos estudos, em especial aos meus pais Raimunda Lopes e 
Hédio Oliveira, e aos meus tios Maria Oneide e Antônio por terem sido essencial nesta 
caminhada, me dando todo o suporte necessário para que fosse possível chegar até aqui. 
À minha orientadora querida, Profª. Dra. Cintia Freitas Casimiro, por ser essa 
profissional exemplar, sensível às necessidades dos seus alunos, por sempre buscar sanar 
as nossas interrogações e por trabalhar questões que vão além da patologia, ensinando a 
compreender o ser humano como o todo. Obrigada por ter aceitado ser a minha 
orientadora e por toda a paciência, dedicação e tranquilidade. 
Aos meus amigos da enfermagem Kelly Amanda, Nayara Kalila, Jádila Thainá e 
Leonardo Cunha por tornarem a caminhada e os desafios mais leves e por 
compartilharem seus conhecimentos comigo, vocês foram essenciais nessa jornada. 
Ao corpo docente do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal de 
Roraima por toda a dedicação em repassar os conhecimentos que nos foi ofertado, pelos 
tutoriais, conferências, incentivo à produção cientifica e principalmente por nos ensinar 
que devemos ser sensíveis às necessidades dos nossos pacientes, enxergando ele como 
um ser humano e não como a doença. Fica aqui o meu respeito e admiração por cada um 
de vocês: Cíntia Casimiro, Raphael Amorim, Raquel Caldart, Tárcia Barreto, 
Fabrício Barreto, Andréa Cardoso, Ramão Luciano, Jaqueline Maciel, Manuela 
Feitosa e Paulo Silva. 
E, por fim, agradeço a todas as pessoas que colaboraram de alguma forma para o sucesso 
dessa graduação que se encerra. Muito obrigada! 
 
 
 
RESUMO 
 
O climatério é um processo natural em que ocorre alterações nos níveis hormonais 
femininos, normalmente inicia-se a partir dos 40 anos de idade podendo estender-se até 
os 60 anos. Comumente essas modificações vêm acompanhadas de alguns sintomas que 
afetam o bem-estar das mulheres. Diante das características peculiares do cuidado à 
mulher climatérica, o enfermeiro tem atribuições fundamentais no que diz respeito a 
identificação precoce, suporte e acolhimento das necessidades e no planejamento de 
estratégias eficazes. Assim, objetivou-se investigar as evidências disponíveis na literatura 
acerca do cuidado realizado pelo enfermeiro à mulher climatérica. Trata-se de uma 
revisão integrativa realizada nas plataformas Medline e Lilacs, cujo resultado foi 
organizado em três categorias: manifestações clínicas comuns no climatério, o cuidado 
prestado pelo enfermeiro a mulheres climatéricas e estratégias para a melhoria na 
qualidade de vida no climatério. Nesse contexto, os estudos evidenciaram que os 
principais sintomas são os fogachos, a disfunção sexual e as alterações emocionais, que 
há um despreparo dos profissionais em abordar as mulheres no climatério, existe carência 
de estudos na área, e que a prática de atividade física, a participação em grupos 
terapêuticos e o apoio familiar/social são as estratégias mais eficazes durante o 
enfrentamento. Pôde-se inferir que os enfermeiros possuem um papel significativo no 
cuidado à mulher no climatério, no entanto, observa-se que ainda há uma escassez de 
conhecimentos sobre o tema, sendo necessário que haja uma reformulação no modelo de 
assistência à saúde da mulher, além da capacitação específica dos enfermeiros voltada 
para o manejo da mulher climatérica. Sugere-se constante treinamento dos enfermeiros, 
especialmente da atenção básica, e a produção de mais estudos sobre o tema. 
 
Palavras-chave: Climatério. Enfermeiro. Cuidado. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The climacteric is a natural process in which changes in female hormone levels occur and 
usually starting from the age of 40, extending to 60 years. These changes are commonly 
accompanied by some symptoms that affect women's well-being. In view of the peculiar 
characteristics of women climacteric care, the nurse has fundamental attributions 
concerning early identification, support and acceptance of needs and in the planning of 
effective strategies. Thus, the objective was to investigate the evidence available in the 
literature about the care provided by nurses to climacteric women. This is an integrative 
review carried out on the Medline and Lilacs platforms and the result of which was 
organized into three categories: clinical manifestations common in climacteric, the care 
provided by nurses to climacteric women and strategies for improving the quality of life 
in climacteric. In this context, studies have shown that the main symptoms are hot flushes, 
sexual dysfunction and emotional changes, that professionals are unprepared to approach 
women in the climacteric, there is a lack of studies in the area, and that the practice of 
physical activity, participation in therapeutic groups and family / social support are the 
most effective strategies during coping. It could be inferred that nurses have a significant 
role in the care of women in menopause, however, it is observed that there is still a 
shortage of knowledge on the subject, requiring a reformulation of the model of health 
care for women, in addition to the specific training of nurses focused on the management 
of climacteric women. It is suggested constant training of nurses, especially in primary 
care, and the production of more studies on the topic. 
 
Keywords: Climacteric. Nurse. Watch out. 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Linha do Tempo dos Programas de Atenção à Saúde da Mulher ............................. 16 
Figura 2– Esquema do Ciclo Menstrual ..................................................................................... 17 
Figura 3 – ilustração que representa as etapas percorridas para a elaboração da revisão .......... 24 
Figura 4 - Ilustração que representa o processo de seleção dos estudos .................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10 
1.1 OBJETIVOS ...................................................................................................................12 
1.1.2 Objetivo Geral ............................................................................................................... 12 
1.1.3 Objetivos Específicos..................................................................................................... 12 
1.2 PROBLEMA ................................................................................................................... 12 
1.3 HIPÓTESE ...................................................................................................................... 12 
1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 13 
2 REFERENCIAL TEMÁTICO ..................................................................................... 14 
2.1. CONTEXTO HISTÓRICO DA SAÚDE DA MULHER JUNTO AO SISTEMA ÚNICO 
DE SAÚDE (SUS) ...................................................................................................................... 14 
2.2. CLIMATÉRIO ................................................................................................................ 16 
2.3 MANIFESTAÇÕES FISIOLÓGICAS RECORRENTES NO CLIMATÉRIO QUE 
MERECEM DESTAQUE NA AVALIAÇÃO DO ENFERMEIRO .......................................... 19 
2.4 ESTRATÉGIAS DE CUIDADO REALIZADAS PELO ENFERMEIRO À MULHER 
CLIMATÉRICA ......................................................................................................................... 21 
3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 24 
3.1 PROCEDIMENTO PARA BUSCA E SELEÇÃO DOS ESTUDOS ................................... 25 
3.2 ANÁLISE DOS ESTUDOS INCLUÍDOS E APRESENTAÇÃO DA REVISÃO 
INTEGRATIVA .......................................................................................................................... 27 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 31 
4.1 Categoria 1: Manifestações Clínicas Comuns no Climatério ................................................ 31 
4.2 Categoria 2: O Cuidado Prestado pelo Enfermeiro a Mulheres Climatéricas ....................... 33 
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 37 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 38 
 
 
10 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O aumento da expectativa de vida, especialmente do público feminino, juntamente 
com a criação de programas de atenção à saúde da mulher, tem proporcionado a estas, 
vivenciarem diversas fases da vida, dentre elas o climatério (ALVES, 2010). O climatério é 
uma fase biológica do ciclo vital feminino, sendo caracterizado como um período de transição 
entre a etapa reprodutiva e não reprodutiva, onde há diminuição na produção dos hormônios 
estrogênio e progesterona, tendo início por volta dos 40 anos de idade e se estendendo até a 
menopausa (BRASIL, 2008). 
Como é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o climatério não é uma 
patologia e sim um processo natural, mas devido às inúmeras alterações hormonais e 
emocionais que passam a acontecer no corpo da mulher, esse processo pode ou não vir 
acompanhado de queixas e sintomas que variam de intensidade de acordo com cada organismo 
(PASCOAL; BORGES, 2013). 
Durante esse período de mudança, é comum que apareçam algumas manifestações, 
tais como, fortes ondas de calor (fogachos), insônia, irritabilidade, alterações de humor, 
angústia, sofrimento, ressecamento da pele, cabelos e mucosas, atrofia vaginal, diminuição da 
libido, dor durante as relações sexuais e infecções urinárias recorrentes (ANDRADE. et al, 
2018). 
O surgimento ou não desses sintomas está relacionado com as particularidades 
genéticas de cada indivíduo, no entanto, fatores externos como o tabagismo, a atividade física, 
a alimentação, a presença ou não de doenças crônicas, o nível de escolaridade, a classe 
socioeconômica e a forma de enfrentamento da situação, podem atuar tanto de forma positiva 
quanto negativa durante a passagem pelo climatério (ALVES. et al, 2015). 
No contexto do cuidado à mulher climatérica, é responsabilidade do enfermeiro estar 
preparado para reconhecer as manifestações fisiológicas do climatério, atuando de forma a 
diminuir seus efeitos na vida da mulher, por meio de informações claras e orientações 
adequadas, a fim de promover um autoconhecimento e uma assistência qualificada (ACIOLI. 
et al, 2014) 
11 
 
É incumbência do enfermeiro realizar educação em saúde através de atividades de 
grupos ou individuais; visitas domiciliares; promover a participação em grupos de autoajuda; 
envolver a mulher nas ações, tornando-as participantes do cuidado; fornecer apoio, suporte e 
acolhimento no atendimento de suas necessidades; estimular suas potencialidades; ensinar 
práticas alternativas de alívio dos sintomas e desenvolver instruções nutricionais e indicações 
quanto a atividades físicas e intelectuais (SILVA. et al, 2016; BELTRAMINI. et al, 2010). 
Independentemente do aparecimento ou da intensidade das manifestações, é 
fundamental que seja realizado um acompanhamento regular, objetivando a promoção da saúde, 
o diagnóstico precoce, o tratamento imediato e a prevenção de males. Cabe ao enfermeiro adotar 
estratégias de cuidado que satisfaçam as necessidades e esclareçam as dúvidas, evitando que 
mulheres que buscam a unidade básica de saúde, saiam sem as devidas orientações (BRASIL, 
2008). 
Diante do exposto, é de extrema importância investigar como é a atuação dos 
enfermeiros às mulheres que se encontram no período climatérico, para possibilitar o 
conhecimento sobre o tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
1.1.2 Objetivo Geral 
 
Investigar as evidências cientificas disponíveis na literatura acerca do cuidado 
realizado pelo enfermeiro à mulher climatérica. 
1.1.3 Objetivos Específicos 
 
● Identificar as principais alterações fisiológicas e os sintomas decorrentes do 
climatério; 
● Conhecer as práticas de cuidado interpretadas por enfermeiros perante a mulher 
no climatério. 
 
1.2 PROBLEMA 
 
Como os enfermeiros cuidam das mulheres que estão vivendo o climatério? 
 
1.3 HIPÓTESE 
 
Observa-se que os enfermeiros possuem dificuldades para prestar cuidados às 
mulheres que se encontram no climatério, sendo a maior parte da atenção voltada para o período 
reprodutivo, deixando-as desassistidas durante esse momento delicado pelo qual o corpo passa 
por tantas alterações. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1.4 JUSTIFICATIVA 
 
O interesse pela presente pesquisa surgiu a partir do estudo da disciplina “Saúde da 
Mulher e Gênero”, e por meio das visitas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), no qual se 
observou que, apesar de existirem políticas de atenção integral à saúde da mulher, estas 
apresentam algumas fragilidades. 
Durante a fase do climatério, a mulher vivencia diversas e significativas mudanças em 
seu corpo, e grandes partes destas manifestações sofrem influência de fatores sociais, 
emocionais e socioeconômicos. É de fundamental importância que os enfermeiros estejam 
preparados para prestar cuidados de qualidade a estas pacientes, promovendo, assim, uma 
melhor qualidade de vida durante todas as fases da existência. 
Destarte, com essa pesquisa, pretende-se investigar os estudos disponíveis nas bases 
de dados que abordam o cuidado a mulher no climatério pelos enfermeiros, a fim de obter 
evidências científicas sobre essa temática, além de favorecer o desenvolvimento de novos 
estudos na área. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 REFERENCIAL TEMÁTICO 
 
2.1. CONTEXTO HISTÓRICO DA SAÚDE DA MULHER JUNTO AO SISTEMA 
ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 
 
As mulheres são a maioria da população brasileira e as principais usuáriasdo SUS, no 
entanto, no Brasil, as primeiras políticas de atenção à saúde da mulher, surgiram apenas no 
século XX, sendo restritas às questões de gestação e parto e, ainda, ao papel da mulher como 
boa mãe e doméstica (BRASIL, 2004). 
Em 1975, na tentativa de abranger mais questões relacionadas à saúde da mulher, foi 
criado o programa materno-infantil, que objetivava a redução da morbidade e mortalidade 
materna e infantil, o estímulo ao aleitamento materno, a prevenção da desnutrição da mulher e 
da criança, e a ampliação e melhoria dos cuidados destinados à mulher durante a gestação, o 
parto e o puerpério. Contudo, devido ao seu caráter reducionista, fragmentado e desarticulado 
de outras ações de saúde, houve baixo impacto nos indicadores de saúde feminina (BRASIL, 
2008). 
No ano de 1983, com o objetivo de melhorar a saúde da criança e da mulher, o 
Ministério da Saúde, em associação com a Divisão Nacional de Saúde Materno-infantil, 
elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança - PAISMC, que 
no ano seguinte deu origem a dois programas distintos: Programa de Assistência Integral à 
Saúde da Mulher (PAISM) e o Programa de Assistência Integral à Saúde da criança - PAISC 
(BRASIL, 2011). 
Assim, em 1984, sob influência do movimento feminista, que criticava a atuação 
voltada somente ao período gravídico-puerperal, o Ministério da Saúde elaborou o Programa 
de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). Esse programa, incorporou nos seus 
princípios e diretrizes propostas de descentralização, hierarquização, regionalização, equidade 
e integralidade do cuidado à mulher (UNA-SUS, 2013). 
O PAISM passou a incluir ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e 
recuperação, englobando a assistência ginecológica, câncer de colo de útero e de mama, o 
planejamento familiar, a promoção do parto normal, a prevenção de mortalidade materna, o 
manejo das infecções sexualmente transmissíveis, o climatério e o atendimento às demandas de 
acordo com as necessidades de cada população (BRASIL, 2004). 
15 
 
A criação da Constituição Federal em 1988 (CF/88), além de instituir o Sistema Único 
de Saúde, também trouxe avanços importantes no que diz respeito a saúde da mulher, ao tratar 
do planejamento familiar, no seu artigo 226 parágrafo 7°, como ato de livre decisão do casal, 
competindo ao estado a criação de meios educacionais e científicos para propiciar o exercício 
desse direito. Assim, a formulação desse direito buscava superar o papel da mulher como 
meramente procriadora e submissa ao marido, apesar da sociedade apresentar-se, 
majoritariamente, cristã e machista (OLIVEIRA, 2016). 
Baseado nas diretrizes do PAISM e no artigo 226 da CF/88, em 1996 foi divulgada a 
lei 9263 que trata do planejamento familiar, na qual se proibia a utilização de qualquer tipo de 
controle demográfico e garantia o direito de constituição, limitação ou aumento da prole pela 
mulher, pelo homem ou casal. Dessa maneira, buscava-se combater os atos de uso generalizado 
de contraceptivos de alta eficácia e de esterilização cirúrgica realizados contra a vontade do 
indivíduo, que aconteciam, principalmente, com mulheres negras (COSTA, 2009). 
Em 2003, a Área Técnica de Saúde da Mulher, detectou a precisão de articular com 
outros setores e desenvolver estratégias para mulheres de grupos populacionais específicos, tais 
como: negras, trabalhadoras rurais, portadoras de deficiência, indígenas, presidiárias, lésbicas 
e bissexuais. Em 2004, o Ministério da Saúde propôs diretrizes para a humanização e a 
qualidade do atendimento, tendo como base os dados epidemiológicos e as reivindicações 
sociais (UNA-SUS, 2013). 
O Ministério da Saúde, em parceria com diversos setores da sociedade, especialmente 
com o movimento de mulheres e negros, elaborou em 2011 o documento com a 2ª reimpressão 
do PAISM, trazendo uma série de novas diretrizes, dentre elas: a garantia ao acesso das 
mulheres em todos os níveis de atenção à saúde; o respeito a todas as diferenças durante o 
atendimento, sem qualquer tipo de discriminação; o atendimento à mulher a partir de uma visão 
ampliada do seu contexto; e o atendimento integral às mulheres em todo o ciclo de vida, 
resguardadas as especificidades e os distintos grupos populacionais (BRASIL, 2011). 
A nova atualização do PAISM trouxe como objetivos gerais: a promoção da melhoria 
das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras e a extensão do acesso aos meios e 
serviços de prevenção, promoção e recuperação da saúde; redução da morbidade e mortalidade 
feminina, em todos os ciclos de vida e nos distintos grupos populacionais; e a ampliação, 
qualificação e humanização da assistência (BRASIL, 2011). 
16 
 
As formulações das políticas de atenção à saúde da mulher trouxeram contribuições 
indispensáveis para o processo de transformação e visualização desta, para além de suas 
obrigações domésticas e reprodutoras, rompendo com os paradigmas biologicistas, 
medicalizador e gravídico-puerperal, propondo o atendimento em todos os ciclos de vida, o 
estabelecimento dos grupos mais vulneráveis e a busca pela valorização da mulher como cidadã 
(FREITAS. et al, 2009). 
 
Figura 1 – Linha do Tempo dos Programas de Atenção à Saúde da Mulher 
 
 
Fonte: a autora 
 
2.2. CLIMATÉRIO 
 
O climatério é um período biológico de transição na vida da mulher e não um processo 
patológico. Sua ocorrência se dá devido às alterações na produção dos hormônios estrogênio e 
progesterona e aumento na produção do hormônio folículo estimulante, acarretando ausência 
da atividade folicular com consequente interrupção do ciclo menstrual (BRASIL, 2008). Já a 
menopausa, corresponde a amenorreia após passados doze meses, sendo resultado da perda da 
função folicular dos ovários, representando o marco dessa fase de transição entre a etapa 
reprodutiva e não reprodutiva (FREITAS. et al, 2011). 
Segundo a Sociedade Brasileira do Climatério - SOBRAC (2004), o climatério é 
caracterizado por 3 estágios: transição menopausal - período em que os ciclos menstruais são 
irregulares e pequeno, podendo haver falhas entre dois ciclos ou mais de sessenta dias entre os 
17 
 
ciclos; estágio perimenopausal - período de dois anos que antecede e sucede a menopausa; e 
pós-menopausa – cujo início acontece um ano após a última menstruação. 
No climatério ocorrem alterações endócrinas decorrentes do declínio da função 
ovariana, que podem apresentar-se clinicamente pela insuficiência do corpo lúteo, implicando 
em irregularidades menstruais, evoluindo posteriormente para a amenorreia. Essas 
modificações hormonais, que refletem o envelhecimento ovariano, podem ser entendidas a 
partir da fisiologia normal da menstruação (FEBRASGO, 2010). 
O ciclo menstrual acontece em três fases: folicular, periovulatória e lútea. Na fase 
folicular, que se inicia com a menstruação, os níveis de estrogênio e progesterona estão 
diminuídos, sinalizando para o hipotálamo e a pituitária a necessidade do aumento do hormônio 
folículo-estimulante (FSH), responsável pela maturação do folículo que estimula a produção do 
estrogênio e o crescimento do endométrio. Durante a etapa periovulatória, a quantidade 
aumentada de estrogênio provoca uma adição do hormônio luteinizante (LH), levando a 
liberação do óvulo. E por fim, na fase lútea, há secreção de estrogênio e progesterona do corpo 
lúteo, e quando não ocorre a fecundação, o corpo lúteo regride, os níveis de estrogênio e 
progesterona caem e acontece a menstruação (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO 
CLIMATÉRIO). 
Figura 2– Esquema do Ciclo Menstrual 
 
 
Fonte:http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/midias_digitais_II/modulo_II/fisiologia2.htm 
 
18 
 
Todos os folículos principais, presentes nos ovários da mulher, são formados ainda na 
vida intrauterina, atingindo seu máximo, que equivale a cerca de 7 milhões, por volta da 
vigésima semana de gestação.Antes do nascimento, aproximadamente 70% são perdidos por 
apoptose e na menarca 99% dos folículos que sobraram sofrem atresia, restando apenas 0,1% 
para o desenvolvimento (FREITAS. et al, 2011). 
O ovário é um órgão composto de duas glândulas: uma interna e outra externa. A 
glândula interna é responsável pela secreção de esteroides sexuais e a externa pela liberação 
dos ovócitos (CASTRO, 2009). Diferente de outros órgãos, a senescência do ovário começa 
desde a vida intrauterina, em que os folículos primordiais amadurecem continuamente e em 
seguida regridem, sendo acelerada durante o momento do climatério até que o ovário seja 
praticamente destituído de folículos (HOFFMAN. et al, 2014). 
No decorrer da vida reprodutiva da mulher, o hormônio liberador de gonadotrofinas 
(GnRH), é liberado pelo hipotálamo basal medial, que se liga a receptores de GnRH nos 
gonadotrofos hipofisários, estimulando a liberação de gonadotrofinas: hormônio luteinizante – 
LH - e folículo estimulante – FSH - (HOFFMAN. et al, 2014). 
O funcionamento endócrino e exócrino dos folículos é estimulado pelo LH e o FSH, e 
à medida que o climatério se aproxima, ocorre uma diminuição dos receptores de FSH e LH 
nos folículos e aumento na secreção de LH e FSH (CASTRO, 2009). Na perimenopausa, há 
diminuição dos níveis de estrogênio devido ao encurtamento das fases folicular e lútea, e queda 
dos picos de estradiol (BARACAT; LIMA, 2005). 
Ao final da transição menopáusica, a mulher apresenta atenuação da foliculogênese e 
presença de ciclos anovulatórios mais frequentes, com exaustão no suprimento dos folículos, 
refletindo em redução na qualidade de vida e na capacidade dos folículos de secretar inibina em 
face do envelhecimento (HOFFMAN. et al, 2014). 
Na pós-menopausa, há uma ênfase na elevação das gonadotrofinas e queda dos 
estrogênios. O hipoestrogenismo é responsável por muitos eventos ocorridos durante o 
climatério. Nos órgãos genitais externos apresentam-se elevação do pH, falta de glicogênio nas 
células epiteliais e diminuição da espessura da mucosa; o colo do útero torna-se 
progressivamente menor; as glândulas endocervicais ficam atrofiadas e ocorre redução da 
quantidade de muco e aumento da viscosidade (BARACAT; LIMA, 2005). 
 
19 
 
2.3 MANIFESTAÇÕES FISIOLÓGICAS RECORRENTES NO CLIMATÉRIO QUE 
MERECEM DESTAQUE NA AVALIAÇÃO DO ENFERMEIRO 
 
Muitas mulheres, entre a idade de 40 a 65 anos, passam pelos sintomas do climatério 
sem queixas. Já outras, apresentam inúmeras manifestações desconhecidos que as fazem 
pensarem que estão com alguma patologia, o que desencadeia sentimentos de medo, 
preocupação, impotência, descuido e vulnerabilidade. Ou, ainda, acreditam que os sinais são 
decorrentes da menopausa, desconhecendo a diferença entre o climatério e a menopausa 
(POLISSENI. et al, 2008). 
Embora o climatério seja um acontecimento fisiológico da biologia feminina, podem 
ocorrer um remodelamento na fisiologia da fêmea em razão das alterações hormonais, levando 
a modificações funcionais e morfológicas. Essas transformações repercutem na saúde geral da 
mulher, causando prejuízos na autoestima, na qualidade de vida e na longevidade 
(FEBRASGO, 2010). 
De acordo com Brasil (2016), a sintomatologia do climatério aparece através de sinais 
e sintomas que podem ser transitórios e não transitórios, a depender da condição social e 
econômica, nutricional, dos aspectos culturais, dos impactos emocionais sofridos em 
decorrência da atual situação, do conhecimento sobre a causa dos sintomas, do acesso a 
assistência de qualidade e a presença do apoio familiar. 
Os principais sintomas transitórios são caracterizados pela diminuição ou aumento do 
intervalo entre as menstruações; ondas de calor (fogachos); sudorese noturna; cefaleia; tonturas; 
parestesias; insônia; diminuição da autoestima, labilidade afetiva; dificuldade de concentração, 
irritabilidade, redução da libido e do desejo sexual e sintomas depressivos (ALVES. et al, 2015). 
Já as manifestações não transitórias incluem: o ressecamento e sangramento vaginal; 
adelgaçamento da mucosa genital; dispareunia; prolapsos uterinos; disúria; aumento da 
frequência e urgência miccional; mudanças na massa e na arquitetura óssea; tendência ao 
acúmulo de gordura na região abdominal, elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos 
(SANTOS. et al, 2007). 
Além dos sintomas supracitados, também pode haver diminuição dos pêlos corporais, 
ressecamento da pele, queda e embranquecimento dos cabelos, descolamento e retração da 
gengiva favorecendo o aparecimento de cáries dentárias e infecções, e as mamas tendem a 
apresentar aumento de gordura, ficando mais pesadas e flácidas (FEBRASGO, 2010). 
20 
 
Durante o climatério não é incomum que ocorra diminuição da libido e do desejo 
sexual, e isto se dá não só devido às alterações hormonais, mas também em decorrência de 
fatores psicológicos, como o sentimento pelo parceiro, estresse, satisfação com a autoimagem 
corporal, a idade mais avançada e as modificações no trato reprodutivo inferior que incluem: 
atrofia urogenital, secura vaginal e dispareunia, implicando em problemas significativos na 
qualidade da vida sexual (HOFFMAN. et al, 2014). Corroborando com Alves et al (2015), o 
desempenho sexual possui forte associação com os sintomas, quanto menor a intensidade dos 
sintomas maior a satisfação sexual. 
Outra manifestação importante é a osteoporose. A osteoporose é uma doença crônica 
definida pela perda de massa óssea, com alterações na microestrutura, que leva a fragilidades 
dos ossos e aumento das fraturas por traumatismo pouco intenso. A massa óssea é desenvolvida 
no decorrer da vida durante a fase de crescimento e da puberdade, no entanto, com o avançar 
da idade começa um decrescimento ósseo de forma lenta. No momento do climatério, em 
decorrência do hipoestrogenismo, essa queda é acelerada pelo aumento da quantidade e da 
atividade dos osteoclastos, resultando em sérios prejuízos para a vida mulher (FREITAS. et al, 
2011; SOBRAC, 2013). 
Ao longo da experiência do climatério, as mulheres vivenciam, juntamente com as 
mudanças hormonais, problemas psicológicos e sociais em decorrência do envelhecimento 
propriamente dito; a saída dos filhos de casa, resultando na síndrome do ninho vazio; estresse 
e incompreensão familiar das suas queixas e o aparecimento de outras comorbidades. Essas 
transformações podem estimular grandes repercussões no bem-estar e na autoestima da mulher, 
tornando-a mais vulneráveis (ALVES. et al, 2015). 
Segundo Peyton (2007), o aparecimento e a intensidade destes sintomas estão 
diretamente relacionados com as mudanças ocorridas na vida da mulher durante essa etapa, 
destacando-se a sua sensação de valor reprodutivo, sua autoimagem corporal e seu papel 
profissional e comunitário; o que pode gerar medos e incertezas acerca da sua qualidade de vida 
futura. 
 
21 
 
2.4 ESTRATÉGIAS DE CUIDADO REALIZADAS PELO ENFERMEIRO À MULHER 
CLIMATÉRICA 
 
O climatério é visto como um momento de transformação, aceitação e adaptação 
feminina, que muitas vezes pode vir acompanhado de tabus, preconceitos, medo do 
desconhecido, insegurança e impotência, comum a todas as mulheres. Dado o exposto, é 
necessário que os profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, busquem uma melhor 
compreensão do ser mulher climatérica (VIDAL. et al, 2012). 
Conforme Brasil (2008), promover a saúde das mulheres no climatério é levar em 
conta a relação de cada uma com o seu próprio corpo; reconhecer as mudanças sociais que 
ocorrem na família, na comunidade e no trabalho, traçando estratégias que auxiliem no 
enfrentamento dos problemas; incentivar hábitos saudáveis de alimentação e exercício físico; 
promover o autocuidado e oferecer suporte psicológico e emocional. 
O enfermeiro, assumindo o papel de educador, orientador e cuidador, deve explicar as 
mudanças que estão acontecendo no corpoda fêmea, buscando alterar a visão ultrapassada de 
mulher improdutiva, velha e sem valor, para que possa solucionar e enfrentar essa fase com 
mais tranquilidade (ROCHA; ROCHA, 2010). 
O sedentarismo, combinado com uma alimentação desregulada, é apontado como o 
principal responsável pelo o ganho de peso e pelo surgimento de algumas comorbidades, dentre 
elas, doenças cardiovasculares, obesidade e osteoporose (BRASIL, 2008; GALLON; 
WENDER, 2012). Consoante Alves, et al (2015), mulheres que praticam atividade física, pelo 
menos três vezes por semana, apresentam uma diminuição na quantidade e na intensidade das 
queixas climatéricas, refletindo numa melhor qualidade de vida. 
Portanto, é fundamental que o profissional enfermeiro sensibilize a mulher quanto a 
adoção dos hábitos saudáveis que devem ser cultivados nesse momento da vida, como o 
consumo de uma dieta com baixo teor de açúcares e gorduras, rica em fibras, vitaminas e 
minerais; e a realização de práticas regulares de exercício físico, preferencialmente os aeróbicos 
(ROCHA; ROCHA, 2010). 
Os sintomas vasomotores denominados fogachos, popularmente conhecidos como 
ondas de calor intenso, é o sintoma mais frequente, presente em cerca de 75% das mulheres na 
perimenopausa (BEREK, 2012). Consoante uma pesquisa realizada por Lomônaco, Tomaz e 
Ramos (2015), foi considerado pelas mulheres como um dos sintomas mais difícil de suportar, 
22 
 
pois, produz a sensação de aperto no peito, angústia, alteração dos padrões de sono, aumento 
da irritabilidade e causa desconforto em razão do suor e calor excessivo. 
Para ajudar no enfrentamento e atenuação dos sintomas de fogachos, o Ministério da 
Saúde aconselha o desenvolvimento das seguintes ações: dormir em ambiente bem ventilado, 
beber um copo de água ou suco gelado ao perceber a chegada dos sintomas, usar roupas leves, 
praticar hábitos saudáveis de vida, anotar os momentos em que os fogachos se iniciam e os 
fatores que possam estar desencadeando para evitá-los e respirar profunda e lentamente por 
alguns minutos (BRASIL, 2016). 
Outro ponto importante na abordagem do enfermeiro são os sintomas relacionados a 
vida sexual. A drástica diminuição dos hormônios progesterona e estrogênio, aliado ao aumento 
da idade, a redução da libido, as alterações do humor, a comunicação pouco eficaz com o 
parceiro e as modificações na resposta orgástica feminina, têm afetado o desempenho sexual de 
muitas mulheres (ALVES. et al, 2015). 
A sexualidade feminina, principalmente no climatério, é carregada de preconceitos e 
tabus, por estar socialmente associada à jovialidade e a função meramente reprodutiva. Assim 
sendo, é recomendado que os enfermeiros estimulem a aquisição de informações sobre a 
sexualidade e a prática do sexo seguro; promovam o autocuidado; orientem quanto ao uso de 
lubrificantes vaginais a base d’água na relação sexual; incentivem a realização das preliminares 
e avaliem a presença de fatores clínicos ou psíquicos que necessitem de acompanhamento com 
especialista (BRASIL, 2016). 
A osteoporose também é um problema comum do climatério e do próprio processo de 
envelhecimento natural, por isso, os enfermeiros, essencialmente os da UBS, devem estar 
preparados para prover cuidados adequados. Dentre as condutas do cuidar a serem realizadas, 
salienta-se: a prática de atividade física regular; o abandono de hábitos nocivos, como 
tabagismo e etilismo; a retirada de obstáculos do caminho; o uso de tapetes antiderrapantes; a 
utilização de protetores de quadril e barras de apoio e o consumo de uma dieta rica em cálcio e 
vitamina D (FREITAS. et al, 2011; SOBRAC, 2013; BRASIL, 2016). 
Além das orientações quanto aos sintomas orgânicos e fisiológicos, os enfermeiros 
devem buscar maneiras de trabalhar questões internas voltadas para o cuidado emocional da 
cliente. Deve-se oferecer a mulher a oportunidade de externar os sentimentos e modificar ideias 
e condutas errôneas; facilitar o descobrimento e o resgate da sensação de valor pessoal; apoiar 
23 
 
a busca do sentido para a sua vida a partir do climatério e assim promover o bem-estar emotivo 
(PEYTON, 2007). 
A Atenção Básica é o estabelecimento de saúde que possui o nível mais adequado para 
atender a maioria das necessidades de saúde da mulher climatérica, e para que isso ocorra de 
forma eficaz, é necessário que tanto a estrutura física quanto os profissionais sejam de qualidade 
e esteja articulada com outros setores (BRASIL, 2008). 
De acordo com Brasil (2008), são atitudes relevantes no acompanhamento realizado 
pelos enfermeiros as mulheres que se encontram no climatério, ofertar tratamento de acordo 
com as queixas; encaminhar para serviços especializados e de referência, quando necessário, e 
valorizar o autoconhecimento adquirido com as experiências. 
Dessa forma, espera-se que o enfermeiro adote uma postura sensível às necessidades 
de cuidado e desenvolva uma relação de confiança com a mulher, viabilizando a participação 
de outros profissionais e da cliente durante a construção do plano terapêutico. E favoreça a 
melhora da autoestima, a sua participação ativa no processo, o entendimento das mudanças que 
estão ocorrendo no seu corpo e, assim, distancie os sentimentos de inutilidade, transformando 
a existência do climatério em um momento natural, saudável e prazeroso (ALVES, 2010) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
3 METODOLOGIA 
 
Realizou-se uma revisão integrativa com propósito de reunir e sintetizar o 
conhecimento levantado sobre a temática proposta. 
Para Mendes, Silveira e Galvão (2008), a revisão integrativa é considerada como um 
dos métodos de pesquisa utilizados na Prática Baseada em Evidências que permite a 
incorporação das evidências na prática clínica, sendo considerada a mais ampla, por 
proporcionar inclusão simultânea de pesquisa experimental e quase-experiemntal 
possibilitando uma compreensão completa do tema de interesse. 
Mendes, Silveira e Galvão (2008), destacam a importância desse tipo de pesquisa por 
ser algo que faz a diferença no que tange a assistência à saúde e de enfermagem, sendo 
imprescindível vincular o conhecimento oriundo de pesquisas e da prática clínica, uma vez que 
a síntese dos resultados de pesquisas relevantes e reconhecidos no mundo facilita a 
incorporação de evidências, agilizando a transferência de conhecimento novo para a prática. 
Para a elaboração da revisão, foram percorridos as etapas: estabelecimento da hipótese, 
questão norteadora e os objetivos da revisão integrativa; estabelecimento de critérios de 
inclusão e exclusão de artigos (seleção da amostra); definição das informações a serem 
extraídas dos artigos selecionados; análise dos resultados; discussão e apresentação dos 
resultados e a última etapa consistiu na apresentação da revisão. 
Figura 3 – ilustração que representa as etapas percorridas para a elaboração da revisão 
 
Fonte: Mendes, Silveira e Galvão (2008) 
Identificação do tema e
seleção da hipótese ou
questão de pesquisa
para a elaboração da
revisão integrativa
Estabelecimento de
critérios para inclusão e
exclusão de estudos/
amostragem ou busca
na literatura
Definição das
informações a serem
extraídas dos estudos
selecionados/categoriz
ação dos estudos
Avaliação dos estudos
incluídos na revisão
integrativa
Interpretação dos
resultados
Apresentação da
revisão/síntese do
conhecimento
25 
 
3.1 PROCEDIMENTO PARA BUSCA E SELEÇÃO DOS ESTUDOS 
 
Para guiar a presente revisão integrativa, formulou-se as seguintes questões: qual é o 
conhecimento científico produzido acerca do cuidado do enfermeiro às mulheres que estão 
vivenciando o climatério? 
Com a finalidade de realizar o levantamento dos estudos, utilizou-se duas bases de 
dados: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE 
(Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), por ser as que apareciam com maior 
frequência nas publicaçõesno âmbito do portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), mediante 
os descritores: cuidado; enfermagem; sintomas; climatério. Empregou-se o operador boleano 
and. 
Os critérios de inclusão dos estudos definidos inicialmente para a presente revisão 
foram: indexação nas bases de dados citadas; pesquisas originais e atuais publicados nos 
últimos dez anos, isto é, no período de 2010-2020, devido a carência de estudos sobre a 
temática; abordar o cuidado de enfermagem a mulher no climatério e os principais 
sintomas/queixas dessas mulheres; apresentar disponibilidade na íntegra on-line; estar 
publicado nos idiomas português, inglês ou espanhol. 
Foram excluídos os estudos que não respondiam às questões norteadoras, os repetidos 
nas bases de dados, e os textos com acesso restrito e as revisões de literatura. 
Em seguida, realizou-se leitura dos resumos e dos textos na íntegra, de modo 
exaustivo, com o intuito de analisar se os mesmos atendiam aos requisitos e critérios de inclusão 
relacionados à temática abordada na revisão integrativa. Ressalta-se que a busca foi realizada 
pelo acesso online, no mês de junho de 2020, sendo a amostra final desta revisão integrativa 
constituída por 13 estudos (Figura 4). 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Figura 4 - Ilustração que representa o processo de seleção dos estudos 
 
 
 
Fonte: a autora. 
 
 
 
 
 
27 
 
3.2 ANÁLISE DOS ESTUDOS INCLUÍDOS E APRESENTAÇÃO DA REVISÃO 
INTEGRATIVA 
 
Os estudos selecionados foram lidos na íntegra e analisados com base no conteúdo 
abordado, em seguida foi organizado o quadro 1 o qual contempla as referências de cada estudo 
associado a uma codificação que foi utilizada no quadro 2 e no 3, que trata sobre as categorias 
geradas e os respectivos estudos que contemplam as discussões referente aquela categoria. 
Dessa forma, é possibilitado ao leitor a compreensão sobre a aplicabilidade da revisão 
integrativa elaborada, de forma a atingir o objetivo desse método, ou seja, impactar 
positivamente na qualidade da prática de enfermagem, fornecendo subsídios a equipe de 
enfermagem na tomada de decisão cotidiana. 
 
Quadro 1 – Listagem dos estudos selecionados para análise 
 CÓDIGO REFERÊNCIAS DAS PESQUISAS SELECIONADAS 
A1 
PEREIRA, A. B. S. Atenção à Mulher no Climatério Realizada por 
Profissionais da Estratégia da Saúde da Família. 2014. 81f. Dissertação 
(mestrado) - Universidade Federal do Goiás. Goiânia-GO, 2014. 
A2 
BELTRAMINI, A. C. S. et al. Atuação do enfermeiro diante da importância 
da assistência à saúde da mulher no climatério. Rev. Min. Enferm., v.14, n.2, 
p. 166-174, abr-jun., 2010. 
A3 
ALVES, E. R. P. et al. Climatério: a intensidade dos sintomas e o desempenho 
sexual. Rev. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, v. 24, n.1, p. 64-71, Jan-
Mar., 2015. 
A4 
 VALENÇA, C. N.; GERMANO, R. M. Concepções de Mulheres sobre 
Menopausa e Climatério. Rev. Rene. Fortaleza, v. 11, n. 1, p. 161-171, 
jan./mar., 2010. 
A5 
 MARTINÉZ, M. D.; et al. Factores psicosociales predictores de la 
satisfacción con la vida en la perimenopausia y posmenopausia. 
Aquichan,v.12, n.3, Chía- Colombia, 2012. 
A6 
 SANTOS, J. S.; FIALHO, A. V. M.; RODRIGUES, D. P. Influências das 
famílias no cuidado às mulheres climatéricas. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. v.15, 
n.1, p. 215-22, 2013. 
A7 
 SILVA, G. F.; et al. Influências do climatério para o envelhecimento na 
percepção de mulheres idosas: subsídios para a enfermagem. Rev. Eletr. Enf. 
[Internet]. v.17, n.3, 2015. 
A8 
MARTINEZ-GARDUNO, M. D.; et al. Intervención educativa de enfermería 
para el autocuidado durante el climaterio. Rev. Enfermería Universitaria. v.13, 
n.3, p. 142-150, 2016. 
A9 
SILVA, S. B; NERY, I. S.; CARVALHO, A. M. C. Representações sociais 
elaboradas por enfermeiras acerca da assistência à mulher climatérica na 
atenção primária. Rev Rene. v.17, n.3, p.363-71, 2016. 
28 
 
A10 
ARAÚJO, I. V.; et al. Representação social da vida sexual da mulher no 
climatério atendidas em serviços públicos de saúde. Rev. Texto Contexto 
Enferm, v.22, n.1, p. 114-22, 2013. 
A11 
OLIVEIRA, Z. M. (RE)significando o climatério de mulheres que o vivenciam 
na perspectiva do interacionismo simbólico. 2019. 111f. Tese (doutorado) - 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro- RJ, 2019. 
A12 
PITOMBEIRA, R.; et al. Sintomatologia e modificações no cotidiano das 
mulheres no período do climatério. Rev. Cogitare Enferm. v.16, n. 3, p.517-23, 
2011. 
Fonte: a autora 
 
Quadro 2 - detalhamento dos estudos selecionados 
 PAÍS DO 
ESTUDO 
LOCAL DO 
ESTUDO / ANO 
TIPO DE 
ESTUDO 
OBJETIVO 
A1 BRASIL Universidade 
Federal do Goiás/ 
2014 
Estudo descritivo, 
transversal e 
exploratório. 
 Foi realizada uma pesquisa com 
todos os profissionais da 
estratégia saúde da família, 
acerca do cuidado à mulher no 
climatério. Nesse estudo 
evidenciou-se, principalmente, a 
falta de capacitação sobre a 
temática e o despreparo 
profissional em realizar o 
cuidado à mulher que se encontra 
nesse período, além da 
identificação do fogacho e dos 
sintomas relacionados com a 
sexualidade como os mais 
prevalentes. 
A2 BRASIL Rev. Min. Enferm. 
/2010 
Qualitativo A pesquisa foi realizada com 
enfermeiros de um hospital do 
interior de São Paulo. O estudo 
demostrou a escassez de 
conhecimento sobre tema e as 
dificuldades dos enfermeiros em 
identificar as mulheres que 
estavam com sintomas do 
climatério e em desenvolver uma 
assistência adequada, apesar de 
reconhecerem a importância do 
cuidado à mulher climatérica. 
A3 BRASIL Rev. Texto 
Contexto Enferm./ 
2015 
Transversal O estudo foi realizado com as 
mulheres que se encontravam no 
climatério. Observou-se uma 
29 
 
associação entre a intensidade 
dos sintomas e o desempenho 
sexual e a prática de atividade 
física regular como estratégia de 
promoção da saúde. 
A4 BRASIL Rev. Rene./2010 Descritivo-
exploratório com 
abordagem 
qualitativa 
 Realizou-se um estudo com 
mulheres que estavam no 
climatério, no qual foi possível 
identificar que as mulheres 
recebem informações 
insuficientes a respeito dessa 
fase, com pouca autonomia 
acerca do seu papel no cuidado. 
A5 COLÔMBIA Aquichan/ 2012 Intencional A pesquisa foi composta por 
mulheres na faixa etária de 40-65 
anos. Observou-se que o 
autoconceito, a dimensão 
expressivo-afetiva e o apoio 
familiar são fatores preditores da 
autoestima. 
A6 BRASIL Rev. Eletr. Enf./ 
2013 
Descritivo, com 
abordagem 
qualitativa. 
 A pesquisa foi realizada com 
mulheres que encontravam-se no 
período do climatério. Observou-
se que a família possui grande 
importância na forma como a 
mulher vivencia o climatério e 
que o incentivo dos membros da 
família causa resultados positivos 
quando a mulher se identifica 
com essa pessoa. 
A7 BRASIL Rev. Eletr. Enf. / 
2015 
Qualitativa, 
descritiva e 
exploratória 
 O estudo foi realizado com 
mulheres idosas, atendidas no 
Instituto de Atenção à Saúde de 
uma universidade do Rio de 
Janeiro. Evidenciou-se uma 
associação entre a chegada dos 
sintomas climatéricos e o 
envelhecimento propriamente 
dito. 
A8 MÉXICO Rev. Enfermería 
Universitaria/ 2016 
Quantitativa, quase 
experimental e 
transversal 
 O estudo foi feito com mulheres 
entre a faixa etária de 45 a 59 
anos. Concluiu-se que as 
intervenções educativas dos 
enfermeiros para o autocuidado, 
mediante a aplicação de um 
30 
 
programa dirigido para mulheres 
climatéricas, permitiram 
modificar o autocuidado, 
contribuiu para o melhor 
conhecimento das mulheres 
acerca do climatério e favoreceu 
a tomada de decisões e mudanças 
de condutas. 
A9 BRASIL Rev Rene/ 2016 Qualitativa O estudo foi realizado com 
enfermeiras. Identificou-se que 
apesar delas reconhecerem que a 
mulher merece um cuidado 
especializado nesse período da 
vida, muitas não sabem como 
realizar,ficando o cuidado 
restrito, primordialmente, a 
coleta de citologia, além de 
algumas considerem o climatério 
como uma patologia que exige 
intervenção médica. 
A10 BRASIL Rev. Texto 
Contexto Enferm./ 
2013 
Qualitativa e 
descritiva 
A pesquisa foi realizada com 
mulheres que estavam na 
perimenopausa e pós-
menopausa. Identificou-se dois 
grupos distintos: o primeiro 
composto por mulheres que 
referiram piora do padrão sexual, 
principalmente as mais velhas; e 
o segundo, formado por mulheres 
que referiram ter tido melhora no 
padrão de desempenho sexual. 
A11 BRASIL Universidade do 
Estado do Rio de 
Janeiro – UERJ/ 
2019 
Descritivo, 
exploratório com 
cunho qualitativo. 
O estudo foi constituído por 
mulheres que estavam ou que já 
haviam vivenciado o climatério. 
Verificou-se que os serviços de 
atenção primária não estão 
preparados para atender a 
demanda da mulher com queixas 
dos sintomas do climatério; e que 
a forma de enfrentamento do 
climatério pelas mulheres está 
muita ancorada com as questões 
socioculturais, sendo a crença e a 
religiosidade uma das estratégias 
31 
 
de contribuem para atenuar as 
modificações dessa fase da vida. 
A12 BRASIL Rev. Cogitare 
Enferm./ 2011 
Descritivo e 
quantitativo 
O estudo foi desenvolvido com 
mulheres que estavam no 
climatério, em que prevalecerem 
os sintomas de diminuição da 
libido, problemas psicológicos/ 
emocionais, sintomas 
vasomotores e insônia. 
Fonte: a autora 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Da análise dos resultados dos 12 estudos selecionados, emergiram três categorias: 
“manifestações clínicas comuns no climatério”, “o cuidado prestado pelo enfermeiro a 
mulheres climatéricas”, e “estratégias para a melhoria na qualidade de vida no climatério”. O 
quadro 2 representa a distribuição dos estudos selecionados conforme as categorias. 
 
Quadro 3 - Categorização dos Estudos 
Categorias Estudos 
Manifestações Clínicas Comuns no 
Climatério 
A1, A3, A4, A7, A10, A12 
O Cuidado Prestado pelo Enfermeiro a 
Mulheres Climatéricas 
A1, A2, A3, A5, A6, A7, A8, A9, 
A11, A12 
Fonte: a autora. 
4.1 Categoria 1: Manifestações Clínicas Comuns no Climatério 
 
Nesta categoria emergiram os seguintes sintomas: ondas de calor (fogachos), 
irregularidades menstruais, ressecamento da vagina, irritabilidade, dispareunia, incontinência 
urinária, cefaleia, alterações emocionais, insônia, diminuição da libido e atrofia vaginal. 
Consoante com Pitombeira et al (2011), a sintomatologia relacionada ao climatério é 
altamente prevalente, estando a maior causa da busca pelos serviços de saúde associada aos 
sintomas vasomotores, seguidos dos sinais e sintomas ligados à sexualidade e as alterações 
psicológicas, atestando-se que essa transição causa um grande impacto na vida das mulheres. 
32 
 
O fogacho esteve presente em 100% das mulheres participantes da pesquisa realizada 
por Pereira (2014), estando esse sintoma intimamente ligado ao surgimento da insônia, devido 
ao calor e a sudorese noturna e, em seguimento, causando estresse e irritabilidade no dia 
seguinte. 
É certo que a sexualidade feminina vai além dos estímulos genitais, abarcando os 
aspectos emocionais e afetivos, a intimidade com o parceiro, as fantasias e os estímulos 
sensoriais responsáveis por desencadear, cumulativamente, o desejo, o prazer e a satisfação 
sexual (ARAÚJO. et al, 2013). Conforme Alves et al (2015), observou-se uma conexão entre o 
padrão de desempenho sexual e a intensidade dos sintomas; a presença dos sintomas, como 
cefaleia, fogachos, estresse, ressecamento vaginal, irregularidades menstruais e alterações 
psicológicas interferem na resposta sexual da mulher. 
Outro estudo aponta para os estereótipos femininos de uma formação cultural 
conservadora, pautada na sociedade patriarcal, em que a atenção erótica está relacionada com 
a juventude e a função reprodutora, sendo, muitas vezes, descrito pelas mulheres como algo 
pervertido e inapropriado para a idade (SILVA. et al, 2015). 
Por outro lado, no estudo de Araujo et al (2013), foi encontrado que uma porção 
minoritária das mulheres referem ter ocorrido melhora no padrão de desempenho sexual após 
o climatério, apontando esse período como a verdadeira descoberta do prazer, do orgasmo e da 
continuidade da vida sexual, fundada na estabilidade de vida, no crescimento dos filhos, a não 
preocupação com a possibilidade de gravidez ou menstruação e, consequentemente, mais tempo 
para cuidar de si. 
Em relação às alterações psicológicas, destacam-se a irritabilidade, a tristeza, a 
depressão, a ansiedade, o isolamento, a solidão e a baixa autoestima. Em pesquisa realizada por 
Pitombeira et al (2011), 50% das mulheres entrevistadas, apesar de não terem diagnóstico de 
depressão, relataram sentir-se deprimidas; além disso, as experiências do climatério foram 
descritas como desconfortáveis, sinalizadas com um conjunto de medo, angústia, preocupação 
e sofrimento (SILVA. et al, 2015). 
Em concordância com Silva et al (2015), a chegada dos sintomas de isolamento e 
baixa-autoestima está estreitamente atrelada as alterações hormonais ocasionadas pelo 
hipoestrogenismo, responsável pelo envelhecimento cutâneo e as mudanças corporais, que em 
um mundo onde o corpo é cultuado e a visão do belo está ligada à juventude, concebe-se uma 
imagem negativa e dolorosa para as mulheres que iniciam o processo de envelhecimento. 
33 
 
Confirmando esse olhar negativo das mulheres sobre o climatério, em um estudo 
realizado por Valença e Germano (2010), no qual se indagou a mulher acerca da sua percepção 
sobre o climatério, a maioria das entrevistadas definiram esse momento como uma patologia, 
ressaltando as alterações fisiológicas como ruins e desconfortáveis ou como sinônimo de 
velhice, improdutividade, perda da vitalidade e fim da vida sexual. 
4.2 Categoria 2: O Cuidado Prestado pelo Enfermeiro a Mulheres Climatéricas 
 
Notou-se que há um déficit no conhecimento e na habilidade de cuidado do enfermeiro 
para com a mulher climatérica, o que reflete direta e negativamente nas condutas adotadas e, 
principalmente, no modo de enfrentamento da mulher frente a esse período de grandes 
transformações. 
O enfermeiro, durante o desenvolvimento da sua profissão, possui um papel essencial 
na prestação de cuidados à mulher climatérica, assumindo a função de educador, orientador e 
cuidador, sendo, portanto, responsável por propiciar um cuidado adequado e eficiente, capaz de 
sanar dúvidas, promover o bem-estar biopsicossocioespiritual e facilitar o processo de 
ressignificação, auto-reconhecimento e direcionamento da mulher (MARTINÉZ. et al, 2012). 
De acordo com Pereira (2014), as dificuldades com os sinais e sintomas e as dúvidas 
sobre as mudanças que estão ocorrendo no corpo, bem como as formas de tratamento, são os 
principais motivos da busca por atendimento na atenção básica pelas mulheres que estão no 
climatério. O conhecimento básico do enfermeiro sobre os sintomas mais característicos do 
climatério e a idade em que costumam se manifestar, é essencial para uma percepção antecipada 
e uma ação eficiente. Entretanto, ao analisar a ciência do enfermeiro acerca do climatério e a 
habilidade de identificar se as mulheres estão nesse período, é evidente a insegurança deste 
quanto a relacionar os sintomas apresentados pela paciente com os decorrentes do climatério 
(BELTRAMINI. et al, 2010). 
Observa-se que as intervenções feitas pelos enfermeiros contribuem para o 
conhecimento da mulher sobre o climatério, possibilitam a construção do autocuidado e 
favorecem a tomada de decisões, sendo fundamental para a busca do bem-estar integral e a 
otimização da mulher nessa etapa da vida (MARTÍNEZ-GARDUNO. et al, 2016). 
Em um estudo realizado por Beltramini et al (2010), foi evidenciado uma escassez de 
conhecimento acerca do tema pelos enfermeiros e, por conseguinte, umcuidado pouco efetivo, 
34 
 
sedimentado no modelo hegemônico de atenção à saúde, com foco na cura das doenças e na 
sintomatologia apresentada. 
Apesar dos enfermeiros reconhecerem a importância do cuidado à mulher climatérica, 
a maioria não está preparada para planejar e executar uma assistência adequada. Ainda, uma 
parcela deles, consideram que o climatério é um problema de saúde que requer uma intervenção 
médica, cabendo a eles apenas o rastreamento do câncer do colo de útero e de mama e as 
condutas guiadas pelos resultados dos exames, dissociado do cuidado global (SILVA, NERY; 
CARVALHO, 2016). 
Consoante pesquisa realizada por Pereira (2014), grande parte das orientações sobre o 
climatério são realizadas mediante consultas nos consultórios e estão relacionadas com os 
sintomas fisiológicos, com pouca ou nenhuma atenção à sintomatologia de origem psicológica. 
Encontra-se, também, um déficit na realização de atividades grupais de educação e saúde que, 
conforme Silva et al (2015), propicia a troca de conhecimentos entre as mulheres e auxilia no 
enfrentamento dos fenômenos físicos e psíquicos decorrentes do climatério. 
Segundo Alves et al (2015), esse destreino dos enfermeiros no cuidado à mulher 
climatérica, é um problema que começa na graduação, pois, lamentavelmente, a formação 
acadêmica, ainda, é baseada no modelo biomédico curalista, em que as repercussões das 
alterações fisiológicas são muitas vezes ignoradas. 
Inobstante aos impasses encontrados na formação do enfermeiro, é preciso lidar com 
a desorganização dos serviços de saúde e a inópia dos recursos materiais e físicos que 
complexifica a elaboração e o cumprimento do cuidado. Dessa maneira, é imprescindível que 
os gestores públicos invistam na criação de políticas públicas de atenção à mulher no climatério, 
na capacitação específica e na educação permanente do enfermeiro, de preferência, da atenção 
básica, para que este possa aperfeiçoar o atendimento à mulher, englobando a sua totalidade 
(OLIVEIRA, 2019). 
O enfermeiro, ao cuidar da mulher climatérica, deve ter o discernimento de que, 
independentemente das queixas, é inescusável que se fomente um cuidado sensível às 
necessidades, disponível, acolhedor, fortalecedor e resolutivo, capaz de viabilizar o 
empoderamento da mulher, com a participação para transfazer e melhorar as condições de vida 
e de saúde de si mesma e dos grupos sociais a sua volta (PEREIRA, 2014). 
35 
 
Para tanto, o enfermeiro deve desenvolver habilidades de cuidado que permitam que 
as mulheres falem de seus anseios, dúvidas e alcancem a compreensão sobre os aspectos 
fisiológicos, os sintomas, as implicações e as formas de enfrentamento ao climatério, 
respeitando a singularidade da mulher, os seus saberes populares e o contexto sociocultural ao 
qual está inserida, além dos recursos disponíveis para o autocuidado (SILVA, NERY; 
CARVALHO, 2016). 
 É de suma importância, que o enfermeiro busque o conhecimento basilar para fornecer 
uma atenção qualificada e esteja apto para tornar-se um meio através do qual a mulher, a família 
e a comunidade obtenha esclarecimentos e, dessarte, aprenda a viver essa fase de 
transformações com plenitude, desmistificando o climatério, ora visto como patologia, 
passando a defini-lo como um processo natural, carregado de vivências essenciais para o 
amadurecimento da mulher (BELTRAMINI. et al, 2010). 
Diante do exposto, é cristalina a necessidade de investimento na capacitação do 
enfermeiro e de reformulação na grade curricular das unidades de ensino de enfermagem, a fim 
de formar enfermeiros capazes de oferecer um cuidado apropriado nesse momento de vida. 
Cabe destacar, a escassez de estudos na área, o que dificulta o acesso do enfermeiro a 
informação, inviabilizando o seu aprendizado e o desenvolvimento do cuidado à mulher 
climatérica. Portanto, é crucial que seja confeccionado e divulgado novas pesquisas, nota, 
parecer técnico, dados e referência sobre o assunto, sobretudo, pelo Ministério da Saúde, com 
o propósito de disseminar o conhecimento para os profissionais de saúde, precipuamente o 
enfermeiro, e a população em geral. 
A realização de atividade física, a participação em grupos terapêuticos e o apoio 
familiar, mostraram-se imprescindíveis na melhoria da qualidade de vida da mulher climatérica. 
Constatou-se uma diminuição na expressividade dos sintomas fisiológicos e psicossomáticos, 
uma maior autoaceitação e um conhecimento mais amplo sobre o tema, o que possibilitou a 
quebra do estigma do climatério, antes visto como algo ruim ou como o fim da vida. 
A família possui grande influência na vivência do climatério, sendo o carinho, a 
afetividade e os incentivos positivos, primordiais para o enfrentamento do estresse, melhora da 
autoestima, desfazimento da solidão e do medo, diminuição dos sintomas somáticos e os 
transtornos psicológicos, além de gerar segurança e otimismo para ultrapassar esse ciclo de 
maneira saudável (SANTOS, FIALHO; RODRIGUES, 2013). 
36 
 
Consoante Alves et al (2015), a prática de atividade física, juntamente com uma 
alimentação saudável e balanceada, esteve relacionada com a melhoria do padrão estético, o 
aumento da disposição, a diminuição do estresse e dos riscos de doenças cardiovasculares, o 
reestabelecimento do padrão sexual de desempenho e a redução da intensidade dos sintomas. 
A participação em grupos terapêuticos destinados a mulheres climatéricas, mostrou-se 
igualmente eficiente, pois, possibilita o contato com outras mulheres que perpassam ou já 
passaram por essa fase, trazendo benefícios para a socialização, discussão, diálogo e estímulo 
a capacidade funcional, a autonomia, a autovalorização e a autoestima (SILVA. et al, 2015). 
Ademais, o uso da Terapia de Reposição Hormonal demostrou-se como um importante 
aliado à mulher climatérica, visto que, o seu uso produziu um alívio considerável nos sintomas 
e um elevado nível de satisfação entre as usuárias. Todavia, devido ao custo elevado e à 
ausência de dispensação gratuita da TRH, muitas mulheres não puderam aderir ao tratamento, 
mesmo atendendo aos requisitos necessários para a utilização, além de outras que iniciaram a 
terapia e não tiveram condições financeiras para dar continuidade (PITOMBEIRA. et al, 2011). 
Em um estudo feito por Oliveira (2019), também são mencionados como estratégia a 
fé, a religiosidade e a espiritualidade resultante das crenças, que contribuem significativamente 
para atenuar as modificações, vivenciar essa fase sem sofrimento ou angústia, e transcender a 
espiritualidade na esperança de dias melhores. Além do mais, as práticas de meditação, 
hidroginástica, dança, caminhada e pilates mostraram-se eficientes na busca pelo equilíbrio 
biopsicosociocultural, na tentativa de redescobrir a vida e ressignificar o climatério. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
5 CONCLUSÃO 
 
O enfermeiro possui um papel significativo no cuidado à mulher climatérica, devendo 
este estar apto a prestar uma assistência qualificada, por meio do fornecimento de informações, 
do esclarecimento das dúvidas, da visão integralizada da paciente e da adoção de estratégias 
capazes de promover o bem-estar biopsicossocioespiritual, respeitando a singularidade e a 
carga cultural de cada uma. 
Nesse sentido, é essencial que os enfermeiros, especialmente aqueles que atuam na 
atenção básica, se atentem para a atenção à mulher que esteja vivenciando o processo do 
climatério, na perspectiva de oferecer práticas educativas e participativas suficientes para 
impactar positivamente na saúde física, mental e emocional, bem como na autoestima, no 
empoderamento e na autonomia para o autocuidado. 
As evidências científicas desta pesquisa revelam a imprescindibilidade de 
reformulação no modelo de assistência à saúde da mulher, da criação de políticas públicas 
capazes de abarcar, de fato, a mulher em todo o seu ciclo de vida, além da capacitaçãoespecífica 
dos enfermeiros para o cuidado à mulher climatérica. Notou-se que, apesar das revoluções em 
saúde e da busca pela assistência integral à saúde da mulher, o cuidado ainda é prestado de 
maneira fragmentada, pouco resolutiva e ineficiente, alicerçado no modelo biomédico. 
Compete mencionar que, inicialmente, seria realizado uma pesquisa de campo com os 
enfermeiros atuantes da atenção básica, com o objetivo de apreciar o conhecimento deles acerca 
do tema, entretanto, devido a pandemia causada pela COVID-19 não foi possível desenvolver 
a pesquisa, tendo sido necessário adaptar para revisão integrativa. 
Urge, também, ressaltar a escassez de estudos sobre o tema e a carência de resultados 
encontrados nos estudos selecionados, sendo necessário a produção de novas pesquisas na área. 
Dessarte, espera-se que essa pesquisa sirva de auxílio para embasar as condutas do 
enfermeiro à mulher climatérica, oportunizando um conhecimento mais amplo sobre os 
sintomas fisiológicos e emocionais e as ações de cuidados que devem ser implementadas, com 
vistas a promover um cuidado específico, resolutivo e acolhedor. 
 
 
38 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ACIOLI, S. et al. Práticas do cuidado: o papel do enfermeiro na atenção básica. Rev enferm 
UERJ, Rio de Janeiro, v. 22, n. 5, p. 637-42, set/out. 2014. 
ALVES, E. R. P. et al. Climatério: a intensidade dos sintomas e o desempenho sexual. Rev. 
Texto Contexto Enferm, Florianópolis, v. 24, n.1, p. 64-71, Jan-Mar, 2015. 
ALVES, M. T. A. Climatério: identificando as demandas das mulheres e a atuação das 
equipes de saúde da família nesta fase da vida. 2010. 31 f. Trabalho de conclusão de curso 
(especialização em atenção básica em saúde da família) - Universidade Federal de Minas 
Gerais, Corinto-Mg, 2010. 
ANDRADE, D. B. S. et al. O papel do enfermeiro nos cuidados de enfermagem com mulheres 
no período climatérico. Rev. Cient. Sena Aires, n. 7, v.1, p. 18-22, 2018. 
ARAÚJO, I. V.; et al. Representação social da vida sexual da mulher no climatério atendidas 
em serviços públicos de saúde. Rev. Texto Contexto Enferm, v.22, n.1, p. 114-22, 2013. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CLIMATÉRIO - SOBRAC. Terapêutica hormonal na 
peri e na pós-menopausa. Consenso da SOBRAC. p.5-39, 2004. Disponível em: 
http://sobrac.org.br/publicacoes/consensos_e_diretrizes#Sobrac. Acesso em: 06 Nov 2019. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CLIMATÉRIO - SOBRAC. Guia da menopausa: 
ajudando a mulher climatérica a tomar decisões informadas sobre a sua saúde. 7ª ed., 2013. 
Disponível em: http://sobrac.org.br/media/files/A12361_Leigos_rev2mcow-FINAL.pdf. 
Acesso em: 06 Nov 2019. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CLIMATÉRIO - SOBRAC. Prática clínica na 
menopausa - um guia médico. 4ª ed. [2013?]. Disponível em: 
http://sobrac.org.br/media/files/publicacoes/00001830_cap_2_menopausa_e_envelhecimento.
pdf. Acesso em: 06 Nov 2019. 
BARACAT, E. C.; LIMA, G, R. Guia de medicina ambulatorial e hospitalar de ginecologia. 
Barueri, SP: Manole, 2005. 
BELTRAMINI, A. C. S. et al. Atuação do enfermeiro diante da importância da assistência à 
saúde da mulher no climatério. Rev. Min. Enferm., v.14, n.2, p. 166-174, abr-jun. 2010. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios 
e diretrizes. Brasília 2004. 82 p. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Área Técnica de Saúde da 
Criança e Aleitamento Materno. Gestões e gestores de políticas públicas de atenção à saúde 
da criança: 70 anos de história. Brasília, 2011. 80 p. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: 
Princípios e Diretrizes. 1. ed., 2. reimpr. Brasília, 2011. 82 P. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa. 
Brasília, 2008. 192 P. 
39 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Protocolos da 
Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília, 2016. 230 p. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto 
constitucional promulgado em 1988, com as alterações anotadas pelas emendas constitucionais 
nº 1/92 a 44/2004... Brasília, DF: Senado Federal, 2004. 507 p. 
BRASIL. Lei n° 9263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição 
Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm. Acesso em: 10 Nov 2019. 
BEREK, J. S. Berek e Novak: tratado de ginecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2012. 
CÂMARA, H. R. Análise de conteúdo: da teoria à prática em pesquisas sociais aplicadas às 
organizações. Gerais: revista interinstitucional de psicologia, v. 6, n. 2, p. 179-191, jul-dez 
2013. 
CASTRO, M. N. Climatério e menopausa. Rev atualização clínica: endocrinologia, diabetes 
e obesidade, v. 3, n. 2. Mar/abr., 2009. Disponível em: <http://www.neves-e-
castro.pt/uploads/trabalhos%20publicados/climaterio%20e%20menopausa.pdf>. Acesso em: 
06 Nov 2019. 
COSTA, A. M. Participação social na conquista das políticas públicas de saúde para mulheres 
no Brasil. Rev. Ciência e Saúde Coletiva, v.14, n.4, p. 1073-1083, 2009. 
FEBRASGO. Manual de orientação climatério. São Paulo: Federação Brasileira das 
Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 2010. Disponível em: 
https://www.febrasgo.org.br/images/arquivos/manuais/Manuais_Novos/Manual_Climaterio.p
df>. Acesso em: 06 Nov 2019. 
FREITAS, G.L. et al. Discutindo a política de atenção à saúde da mulher no contexto da 
promoção da saúde. Rev. Eletr. Enf., v.11, n.2, p.424-8, 2009. 
FREITAS, F. et al. Rotinas em ginecologia. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 736 p. 
GALLON, C. W.; WENDER, M. C. O. Estado nutricional e qualidade de vida da mulher 
climatérica. Rev Bras Ginecol Obstet., v.34, n.4, p.175-83, 2012. 
HOFFMAN, B. L. et al. Ginecologia de Williams. 2ª ed. - Porto Alegre: AMGH, 2014. 1402 
p. 
LOMÔNACO, C.; TOMAZ, R. A. F., RAMOS, M. T. O. O impacto da menopausa nas relações 
e nos papéis sociais estabelecidos na família e no trabalho. Rev reprod. clim., v. 30, n. 2, p. 
58-66, 2015. 
MARTINÉZ, M. D.; et al. Factores psicosociales predictores de la satisfacción con la vida en 
la perimenopausia y posmenopausia. Aquichan,v.12, n.3, Chía- Colombia, 2012. 
MARTINEZ-GARDUNO, M. D.; et al. Intervención educativa de enfermería para el 
autocuidado durante el climaterio. Rev. Enfermería Universitaria. v.13, n.3, p. 142-150, 
2016. 
MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Revisão Integrativa: método de 
pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Rev. Texto e contexto 
Enferm, v. 17, n. 4, p. 758-64, Florianópolis, 2008. 
40 
 
OLIVEIRA, R. D. de. Saúde da mulher: construindo um direito. 2016. 67f. Trabalho de 
conclusão de curso (graduação em serviço social) – Universidade Federal Fluminense, Rio das 
Ostras, 2016. 
OLIVEIRA, Z. M. (RE) significando o climatério de mulheres que o vivenciam na 
perspectiva do interacionismo simbólico. 2019. 111f. Tese (doutorado) - Universidade do 
Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro- RJ, 2019. 
PASCOAL, L. A.; BORGES, M. M. M. C. A mulher vivenciado o período do climatério. Rev 
Enfermagem Integrada, Ipatinga: Unileste, v. 6, n. 2, Nov./Dez, 2013. 
PEYTON, D. L. La atención de los síntomas psicológicos durante el climaterio femenino. Rev 
avances en psicología latinoamericana, Bogotá, v. 25, n.1, p. 44-51, 2007. 
PEREIRA, A. B. S. Atenção à Mulher no Climatério Realizada por Profissionais da 
Estratégia da Saúde da Família. 2014. 81f. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do 
Goiás. Goiânia-GO, 2014. 
PITOMBEIRA,R.; et al. Sintomatologia e modificações no cotidiano das mulheres no período 
do climatério. Rev. Cogitare Enferm. v.16, n. 3, p.517-23, 2011 
POLISSENI, A. F. et al. Viver melhor: uma experiência de educação em saúde no climatério. 
Revista de APS, v. 11, n.2, p. 207-212, 2008. 
ROCHA, M. D. H. A. da; ROCHA, P. A. da. Do climatério a menopausa. Rev científica do 
ITPAC, v. 3, n. 1, jan., 2010. 
SANTOS, L. M. et al. Síndrome do climatério e qualidade de vida: uma percepção das mulheres 
nessa fase da vida. Revista APS, v.10, n.1, p. 20-26, jan./jun. 2007. 
SANTOS, J. S.; FIALHO, A. V. M.; RODRIGUES, D. P. Influências das famílias no cuidado 
às mulheres climatéricas. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. v.15, n.1, p. 215-22, 2013. 
SILVA, T, C. da. et al. Práticas de cuidado realizadas por enfermeiros às mulheres no 
climatério. Revista Contexto e Saúde, Ijuí, v. 16, n. 30, Jan./Jun. 2016. 
SILVA, S. B; NERY, I. S.; CARVALHO, A. M. C. Representações sociais elaboradas por 
enfermeiras acerca da assistência à mulher climatérica na atenção primária. Rev Rene. v.17, 
n.3, p.363-71, 2016. 
SILVA, G. F.; et al. Influências do climatério para o envelhecimento na percepção de mulheres 
idosas: subsídios para a enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. v.17, n.3, 2015. 
Universidade Federal do Maranhão. UNASUS/UFMA. Paula Trindade Garcia (Org.). Saúde da 
mulher. São Luís, 2013. 
VALENÇA, C. N.; GERMANO, R. M. Concepções de Mulheres sobre Menopausa e 
Climatério. Rev. Rene. Fortaleza, v. 11, n. 1, p. 161-171, jan./mar., 2010. 
VIDAL, C. R. P. M. et al. Mulher climatérica: uma proposta de cuidado clínico de enfermagem 
baseado em ideias freireanas. Rev Bras Enferm, Brasília, v. 65,

Mais conteúdos dessa disciplina