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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1° VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE VITÓRIA-ES Clarabela dos Santos, brasileira solteira, residente e domiciliada na Rua Paula Moraes, nº 100, Santo Antônio, Vitória, ES, CEP 29.000-900, vem por meio de seu advogado e procurador (conforme procuração anexa) com escritório localizado na Rua Sete de Setembro, nº 740, Centro, Vitória, ES, CEP 29.000- 000 vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Com fundamento no art. 840, §1º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) Em face de Marta Santos, brasileira, casada, empresária, residente e domiciliada na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, nº 200, Enseada do Suá, Vitória, ES, CEP 29.000-000, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS A requerente foi formalmente admitida em 10 de março de 2016, para trabalhar de segunda a sexta-feira, como empregada doméstica, com salário mensal no valor do salário mínimo, tendo sido dispensada sem justa causa em 10 de março de 2018, conforme registro em sua CTPS. Durante o período em que laborou na residência de Dona Marta a trabalhadora fazia o trabalho doméstico e também lavava os materiais do buffet de festas e eventos de propriedade da empregadora. Além do salário contratual, a requerente recebia “por fora” a quantia de R$ 80,00 (oitenta reais) por sábado trabalhado, quando participava da preparação das festas promovidas pelo buffet, o que ocorria em média quatro vezes por mês. A trabalhadora prestou serviços nessas condições durante todo o pacto laboral, sendo que a jornada de trabalho nos sábados costumava ser das 12 às 22 horas. II – DO DIREITO Primeiramente, pede-se a nulidade do vínculo jurídico de trabalho doméstico em razão da finalidade lucrativa do trabalho exercido pela empregada sábados, como ditado no art. 1º da LC nº 150/2015 e, consequentemente, o reconhecimento da relação de emprego regida pela CLT e não pela Lei Complementar nº 150/2015 pois o trabalho gera lucro para o empregador. Requer-se ainda que o salário extrafolha seja reconhecido e incorporado à remuneração, assim como pede que seja feita retificação do registro na CTPS, para que conste a soma do salário normal com aquele pago extrafolha e, ainda, que seja alterada a função exercida pela empregada, para que conste somente a função que esteja sob o regime da CLT. A requerente pede também a caracterização de horas extras na quantidade de 6 horas por semana, somando 24 horas semanais, com a inclusão do valor decorrente dessas horas no salário da empregada, contando as 24 horas mensais mais o adicional de 50%. Por fim, a requerente pede ainda que haja a geração de reflexos do salário extrafolha com horas extras nas outras verbas como: aviso prévio, férias + 1/3 e 13º salário e FGTS com multa de 40%. Deve haver ainda o pagamento da diferença entre o que foi pago pela empregadora e o que deveria ser pago. III – DO PEDIDO Dado o exposto, requer-se o pagamento das seguintes verbas: a) Incorporação do salário extrafolha ao salário da empregada e a consequente retificação do registro na CTPS, passando, esta, a considerar como salário real o valor de R$1140,00(mil cento e quarenta reais); b) Horas extras totalizando o valor de R$ 12.752,64(doze mil setecentos e cinquenta e dois reais e sessenta e quatro centavos) c) Reflexos do salário extrafolha e das horas extras e consequente pagamento de diferenças nas verbas do aviso prévio, férias, 13º salário, FGTS + multa de 40% – R$ 2349,67 (dois mil trezentos e quarenta e nove reais e sessenta e sete centavos). Além dos pedidos acima, o Reclamante requer, ainda, que o Reclamado seja condenado a: a) Entregar a guia para levantamento do FGTS frente à conta específica vinculada na CEF, sob pena de pagar a indenização correspondente b) Fornecer a guia para pagamento do seguro-desemprego, sob pena de o Reclamado ser condenado a pagar indenização correspondente ao valor da quantia respectiva (Súmula 389, item II do TST) c) Pagar os valores detalhados nos pedidos anteriores com correção monetária e acrescidos de juros moratórios na forma da lei; d) Pagar as verbas incontroversas na primeira audiência, sob pena de pagamento com acréscimo de 50% (art. 467 da CLT); e) Pagar os honorários sucumbenciais no percentual entre 5% e 15%, a ser fixado por esse juízo (art. 791-A da CLT) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal do Reclamado, com juntada de novos documentos, oitiva de testemunhas e demais provas úteis e necessárias ao bom andamento e julgamento da presente demanda. De igual modo, pugna-se pela intimação do Reclamado para comparecer à audiência sob pena de aplicação de confissão dos fatos, nos termos do item I da Súmula nº 74 do TST, bem como pela notificação do mesmo para acompanhar a presente demanda em todos os seus termo e atos, ao final sendo julgada TOTALMENTE PROCEDENTE, condenando o Reclamado ao pagamento das verbas postuladas em sua integralidade, bem como no pagamento das despesas processuais. Dá-se à presente causa o valor de R$22.782,31 (vinte e dois mil setecentos e oitenta e dois reais e trinta e um centavos). Nestes Termos, Pede e espera deferimento. Vitória, Espírito Santo, dia, mês, ano ADVOGADO OAB/____ nº.: __________
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