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Acão trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 18° VARA DO TRABALHO DE SERRA TALHADA/PE
JOSÉ.........., brasileiro, casado, balconista, inscrito no CPF sob o nº. ........, Cédula de Identidade nº. ...........................expedida pelo ......., Cadastrado no PIS ........ , CTPS 54621, série 00020, residente e domiciliado na Rua Zero, n. 1, Centro, Cidade Serra Talhada, Pernambuco PE, CEP: .........-......., tel. ..............., endereço eletrônico, ......... , assistido juridicamente por seu procurador infra-assinado, devidamente constituído pelo instrumento procuratório-mandato acostado (doc. 01), ao qual indica o endereço eletrônico e profissional, onde recebe notificações e intimações, nos termos do art. 77, inciso V, do Código de Processo Civil (CPC), vem respeitosamente à Presença de Vossa Excelência , com fundamento no art. 1º, inciso III, e art. 7º, ambos da CFRB/88, combinado com art. 840, § 1º da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), alterado pela lei 13.467/17, consoante com artigo 319 do (CPC), com aplicação subsidiaria e supletiva do art. 769 da CLT e art. 15 do CPC, ajuizar a presente,
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
(Pelo Rito -Ordinário )
Contra , SERTÃO COMÉRCIO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o CNPJ/MF n.º ............., ou na pessoa do seu representante legal, estabelecida na Rua 2, n. 2, Cidade Salgueiro, Pernambuco, CEP XXXXXXX-XXX, pelos fundamentos de fatos e direito aduzidos:
1 - PRELIMINARMENTE
a) - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente, afirma o Reclamante, não possuir condições para arcar com as custas processuais, conforme declaração anexa, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, razão pela qual faz jus à Gratuidade de Justiça, nos termos do artigo 5º, incisos XXXIV ; LXXIV e LXXVII da CFRB/88 e art. 98 e 99, CPC/2015, combinado com art. 790, § 3o da CLT.
2 - DOS FATOS
O Reclamante foi admitido, contratado pela Reclamada em 01 de dezembro de 2010, para exercer a função de balconista, tendo a sua CTPS anotada em 01 de março de 2011 percebendo salário mensal.
No dia 06 de julho de 2022, o Reclamante fora cientificado de sua dispensa / demissão, por justa causa, percebendo seu ultimo salário, mensal de R$ 1.200,00 (Hum mil e duzentos reais), não havendo pagamento das verbas rescisórias.
O Reclamante trabalhava pessoalmente, cumpria jornada de trabalho das 08:00 até 12:00 horas e das 12:30 até ás 19h00, de segunda-feira á sexta-feira, no horário das 08:00h às 17:00h, com 30 (trinta) minutos de intervalo para almoço, sendo 2h30 (duas horas e trinta minutos) extras todos os dias de segunda á sexta-feira, o horário sempre foi registrado cartão de ponto, jamais assinado qualquer acordo de prorrogação. Jamais recebeu qualquer hora extra.
O Pagamento do FGTS do ano de 2011 e 2012 não foram recolhidos, contudo pede a atualialização do valor com base do valor do salário atual.
Todos os empregadores ficam obrigados a depositar, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os artigos 457 e 458 da CLT (comissões, gorjetas, gratificações, etc.) e a gratificação de Natal a que se refere a Lei 4.090/1962, com as modificações da Lei 4.749/1965.
Os depósitos do FGTS devem ser efetuados mensalmente até o dia 7 (sete) do mês subseqüente ao de sua competência.  Quando o dia 7 não for dia útil, o recolhimento deverá ser antecipado.
Inexistiu, até a propositura dessa demanda, o pagamento das verbas rescisórias, pagamento de férias ou mesmo décimo terceiro salário, horas extras, recolhimento de FGTS, recolhimento de INSS, rescisão contratual, assim outras verbas de reflexo trabalhista pelo labor efetuado. A Reclamada, não efetuou o registro da carteira CTPS do Reclamante.
Neste diapasão, tem-se claramente uma fraude patronal, uma vez que constatados todos os pressupostos para caracterização de contrato de trabalho entre os demandantes.
Os argumentos jurídicos a seguir apresentados, interpõe-se a presente Reclamação Trabalhista no intuito de serem satisfeitos todos os direitos do Reclamante.
Esses são os fatos, em que há de se aplicar o direito.
3 - DO PEDIDO
DA FUNDAMENTAÇÃO JURIDICA DOS PEDIDOS, Lei nº 7.855, de 24.10.1989, artigo 457 § 1º e artigo 466, CLT art. 769 e art. 840, § 1º , ambos da CLT c/c , art. 15 e art. 319, inc. III, ambos do CPC
3.1 Do vinculo empregatício (CLT, arts. 2º e 3º )
Extrai-se do art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho que “considera-se empregado toda e qualquer pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
Como consabido, deste conceito surgem os requisitos que devem estar concomitantemente presentes para a caracterização do contrato de trabalho, quais sejam: continuidade, subordinação jurídica, onerosidade e pessoalidade.
Na hipótese em vertente, o Reclamante, trabalhou por 03 meses e não foi feito o devido registro em sua CTPS, contratado como balconista. Entretanto, em que pese o notório vínculo de trabalho, a Reclamada fez o registro na carteira do empregado suprimindo/ não fazendo menção a esses 03 meses anteriores.
A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).
Diante do não cumprimento normativo por parte do empregador pedimos que seja reconhecido o vínculo inicial do trabalhador que se deu no dia 1° de dezembro de 2010 e não em 1° de março de 2011 conforme data de admissão na CTPS.
3.2 Das Comissões
Á partir de 1° de janeiro de 2014, o reclamante passou a receber 3% a título de comissão sobre suas vendas. Tais comissões correspondiam á metade de seu salário, ou seja, estava percendo no último mês a título desta R$ 600,00. Valor este que nunca constou em sua folha de pagamento.
O pagamento da comissão referente as vendas se torna exigível a partir do momento que a empresa vendedora realiza e aceita a transação, neste momento o vendedor adquire o seu direito a comissão. A comissão é prevista na CLT artigo 457 § 1º e artigo 466 conforme a seguir:
“Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber [...] § 1o - Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. ”
Vê-se que o empregador descumpriu o que rege a lei quanto ao pagamento das comissões, desde o início contudo pede o cumnprimento do que consta previsto na lei em favor do reclamante.
3.3 Das Horas Extras
Durante todo o seu contrato de trabalho o Reclamante teve sua jornada de trabalho das 08h00 até ás 12h00 e das 12h30 até ás 19h00, de segunda-feira á sexta-feira. O Trabalhador laborava 10h e 30min. por dia totalizando 61h e 30min. por semana. A legislação trabalhista estabelece, salvo os casos especiais, que a jornada normal de trabalho é de 8 (oito) horas diárias e de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
Art. 58, CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
De segunda-feira à sexta-feira: 10h30 horas diárias, prorrogando habitualmente de 2h30 hora por dia, tendo por base a lei que disciplina jornada de 8 (oito) horas diárias.
> Totalizando: 61 horas e 30min. de labor por semana, perfazendo 12 horas e 30min. de labor extraordinário por semana - 50 horas p/ mês.
Durante todo o pacto laboral a Reclamante esteve obrigada por seus superiores hierárquicos, a cumprir a jornada acima.O trabalho extraordinário era cometido toda semana, conforme descrito acima, totalizando 61 horas e 30min. de trabalho por semana, por todo pacto laboral.
Ante ao fato de que a ré não remunerava corretamente as horas extraordinárias de trabalho da Reclamante, o mesmo é credora das que excederam a jornada normal de trabalho de 8 horas diárias ou 44 horas semanais e ou 10ª hora diária, mais os reflexos destas em 13º salário, férias+1/3, FGTS+40%, INSS, aviso prévio, DSRs, adicionais e multas.
4 - REVERSÃO DA JUSTA CAUSA
O reclamante foi demitido por justa causa o qual motivo se deu em razão de embriaguez, tendo o mesmo no dia 04 de julho de 2022 ido participar de uma festa na empresa e ingeriu grande quantidade de álcool. Vale ressaltar que o funcionário não chegou bêbado em seu local de trabalho.
O motivo pelo qual o RECLAMADO alega para imputar justa causa ao reclamante é totalmente infundado e não tem respaldo legal
O Artigo 482 do Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943 constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador, não estando no rol descrito o motivo de ingestão de álcool em uma festa da empresa, contudo é justo o afastamento da justa causa e concomitantemente a condenação do reclamado a arcar com uma indenização por dano moral, pagar todas as verbas rescisórias equivalentes a uma rescisão sem justa causa.
5 - VERBAS RESCISÓRIAS
5.1 - DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO
Previsto na Lei nº 12.506/2011, o mesmo faz jus ao pagamento da indenização correspondente ao período, de conformidade com o § 1º do art. 487 da Consolidação das Leis do Trabalho, visto que:
 “a falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço”.
Motivo pelo qual o Reclamante é credor da referida verba acima pleiteada na proporção de 30 dias, com base na última remuneração.
5.2 - GRATIFICAÇÃO NATALINA (13º SALÁRIO) PROPORCIONAL 
Levando em consideração o reconhecimento de vínculo inicial do empregador que se deu a exatos 03 meses que antecedem o registro em sua CTPS, tem-se sua data de admissão em 1º de dezembro de 2010 e sua dispensa incorreu no período de 06 de junho de 2022.
Assim sendo, tem a Autor direito ao recebimento da gratificação natalina, impropriamente chamada de décimo terceiro salário, proporcional ao período trabalhado de 06 (seis) meses + projeção de aviso prévio indenizado = (12/12 avos), conforme prescrito no art. 3º da Lei n. 4.090/62.
Face ao exposto requer a Vossa Excelência a condenação sob este título.
6 - FÉRIAS PROPORCIONAIS (11/12) + 1/3 CONSTITUCIONAL
O direito às férias está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em seu artigo 129, e na Constituição Federal em seu artigo 7°, inciso XVII. 
De acordo com a lei, todo empregado contratado em regime celetista, possui anualmente o direito às férias remuneradas com a percepção do valor de 1 ⁄ 3 em sua remuneração, referente ao acréscimo de férias. 
Para que ele possa usufruir dessas férias, existe um certo tempo determinado pela lei, são eles o período aquisitivo e concessivo. 
Como o Autor foi dispensado em 06/06/2022, com a projeção do aviso prévio indenizado, tem direito ao pagamento de 06/12 avos a título de férias proporcionais + 1/3 constitucional.
O período aquisitivo de férias diz respeito ao tempo em que o profissional trabalhou para ter direito aos dias de férias. Ele é delimitado pelo artigo 130 da CLT.
Já as férias proporcionais, como o próprio nome já sugere, diz respeito ao período de férias proporcional ao tempo trabalhado. Ou seja, ela ocorre antes do colaborador completar o seu período aquisitivo de doze meses, sendo proporcional ao tempo em que ele trabalhou.
Terço constitucional
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, inciso XVII, garante o direito às férias remuneradas anuais com o pagamento de, no mínimo, um terço a mais sobre o salário normal. Por isso, esse adicional de férias de um terço sobre o salário é chamado de terço constitucional.
7- DO FGTS + 40% E INSS
A Reclamada durante todo o pacto laboral, nos anos de 2011 e 2012 conforme narrado acima, não depositou o FGTS na conta vinculada do autor.
Note-se que o empregador tem o dever de comprovar a regularidade dos depósitos, , conforme o entendimento cristalizado na Orientação Jurisprudencial nº. 301 da SDI do C.TST.
Como a iniciativa do rompimento do vínculo empregatício foi da Reclamada , a Reclamante tem direito ao recebimento sobre os valores nunca depositados, mais a multa de 40% sobre as diferenças do FGTS devido, de acordo com o § 1º do art. 18 da Lei n. 8.036/90, a seguir transcrito:
Art. 18. (...)
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros. (destacamos)
Com relação aos recolhimentos previdenciários, deferidas as verbas acima e reconhecida à relação de emprego entre as partes, os mesmo restaram não recolhidos pelo empregador, razão pela qual deverá a Reclamada ser condenada a efetuar também os devidos recolhimentos previdenciários. Por todo o exposto, deverá a reclamada. ser condenada no pagamento das diferenças do FGTS, que deverão ser adimplidos diretamente ao Reclamante, acrescidas de 40%, bem como ao recolhimento das parcelas referentes ao INSS.
Assim sendo a Reclamante é credora do montante relativos aos depósitos fundiários, acrescidos de 40% (quarenta por cento), pelo que requer a condenação da Reclamada sob este título.
8 - MULTA DO ARTIGO 477, § 8º  DA CLT
O Reclamante foi arbitrariamente demitido, sem que lhe fossem pagas suas verbas rescisórias, devendo, portanto, arcar a ré com o pagamento da multa prevista no artigo 477, § 8º da CLT.
Como o contrato de trabalho teve fim há mais de 10 (dez) dias, mesmo que a relação de trabalho seja reconhecida apenas por prolação da r.sentença, o título em testilha é devido, visto que, a anotação do contrato de trabalho em CTPS, no caso, é formalidade legal que em nada se confunde com a obrigação de quitar os haveres rescisórios.
Diante do exposto, por óbvio, o contrato de trabalho está devidamente registrado na CPTS da obreira, contudo sem a devida baixa, assim sendo deve ser condenada a Reclamada no título acima descrito, penalizando a Reclamada ao pagamento de 1 (um salário) em favor da Reclamante.
9 - MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT
Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador NOS TERMOS DO ARTIGO 467 DA CLT, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento. (Alterado pela Lei n.º 10.272, de 05-09-01, DOU 06-09-01) Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e as suas autarquias e fundações públicas. (Acrescentado pela MP n.º 2.180-35, de 24-08- 01, DOU 27-08-01)
A finalidade deste dispositivo é impor o imediato pagamento da parcela incontroversa das verbas rescisórias, não permitindo ao empregador, sob pena de multa, inseri-las dentre as parcelas discutidas, com o fito de postergar o pagamento e punir indiretamente o empregado ou levá-lo ao desespero e, com ele, à aceitação de um acordo desvantajoso. Uma análise gramatical do artigo em comento impediria a aplicação da multa em todo e qualquer caso em que o empregador controvertesse o pagamento de quaisquer verbas rescisórias.
Bastaria o empregador alegar, por exemplo, que pagou, sem exibir o recibo; que a dispensa teria se dado por justa causa e que nenhum valor seria devido etc. Entretanto, a doutrina e a jurisprudência passaram a entender que a controvérsia há de ser séria.
A alegação de que nenhuma rescisória é devida deve estar comprovadapor documentos (recibo de pagamento escrito, por força do artigo 464 da CLT) ou termo de rescisão que comprove com os créditos e débitos, a inexistência de saldo favorável ao empregado. A mera alegação desserve a esta finalidade, não pode haver controvérsia válida ainda, quando contra todas as evidências e contra todas as disposições legais, o empregador busca locupletar-se da própria torpeza.
A empresa, ora Reclamada, é contumaz nesta prática (de sonegar parcelas rescisórias) devem ser oficiados o Ministério Público do Trabalho e a Delegacia Regional do Trabalho para que tomem as providências cabíveis à punição dos ilícitos e à prevenção de novas ocorrências.
Diante do exposto o autor é credor de tal título, caso não sejam pagas as verbas rescisórias até a 1ª audiência.
10 - INDENIZAÇÃO DANO MATERIAL - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Como o Reclamado se beneficiou dos serviços prestados pelo Reclamante, e descumpriu obrigações contratuais e legais, dando causa ao ajuizamento da presente Reclamação Trabalhista e dos gastos com a contratação de advogado, tem direito a Autora ao pagamento de uma Indenização integral destinada a cobrir os prejuízos gerados pelo descumprimento da obrigação patronal e, em consequência, pela necessidade de contratação de advogado. Tal pretensão tem como fundamento os arts. 389 e 404 do Código Civil, que tratam da responsabilidade do devedor em caso de perdas e danos, sendo que a indenização deve abranger os honorários de advogado.
Nesse mesmo sentido o Enunciado 53 da Jornada de Direito Material e Processual na Justiça do Trabalho, promovida pela ANAMATRA:
Enunciado 53. REPARAÇÃO DE DANOS — HONORÁRIOS CONTRATUAIS DE ADVOGADO. Os arts. 389 e 404 do Código Civil autorizam o Juiz do Trabalho a condenar o vencido em honorários contratuais de advogado, a fim de assegurar ao vencedor a inteira reparação do dano. (destacamos)
Importante destacar que na hipótese presente não se trata de honorários de sucumbência, mas de honorários contratuais, os quais são devidos também na área trabalhista em decorrência do princípio da restitutio integrum, a fim de restaurar o estado anterior ao dano.
Assim sendo, requer a Autora a condenação do Reclamado ao pagamento de uma indenização correspondente aos honorários de advogado, tendo em vista que foi necessária a contratação pela Reclamante de um patrono para defender em Juízo os seus interesses, não tendo como arcar com tal despesa, decorrente exclusivamente do descumprimento de obrigações trabalhistas por parte do Réu.
DOS PEDIDOS
Com base nos fatos descritos requer, a total procedência da ação para condenar a Reclamada nos seguintes títulos:
1 - JUSTIÇA GRATUITA
2 - AVISO PRÉVIO INDENIZADO-----.A APURAR;
3 - GRATIFICAÇÃO NATALINA (13º SALÁRIO) PROPORCIONAL - (12/12)-----A APURAR;
4 - FÉRIAS PROPORCIONAIS (06/12) + 1/3 CONSTITUCIONAL-----A APURAR;
5 - FGTS + 40% E INSS----- A APURAR;
6 - MULTA DO ARTIGO 477, § 8º  DA CLT-----A APURAR;
7 - MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT-----A APURAR;
8 - DAS HORAS EXTRAS + 50%-----A APURAR;
9 - HORA EXTRA ARTIGO 384 DA CLT -----A APURAR;
10 - INDENIZAÇÃO DANO MATERIAL 
- HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS................................................................................A APURAR;
DOS REQUERIMENTOS
A) Ante o exposto, requer a notificação da Reclamada no endereço supramencionado, para vir a juízo responder aos termos da presente, sob pena de revelia e confissão ficta quanto à matéria de fato, acompanhamento do feito até final decisão que deverá reconhecer a TOTAL PROCEDÊNCIA da ação.
B) Requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, por não ter condições de arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo próprio e de sua família (declaração anexa).
C) Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitido, Especialmente, pelo depoimento pessoal da Reclamada.
D) Requer todas as notificações e intimações sejam endereçadas ao seguinte patrono: [NOME DO ADVOGADO], inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº _________, Seccional do Estado de Pernambuco, com escritório profissional situado na Rua ________, nº _____, Bairro _______, ______ /PE, CEP ______-____. Cel: (..) ............, e-mail: ___________.
 Atribui-se à causa o valor de R$ -------- (--------------).
Nestes termos,
pede deferimento
__________, __ de _______. de ____
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ ____________________________________
 __________
 OAB nº

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