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EPIDEMIOLOGIA NP1

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EPIDEMIOLOGIA (NP1) 
 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
 concepção da História Natural da Doença de Leavell & Clark (1965) – causalidade 
Para os autores, microorganismos interagem com o ambiente que favorecem ou não sua sobrevivência e multiplicação 
como agente etiológico. A predisposição do indivíduo à doença é o seu comportamento genético e a sua resistência, 
sendo essa relacionada com os seus comportamentos ou estilos de vida. A partir da perspectiva da história natural da 
doença os autores propuseram medidas de intervenção nos diferentes estágios da doença: prevenção primária, 
secundária e terciária. 
 
✓ no período epidemiológico, o interesse é dirigido para as relações suscetível-ambiente. 
✓ no período patológico, interessam as modificações que se passam no organismo vivo. 
✓ o meio ambiente é onde ocorrem as pré-condições, enquanto o meio interno é o locus da doença. 
✓ a vacinação, tanto de adultos quanto de crianças, representa uma ação de saúde coletiva do tipo Proteção Específica. 
FASES DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
 Fase inicial (suscetibilidade) – pessoas que não estão doentes, mas que tem mais riscos de adoecer. 
 Fase pré-patológica (pré-clínica) – pessoas que não tem sintomas, mas estão doentes (screening). 
 Fase clínica – pessoas doentes (intervenções). 
 Fase de incapacidade residual – não morreu ou não houve cura completa, deixando com sequelas (reabilitação). 
 
1º. Período Epidemiológico ou Pré-patológico: 
▪ A doença ocorre quando há uma ruptura no equilíbrio da saúde do hospedeiro, que acaba sendo influenciada pelos 
determinantes eu contribuem para que a doença aconteça, especialmente quando o hospedeiro está exposto a certos 
riscos. 
2º. Período Patológico: 
▪ Acontece quando já ocorreu a contaminação e a doença já se desenvolveu; 
▪ Os sintomas da doença começam a se manifestar; 
▪ O corpo começa a sofrer com as perturbações causadas pelo hospedeiro 
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE 
 Considera-se que os determinantes sociais mais importantes são aqueles que geram estratificação social, ou seja, 
determinantes estruturais como a distribuição de renda, a discriminação e a existência de estruturas políticas ou de 
governança que reforcem as iniquidades relativas ao poderio econômico. 
 A implementação de ações sobre os determinantes sociais baseia-se em três temas mais amplos: 1) reduzir as 
iniquidades em saúde; 2) melhorar as condições de saúde e o bem-estar, promover o desenvolvimento e alcançar 
objetivos gerais no campo da saúde; 3) promover ações em uma série de prioridades sociais, para além do campo da 
saúde e que dependem de melhores níveis de igualdade em saúde. 
 Como determinantes intermediários encontram-se as condições de vida, circunstâncias psicossociais, fatores 
comportamentais e/ou biológicos e o próprio sistema de saúde, que dão forma às condições de saúde dos indivíduos. 
 Apoiar a abordagem dos determinantes sociais significa compreender o valor que a saúde tem para a sociedade e 
admitir que ela depende de ações que, muitas vezes, não têm relação com o setor saúde. 
Modelo biomédico 
Modelo da história natural da 
doença 
Modelo da determinação social da 
doença 
Apresenta uma compreensão do 
processo saúde e doença a partir das 
ciências biológicas. Uma caraterística 
desse modelo é aceitar a lógica linear 
do adoecimento e a absorção, pelo 
senso comum, de que a doença é 
causada por um agente patológico 
específico. 
O processo saúde-doença ocorre 
devido à interação entre a tríade 
ecológica agente, hospedeiro e meio, 
apresentando, portanto, dois períodos 
sequenciados: o epidemiológico e o 
patológico. 
Esse modelo insere a perspectiva do 
processo de forma mais ampla, 
considerando os comportamentos 
culturais que possam relacionar-se à 
saúde de uma população. Considera, 
dessa forma, o perfil epidemiológico 
como fator importante. 
Determinantes sociais Fatores intermediários de risco Desfechos 
• Alimentação inadequada 
• Tabagismo 
• Intolerância à glicose 
• Hipertensão 
• Diabetes 
 
➔ A determinação social da saúde implica a compreensão de que a saúde é determinada pelo grau de desenvolvimento 
das forças produtivas e pelas relações de produção predominantes na sociedade em cada momento histórico. 
DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
o social estruturalista trabalha as dimensões geral, particular e individual. 
EXAME DE RASTREAMENTO 
 A doença deve representar um importante problema de saúde pública que seja relevante para a população, levando 
em consideração os conceitos de magnitude, transcendência e vulnerabilidade. 
 Entende-se como uma medida de promoção de saúde. 
 A história natural da doença ou do problema clínico deve ser bem conhecida. 
 O benefício da detecção e do tratamento precoce com o rastreamento deve ser maior do que se a condição fosse 
tratada no momento habitual de diagnóstico. 
 distinguem os indivíduos que aparentemente estão bem, mas que têm uma doença ou um fator de risco. Esse tipo de 
teste é parte de muitas atividades de prevenção primária e de todas as atividades de prevenção secundária. 
 
➔ O teste de rastreamento é aplicado em assintomáticos. O teste busca indivíduos com incidência (caso incidente) e, nesse 
caso, seria só prevenção secundária. Mas se pensamos como um todo, o teste de rastreamento chama atenção para 
muitos fatores de risco - pensem nas campanhas para a necessidade do rastreamento da doença em questão - e, 
portanto, podem atuar na prevenção primária sim, fazendo com que as pessoas fiquem mais atentas a fatores que 
podem ser modificados. 
NIVEIS DE PREVENÇÃO 
 PRIMÁRIA 
a. Medidas educativas em relação à higiene; 
b. Alimentação nutritiva; 
c. Condições de moradia adequadas; 
d. Ida ao médico para exames de rotina. 
✓ Atividades que modificam a vida, como mudar para uma dieta baixa em gorduras, procurar um programa estável 
de exercícios aeróbicos e parar com o tabagismo; 
✓ Espera-se a diminuição da incidência da doença mediante o controle de fatores de risco ou causas associadas, bem 
como a diminuição do risco médio de doença na população; 
✓ Realizada, em geral, fora do sistema de atenção à saúde, a prevenção primária previne ou impede a ocorrência de 
doença, removendo suas causas. 
 
 SECUNDÁRIA 
a. ocorre depois que o indivíduo está infectado, com tratamentos para inibir o alto risco e as complicações da doença 
ou a morte. 
✓ O rastreamento de câncer de colo de útero. 
✓ Inquérito para detecção de casos na comunidade - destinada à busca de casos já existentes. 
✓ Diagnóstico pré-sintomático e tratamento por meio de programas de rastreamento 
✓ Espera-se que haja diminuição da prevalência da doença, essencialmente pela diminuição da sua duração. 
✓ Realização de citopatológico de colo uterino 
 
 TERCIÁRIA 
a. Ocorre após a cura ou o controle da doença, com ações direcionadas para a reabilitação do indivíduo. 
b. Quando a doença se torna sintomática e a assistência médica é procurada de modo a limitar incapacidade em 
pacientes com sintomas precoces, ou de modo a reabilitar pacientes com doença sintomática tardia. 
✓ Reabilitação de um paciente com sequelas de AVC. 
 
 
 QUATERNÁRIA 
✓ Evitar realizar procedimentos invasivos desnecessários. 
EPIDEMIOLOGIA E AS AÇÕES À SAÚDE 
 A epidemiologia descreve os agravos que ocorrem ou que podem ocorrer com a população, aponta suas causas e 
orienta as indicações dos meios de controle. 
 Promoção da saúde, proteção específica, diagnóstico e tratamento precoce, limitação do dano e reabilitação são 
exemplos de níveis de prevenção, sendo que em cada um desses níveis há diversas maneiras de atuação. 
OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA 
✓ Conhecer a situação de saúde da comunidade. 
✓ Conhecer os fatores causais determinantes do mecanismo de produção das enfermidades. 
✓ Identificar os sujeitos aos riscos e as áreas prioritárias de ação. 
✓ Orientar e colaborar no planejamento e na adoção de decisões. 
✓Gerar conhecimento facilitando a compreensão de saúde como um todo. 
✓ Foco na relação entre o subconjunto de doentes e o conjunto população ao qual ele pertence, incluindo os 
determinantes desta relação. 
✓ A principal diferença entre um ensaio clínico randomizado e um estudo de coorte prospectivo reside na maneira pela 
qual os indivíduos sofrem a exposição, se de forma aleatória ou não, respectivamente. 
MEDICINA PREVENTIVA/CURATIVA 
▪ surgiu para se contrapor á medicina curativa, que apenas atuava quando o indivíduo estava doente, agindo com 
tratamento, internações, medicamentos e etc. ▪ A medicina preventiva foi estabelecida por Leavell e Clark (1500), 
baseada em ações preventivas. 
▪ O trabalho da medicina preventiva (curativa) se inicia antes (no período pré-patogênico). 
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO 
A escolha do Estudo Epidemiológico depende: 
✓ da frequência do desfecho a ser investigado. 
✓ do tipo de exposição. 
✓ do conhecimento existente sobre a relação exposição-desfecho 
✓ dos recursos disponíveis. 
TIPOS DE ESTUDO 
 TRANSVERSAL 
▪ tipo de estudo observacional em que o pesquisador não interage com a população amostral de modo direto 
senão por análise e avaliação conseguidas através da observação. 
▪ Essa amostra de pessoas geralmente se difere na maioria de suas características (sexo, idade, geolocalização) e 
compartilham apenas o fator que está sendo estudado. 
▪ Uma limitação deste estudo decorre de seu delineamento, que impossibilita aferir relações de antecedência da 
exposição em relação ao desfecho, uma vez que as medidas de interesse de exposição e efeito são avaliadas 
simultaneamente, impossibilitando o estabelecimento de claras relações de causa-efeito 
 
 COORTE PROSPECTIVO 
▪ Estudo longitudinal, prospectivo e observacional no qual um grupo de pessoas é acompanhada por determinado 
tempo. Os desfechos são comparados a partir da exploração ou não de uma intervenção ou outro fator de 
interesse para análise posterior de incidência da doença. 
▪ Fatores Positivos: calcula o Risco Relativo (RR) e estabelece etiologia e fatores de risco, sendo apropriado para 
descobrir a incidência e a história natural de uma condição de saúde. 
▪ São demorados e podem ser caros. 
 
 CASO CONTROLE 
▪ Estudos de grupos semelhantes, selecionados a partir de uma população de risco que compara doentes versus não 
doentes, retrospectivamente, considerando a exposição e os possível fatores de risco a que a amostra de doentes 
foi exposta (no passado). 
▪ Fatores Positivos: Útil para identificação de fatores de risco e doenças raras ou novas e, para a exposição de fatores 
prognósticos de doenças com longo período de latência. 
 
 ENSAIO CLINICO RANDOMIZADO 
▪ Os participantes do estudo são distribuídos aleatoriamente para aplicação de uma intervenção (ex: tratamento 
farmacológico) comparada a outra intervenção (ex: tratamento placebo). Os grupos são acompanhados por um 
período de tempo e analisados por desfechos específicos, definidos no início do estudo. 
▪ Uma utilidade da randomização em um ensaio clínico randomizado é garantir que haja uma tendência de que os 
grupos de pacientes participantes da pesquisa sejam semelhantes entre si. 
▪ Fatores Positivos: ideal para avaliação de intervenções terapêuticas 
 
 ECOLÓGICO 
▪ Descrevem as diferenças entre a população em um determinado espaço e tempo ou em um mesmo tempo, 
comparando a ocorrência da doença entre grupos de pessoas (população de países, regiões ou municípios). 
▪ Fatores Positivos: A unidade de estudo não é a pessoa, mas o grupo.

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