Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA CAMPUS JUNDIAÍ - SP PIM III Projeto Integrado Multidisciplinar III NOME DOS INTEGRANTES DO GRUPO: RA: Arieli Ap. Pedroso de Souza F03IHI-0 Samantha Gonçalves Moreira de Jesus N483AJ-2 FITOCOSMETOLOGIA – LAVANDULA Jundiaí-SP JUNHO/2020 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA CAMPUS JUNDIAÍ - SP NOME DOS INTEGRANTES DO GRUPO RA: Arieli Ap. Pedroso de Souza F03IHI-0 Samantha Gonçalves Moreira de Jesus N483AJ-2 FITOCOSMETOLOGIA – LAVANDULA Trabalho apresentado como requisito para o Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética. Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM III). Orientadora: Profa. Dra. Sabrina A. Marques Co-orientadora: Profa. Dra. Veronica C G Soares Jundiaí-SP JUNHO/2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 1.1 Características da planta .............................................................................. 5 1.2 componentes fitoquímicos............................................................................. 6 1.3 principais utilizações da planta ..................................................................... 7 2. OBJETIVO ........................................................................................................... 8 3. MATERIAS E MÉTODODOS ................................................................................ 8 3.1 METODOLOGIA REALIZADO NO LABORATÓRIO ........................................... 8 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 8 6. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 8 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 9 ANEXO A – RESUMO .............................................................................................. 10 1. INTRODUÇÃO A “fitocosmética” simboliza um setor em crescimento notável, não apenas pelo avanço na investigação científica, mas pelas reais vantagens na aplicação de produtos vegetais relativamente a alguns produtos sintéticos, e pela sociedade que vem exigindo a adoção de tecnologias de produções econômicas, ecológicas e seguras, que por sua vez, requerem um enorme esforço por parte dos investigadores na pesquisa de diferentes compostos, naturais e competitivos (DRAELOS, 2005; KOLE ET AL., 2005) Segundo os autores ( Eldin S, Dunford A, 2001) No séculos de colonização, a utilização de plantas medicinais para tratamento das patologias era patrimônio somente dos índios e de seus pajés, e a população em geral utilizava medicamentos provenientes de importações, especialmente da Europa. Não existia um conhecimento em relação ao correto armazenamento das plantas, a fim de preservar suas propriedades medicinais, ou seja, seus princípios ativos. Muito tempo foi necessário para que as plantas medicinais do território brasileiro, usadas pelos estrangeiros para tratamento das mais diversas patologias, fossem conhecidas mundialmente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva a integração das técnicas da Medicina ocidental com o uso da Medicina alternativa/tradicional e defende a elaboração de políticas para o correto desenvolvimento dessas ações. Entre essas práticas, tem-se a aromaterapia como uma prática terapêutica que utiliza propriedades dos óleos essenciais (OE) para que se possa recuperar e harmonizar o equilíbrio do organismo, promovendo a saúde física e mental. A Lavanda é uma planta ocasionalmente cultivada no Sul do país como ornamental e para fins medicinais. Na Europa são cultivadas em larga escala, especialmente no Sul da França, para a extração de seu óleo essencial usado em perfumaria. São utilizadas na medicina popular, principalmente as inflorescências e menos frequentemente as folhas, que são consideradas estimulante, digestiva, antiespasmódica, tônica, calmante dos nervos e antimicrobiana. (Corrêa, A. D; Siqueira - B. R. & Quintas, L. E. M, 1998) e (PANIZZA, S. 1998). 1.1 Características da planta Plantas do gênero Lavandula, pertencentes à Lamiaceae e conhecidas por lavandas ou alfazemas, são arbustos ou subarbustos eretos e aromáticos comcaules, na maioria das vezes, lenhosos, sendo o nome derivado do latim “lavare” cujo significado “lavar”, refere-se ao uso destas plantas aromáticas em banhos (BIASI & DESCHAMPS, 2009). O gênero Lavandula abrange seis seções que envolvem plantas de lavanda com características distintas e originárias de diferentes regiões do mundo, que São : Lavandula (região do Mediterrâneo, especificamente da França); Stoechas (Mediterrâneo); Dentata (Mediterrâneo, Macaronésia e sul da Arábia); Pterostoechas (Norte da África e Macaronésia); Chaetostachys (Índia); Subnuda (Arábia e África) (MCNAUGHTON, 2006). De acordo com Joan Head, editor de um jornal internacional sobre lavanda, do gênero Lavandula fazem parte de plantas medicinais aromáticas com cerca de 25 espécies distinta, além de subespécies e grande número de variedades. (NAUGHTON, 2006; BIASI & DESCHAMPS, 2009). Pertencentes à seção Lavandula podem-se citar as espécies Lavandula angustifolia Mill e Lavandula dentata L., pouco cultivadas no Brasil. Lavandula angustifolia é denominada de alfazema ou lavanda-inglesa, sendo nativa das montanhas do Mediterrâneo (LORENZI; SOUZA, 2001; LORENZI; MATOS, 2008). Lavandula dentata, também conhecida como lavanda-francesa ou alfazema, é nativa do leste e sul da Espanha. Estas espécies são pouco conhecidas e utilizadas como medicinais no Brasil devido à falta de informações sobre as suas propriedades terapêuticas e seu uso apropriado. Com o crescimento da Fitoterapia e da Aromaterapia, nos últimos anos, as lavandas vêm sendo divulgadas e pode-se encontrar com certa facilidade muitas destas plantas no comércio paisagístico. No caso de Lavandula angustifolia, é cultivada em pequenos jardins e quintais de descendentes europeus com a finalidade exclusiva para culinária. Em função da escassez de informações acerca da anatomia de plantas deste gênero, objetivou-se conhecer os caracteres anatômicos de Lavandula angustifolia Mill. e Lavandula dentata L. para auxiliar na identificação das mesmas. (BAYER, 1989; BIASI & DESCHAMPS, 2009). 1.2 Componentes fitoquímicos Entre os gêneros aromáticos da família Lamiaceae mais conhecidos, encontra-se o gênero Lavandula que possui destaque na economia mundial devido à produção de óleos essenciais utilizados nas indústrias de perfumaria, cosmética (Bombarda et al, 2008), alimentos (Da Porto et al., 2009) e terapêutica (H.J.S.P. SALES, 2015). Os principais compostos do óleo essencial de Lavandula dentata L. são os monoterpenos oxigenados (68,6%), seguido dos monoterpenos hidrocarbonados (2,7%), sesquiterpenos oxigenados (2,6%) e sesquiterpenos hidrocarbonados (2,6%) (Dob et al., 2005). A presençados monoterpenos oxigenados 1,8-cineol e cânfora conferem ao óleo essencial propriedades medicinais e terapêuticas com ações antiespasmódica, antifúngica e bactericida (Chu & Kemper, 2001; Moon et al., 2006), antiinflamatórias e analgésicas (Hajhashemi et al., 2003), atuando ainda como repelente e inseticida (Yusufoglu et al., 2004). Estes compostos encontram-se armazenados em tricomas glandulares peltados distribuídos por toda a parte aérea da planta (Sudriá et al., 1999). Segundo Muñoz- Bertomeu et al. (2007), o órgão onde os tricomas glandulares se distribuem (flores ou folhas) afeta o teor do óleo essencial de L. latifolia Medikus, sendo as flores o órgão com maior capacidade de acúmulo. Em L. dentata, cultivada na região da Argélia, o teor de óleo essencial de folhas e ramos por sua vez foi 83,7% superior ao obtido de flores (Bousmaha et al., 2005). A produtividade e a variabilidade fitoquímica do óleo essencial em espécies aromáticas estão relacionadas à fase de desenvolvimento, idade da planta, órgão de armazenamento e às condições ambientais as quais as plantas estão submetidas. A composição do óleo essencial das flores e folhas de L. coronopofolia Poiert. apresentou variações pequenas nos teores dos constituintes linalol (41,1% e 40,8%), cânfora (11,6% e 12,1%), 1,8-cineol (7,3% e 7,7%) respectivamente, enquanto que os teores destes constituintes no óleo essencial obtido de toda a parte aérea da planta (flores, folhas e ramos) foram menores (linalol 20,8%; cânfora 19,7% e 1,8-cineol 25,4%). Em L. dentata, a composição do óleo essencial de toda parte aérea comparado ao apenas de folhas e ramos apresentou teores superiores de 1,8-cineol (36,4%), b-pineno (8,1%), limoneno (3,9%), enquanto que a composição do óleo extraído apenas de flores, apresentou baixos teores destes constituintes, (1,8-cineol 21,5%, β-pineno 6,0% e limoneno 2,5%). Os autores verificaram ainda que, além do estádio de desenvolvimento, a época de colheita afetou o teor e composição do óleo essencial sendo o maior teor obtido da parte aérea sem flores (1,1%) colhida no penúltimo mês do florescimento e menor na parte aérea com flores (0,6%) colhida no último mês. Maiores teores de β-pineno (22,2%), 1,8-cineol (3,3%), e linalol (3,1%), foram observados nos últimos meses do florescimento. (Sangwan et al., 2001). (Gobbo-Neto & Lopes, 2007). (Aburjai et al., 2005). (Bousmaha et al., 2005). 1.3 Principais utilizações da planta A Lavanda segundo os autores (Panizza, S.1998; Vieira, L.S. 1992) São utilizadas na medicina popular, principalmente as inflorescências e menos frequentemente as folhas que são consideradas estimulante, digestiva, antipasmódica, tônica, calmante dos nervos e antimicrobiana. De acordo com Corrêa, A. D.; Siqueira-B. D; e Quintas, L.E.M. (1998). e Vieira, L.S. (1992). São utilizadas no tratamento da insônia, nevralgia, asma brônquica, cólica e gases intestinais. Para o tratamento das afecções das vias respiratórias, asma, bronquite, tosse, catarro e gripe, sinusite, tensão nervosa, depressão, insônia, vertigens, cistite e enxaqueca. Recomendada também para casos de corrimento vaginal, prurido vaginas sarnas ou piolhos. O óleo essencial de lavanda possui potencial citofilático (regenerador do sistema epitelial), sendo útil em problemas da pele como queimaduras, pele envelhecida, rugas, dermatites, na prevenção da acne, pois tem a ação anti-inflamatória e cicatrizante. (LÁSZLÓ, 2008). Segundo Silva A.R (2001) A planta lavanda por ter seu efeito relaxante tanto corporal como facial, pode ser utilizada na estética como um calmante e na forma de óleo essencial, creme de massagem e máscara facial. 1.4 Formas de extração dos compostos ativos da planta Um género com grande importância comercial é o género Lavandula. Este género é composto por cerca de 39 espécies e diversos híbridos de plantas lenhosas perenes, algumas das quais têm sido cultivadas pelo seu teor em óleo essencial, que é extraído por destilação a vapor a partir de ramos floridos (Upson & Andrews, 2004). Várias espécies dentro do gênero são plantas populares de jardins, sendo também cultivadas para comércio de flores secas, para a indústria alimentar, perfumaria, cosmética e farmacêutica, sendo as mais utilizadas a Lavandula angustifólia, L. intermedia, L. latifolia e L. stoechas (Urwin & Mailer, 2008). 2. OBJETIVO Realizar um levantamento bibliográfico, nas principais bases científicas, dos últimos 5 anos, sobre a planta lavandula e apresentar uma tabela com os artigos encontrados, que conste os principais pontos importantes. Obtenção do chá, testes realizados no laboratório e resultados. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura especializada, dos últimos 5 anos, no qual realizou-se consulta a livros e periódicos presentes na Biblioteca da Universidade Paulista (UNIP) - campus de Jundiaí-SP e por artigos científicos selecionados através de busca no banco de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual de Saúde (Bireme), National Library of Medicine National Institutes of Health (Pubmed), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Sreaúde (Lilacs). Foram usados os seguintes descritores: fitocosmetologia, estética, cosmetologia, lavandula... em português e inglês. 3.1 METODOLOGIA REALIZADO NO LABORATÓRIO Foi realizado uma segunda etapa do trabalho em uma aula prática de química geral, no dia 13 de março de 2020, onde iniciamos a experiência no preparo do chá de lavanda, e utilizamos a planta no processo de infusão. o cálculo de rendimento da extração foi de 20,144 gramas da flor em um béquer de 104,226 gramas e de 250ml, em seguida colocamos a planta no vidro de relógio e adicionamos 150ml de água (medido em proveta) e sob fervura adicionamos a planta e abafamos com o vidro de relógio por 2 minutos. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BAYER, E. Plantas del Mediterrâneo. Barcelona: Blume, 1989. 360 p. BIASI, L. A.; DESCHAMPS, C. Plantas Aromáticas: do cultivo à produção de óleo essencial. Curitiba: Layer Studio Gráfico e Editora Ltda, 2009. 160 p. CORRÊA, A. D.; SIQUEIRA B. R. e QUINTAS, L.E.M. Plantas Medicinais -do cultivo à terapêutica. 2.ed. São paulo: Vozes, Petrópolis,1998. ElDIN, S. e DUNFORD, A. Fitoterapia na Atenção Primária À Saúde. Manole, 2001. H.J.S.P. SALES. Lavandula L. - aplicação da cultura in vitro à produção de óleos essenciais e seu potencial econômico em Portugal. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.17, n.4, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722015000600992 Acesso em: 02 junho 2020. LÁSZLÓ, F. Curso Aromatologia. Minas gerais, 2008. LORENZI, H.; MATOS, E. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2008. 576 p. LORENZI, H.; SOUZA, H. M. de. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2001. 1120 p MASETTO M.A.M.I, *; Deschamps, C.I; Mógor, A.F.I; Bizzo, H.R.II. Teor e composição do óleo essencial de inflorescências e folhas de Lavandula dentata L. em diferentes estágios de desenvolvimento floral e épocas de colheita. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.13, n.4, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br /scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 05722011000400007&lng=pt&tlng=pt Acesso em: 02 Junho 2020. McNAUGHTON, V. Lavender: the grower’s guide.Portland (USA): Timber Press, 2006. 192 p. PANIZZA, S. Plantas que curam (Cheiro de Mato). 3. ed. São paulo: IBRASA, 1998. SILVA, A.R. Da. Aromaterapia: como usá-lapara melhorar sua saúde física, emocional e financeira. 2. Ed. São Paulo: Editora roca ltda, 2001. VIEIRA, L.S. Fitoterapia da Amazônia - Manual de Plantas Medicinais. 2. ed. Editora Agronômica Ceres, São Paulo, 1992.
Compartilhar