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Avaliação Laboratorial dos Rins @livialourencovet QUANDO AVALIAR? Exames que avaliam a funcionalidade renal → bioquímica sérica. Hemograma completo → eritrograma, leucograma e plaquetometria. Bioquímica sérica renal, bioquímica sérica hepática. São exames diferentes. Exame bioquímico com clareza no que quer investigar, como perfil renal sob ponto de vista do hemograma, a partir de uma análise bioquímica sérica, avalia ureia e creatinina. Ultrassonografia ajuda muito na avaliação renal. Avaliação renal faz parte dos exames de triagem → para ter os parâmetros de normalidade Exame básico como enzima de avaliação hepática, ureia e creatinina pra avaliação renal → exames de rotina e protocolos pré-cirúrgicos. Suspeita de acometimento do trato urinário → alterações urinárias → indicativos para solicitação de exames de avaliação renal. Alterações de parâmetros renais secundários a outras doenças. PARÂMETROS BIOQUÍMICOS SÉRICOS Creatinina: Creatina é produzida no fígado e captada pelos músculos, ele utiliza para ser reservatório temporário de grupamento fosfato, sendo transformada em fosfocreatina, essa molécula regenera ATP quando o músculo faz uma atividade → contração muscular. Creatina e Fosfocreatina são jogadas fora, há a produção da Creatinina, sendo excretada pela urina. Há uma produção de creatinina constante em função da renovação desse aminoácido. Creatinina no néfron é filtrada pelo glomérulo. A creatinina não é reabsorvida nos túbulos Volume de massa muscular → aumento da taxa de creatinina, pois tem mais músculo e degrada mais aa creatina, produzindo mais creatinina. Animal em caquexia → diminuição da taxa de creatinina. Néfron é uma unidade, mas dividido em partes, é feito de um glomérulo, túbulos e intertíscio renal (parte de fora para onde vai os solutos). Um influencia no outro. Doença glomerular → faz a filtração mas passa proteínas para o filtrado glomerular, as células tubulares tentam recuperar essas proteínas de volta, se sobrecarregando, podendo ter uma lesão tubular. Doença tubular por intoxicação → o fluxo do filtrado glomerular não vai ser o mesmo, se diminui o fluxo, acumula mais no glomérulo, aumento da pressão hidrostática no espaço de bowman afeta a funcionalidade glomerular. Problema de uma natureza pode cursar com outra. Alteração glomerular → afeta a perfusão do capilar peritubular (intersticial). A creatinina é filtrada pelo glomérulo, apenas no máximo de 10% é secretada por célula tubular, e pode sofrer influencia de massa muscular. Animal de escore normal → valores de Creatinina baixos → efeito pós-prandial, conforme há o aumento da taxa de filtração glomerular por causa da alimentação. Meia-hora/1h após comer → micção. Depuração → eliminação de creatinina. Alteração da creatinina → alteração de 75% da funcionalidade renal para ter alterações da creatinina se manifestando. Aumento de creatinina → significa perda de 75% da funcionalidade renal, pode ser reversível ou não. Animal desidratado → menos plasma →taxa de filtração glomerular baixa → filtra menos creatinina → fica mais tempo na corrente sanguínea – perda da funcionalidade – reidrata o paciente – creatinina volta ao parâmetro normal. Ureia: É proveniente do catabolismo de aminoácidos. Catabolismo endógeno dos aminoácidos → degrada aa, pega o esqueleto de carbono, produz glicose → Gliconeogênese. AA no intestino após atividade bacteriana → produz amônia, absorvida no sistema porta, vai para o fígado e produz ureia. Fígado libera a ureia na circulação, atravessa a barreira de filtração glomerular. Taxa de produção de ureia é mais variada do que a creatinina. Quanto mais ingere proteína → produz mais ureia. Valor de referência do gato é maior que do cão → carnívoro por excelência. Restringir o consumo exacerbado de proteínas para um animal com doença renal → mais dificuldade de eliminar os produtos nitrogenados. A ureia é filtrada pelo glomérulo, entra nos túbulos, e no ducto coletor há ação de hormonio que ajuda a absorver água (ADH), quando absorve água, absorve ureia por ação do ADH. A ureia vai para o interticio → ajuda a estabelecer o gradiente osmóstico. Ureia volta para a circulação, em função da desidratação ela é mais absorvida na circulação. Ureia é mais sensível para se alterar em função da desidratação do que a creatinina. Hemorragias em TGI → aumento de proteínas → aumento de produção de amônia →maior produção de ureia, Azotemia → aumento da concentração de creatinina e ureia. Uremia → sinais clínicos / síndrome clínica em conjunto por efeito da azotemia. BUN → nitrogênio ureico sanguíneo → expressa o resultado da ureia. AVALIANDO A TFG Creatinina e Ureia → 75% da taxa de filtração glomerular. Início de doença renal → néfrons tentam compensar (hipertrofia), a variação dos valores de creatinina não são lineares. Gráfico em hipérbole. Valor de referência → 1,5 a 1,6 Diminuição da taxa de filtração glomerular → aumento da creatinina. Valor que cruza o valor de referência → diminuição significativa da taxa de filtração glomerular. Valor de referência → 30 (normalidade), se aumenta, indica a perda da filtração glomerular. Mecanismos de compensação → perda da taxa de filtração glomerular não é linear. Ter o próprio animal como parâmetro de normalidade. QUAL SERIA O PADRÃO-OURO DA AVALIAÇÃO DA TFG? Ref. de cães = 3 a 6 mL/min/kg Pega o animal, passa uma sonda e esgota toda a urina da bexiga, pesa ele, e ao longo de 24h vai coletar a urina, condicionar e dosa a creatinina do sangue e da urina, vê todo o volume produzido em 24h em minutos pelo peso do animal. Avalia a taxa de eliminação de creatinina diária. AZOTEMIA Aumento da ureia e creatinina (compostos nitrogenados). Pré-renal → alterações hemodinâmica na taxa de filtração glomerular. Situações que atrapalhe a chegada de sangue para ser filtrada no glomérulo. Desidratação é a principal causa, outras como hemorragia → atrapalha o fluxo sanguíneo e filtrado glomerular Insuficiência cardíaca → o coração não tem força para bombear o sangue para o glomérulo. Não há acometimento glomerular propriamento dito, há alterações hemodinâmicas que atrapalham a filtração glomerular. Possibilidade de azotemia pré-renal → aumento da creatinina e ureia, aumento da osmolaridade da urina. Animal desidratado tenta poupar agua, urina mais concentrada. Aumenta a osmolaridade da urina → densidade da urina aumenta. Renal → doença no rim, atrapalha a filtração glomerular. Há aumento de ureia e creatinina. Comprometimento da função glomerular, aumento de ureia e creatinina, alteração tubular → capacidade de concentrar a urina fica prejudicada. Não absorve água → urina mais diluída. Densidade urinária mais baixa. Pós-renal → qualquer causa de obstrução ou ruptura em trato urinário (principalmente na bexiga). Há o aumento da concentração de ureia e creatinina. ORGANOGRAMA PARA INVESTIGAÇÃO DA AZOTEMIA Causas da Azotemia Pré-renal → aumento da densidade urinária. Renal → compromete o néfron e a capacidade de concentrar a urina. Evidências de sinais clínicos. Hiperalbuminemia → desidratação Deficiência de produção de vasopressina (ADH) → não consegue produzir urina concentrada. Hipercalcemia → alteração glândula paratireoide (hiperparatireoidismo), atrapalha a ação do ADH. Perda da tonicidade medular →diminui a capacidade de armazenar a urina Esteroides e piometra (toxina bacteriana) → diminuem a capacidade do ADH agir e concentração de urina. IRA → agudo Injúria crônica → outros achados clínicos e laboratoriais. SDMA Marcador sensível para detectar precocemente a diminuição da taxa de filtração glomerular.SDMA → Dimetilarginina Simétrica. Produzida numa taxa constante, mas não sofre influencia de massa muscular e influencias do BUN. SDMA é produzida em outros tecidos → compensa. É um aminoácido, produzida constantemente a partir do catabolismo das células → produção constante. Esses indicadores não indicam capacidade de reversibilidade do processo. Detectar alteração desde o inicio do processo → maior chance de reverter. IRA E DRC COMO AVALIAR LABORATORIALMENTE O PACIENTE NA IRA? Graduação a partir do valor da creatinina. Grade I → Creatinina normal mas com alteração da taxa de filtração glomerular. Aumento progressivo da creatinina ainda não azotemico, em 48h a creatinina aumentou 0,3 ou mais. Quanto maior o valor da creatinina, maior o grau da injúria. COMO AVALIAR LABORATORIALMENTE O PACIENTE NA DRC? Levar em consideração outras anomalidades. OUTROS EXAMES QUE ACOMPANHAM A AVALIAÇÃO RENAL Hemograma → triagem, fazer urinálise. Anemia normocítica normocrômica → na DRC. Infecção de TU baixo → não há alteração de hemograma, os mediadores estão sendo excretados. Cistite não causa alteração no hemograma, mas no exame de urina. Pielonefrite → alterações no hemograma. Ultrassonografia → exame de imagem para avaliar os rins e bexiga. Eletrólitos → sódio sofre variações em função de outras alterações, é arte da função renal reabsorver sódio e excretar potássio, se há perda da função renal, há diminuição de sódio e aumento de potássio no sangue. Causa obstrutiva → hiperpotassemia. Cálcio e fosforo → reabsorção do cálcio e excreção do fósforo, doente renal → não absorve cálcio (hipocalcemia), não excreta o fosforo (hiperfosfatemia). Exceção → no equino, eles não dependem de muitos mecanismos para reabsorção de cálcio, e absorvem facilmente no TGI, usem a via renal para excreção do excedente de cálcio → urina mais turva. Animal com doença renal → dificuldade de excreção do cálcio, faz hipercalcemia.
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