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Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 1 O estômago é dividido em quatro grandes regiões anatômicas: cárdia, fundo, corpo e antro. A cárdia está revestida principalmente por células foveolares secretoras de mucina que formam glândulas superficiais. As glândulas antrais são semelhantes, mas também contêm células endócrinas, como células G, que liberam gastrina para estimular a secreção de ácido luminal pelas células parietais dentro do fundo gástrico e do corpo. As glândulas bem desenvolvidas do corpo e fundo também contêm células principais que produzem e secretam enzimas digestivas como a pepsina. Revisando histologia normal: Mucosa Submucosa Muscular Serosa → Gastrites: Processo inflamatório transitório da mucosa gástrica: assintomático ou provocar graus variáveis de sintomas como dor epigástrica, náuseas e vômitos. Em casos mais graves: erosão da mucosa, ulceração, hemorragia, hematêmese, melena ou, raramente, perda maciça de sangue. ● Patogenia: A luz gástrica é fortemente ácida, com pH próximo de 1. Esse ambiente hostil contribui para a digestão, mas também tem o potencial de danificar a mucosa. Mecanismos evoluíram para proteger a mucosa gástrica: mucina secretada pelas células foveolares da superfície forma uma camada fina de muco que impede que as partículas de alimentos toquem diretamente o epitélio. A camada de muco também promove a formação de uma camada “imperturbável” de líquido sobre o epitélio que protege a mucosa e tem pH neutro como resultado de secreção de íon de bicarbonato por células epiteliais da superfície. Finalmente, o rico suprimento vascular para a mucosa gástrica fornece oxigênio, bicarbonato e nutrientes, enquanto lava o ácido que difundiu de volta em direção à lâmina própria. A gastrite aguda ou crônica pode ocorrer depois da ruptura de qualquer um desses mecanismos de proteção. Fármacos AINEs podem interferir na citoproteção normalmente fornecida por prostaglandinas ou reduzir a secreção de bicarbonato, sendo que ambos aumentam a suscetibilidade da mucosa gástrica a lesões. A ingestão de substâncias químicas hostis, principalmente ácidos ou bases, acidentalmente ou como tentativa de suicídio, também Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 2 resulta em lesão gástrica grave, predominantemente como consequência de danos diretos às células epiteliais e estromais da mucosa. A lesão celular direta também está implicada na gastrite devido ao consumo excessivo de álcool, AINE, radioterapia e quimioterapia. ● Morfologia: lâmina própria exibe apenas edema moderado, discreta congestão vascular. O epitélio da superfície está íntegro, mas há presença de neutrófilos. A presença de neutrófilos acima da membrana basal — especificamente, em contato direto com as células epiteliais — é anormal em todas as partes do trato gastrointestinal e significa inflamação ativa. Presença concomitante de erosão e hemorragia: gastrite hemorrágica erosiva aguda. Mucosa gástrica hiperemiada. Processo inflamatório, setas: células inflamatórias invadindo a mucosa. Presença de neutrófilos. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 3 Infiltrado neutrofílico. → Úlcera Péptica Aguda: • Úlceras de estresse: mais comumente acometem pacientes criticamente doentes com choque, sepse ou traumatismo grave. • Úlceras duodenais: ocorrem no duodeno proximal asssociadas a queimaduras graves ou traumatismos. • Úlceras de Cushing: surgem no estômago, duodeno ou esôfago de pessoas com doença intracraniana, e têm alta incidência de perfuração. ● Patogenia: as úlceras induzidas por AINEs são causadas por irritação química direta, mas também com inibição da cicloxigenase, o que impede a síntese de prostaglandina (que tem como efeitos protetores o aumento da secreção de bicarbonato e aumento da perfusão vascular). Acredita-se que as lesões associadas a lesão intracraniana sejam causadas por estimulação direta dos núcleos vagais (nervo vago), o que causa hipersecreção de ácido gástrico. A acidose sistêmica, um achado frequente em pacientes críticos, também pode contribuir para a lesão da mucosa através da redução do pH intracelular de células da mucosa. A hipóxia e o fluxo sanguíneo reduzido causados por vasoconstrição esplâncnica induzida por estresse também contribuem para a patogenia da úlcera aguda. ● Morfologia: úlceras gástricas agudas variam desde erosões superficiais causadas por lesão epitelial superficial até lesões mais profundas que penetram a mucosa. Úlceras agudas são arredondadas e tipicamente com menos de 1 cm de diâmetro. A base da úlcera é frequentemente manchada de marrom/preto por eritrócitos extravasados digeridos por ácidos, em alguns casos associados a inflamação transmural e serosite local. Úlceras de estresse agudas: bem demarcadas, com mucosa adjacente essencialmente normal (pode haver derrame de sangue para a mucosa e submucosa com reação inflamatória). A cicatrização e o espessamento dos vasos sanguíneos estão ausentes na úlcera aguda (presentes nas úlceras crônicas). A cura com reepitelização completa ocorre dias ou semanas após os fatores prejudiciais serem removidos. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 4 Descontinuidade de tecido, com processo de necrose. Úlcera, necrose, intenso processo inflamatório, angiogênese, tecido de granulação... → Gastrite crônica: Sinais e sintomas associados à gastrite crônica geralmente são menos graves, mas mais persistentes. Náuseas e desconforto abdominal superior podem ocorrer, às vezes com vômitos (hematêmese é incomum). A causa mais comum de gastrite crônica é a infecção com o bacilo Helicobacter pylori. A gastrite autoimune (causa mais comum de gastrite atrófica) representa menos de 10% dos casos de gastrite crónica e é a forma mais comum de gastrite crônica em pacientes sem infecção pelo H. pylori. Causas menos comuns: radiação e refluxo biliar crônico. ● Helicobater pylori: Gastrite predominantemente antral Alta produção de ácido Hipogastrinemia Meio ácido favorece H pylori Virulência: flagelos (bactérias móveis); urease (gera amônia, elevando pH gástrico local em torno do micorganisco, protegendo do suco gástrico); adesina (aumenta aderência bacteriana às células faveolares); toxinas (CagA – úlcera, câncer). Com o tempo, a gastrite antral crônica por H. pylori pode evoluir para pangastrite, resultando em gastrite atrófica multifocal, secreção ácida reduzida, metaplasia intestinal e aumento do risco de adenocarcinoma gástrico. Inflamação: toxinas que estimulam a ação de IL-1 e TNF – pode haver mutações nos linfócitos T (pode causar linfoma). Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 5 Gastrite crônica: A: Bacilos de Helicobacter pylori em forma de espiral são destacados nessa coloração de prata de Warthin-Starry. Os microrganismos são abundantes no muco da superfície. B: Neutrófilos intraepiteliais e na lâmina própria são proeminentes. C: Agregados linfoides com centros germinativos e células plasmáticas subepiteliais abundantes na lâmina própria superficial são característicos de gastrite por H. pylori. D: Metaplasia intestinal, reconhecida como a presença de células caliciformes misturadas com epitélio foveolar gástrico, pode se desenvolver e é um fator de risco para o desenvolvimento de adenocarcinoma gástrico. Presença de H pylori, exsudato neutrofílico. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 6 Linfoplasmocitário – centros germinativos. Amarelo: LT. Azul: Plasmócitos.→ Doença ulcerosa péptica: A doença ulcerosa péptica (DUP), na maioria das vezes, está associada a infecção por H. pylori ou uso de AINEs. A DUP pode ocorrer em qualquer parte do trato gastrointestinal exposto a sucos gástricos ácidos, mas é mais comum no antro gástrico e primeira porção do duodeno. A úlcera péptica (UP) também pode ocorrer no esôfago como resultado de DRGE ou secreção de ácido pela mucosa gástrica ectópica, e no intestino delgado secundária a heteropia gástrica dentro de um divertículo de Meckel. Patogenia: A infecção por H. pylori e o uso de AINEs são as principais causas subjacentes da doença ulcerosa péptica (DUP). A DUP geralmente se desenvolve em um fundo de gastrite crônica. Apesar de mais de 70% dos casos de DUP estarem associados a infecção por H. pylori, apenas 5-10% das pessoas infectadas por H. pylori desenvolvem úlceras. É provável que fatores do hospedeiro, bem como a variação entre as cepas de H. pylori, determinem os resultados clínicos. A hiperacidez gástrica é fundamental para a patogenia da doença ulcerosa péptica. A acidez que impulsiona a DUP pode ser causada por infecção por H. pylori, hiperplasia de células parietais, respostas secretórias excessivas ou Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 7 inibição prejudicada de mecanismos estimuladores, como a liberação de gastrina. Cofatores na ulcerogênese péptica incluem o uso crônico de AINEs, o tabagismo, que prejudica o fluxo sanguíneo da mucosa e a cicatrização; e altas doses de corticosteroides, que suprimem a síntese de prostaglandinas e prejudicam a cicatrização. As úlceras pépticas são mais frequentes em pessoas com cirrose alcoólica, doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência renal crônica e hiperparatireoidismo. Nas duas últimas condições, a hipercalcemia estimula a produção de gastrina e, por conseguinte, aumenta a secreção de ácido. Finalmente, o estresse psicológico pode aumentar a produção de ácido gástrico e exacerbar a DUP. ● Características clínicas: dor em queimação ou dor epigástrica; uma fração significativa manifesta complicações, como anemia ferropriva, franca hemorragia ou perfuração. A dor tende a ocorrer 1-3 horas após as refeições durante o dia, é pior à noite e aliviada por álcalis ou alimentos. Náuseas, vômitos, distensão abdominal e eructações podem estar presentes. Pode ocorrer cicatrização com ou sem terapia, mas a tendência para desenvolver úlceras mais tarde continua. Perfuração aguda do estômago em paciente que apresenta ar livre sob o diafragma. A, Ulceração da mucosa com bordas limpas. B, A base da úlcera necrótica (seta) é composta de tecido de granulação. Porção superior: resto de células, porção mediana tecido de granulação e parte mais clara fibrose. (Mesmas características da úlcera péptica aguda). Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 8 Processo inflamatório. Na superfície resto de celulas. Tecido de granulação, pela presença de angiogênese e formação discreta de fibrose. Fibrose. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 9 Neoplasias gástricas → Pólipos Os pólipos podem se desenvolver como resultado de hiperplasia de células epiteliais e estromais, inflamação, ectopia ou neoplasia. Pólipos inflamatórios e hiperplásicos: Aproximadamente 75% dos pólipos, acometem pessoas de 50-60 anos de idade. É esporádico, mais comum em mulheres. Geralmente são provenientes de um fundo de gastrite crônica que inicia a lesão e a hiperplasia reativa. Se associados a H. pylori: pode regredir após erradicação da bactéria. Se maiores de 1,5cm devem ser removidos. Posem ser assintomáticos ou associados a náusea, vomito ou dor epigástrica. Processo de hiperplasia das glândulas (ainda não sofreu displasia, não é adenocarcinoma, mas pode ser um precursor). Células glandulares alongadas – saca-rolha. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 10 → Tumores gástricos Adenoma gástrico: representam até 10% dos pólipos gástricos. Os pacientes geralmente têm entre 50-60 anos de idade, e os homens são três vezes mais acometidos do que as mulheres. Semelhante a outras formas de displasia gástrica, os adenomas quase sempre ocorrem quando de histórico de gastrite crônica com atrofia e metaplasia intestinal. O risco para o desenvolvimento de adenocarcinoma em adenomas gástricos está relacionado com o tamanho da lesão e é particularmente elevado com lesões maiores do que 2 cm de diâmetro. Presença de displasias nas células glândulares. Em geral, pode haver presença de carcinoma em até 30% dos adenomas gástricos. Adenocarcinoma gástrico: É a neoplasia maligna mais comum do estômago (mais de 90% de todos os cânceres gástricos). Patogenia: mutação em p53; mutações CDH1 (câncer familiar); H. pylori: citocinas pró-inflamatórias: IL-1, TNF, IL-10. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 11 O adenocarcinoma gástrico é dividido em: Tipo intestinal: Tendem a ser volumosos e são compostos por estruturas glandulares semelhantes a adenocarcinoma esofágico e do cólon. Os adenocarcinomas do tipo intestinal tipicamente crescem ao longo de frentes coesivas amplas formando uma massa exofítica ou um tumor ulcerado. As células neoplásicas frequentemente contêm vacúolos apicais de mucina, e mucina abundante pode estar presente na luz das glândulas Tipo difuso: Cânceres gástricos difusos exibem um padrão de crescimento infiltrativo e são compostos por células desconexas com vacúolos grandes de mucina que ampliam o citoplasma e empurram o núcleo para a periferia, criando uma morfologia de célula de anel em sinete. Essas células permeiam a mucosa da parede do estômago individualmente ou em pequenos grupos. Uma massa pode ser difícil de avaliar no câncer gástrico difuso, mas esses tumores Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 12 infiltrativos geralmente evocam uma reação desmoplásica que enrijece a parede gástrica e pode causar achatamento rugal difuso e uma parede rígida e espessa que confere aparência de “garrafa de couro” denominada linite plástica. Adenocarcinoma gástrico. A, Adenocarcinoma de tipo intestinal que consiste em uma massa elevada com bordas elevadas proeminentes e ulceração central. B, Linite plástica. A parede gástrica é marcadamente espessada, e pregas rugais são parcialmente perdidas. C, Células em anel de sinete com grandes vacúolos de mucina citoplasmática e núcleos perifericamente, núcleos em forma de lua crescente. Estágio inicial – ainda não invadiu a cama muscular Glândulas alongadas, com diversas mutações. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 13 Tumor moderadamente diferenciado, porque ainda tem algum agrupamento glandular. Adenocarcinoma difuso – anel de sinete (células cheias de mucina). Adeno carcinoma moderadamente indiferenciado. → Linfomas: Embora os linfomas extranodais possam surgir em praticamente qualquer tecido, isso acontece mais comumente no trato gastrointestinal, particularmente no estômago. Nos receptores de célula-tronco hematopoética alogênica e nos receptores de transplante de órgãos, o intestino também é o local mais frequente de linfoproliferações de células B positivas para vírus Epstein-Barr. Cerca de 5% de todas as neoplasias gástricas malignas são linfomas primários, sendo que os mais comuns deles são os linfomas de células B indolentes extranodaisda zona marginal. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 14 No intestino, esses tumores são frequentemente chamados de linfomas de tecido linfoide associado à mucosa (MALT), ou MALTomas. Patogenia: translocações, envolvimento de NFKB, inativação de p53 e p16 – associação a gastrite crônica provocada por H pylori. IHQ: marcação para linfócitos B. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 15 Infiltrado linfocítico. Infiltração dos linfócitos na glândula. → Tumor carcinoide: Os tumores carcinoides surgem a partir de órgãos neuroendócrinos (ex: pâncreas endócrino) e epitélios gastrointestinais neuroendócrino-diferenciados (ex: células G). A maioria é encontrada no trato gastrointestinal, e mais de 40% ocorrem no intestino delgado. Esses tumores foram chamados de “carcinoides” porque apresentam crescimento mais lento do que os carcinomas. Podem estar associados a hiperplasia de células endócrinas, gastrite atrófica crônica e síndrome de Zollinger-Ellison. A: tumores carcinoides frequentemente formam um nódulo na submucosa composto de células tumorais incorporadas em tecido fibroso denso. B: Grande aumento mostra a citologia regular que tipifica os tumores carcinoides. A textura da cromatina, com grânulos finos e grosseiros, muitas vezes assume um padrão em “sal e pimenta”. Apesar de sua aparência inócua, os carcinoides podem ser agressivos. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 16 Os sintomas são determinados pelos hormônios produzidos. Quando os tumores são restritos ao intestino, as substâncias vasoativas liberadas são metabolizadas em formas inativas pelo fígado. O fator prognóstico quanto a localização: Tumores carcinoides do intestino anterior: encontrados no interior do estômago, duodeno proximal ao ligamento de Treitz e esôfago, raramente metastatizam e geralmente são curados por ressecção. Gastrinomas são por IBPs. Tumores carcinoides do intestino médio: surgem no jejuno e íleo geralmente são múltiplos e tendem a ser agressivos. Carcinoides do intestino posterior: surgem no apêndice e colo-reto tipicamente são descobertos incidentalmente. Aqueles no apêndice ocorrem em qualquer idade e são quase uniformemente benignos. Tumores carcinoides retais tendem a produzir hormônios polipeptídicos e podem manifestar-se com dor abdominal e perda de peso; eles apenas metastatizam ocasionalmente → Tumor estromal: O tumor estromal gastrointestinal (GIST) é o tumor mesenquimal de abdome mais comum, e mais de metade desses tumores ocorre no estômago. São mais comuns em homens, idade mais acometida é cerca de 60 anos, Patologia: 75-80% de todos os GIST têm mutações oncogênicas de ganho de função do gene que codifica tirosina cinase c-KIT, que é o receptor para o fator de células estaminais. Patologias do Sistema Digestório Profª Dra. Cristiane Tefé Pamela Barbieri – T23 – FMBM 17 Feixes de células tumorais fusiformes.
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