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JUÍZO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP. URGENTE: PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA JOÃO ..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., devidamente inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o número ... e no Registro Geral sob o número ... da Secretaria de Segurança Pública de ..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado no bairro de Santana, na capital de São Paulo; por intermédio de seu procurador, advogado devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional ..., sob o número ..., com endereço profissional ..., local onde recebem intimações e notificações de estilo forense, conforme Instrumento de Procuração “ad judicia” anexo; vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência e deste Ínclito Juízo; com fundamento processual estabelecido nos artigos 318 e seguintes do Código de Processo Civil e demais dispositivos aplicáveis ao caso concreto; propor AÇÃO DE CONHECIMENTO COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA em desfavor FLÁVIO..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., devidamente inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o número ... e no Registro Geral sob o número ... da Secretaria de Segurança Pública de ..., endereço eletrônico..., residente em Campinas e domiciliado em Campinas e em São Paulo/SP; pelos fatos e fundamentos jurídicos que a seguir se expõe. DOS FATOS Que o autor é proprietário de prédio residencial localizado no bairro de Santana, na capital de São Paulo, e o prédio vizinho ao seu é de propriedade do réu, que reside na cidade de Campinas. Ocorre que, há dois meses, o réu iniciou a construção de uma edícula nos fundos de seu terreno e ao invés de implantar novos alicerces para a estrutura, aproveitou antigas colunas que faziam parte de seu terreno, tornando temerária a construção, que ameaça cair sobre o prédio do autor. Portanto, o autor promove a medida judicial cabível para obstar a construção e garantir que o mesmo não tenha prejuízos no caso de ruína dos prédios. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DOS PEDIDOS O autor ingressa com a demanda judicial pelo procedimento comum autorizado pelos artigos 318, 319 e 320 do Código de Processo Civil, haja vista não existir procedimento especificado ao caso concreto. Desta forma, propõe a demanda no foro da situação da coisa, conforme estabelecido pelo artigo 47 do Código de Processo Civil, eis que trata-se de ação de direitos reais sobre bens imóveis e que visa a proteção da propriedade, versando exclusivamente sobre direitos de vizinhança. Neste contexto, o autor busca a proteção jurisdicional a fim de resguardar seus direitos de proprietários, em detrimento de uma obra nova realizada pelo réu, seu vizinho. Vejamos: Ora, Excelência, como informado anteriormente nos fatos, o réu constrói obra nova em cima de antigas colunas que já faziam parte de seu terreno ao invés de implantar novos alicerces para a estrutura. Desta forma, percebe-se que o réu está fazendo uso anormal da propriedade, tendo o autor direito de fazer cessar interferências prejudiciais ao sossego, saúde e segurança, conforme dispõe o artigo 1277 do Código de Processo Civil, ficando cristalinamente demonstrado a PROBABILIDADE DO SEU DIREITO. Assim sendo, antigas colunas podem não sustentar a obra nova que, consequentemente, corre iminente risco de ruína, conforme pode ser verificado nas provas acostadas ao petitório, o que evidencia o PERIGO DE DANO. Nada obstante, acaso Vossa Excelência demore para proferir a pretensão do autor, a certeza que se tem é que os prédios irão ruir e não mais terá necessidade de paralisar a construção, nem mesmo condições de garantir possíveis prejuízos, pois os objetos desta demanda se perderiam diante do fato em concreto. Assim sendo, resta também comprovado o RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO. Portanto, pugna o autor pela concessão da TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA, eis que estão cumpridos todos os requisitos mínimos para seu deferimento, conforme dispõe o artigo 300 do Código de Processo Civil. Neste ínterim, observando que o autor tem direitos de utilização plena de sua propriedade e que o réu está usando a sua propriedade de maneira anormal, passa-se á analise dos direitos que asseguram a pretensão do autor. Vejamos: Excelência, o Código Civil dispõe sobre o direito das coisas e que a propriedade é considerada direitos reais, conforme artigo 1225 do Código Civil, assim sendo, o autor tem o direito de exercer o poder sobre seu bem. Nesses termos, observa-se que o autor, proprietário do prédio residencial, confere, analiticamente, o direito de usar, gozar, dispor e reaver o bem de quem injustamente o detenha, com base no artigo 1228 do Código Civil. Acontece que, o réu, também, proprietário e utilizando plenamente de sua propriedade, dá início à construção de uma obra nova em cima de antigas colunas que faziam parte de seu terreno, ao invés de implantar novos alicerces para a estrutura do prédio, e assim, traz interferências prejudiciais ao sossego, saúde e segurança do autor, ora vizinho, desrespeitando regra estabelecida no artigo 1299 do Código Civil. Neste ínterim, o autor busca o judiciário com o fim de FAZER CESSAR tais interferências prejudiciais ao sossego, saúde e segurança causados pelo uso anormal do prédio vizinho, uma vez que traz severos incômodos e riscos aos habitantes do prédio de propriedade do autor, com arrimo no artigo 1277 do Código Civil. Portanto, resta evidente o direito do autor em obstar a construção, eis que a obra realizada pelo réu traz iminentes riscos de danos patrimoniais e pessoais ao autor que, garantido pelo artigo 1280 do Código Civil, exigirá do réu a prestação de caução para assegura-lo dos possíveis prejuízos patrimoniais no monte de R$ ... (valor por extenso ...) e pugnando, assim, pelo deferimento dos pedidos que abaixo se formulará. DOS PEDIDOS Ante o exposto, REQUER: Seja concedida ao autor a TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA, objetivando obstar a construção da obra nova realizada pelo réu; Seja o réu condenado a garantir eventuais prejuízos patrimoniais ao autor, prestando-lhe CAUÇÃO no valor de R$ ... (valor por extenso ...); Seja o réu CITADO no endereço acima mencionado e por meio de oficial de justiça para, em querendo, responder aos termos desta demanda, no prazo de 15 dias, contados da realização da audiência de conciliação, sob pena de revelia; Seja juntada nos autos a inclusa guia para recolhimento de custas judiciais, já devidamente pagas; Seja o réu condenado ao pagamento das despesas judiciais já antecipadas pelo autor, bem como aos honorários advocatícios sucumbenciais; Seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE esta demanda, em todos seus termos e pedidos, para, ao final, obstar a construção realizada pelo réu e garantir que o autor não sofra nenhum prejuízo pelo dano iminente de ruína dos prédios. • Da audiência de Conciliação: Requer ainda seja designada por este Juízo a audiência de conciliação, conforme artigo 334 do Código de Processo Civil. • Do protesto por provas: Protesto por todos os meios de provas em direitos admitidos, inclusive àquelas provas não especificadas pelo Código de Processo Civil, mas que são hábeis a provar a veracidade dos fatos. Protesto, em especial, pelo depoimento pessoal das partes, prova documental, prova testemunhal, prova pericial e inspeção judicial, bem como as provas que Vossa Excelência entender necessárias à translúcida apuração dos fatos narrados e todas aquelas que viabilizem o trânsito da demanda judicial. • Do valor da causa: Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso ...), conforme artigo 292, inciso II, do Código de Processo Civil. São Paulo/SP, data ... ADVOGADO ... OAB ...
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