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Condutores e isolantes: Propriedades UD II: Materiais Condutores e Isolantes - 2021 Cap. 1 e 2 TC CARDOSO Sumário • Materiais Condutores – Introdução; • Propriedades físicas; • Propriedades elétricas; • Propriedades tecnológicas; e • Materiais; • Livro de apoio: – Rezende, E. M. “Materiais usados em eletrotécnica”, Cap 1 e 2, Ed. Livraria Interciência Introdução • Quando existe uma ddp entre dois corpos metálicos e uma ligação é fornecida por um terceiro corpo condutor elétrico, há deslocamento de cargas elétricas de um dos corpos para outro pelo terceiro corpo, por meio de uma corrente elétrica; • Pergunta: como se dá o movimento dos elétrons de um metal para outro por meio dos condutor? • A condução da eletricidade em sólidos é um fenômeno físico conhecido e modelado. Introdução • Mas o que é um sólido metálico? → Um agregado cristalinoagregado cristalino formado por átomos com excesso de excesso de elétrons na última camada de elétronselétrons na última camada de elétrons; → Da ciência dos materiais, sabemos que os metais tem estrutura cristalina CFC, CCC e HC, sendo a CFC a mais compacta; → Assim, Os elétrons de cada átomo em um sólido estão sujeitos à interação com os átomos vizinhos; e → Ao aproximarmos um átomo isolado a outros, os níveis de energia de cada um são perturbados levemente pela presença do vizinho, pois o Princípio de Exclusão de Pauli não permite que ocupem níveis de energia iguais; Introdução • Mas o que é um sólido metálico? → Se aproximarmos um grande número de átomos, teremos um grande número de níveis de energia próximos uns dos outros, formando uma "banda de energia" quase contínua no lugar dos discretos níveis de energia que os átomos teriam individualmente; → Assim, dentro de um sólido cristalino, as energias possíveis dos elétrons estão agrupadas em bandas permitidas separadas por bandas proibidas devido à periodicidade do potencial criado pelas posições atômicas nos sólidos. → Qual a consequência para os sólidos mais compactos? Introdução • Mas o que é um sólido metálico? → As bandas de energia mais profundas completamente ocupadas por elétrons são chamadas de bandas de valência, essas são inertes do ponto de vista elétrico e térmico; → Elas correspondem aos níveis atômicos de energia mais baixa e são apenas levemente afetados pela presença de outros átomos no cristal; → A banda parcialmente preenchida é chamada de banda de banda de conduçãocondução. Introdução Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5899584 Figura 1: Representação esquemática dos níveis individuais de energia ocupados por elétrons no zero absoluto, onde EF é o mais alto nível ocupado • Para um sólido em que o nível de energia mais alto ocupado EF no zero absoluto está localizado dentro de uma banda permitida os elétrons podem então ser acelerados livremente desde que os níveis de energia mais altos sejam acessíveis a esses, esse é um condutor; • Em um condutor os elétrons com mais altas energias se comportam aproximadamente como se fossem partículas livres. Introdução condutor Propriedades físicas • A estrutura cristalina compacta dos metais explica outras propriedades além da facilidade de movimentação de elétrons em um metal; • A boa condutividade térmica dos metais, a dilatação térmica e a supercondutividade também sofrem influência de estrutura cristalina; • O aumento da resistividade elétrica está relacionado ao aumento de defeitos cristalinos nos materiais (discordâncias, CG, CM); • Já a dilatação térmica tem haver com o aumento dos defeitos pontuais (lacunas) causado pela excitação térmica dos átomos na rede cristalina; • Essas propriedades serão abordadas a medida que as propriedades tecnológicas forem apresentadas. Propriedades elétricas • Um pouco de teoria: – RESISTÊNCIA ELÉTRICA – Considerando os condutores abaixo de seção retangular e circular temos: Propriedades elétricas • Um pouco de teoria: – 11aa Lei de Ohm Lei de Ohm:“A resistência elétrica num condutor filiforme e homogêneo é diretamente proporcional à ddp entre seus terminais e inversamente proporcional à corrente elétrica que o atravessa.” – 2a Lei de Ohm2a Lei de Ohm:“A resistência elétrica num condutor filiforme e homogêneo é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à área de sua secção transversal.” Propriedades elétricas • Um pouco de teoria: Onde: V = ddp entre os terminais do condutor I = corrente elétrica que o atravessa L = comprimento do condutor S = área de secção transversal s = condutividade elétrica do material do condutor r = resistividade elétrica do material do condutor ou resistência específica V= R I =[ 1σ ]∗[ L S ]= ρ∗L S A resistividade elétrica do grafeno à temperatura ambiente, ρ= 0,01 mm2/m Propriedades tecnológicas • Cobre – não é magnético (diamagnético) e pode ser utilizado puro ou em ligas com outros metais, com excelentes propriedades químicas e físicas; – o cobre é padrão de condutibilidade – em 1913 a condutibilidade do cobre foi adotada como padrão, definindo-a como sendo 100% para cobre recozido, que,em inglês, tornou-se a sigla IACS: International Annealed Copper Standard - Padrão Internacional do Cobre Recozido; – o cobre é mais eficiente, resistente e confiável metal para ser utilizado em condutores elétricos; – o cobre resiste à corrosão; e – tem boa relação custo-benefício. Propriedades tecnológicas • Alumínio – não é magnético (na verdade é diamagnético) e comparado ao cobre tem maior resistividade e, consequentemente, menos condutividade, porém é mais leve ; – Dados comparativos: Propriedades tecnológicas • Alumínio – Aplicações (comparação): Propriedades tecnológicas • A variação da resistência elétrica com a temperatura: – Nos condutores, a resistência aumenta com o aumento da temperatura. Variando a temperatura, varia a resistência e a corrente. Isso pode causar efeitos de variação de tensão relevantes; – 11oo Processo de variação Processo de variação: pode variar com a temperatura conforme a equação – Onde: R é a resistência à temperatura q; R0 é a resistência à temperatura q0; R=R0∗[1+α 0∗(θ −θ 0)] Propriedades tecnológicas • A variação da resistência elétrica com a temperatura: – Onde: a0 é o coeficiente de variação da resistência à temperatura q0; – Sendo que para o cobre 100% IACS tem-se: α (θ R)= 1 1 α 0+(θ R−θ 0) q0 (ºC) a0 (ºC-1) 0 0,00470 20 0,00393 25 0,00385 Propriedades tecnológicas • Variação da resistência elétrica com a composição do Cobre, usa-se a correção: – Onde: an é o coeficiente de variação corrigido para o teor de cobre de n%; – Se o cobre não for 100% IACS ou for uma liga tem-se: α n=α padrão∗n/100 Propriedades tecnológicas • Uso das propriedades térmicas em termografia para identificar defeitos em circuitos: Propriedades tecnológicas – 22oo Processo de variação Processo de variação: a resistência pode variar com a temperatura através da equação Onde: – K (Cu 100% IACS) = 234,5ºC e K(Cu 97,3% IACS) = 242,0ºC – Para composições intermediárias, usa-se a interpolação linear. R=R0∗[ K +θ K+θ 0 ] Propriedades tecnológicas • Variação do comprimento com a temperatura: – É dada pela dilatação térmica linear; – Onde: k’: coeficiente de dilatação térmica linear (aprox. 1,66*10-5 ºC-1 para o Cu). Pode ser composto por dois materiais (a e s) L0: comprimento inicial do condutor L(q): comprimento final do condutor, função da temperatura q L(θ )=L0∗[1+k ,∗(θ −θ 0)] k ´= [k ´ s A s E s+k ´ a Aa Ea] (A s+Aa)E (A s+Aa)E=A s E s+Aa Ea Propriedades tecnológicas • Resistência mecânica: – A resistência mecânica no campo elástico segue a lei de Hooke para os materiais; – Se houver mais de um material, usa-se o módulo de elasticidade composto; – Onde: A0: área da seção transversal do condutor Atotal: área do condutor composto (para mais de um condutor) = A1+A2 E: módulo de elasticidade (Young) σ =E⋅ε ε=ΔL/L0=−Δ A /A0 Δ L= σ ∗L0 A total∗E E= A1E1+A2 E2 A total Materiais • Dos materiais mais utilizados depois do cobre, destaca-se o alumínio; • O ferro eletrolítico e o aço baixo carbono também sáo utilizados como condutores, apesar de possuírem resistividade de 6 a 7 vezes superior ao cobre; • São utilizados em sistemas de tração de VLT, bondes e trilhos do metrô; • Em projetos antigos ou de baixa complexidade, utiliza-se um 3º trilho de material de melhor condutividade; • As ligas de ferro também são utilizadas como resistores de ferros domésticos; • Linhas aéreas de corrente fraca podem utilizar fios de aço galvanizado (telegrafia). Materiais Rezende, E. M. Materiais utilizados em eletrotécnica Materiais • Em algumas outras aplicações, há interesse em materiais metálicos mau condutores, normalmente ligas de alta resistência elétrica: – Resistências de vários tipos, domésticos e de uso industrial; – Aparelhos de calefação e chuveiros; e – Filamentos para lâmpadas incandescentes (em desuso). Materiais Materiais • Ligas fusíveis: – Conhecidas pelos seus nomes comerciais; – São de ligas de Bi, Cd, Pb e Sn; – Fusíveis tipo NH ( NH são as iniciais de 'Niederspannungs Hochleistungs, que em alemão significa "Baixa Tensão e Alta Capacidade de Interrupção") são da norma NBR 11841; – Funcionam por efeito Joule; e – Existem fusíveis comuns, térmicos e termomecânicos. Materiais I=a∗d3 /2 a=π2 √ eΔTρ • Onde: – I é a corrente elétrica que atravessa o fusível (Preece); – a é o coeficiente de Preece; – d é o diâmetro do condutor fusível; – e é a emissividade do material; – r é a resistividade do condutor. Materiais • a: coeficiente de Preece Materiais • Supercondutores: – Existem de dois tipos, os metálicos e os cerâmicos; – Está surgindo um terceiro tipo, os sulfetos metálicos, como o de lantânio; – As ligas supercondutoras metálicas comerciais mais comuns são as ligas de platina e rutênio; – Os supercondutores cerâmicos mais comuns são a base de óxido de ítria e óxido de cobre, como o YBa2Cu3O7 (usada no colisor de Hádrons). • Leitura recomendada: Livro texto cap. 1 DÚVIDAS ? andre.cardoso@ime.eb.br Slide 1 Introdução Ponto de fusão Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31