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Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 1 ✍ Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal Data: 05/04/2021 Anotação: Avaliação do crescimento e bem-estar fetal Capacidade teórica de detectar alterações do bem-estar fetal, que podem ocorrer em horas, dias ou semanas Não podem prever eventos súbitos: prolapso de cordão ou descolamento prematuro de placenta Clinicamente útil para detectar ou prever o comprometimento fetal; reduzir a frequência ou a intensidade dos eventos perinatais adversos, com interpretação e ações apropriadas Rastreamento Situações de alto risco fetal como diabetes, pré-eclâmpsia, gravidez múltipla e RCIU. A restrição de crescimento verdadeira reflete uma nutrição inadequada do feto por uma disfunção placentária (insuficiência do suprimento sanguíneo) O feto promove ajustes para aumentar suas chances de sobrevivência através de uma redistribuição do fluxo sanguíneo (encéfalo, coração e supra- renal) → centralização fetal; e limitação dos movimentos Exame do abdome Altura uterina → rastreamento para RCIU Circunferência abdominal Movimentação fetal Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 2 A redução ou parada dos movimentos fetais podem preceder a morte fetal em um dia ou mais A recomendação de contagem dos movimentos de forma rotineira, afeta as mulheres, com implicações sociais, psicológicas e econômicas 10 movimentos fetais em 24 horas Após alimentar → 3 movimentos Registrar em um gráfico diariamente o horário que observou os 10 movimentos Ultrassonografia Avalia o tamanho do feto em um único momento Medida do crescimento fetal durante um período (medidas repetidas) Volume do líquido amniótico Avaliação placentária Movimento e comportamento fetal Identificação de fetos pequenos para a idade gestacional (PIG) Fetos pequenos para idade gestacional divididos em 2 grupos: Interrupção de crescimento previamente normal → insuficiência placentária Afastamento precoce dos limites normais de crescimento, continuando até o parto → baixo potencial de crescimento. Anormalidades cromossômicas, influência no período de organogênese, genética Restrição de crescimento intrauterino (RCIU) Medidas comparativas da cabeça e do abdome fetal Sofrimento fetal crônico Diagnóstico: Medida da altura uterina Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 3 USG - DBP (Diâmetro Biparietal) CC (Circunferência Cefálica) CA (Circunferência Abdominal) CIUR: Simétrico → infecções (toxo, rubéola, citomegalovírus) Assimétrico → cabeça > abdômen → 40% casos → Insuficiência placentária Ultrassonografia com Doppler Avaliação de ondas de velocidade do sangue Avaliação da artéria umbilical Avaliação da artéria cerebral-média Gestação de alto risco (RCIU, HAS, ...) Cardiotocografia Consiste num registro da FCF e contrações uterinas maternal (CUM) e movimentação fetal Principais indicações: morte fetal prévia; pós-datismo; hipertensão; diabetes gestacional Início entre 28ª e 32ª semanas Pode ser: repouso, estimulada ou sobrecarga Rastreamento e diagnóstico Registro da frequência cardíaca fetal, contrações uterinas e movimentação fetal Não existe técnica universalmente aceita para a cardiotocografia pré-parto sem estresse Manobras como estimulação abdominal, estimulação sonora, infusões de glicose, testes pós-prandial. Nenhuma com melhora do valor preditivo positivo Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 4 Influência do repouso fetal, medicamentos maternos, idade gestacional Características avaliadas: FCC basal; variabilidade da FCF; acelerações da FCF associadas a movimentos espontâneos e ou estimulados ; desacelerações associadas a contrações uterinas Reativo (normal) e não reativo (anormal) com base na presença ou ausência de variabilidade adequada da FCF e em acelerações da FCF Parâmetros da FCF - linha de base Normal = 120 a 160bpm Bradicardia < 120bpm Taquicardia > 160bpm Passos: 1º passo - avaliar FCF basal (entre 110 e 160bpm) 2º passo - avaliar variabilidade da linha de base Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 5 Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 6 3º passo - avaliar presença de acelerações transitórias: melhor caracterizador do bem estar fetal AT = aumento de 15bpm por 15 segundos a 2 minutos 1º a desaparecer na hipóxia fetal que se instala gradual Parâmetros da FCF: Aceleração transitória: aumento transitórios da FCF normal com amplitude mínima de 15bpm. Duração mínima de 15 segundos Desacelerações: diminuição temporária da FCF. Normal: ausência padrão saltatório Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 7 Clasificação: Categoria I - traçado normal Linha de base entre 110-160bpm Variabilidade moderada Desacelerações precoces presentes ou ausentes Desacelerações tardias ou variáveis ausentes Acelerações transitórias presentes ou ausentes Na CTB anteparto são necessárias duas ou mais acelerações transitórias para considerar categoria I Categoria II - traçado indeterminado Linha de base: bradicardia com variabilidade presente/taquicardia Variabilidade: variabilidade mínima, variabilidade ausente sem desacelerações recorrentes, variabilidade acentuada Acelerações: ausência de acelerações induzidas por estimulo fetal Desacelerações periódicas ou episódicas: desacelerações recorrentes variáveis acompanhadas de mínima ou moderada variabilidade Desaceleração prolongada: > 2 minutos e menor do que 10 minutos Desacelerações tardias com variabilidade moderada Desacelerações variáveis com outras características como: lento retorno à linha de base, desacelerações em ombro Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 8 Categoria III - traçado anormal Variabilidade ausente com um das seguintes características: desacelerações tardias recorrentes, desacelerações variáveis recorrentes ou, linha de base em bradicardia Padrão sinusoidal - anóxia fetal grave Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 9 Cardiotocografia intraparto: objetivo é detectar sofrimento fetal durante o trabalho de parto. Modelo fisiológico: traçado semelhante a CTG anteparto Desacelerações: 1. Não periódicas A. DIP 0 (Espicas) - rápidas e pouco amplas, relacionadas aos movimentos fetais. Não deve haver contrações B. Prolongadas - associadas a hipotensão materna 2. Periódicas A. DIP I - precoce ou fisiológica: ocorre durante o pico das contrações ou menos de 20 segundos após, pela compressão do polo cefálico Fisiopatologia: contração uterina → compressão polo cefálico → hipertensão intracraniana → redução do fluxo sanguíneo cerebral → hipóxia local → resposta vagal → desaceleração B. DIP II - tardia: ocorre após 20 ou mais segundos do início da contração. Baixa reserva de oxigênio Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 10 Fisiopatologia: contração uterina → cessa a circulação útero- placentária → utilização O2 espaço interviloso pO2 normal - não há hipóxia. Ausência desaceleração pO2 anormal - hipóxia. Desaceleração C. DIP III - Umbilical ou desacelerações variáveis: queda abrupta da FCF por compressão funicular que ocorre durante as contrações uterinas ou durante a movimentação fetal Fisiopatologia: contração uterina ou movimentação fetal → oclusão do cordão umbilical → hipóxia temporária → hipertensão arterial fetal → desaceleração Não existe evidências suficientes para avaliar o uso da cardiotocografia anteparto Todos os trabalhos incluídos realizados na década de 80, época de sua introdução Os resultados podem não se adequar às práticas atuais Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 11 Lembrar que: Existe 80% de falsa positividade para diagnóstico de sofrimento fetal Uso de cardiotocografia intraparto, quando comparada à ausculta intermitente, aumenta índice de cesáreas e partos à forceps, porém não altera morbi-mortalidade perinatal Significado do resultado patológico da cardiotocografia: Normal: especificidadede quase 100%. Repetir conforme o caso Alterado: subnormal ou suspeito 20% - sofrimento fetal. 80% falso positivo https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/646e55e8-82 0b-472a-ad93-1caa12d84904/cardiotocografia-anteparto.pdf Aminioscopia/Aminiocentese Técnica: aminioscopia - dilatação do colo uterino amniocentese - punção abdominal Avaliação: coloração do líquido amniótico - mecônio Perfil biofísico fetal Combinação de 5 variáveis biofísicas com significado prognóstico: Movimento fetal Tônus Reatividade cardíaca (CTG) Respiração Volume de líquido amniótico Cardiotocografia e Avaliação da Vitalidade Fetal 12
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