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AULA TEMA 3 – TRABALHO, EMPREGO E EMPREGABILIDADE RESUMO Historicamente o conceito de trabalho foi mudando à medida que a sociedade também foi se modificando em conseqüência das revoluções tecnocientíficas. O homem, que era nômade e vivia da caça, pesca, agricultura e criação de gado, passou a trabalhar nas indústrias. O trabalho, que era artesanal, passou a ser realizado por máquinas operadas por trabalhadores para produção de bens e alimentos. As máquinas, inicialmente movidas a vapor e depois pela energia elétrica, eram manuais e passaram a ser automáticas e hoje são controladas por computador. Essas transformações refletiram no surgimento de novas relações de trabalho, novas formas de organização do trabalho, desenvolvimento de novas competências profissionais e novas necessidades das empresas. O trabalho surgiu da necessidade de sobrevivência do homem e da perpetuação da espécie. Até a primeira metade do século XVIII, não existia o emprego, da forma como existe hoje. Embora sejam usados como termos sinônimos, trabalho é diferente de emprego. Conceitualmente, o trabalho é a transformação da energia humana em movimento. O que na prática, significa a transformação da natureza pelo homem na produção de bens necessários a sua sobrevivência. O emprego pressupõe uma relação de interdependência entre empregador e empregado, com carteira de trabalho assinada e direitos trabalhistas. Com o decorrer do tempo, o cenário da sociedade passou a ser cada vez mais dinâmico e competitivo, exigindo das pessoas uma maior capacidade de gerar trabalho e constante adaptação a mudanças. Nesse cenário, novas necessidades foram surgindo no universo do trabalho. Uma delas é a empregabilidade e a outra é a empresariedade. A empregabilidade é a capacidade de o trabalhador desenvolver continuamente suas competências para conquistar seu lugar no mercado de trabalho e manter-se empregável. Seus componentes são: mercado de trabalho, formação profissional, experiência de mercado, necessidades de mercado, competências gerais e específicas, rede de relacionamentos, características de personalidade, aparência e postura, automotivação e adaptação a novas situações. A empregabilidade de um profissional está relacionada diretamente ao seu sucesso e um aspecto bastante importante é ter um projeto de vida. A questão da empregabilidade depende das características locais do mercado de trabalho: da cultura e das opções profissionais, além do desenvolvimento da atividade empresarial e do grau de desenvolvimento tecnológico da região e do país. Da mesma forma que um profissional necessita ter um projeto de vida, as empresas devem ter um plano de negócios. À medida que a empregabilidade de um profissional aumenta, aumentam os riscos de a empresa perdê-lo para o concorrente. Para captação de profissionais com alta empregabilidade e sua retenção, a empresa deve apresentar alta empresariedade. Algumas características da empresariedade podem ser reconhecidas, como: ambiente incentivador e saudável, políticas competitivas de gestão de pessoas, excelente clima, objetivos e metas de crescimento das pessoas alinhados ao crescimento da empresa, lideranças proativas e voltadas para os resultados individuais e globais, feedback, reconhecimento e respeito às diferenças. Para se compreender melhor a empregabilidade e a empresariedade, algumas idéias atuais do neoliberalismo do trabalho precisam ser consideradas e podem ser identificadas pelos seguintes aspectos: aparecimento de novas necessidades de consumo em menor tempo, criação constante de novos mercados, aparecimento de novas necessidades de formação acadêmica, aumento da intelectualização dos povos, quebra e criação constante de paradigmas, adequação rápida a novas culturas, miscigenação de culturas para abranger mercados mais amplos, costumes globalizados, necessidade de desenvolver várias atividades, mudança nas características do padrão de vida social, polarização de classes sociais etc. Você, estudante, poderá obter informações mundiais e brasileiras sobre emprego e empregabilidade através de organismos de pesquisa como SEADE, DIEESE, IBGE, CAGEAD, CBO e OIT. CONCEITOS FUNDAMENTAIS EMPREGO: é a relação de interdependência entre empregador (empresário) e trabalhador (empregado), com carteira de trabalho assinada e direitos trabalhistas. TRABALHO: é a geração de energia humana para transformar as coisas da natureza e criar produtos para consumo ou serviços em benefício do próprio homem. É fator que influencia as mudanças na sociedade. EMPREGABILIDADE: é a capacidade de o trabalhador desenvolver continuamente suas competências para conquistar seu lugar no mercado de trabalho e manter-se empregável. COMPONENTES DA EMPREGABILIDADE: conhecer as necessidades do mercado de trabalho e preparar-se para ele, formação educacional, experiência, competências gerais e específicas, características de personalidade, aparência e postura, automotivação e adaptabilidade a novas situações, ter um projeto de vida. EMPRESARIEDADE: é também conhecido como EMPRESABILIDADE. É a capacidade de a empresa desenvolver características para conquistar e reter profissionais com alta empregabilidade. CARACTERÍSTICAS DA EMPRESARIEDADE: ambiente incentivador, saudável e excelente clima organizacional, salários e benefícios diferenciados do mercado, objetivos e metas alinhados aos das organizações, programas de gestão de pessoas voltados ao reconhecimento e desenvolvimento das pessoas, respeito às diferenças, lideranças proativas e voltadas para os resultados individuais e globais e feedback que aponte para soluções. COMPETÊNCIA: é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que tornam o profissional qualificado para realizar um trabalho. O fator conhecimentos está ligado ao saber; as habilidades estão ligadas ao saber fazer e as atitudes relacionam-se ao querer fazer. Um profissional competente é aquele que faz acontecer. CBO - (Classificação Brasileira de Ocupações): é publicação do Ministério do Trabalho e Emprego (MET); organiza e descreve as características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Liberalismo – como um sistema de idéias, defende a liberdade individual na sua forma mais ampla e irrestrita, por meio de uma sociedade pautada na livre iniciativa e tendo a liberdade de expressão como um exercício do direito e da lei. Neoliberalismo – evolução do conceito do liberalismo, baseada na crença de que as desigualdades sociais são o fruto mais expoente do controle excessivo que o Estado impõe sobre a sociedade (na forma de impostos, por exemplo). Portanto, para que o mercado se amplie gerando oportunidades para todos, há a necessidade do incentivo à competição entre as pessoas, além da comercialização do que for produzido num mercado mais amplo e global.