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Relembrando: Mediadores químicos e receptores SN autônomo SN somático Simpático Parassimpático Mediador Pré- ganglionar Acetilcolina (receptor nicotínico) Acetilcolina (receptor nicotínico) Acetilcolina (receptor nicotínico) Mediador Pós- ganglionar Norepinefrina (receptores adrenérgicos α e β) Acetilcolina (receptor muscarínico). Acetilcolina (receptores muscarínicos) Local de ação dos receptores neuromusculares e ganglionares: Atuam especificamente nos receptores nicotínicos dos gânglios autônomos parassimpático e simpático. Alguns também bloqueiam os canais iônicos dos gânglios autônomos. Não mostram seletividade pelos gânglios parassimpático ou simpático, não sendo eficazes como antagonistas neuromusculares. Assim, esses fármacos bloqueiam completamente os impulsos do sistema nervoso autônomo (SNA) nos receptores nicotínicos. A resposta destes bloqueadores é complexa e na maior parte imprevisível. - Bloqueio ganglionar raramente é usado em terapêutica; - Serve como ferramenta na farmacologia experimental. Nicotina Veneno com várias ações indesejadas. Ela é prejudicial à saúde. Dependendo da dose, a nicotina despolariza os gânglios autônomos, resultando primeiro em estimulação e depois em paralisia de todos os gânglios. O efeito estimulante é complexo e resulta do aumento da liberação do neurotransmissor devido ao seu efeito nos gânglios simpáticos e parassimpáticos. - Por exemplo, o aumento da liberação de dopamina e norepinefrina pode ser associado com prazer e com supressão de apetite. A nicotina estimula: Dopamina: Prazer, supressão do apetite Norepinefrina: Alerta, supressão do apetite Acetilcolina: Alerta, melhora cognitiva Glutamato: Aprendizado, melhora da memória Serotonina: Modulação do humor, supressão do apetite β-endorfina: Diminuição da ansiedade e da tensão GABA: Diminuição da ansiedade e da tensão Hoje, temos neonicotinóides utilizados como inseticidas, como Imidacloprida, Acetamiprida. Os piretróides, também utilizados, mas a despolarização é sustentada (por mais tempo, porque o estímulo é exarcerbado). Os BNMs bloqueiam a transmissão colinérgica entre o terminal nervoso motor e o receptor nicotínico no músculo esquelético. Eles possuem alguma similaridade química com ACh e atuam como antagonistas (tipo não despolarizante) ou como agonistas (tipo despolarizante) nos receptores da placa motora da JNM. COMPETITIVOS (não-despolarizantes) DESPOLARIZANTES Pancurônio (Pancuron®) Succinilcolina (Quelicin®) ou suxametônio Atracúrio (Tracrium®) Decametônio Rocurônio (Esmeron®) Galamina (Flaxedil®) Alcurônio (Alloferine®) Cisatracúrio (Nimbium®) Pipecurônio Vecurônio Mivacúrio d-tubocurarina Fisiologia na placa motora terminal e ação dos fármacos: Potencial de ação do nervo (PA) anestésicos locais Liberação da acetilcolina na vesícula toxina botulínica Despolarização (PPT) (aumento da permeabilidade Na+ e K+) alcalóides do curano Hidrólise da acetilcolina pela Inibidores da colinesterase colinesterase Potencial de ação do músculo quinina, tetrodotoxina Disseminação da excitação pelo músculo Contração muscular Inibidores de canais de Ca+ Bloqueadores não despolarizantes prosaína, dantroleno (competitivos) @waleska112 Med IX - UFOB Bloqueadores não despolarizantes (competitivos) Antagonistas nos receptores nicotínicos da placa terminal,ligando-se a uma ou ambas unidades α do receptor. Bloqueiam competitivamente a ACh nos receptores nicotínicos. Isto é, eles competem com a ACh pelo receptor sem estimulá-lo. Assim, esses fármacos impedem a despolarização da membrana da célula muscular e inibem a contração muscular. A ação competitiva pode ser superada pela administração de inibidores da colinesterase, como neostigmina e edrofônio, que aumentam a concentração de ACh na JNM. Os anestesiologistas empregam essa estratégia para diminuir a duração do bloqueio neuromuscular. Ação Os músculos pequenos de contração rápida da face e dos olhos são mais suscetíveis e são paralisados primeiro, seguidos de dedos, pernas, músculos do pescoço e do tronco. Em seguida, são atingidos os músculos intercostais e, finalmente, o diafragma. Os músculos se recuperam na ordem inversa. Todos os BNMs são injetados por via intavenosa (IV) ou ocasionalmente por via intramuscular (IM), pois não são eficazes por via oral. Eles penetram pouco nas membranas, não entram nas células e nem atravessam a barreira hematencefálica. Vários desses fármacos não são biotransformados, e suas ações terminam por redistribuição. Fármacos despolarizantes Ligam-se ao receptor nicotínico e atuam como um agonista, despolarizando-o. Depois ocorre o bloqueio. Atuam por despolarização da membrana plasmática da fibra muscular, similarmente à ação da ACh. Entretanto, esses fármacos são mais resistentes à degradação pela acetilcolinesterase (AChE) e, assim, despolarizam as fibras musculares de modo mais persistente. A succinilcolina é o único relaxante muscular despolarizante usado atualmente. Fases BLOQUEIO DE FASE I - abertura do receptor - despolarização placa terminal - propagação e despolarização da membrana adjacente - contração muscular generalizada e desorganizada O fármaco despolarizante inicialmente causa a abertura do canal de sódio associado ao receptor nicotínico, o que resulta na despolarização do receptor (fase I). Isso leva a abalos contráteis transitórios do músculo (fasciculações). BLOQUEIO DE FASE II - exposição continuada ao BNM - repolarização iniciada porém membrana - incapaz de repolarizar-se novamente - bloqueio da ativação do canal - dessensibilização Com o tempo, a despolarização contínua dá origem a uma repolarização gradual quando o canal de sódio se fecha ou é bloqueado. Isso causa resistência à despolarização (fase II) e paralisia flácida. • Cirurgias -relaxamento muscular durante cirurgia: ação duradoura e reversível • Afeccões espásticas - tétano • Controle das convulsões - epilepsias, intoxicação anestésicos locais, eletroconvulsoterapia • Manobras ortopédicas • Laringoscopia, broncoscopia, tec. • Controle da ventilação Inibidores da colinesterase - Fármacos como neostigmina podem superar a ação dos BNMs não despolarizantes. - Quando usados com bloqueadores despolarizantes podem causar dessensibilização mais prolongada. - com o aumento da dosagem, os inibidores da colinesterase podem causar bloqueio despolarizante devido à elevada concentração de ACh. Anestésicos gerais Potencializam o bloqueio neuromuscular por ação estabilizante na JNM. Esses fármacos sensibilizam a JNM aos efeitos dos BNMs. Antimicrobianos aminoglicosídeos Sinergismo com BNM competitivos, aumentando o bloqueio. - Fármacos como a gentamicina e a tobramicina inibem a liberação de ACh dos nervos colinérgicos, competindo com os íons cálcio. Bloqueadores dos canais de cálcio - Esses fármacos podem aumentar o bloqueio neuromuscular dos bloqueadores competitivos. - Bloqueio ganglionar (taquicardia). • Bradicardia • Liberação de K+ (arritmias) • queimados, traumatismos • Aumento pressão intra-ocular • contratura musculatura extra-ocular • Paralisia prolongada • AchE geneticamente modificada • antiAchE (organofosforados, glaucoma) • hepatopatias • Hipertermia maligna (congênita rara) • espasmo muscular e aumento súbito T o corporal OBS.: Sugamadex: usado para acelerar a reversão de bloqueadores não despolarizante, se fores rocurônio ou vecurônio. @waleska112 Med IX - UFOB
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