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@inspirando_medicina sistema digestório ✓ É necessário que o organismo receba um suprimento constante de material nutritivo para que se mantenha vivo e funcionando. Muitos alimentos ingeridos precisam se tornar solúveis e sofrer modificações químicas para que sejam absorvidos, consistindo nisso a digestão; ✓ FUNÇÕES: preensão, mastigação, transformação química e absorção dos alimentos, e a expulsão dos resíduos (fezes); ✓ Peristalse: motilidade do sistema digestório, definida como movimento de ondas de contração, pelo qual os segmentos desse sistema propulsionam o seu conteúdo. ✓ Grande divisão: tubo digestório e órgãos anexos. ✓ Do 1° fazem parte órgãos situados na cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelve. São eles: cavidade oral, fauces, faringe, esôfago, estômago, intestinos, reto e ânus. ✓ Os órgãos anexos compreendem as glândulas salivares, fígado, pâncreas e vias biliares. A cavidade oral (boca) tem duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. É na cavidade oral que se sente o sabor dos alimentos e das bebidas e que o alimento é mastigado e manipulado pela língua. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. O vestíbulo comunica-se com o exterior através da rima (abertura) da boca. O tamanho da rima é controlado pelos músculos periorais, como o orbicular da boca (o esfíncter da rima da boca), o bucinador, o risório e os depressores e elevadores dos lábios (dilatadores da rima). A cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais maxilar (superior) e mandibular (inferior) (arcos alveolares maxilar e mandibular e os dentes que sustentam). É limitada lateral e anteriormente pelos arcos dentais. O teto da cavidade oral é formado pelo palato. Posteriormente, a cavidade oral comunica-se com a parte oral da faringe (orofaringe). Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade oral é totalmente ocupada pela língua. ♥LÁBIOS E BOCHECHAS Os lábios são pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca, estendendo-se dos sulcos nasolabiais e narinas lateral e superiormente até o sulco mentolabial inferiormente. Eles contêm o músculo orbicular da boca e músculos, vasos e nervos dos lábios superior e inferior. Os lábios são cobertos externamente por pele e internamente por túnica mucosa. Atuam como as válvulas da rima da boca, contendo o esfíncter (músculo orbicular da boca) que controla a entrada e a saída da boca e dos sistemas digestório superior e respiratório. Os lábios são usados para apreender o alimento, sugar líquidos, manter o alimento fora do vestíbulo da boca, produzir a fala e a osculação (beijo). A zona de transição dos lábios (muitas vezes considerada como sendo o próprio lábio), que varia de marrom a vermelha, continua até a cavidade oral, onde é contínua com a túnica mucosa da boca. Essa membrana cobre a parte intraoral, vestibular dos lábios. Os frênulos dos lábios são pregas de margem livre da túnica mucosa na linha mediana, que se estendem da gengiva vestibular até a túnica mucosa dos lábios superior e inferior. O frênulo que se estende até o lábio superior é maior. Às vezes há outro frênulo menor situado lateralmente nas regiões vestibulares pré-molares. CONCEITO DIVISÃO CAVIDADE BUCAL @inspirando_medicina As artérias labiais superior e inferior, ramos das artérias faciais, anastomosam-se entre si nos lábios para formar um anel arterial. O pulso dessas artérias pode ser palpado segurando-se levemente o lábio superior ou inferior entre os dois primeiros dedos. O lábio superior é irrigado por ramos labiais superiores das artérias facial e infraorbital. O lábio inferior é vascularizado por ramos labiais inferiores das artérias facial e mentual. A linfa do lábio superior e das partes laterais do lábio inferior segue principalmente para os linfonodos submandibulares, enquanto a linfa da parte medial do lábio inferior segue inicialmente para os linfonodos submentuais. As bochechas têm estrutura quase igual à dos lábios, com os quais são contínuas. As bochechas são as paredes móveis da cavidade oral. Anatomicamente, a face externa das bochechas constitui a região bucal, limitada anteriormente pelas regiões oral e mentual (lábios e mento), superiormente pela região zigomática, posteriormente pela região parotideomassetérica e inferiormente pela margem inferior da mandíbula. A proeminência da bochecha ocorre na junção das regiões zigomática e bucal. O osso zigomático subjacente à proeminência e o arco zigomático, que continua posteriormente, forma o contorno da parte superolateral da face. Os leigos também consideram as regiões zigomática e parotideomassetérica como parte da bochecha. Os principais músculos das bochechas são os bucinadores. Várias pequenas glândulas bucais situam-se entre a túnica mucosa e os músculos bucinadores. Superficialmente aos músculos bucinadores há coleções encapsuladas de gordura. As bochechas são irrigadas por ramos bucais da artéria maxilar e recebem ramos bucais do nervo mandibular. ♥ GENGIVA As gengivas são formadas por tecido fibroso coberto por túnica mucosa. A gengiva propriamente dita está firmemente presa aos processos alveolares da mandíbula e da maxila e aos colos dos dentes. As gengivas propriamente ditas adjacentes à língua são as gengivas linguais superior e inferior, e as gengivas adjacentes aos lábios e às bochechas são as gengivas maxilar e mandibular, labial ou bucal, respectivamente. A gengiva propriamente dita normal é rósea, pontilhada e queratinizada. A túnica mucosa alveolar é normalmente vermelho-brilhante e não queratinizada. Os nervos e vasos que suprem a gengiva, o osso alveolar subjacente e o periodonto (que circunda a raiz ou as raízes de um dente, fixando-o no alvéolo dental). ♥ DENTES As principais funções dos dentes são: ✓ Cortar, reduzir e misturar o alimento à saliva durante a mastigação ✓ Ajudar sua própria sustentação nos alvéolos dentais, auxiliando o desenvolvimento e a proteção dos tecidos que os sustentam ✓ Participar da articulação (fala conectada distinta). Os dentes estão inseridos nos alvéolos dentais. Um dente é identificado e descrito como decíduo (primário) ou permanente (secundário), o tipo de dente e sua proximidade da linha mediana ou da parte anterior da boca (p. ex., incisivos mediais e laterais; o 1o molar é anterior ao 2o). As crianças têm 20 dentes decíduos; os adultos normalmente têm 32 dentes permanentes. Antes da erupção, os dentes em desenvolvimento situam-se nos arcos alveolares como brotos dentais. Os tipos de dentes são identificados por suas características: incisivos, margens cortantes finas; caninos, cones proeminentes únicos; pré-molares (bicúspides), duas cúspides; e molares, três ou mais cúspides. A face vestibular (labial ou bucal) de cada dente apresenta- se voltada externamente, e a face lingual está voltada internamente. Segundo o uso na prática clínica (odontológica), a face mesial de um dente está voltada em direção ao plano mediano da parte facial do crânio. A face distal está voltada em direção oposta a esse plano. Tanto a face mesial quanto a face distal são superfícies de contato – isto é, superfícies que tocam dentes adjacentes. A superfície mastigatória é a face oclusal. ♥PALATO O palato forma o teto curvo da boca e o assoalho das cavidades nasais. Separa a cavidade oral da cavidade nasal e da parte nasal da faringe, a parte da faringe superior ao palato mole. A face superior (nasal) do palato é coberta por túnica mucosa respiratória, e a face inferior (oral) é coberta por túnica mucosa oral, densamente povoada por glândulas. O palato tem duas regiões: o palato duro, anterior,e o palato mole, posterior. @inspirando_medicina PALATO DURO O palato duro é abobadado (côncavo). Esse espaço é ocupado principalmente pela língua quando está em repouso. Os dois terços anteriores do palato têm um esqueleto ósseo formado pelos processos palatinos da maxila e as lâminas horizontais dos palatinos. A fossa incisiva é uma depressão na linha mediana do palato ósseo posterior aos dentes incisivos centrais, na qual se abrem os canais incisivos. Os nervos nasopalatinos partem do nariz através de um número variável de canais e forames incisivos que se abrem na fossa incisiva. Medial ao 3o dente molar (dente serotino ou do siso), o forame palatino maior perfura a margem lateral do palato ósseo. Os vasos e o nervo palatinos maiores emergem desse forame e seguem anteriormente sobre o palato. Os forames palatinos menores, situados posteriormente ao forame palatino maior, perfuram o processo piramidal do palatino. Esses forames dão passagem aos nervos e vasos palatinos menores até o palato mole e estruturas adjacentes. PALATO MOLE O palato mole é o terço posterior móvel do palato e fica suspenso na margem posterior do palato duro. O palato mole não tem esqueleto ósseo; mas sua parte aponeurótica anterior é reforçada pela aponeurose palatina, que se fixa à margem posterior do palato duro. A aponeurose tem a parte anterior espessa e a parte posterior fina, na qual se funde a uma parte muscular posterior do palato mole. Na parte posteroinferior o palato mole tem margem livre curva da qual pende um processo cônico, a úvula. Durante a deglutição, primeiro o palato mole é tensionado para permitir que a língua seja pressionada contra ele, levando o bolo alimentar (alimento mastigado) para a parte posterior da boca. Em seguida, o palato mole é elevado posterior e superiormente contra a parede da faringe, impedindo, assim, a entrada de alimento na cavidade nasal. Na parte lateral, o palato mole é contínuo com a parede da faringe e é unido à língua e à faringe pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo, respectivamente. Há algumas papilas gustativas no epitélio que cobre a face oral do palato mole, a parede posterior da parte oral da faringe e a epiglote. As fauces são o espaço entre a cavidade oral e a faringe. O limite superior é o palato mole, o inferior é a língua e o limite lateral são os pilares das fauces, os arcos palatoglosso e palatofaríngeo. O istmo das fauces é o espaço estreito e curto que faz a conexão entre a cavidade própria da boca e a parte oral da faringe. O limite anterior do istmo são os arcos palatoglossos e o limite posterior são os arcos palatofaríngeos. As tonsilas palatinas, frequentemente denominadas “as tonsilas”, são massas de tecido linfoide, uma de cada lado da parte oral da faringe. Cada tonsila está localizada em uma fossa (seio) tonsilar, limitada pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo e pela língua. ELEMENTOS SUPERFICIAIS DO PALATO A túnica mucosa do palato duro está firmemente unida ao osso subjacente. A gengiva lingual superior, a parte da gengiva que cobre a face lingual dos dentes e o processo alveolar, é contínua com a túnica mucosa do palato. Profundamente à túnica mucosa do palato há glândulas palatinas secretoras de muco. Os óstios dos ductos dessas glândulas conferem à túnica mucosa palatina uma aparência ondulada. Na linha mediana, posterior aos dentes incisivos maxilares, está a papila incisiva. Essa elevação da túnica mucosa situa-se diretamente anterior à fossa incisiva subjacente. Irradiando-se lateralmente a partir da papila incisiva há várias pregas palatinas transversas paralelas, que ajudam na manipulação do alimento durante a mastigação. Seguindo posteriormente na linha mediana do palato, a partir da papila incisiva, há uma crista esbranquiçada e estreita, a rafe do palato. Pode apresentar-se como uma crista na parte anterior e um sulco na parte posterior. A rafe do palato indica o local de fusão dos processos palatinos embrionários (prateleiras palatinas). ♥LÍNGUA A língua é um órgão muscular móvel recoberto por túnica mucosa. Uma parte da língua está situada na cavidade oral e a outra na parte oral da faringe. As principais funções da língua são articulação (formar palavras durante a fala) e compressão do alimento para a parte oral da faringe como parte da deglutição. A língua também está associada à mastigação, ao paladar e à limpeza da boca. PARTES E FACES DA LÍNGUA A língua é dividida em raiz, corpo e ápice. A raiz da língua é a parte posterior fixa que se estende entre a mandíbula, o hioide e a face posterior, quase vertical, da língua. @inspirando_medicina O corpo da língua corresponde aproximadamente aos dois terços anteriores, entre a raiz e o ápice. O ápice (ponta) da língua é a extremidade anterior do corpo, que se apoia sobre os dentes incisivos. O corpo e o ápice da língua são muito móveis. A língua tem duas faces. A face mais extensa, superior e posterior, é o dorso da língua. A face inferior da língua geralmente descansa sobre o assoalho da boca. A margem da língua que separa as duas faces está relacionada de cada lado com a gengiva lingual e os dentes laterais. O dorso da língua é caracterizado por um sulco em forma de V, o sulco terminal da língua, cujo ângulo aponta posteriormente para o forame cego. Essa pequena depressão, muitas vezes ausente, é o remanescente inativo da parte proximal do ducto tireoglosso embrionário a partir do qual se desenvolveu a glândula tireoide. O sulco terminal divide o dorso da língua transversalmente em uma parte pré-sulcal na cavidade própria da boca e uma parte pós-sulcal na parte oral da faringe. Um sulco mediano divide a parte anterior da língua em metades direita e esquerda. A túnica mucosa da parte anterior do dorso da língua é relativamente fina e está bem fixada ao músculo subjacente. Tem textura áspera por causa de numerosas pequenas papilas linguais: ✓ Papilas circunvaladas: grandes e com topo plano, situam-se diretamente anteriores ao sulco terminal e estão dispostas em uma fileira em formato de V. São circundadas por depressões circulares profundas, cujas paredes estão repletas de calículos gustatórios. Os ductos das glândulas serosas da língua abrem-se nas depressões ✓ Papilas folhadas: pequenas pregas laterais da túnica mucosa lingual. São pouco desenvolvidas nos seres humanos ✓ Papilas filiformes: longas e numerosas, contêm terminações nervosas aferentes sensíveis ao toque. Essas projeções cônicas e descamativas são rosa-acinzentadas e estão organizadas em fileiras com formato de V, paralelas ao sulco terminal, exceto no ápice, onde tendem a se organizar transversalmente ✓ Papilas fungiformes: pontos em formato de cogumelo, rosa ou vermelhos, dispersos entre as papilas filiformes, porém mais numerosos no ápice e nas margens da língua. As papilas circunvaladas, folhadas e a maioria das papilas fungiformes contêm receptores gustativos nos calículos gustatórios. Existem quatro sensações básicas de paladar: doce, salgado, ácido e amargo. A túnica mucosa da parte posterior da língua é espessa e livremente móvel. Não tem papilas linguais, mas os nódulos linfoides subjacentes conferem a essa parte da língua uma aparência irregular, em pedra de calçamento. Os nódulos linfoides são conhecidos coletivamente como tonsila lingual. A parte faríngea da língua constitui a parede anterior da parte oral da faringe. Só pode ser examinada com um espelho ou pressionando-se a língua para baixo com um abaixador de língua. A face inferior da língua é coberta por túnica mucosa fina e transparente. Essa superfície está unida ao assoalho da boca por uma prega mediana denominada frênulo da língua. O frênulo permite o movimento livre da parte anterior da língua. De cada lado do frênulo,há uma veia lingual profunda visível através da túnica mucosa fina. Há uma carúncula (papila) sublingual de cada lado da base do frênulo da língua, que inclui o óstio do ducto submandibular da glândula salivar submandibular. Em geral, os músculos extrínsecos modificam a posição da língua e os músculos intrínsecos modificam seu formato. Os quatro músculos intrínsecos e quatro músculos extrínsecos em cada metade da língua são separados por uma estrutura fibrosa mediana, o septo da língua, que se funde posteriormente com a aponeurose lingual (uma lâmina resistente de tecido conjuntivo, a lâmina própria, localizada profundamente em relação à túnica mucosa da língua na qual se inserem os músculos linguais ✓ Músculos extrínsecos da língua. Os músculos extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, estiloglosso e palatoglosso) originam-se fora da língua e se fixam a ela. Eles movimentam principalmente a língua, mas também alteram seu formato. ✓ Músculos intrínsecos da língua. Os músculos longitudinais superior e inferior, transverso e vertical são limitados à língua. Eles têm suas inserções completamente na língua e não estão fixados ao osso. Os músculos longitudinais superior e inferior atuam juntos para tornar a língua curta e grossa e para retrair a língua protrusa. Os músculos transverso e vertical atuam simultaneamente para tornar a língua longa e estreita, o que pode empurrar a língua contra os dentes incisivos ou protrair a língua com a boca aberta (principalmente ao agir com a parte posteroinferior do músculo genioglosso). @inspirando_medicina ♥GLÂNDULAS SALIVARES As glândulas salivares são as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. O líquido viscoso transparente, insípido e inodoro – saliva – secretado por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade oral: ✓ Mantém a túnica mucosa da boca úmida ✓ Lubrifica o alimento durante a mastigação ✓ Inicia a digestão de amidos ✓ Atua como “colutório” intrínseco ✓ É importante na prevenção das cáries dentais e no paladar. Além das glândulas salivares principais, há pequenas glândulas salivares acessórias dispersas no palato, nos lábios, nas bochechas, nas tonsilas e na língua. GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES As glândulas submandibulares situam-se ao longo do corpo da mandíbula, parte superior e parte inferior à metade posterior da mandíbula, e parte superficial e parte profunda ao músculo milo-hióideo. O ducto submandibular, origina-se da parte da glândula situada entre os músculos milo-hióideo e hioglosso (abrem-se no assoalho da boca, abaixo da língua, próximo ao plano mediano). GLÂNDULAS SUBLINGUAIS As glândulas sublinguais são as menores e mais profundas glândulas salivares. Cada glândula situa- se no assoalho da boca entre a mandíbula e o músculo genioglosso (lateral e inferiormente à língua). As glândulas de cada lado se unem para formar massa em formato de ferradura ao redor do centro de tecido conjuntivo do frênulo da língua. Muitos pequenos ductos sublinguais abrem-se no assoalho da boca ao longo das pregas sublinguais. GLÂNDULAS PARÓTIDAS As glândulas parótidas, as maiores dos três pares de glândulas salivares, elas estão em posição lateral e posterior aos ramos da mandíbula e aos músculos masseteres, dentro de bainhas fibrosas inflexíveis. As glândulas parótidas drenam anteriormente através de ductos únicos que entram no vestíbulo da boca diante dos segundos molares maxilares. Trata-se de um órgão visceral mediano, miomembranáceo, e que faz parte dos sistemas respiratório e digestório; constitui passagem comum para alimentos sólidos, líquido e ar. Atua na deglutição e respiração. A faringe continua-se com o esôfago. Dividida em 3 partes: nasal, oral e laríngea. ✓ Parte nasal da faringe (nasofaringe): posterior ao nariz e superior ao palato mole ✓ Parte oral da faringe (orofaringe): posterior à boca; comunica-se com a cavidade própria da boca através do istmo das fauces. ✓ Parte laríngea da faringe (laringofaringe): posterior à laringe. A parte nasal da faringe tem função respiratória; é a extensão posterior da cavidade nasal. O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos (aberturas pares entre a cavidade nasal e a parte nasal da faringe). O teto e a parede posterior da parte nasal da faringe formam uma superfície contínua situada inferiormente ao corpo do esfenoide e à parte basilar do occipital. A parte oral da faringe tem função digestória. Os limites são: superior, palato mole; inferior, base da língua; laterais, arcos palatoglosso e palatofaríngeo. Estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote. As tonsilas palatinas são coleções de tecido linfoide de cada lado da parte oral da faringe no intervalo entre os arcos palatinos. A tonsila não ocupa toda a fossa tonsilar entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo em adultos. A fossa tonsilar, na qual está situada a tonsila palatina, situa-se entre esses arcos. A fossa tonsilar é formada pelo músculo constritor superior da faringe e pela lâmina fibrosa e fina da fáscia faringobasilar. Esta fáscia funde-se ao periósteo da base do crânio e define os limites da parede faríngea em sua parte superior. A parte laríngea da faringe situa-se posteriormente à laringe, estendendo-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde se estreita e se torna contínua com o esôfago. Posteriormente, a parte laríngea da faringe mantém relação com os corpos das vértebras C IV a C VI. As paredes posterior e lateral são formadas pelos músculos constritores médio e inferior da faringe. Internamente a parede é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo. FARINGE @inspirando_medicina A parte laríngea da faringe comunica-se com a laringe através do ádito da laringe em sua parede anterior. O recesso piriforme é uma pequena depressão da parte laríngea da faringe de cada lado do ádito da laringe. Esse recesso revestido por túnica mucosa é separado do ádito da laringe pela prega ariepiglótica. Lateralmente, o recesso piriforme é limitado pelas faces mediais da cartilagem tireóidea e pela membrana tíreo-hióidea. Os ramos dos nervos laríngeo interno e laríngeo recorrente situam-se profundamente à túnica mucosa do recesso piriforme e são vulneráveis à lesão quando um corpo estranho se aloja no recesso. MÚSCULOS DA FARINGE A parede da faringe é excepcional para o sistema digestório, tendo uma lâmina muscular formada apenas por músculo voluntário disposto em uma camada interna de músculo longitudinal e uma camada circular externa. A maior parte do sistema digestório é composta por músculo liso, com uma camada de músculo longitudinal externa e uma camada circular interna. A camada circular externa de músculos faríngeos consiste em três constritores da faringe: superior, médio e inferior. Os músculos longitudinais internos são o palatofaríngeo, o estilofaríngeo e o salpingofaríngeo. Esses músculos elevam a laringe e encurtam a faringe durante a deglutição e a fala. Os músculos constritores da faringe têm um revestimento fascial interno forte, a fáscia faringobasilar e um revestimento fascial externo fino, a fáscia bucofaríngea. Inferiormente, a fáscia bucofaríngea funde-se com a lâmina pré- traqueal de fáscia cervical. A contração dos músculos constritores da faringe é involuntária, de modo que a contração ocorre de modo sequencial da extremidade superior para a extremidade inferior da faringe, impulsionando o alimento para o esôfago. O esôfago é um tubo fibromuscular que conecta a faringe ao estômago. Possui 3 partes: cervical, torácica e abdominal. Começa no pescoço, onde é contínuo com a parte laríngea da faringe na junção faringoesofágica. O esôfagoconsiste em músculo estriado (voluntário) em seu terço superior, músculo liso (involuntário) em seu terço inferior, e uma mistura de músculo estriado e liso na região intermediária. A primeira parte, a parte cervical, pertence ao terço superior voluntário. Começa imediatamente posterior à margem inferior da cartilagem cricóidea e no mesmo nível dela, no plano mediano. Externamente, a junção faringoesofágica apresenta-se como uma constrição produzida pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe (o esfíncter esofágico superior) e é a parte mais estreita do esôfago. A parte cervical do esôfago inclina-se um pouco para a esquerda enquanto desce e entra no mediastino superior, através da abertura superior do tórax, onde se torna a parte torácica do esôfago. No tórax, o esôfago situa-se anteriormente à coluna vertebral e à aorta, mas posterior à traqueia. Quando o esôfago está vazio, seu lúmen assemelha-se a uma fenda. Quando o bolo alimentar desce por ele, o lúmen se expande, produzindo peristalse reflexa nos dois terços inferiores do esôfago. O esôfago está fixado à traqueia por tecido conjuntivo frouxo. À direita do esôfago estão o lobo direito da glândula tireoide e a bainha carótica direita e seu conteúdo. O esôfago está em contato com a cúpula da pleura na raiz do pescoço. À esquerda está o lobo esquerdo da glândula tireoide e a bainha carótica esquerda. O ducto torácico adere ao lado esquerdo do esôfago e situa-se entre ele e a pleura. O esôfago normalmente tem três constrições, onde estruturas adjacentes deixam impressões: ✓ Constrição cervical (esfíncter superior do esôfago): em seu início na junção faringoesofágica, a aproximadamente 15 cm dos dentes incisivos; causada pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe ✓ Constrição broncoaórtica (torácica): uma constrição combinada, no local onde ocorre primeiro o cruzamento do arco da aorta, a 22,5 cm dos dentes incisivos, e depois o cruzamento pelo brônquio principal esquerdo, a 27,5 cm dos dentes incisivos; a primeira constrição é observada em vistas anteroposteriores, a segunda em vistas laterais ✓ Constrição diafragmática: no local onde atravessa o hiato esofágico do diafragma, a aproximadamente 40 cm dos dentes incisivos O estômago é a parte expandida do sistema digestório entre o esôfago e o intestino delgado. É especializado para o acúmulo do alimento ingerido, que ele prepara química e mecanicamente para a digestão e passagem para o duodeno. O estômago mistura os alimentos e atua como reservatório; sua principal função é a digestão enzimática. ESÔFAGO ESTÔMAGO @inspirando_medicina O suco gástrico converte gradualmente a massa de alimento em uma mistura semilíquida, o quimo, que passa rapidamente para o duodeno. O estômago vazio tem calibre apenas ligeiramente maior que o do intestino grosso; entretanto, é capaz de se expandir muito e pode conter 2 a 3 litros de alimento. ♥POSIÇÃO, PARTES E ANATOMIA DE SUPERFÍCIE DO ESTÔMAGO O tamanho, o formato e a posição do estômago podem variar bastante em pessoas com diferentes tipos corporais (biotipos) e podem mudar até no mesmo indivíduo, de acordo com os movimentos do diafragma durante a respiração, o conteúdo (vazio ou após uma grande refeição) e a posição da pessoa. Na posição de decúbito dorsal, o estômago costuma estar nos quadrantes superiores direito e esquerdo, ou no epigástrio, região umbilical, hipocôndrio esquerdo e região lateral esquerda (flanco). Na posição ereta, o estômago desloca-se para baixo. Em indivíduos astênicos (magros), o corpo gástrico pode estender-se até a pelve. O estômago tem quatro partes: ✓ Cárdia: a parte que circunda o óstio cárdico, a abertura superior do estômago. No decúbito dorsal, o óstio cárdico geralmente está situado posteriormente à 6a cartilagem costal esquerda, a 2 a 4 cm do plano mediano, no nível da vértebra T XI ✓ Fundo gástrico: a parte superior dilatada que está relacionada com a cúpula esquerda do diafragma, limitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico. A incisura cárdica está situada entre o esôfago e o fundo gástrico. O fundo gástrico pode ser dilatado por gás, líquido, alimento ou pela combinação destes. Em decúbito dorsal, o fundo gástrico geralmente está situado posteriormente à costela VI esquerda, no plano da LMC. ✓ Corpo gástrico: a parte principal do estômago, entre o fundo gástrico e o antro pilórico ✓ Parte pilórica: a região afunilada de saída do estômago; sua parte mais larga, o antro pilórico, leva ao canal pilórico, sua parte mais estreita. O piloro é a região esfincteriana distal da parte pilórica. É um espessamento acentuado da camada circular de músculo liso que controla a saída do conteúdo gástrico através do óstio pilórico (abertura inferior do estômago) para o duodeno Há esvaziamento intermitente do estômago quando a pressão intragástrica supera a resistência do piloro. Normalmente, o piloro encontra-se em estado de contração tônica, de modo que o óstio pilórico é reduzido, exceto quando dá passagem ao quimo (massa semilíquida). A intervalos irregulares, a peristalse gástrica faz o quimo atravessar o canal e o óstio pilórico até o intestino delgado, onde continuam a mistura, a digestão e a absorção. Em decúbito dorsal, a parte pilórica do estômago está no nível do plano transpilórico, a meio caminho entre a incisura jugular superiormente e a crista púbica inferiormente. O plano corta a 8a cartilagem costal e a vértebra L I. Em posição ortostática, a localização da parte pilórica do estômago varia da vértebra L II à vértebra L IV. O óstio pilórico está cerca de 1,25 cm à direita da linha mediana. O estômago também tem duas curvaturas: ✓ Curvatura menor: forma a margem direita côncava mais curta do estômago. A incisura angular, parte inferior da curvatura, indica a junção do corpo gástrico com a parte pilórica do estômago. A incisura angular situa-se logo à esquerda da linha mediana ✓ Curvatura maior: forma a margem convexa mais longa do estômago. Segue inferiormente à esquerda da junção do 5o espaço intercostal e LMC; a seguir, curva-se para a direita, passando profundamente à 9a ou à 10a cartilagem esquerda enquanto continua medialmente para alcançar o antro pilórico. A superfície lisa da túnica mucosa gástrica é castanho-avermelhada no indivíduo vivo, exceto na parte pilórica, onde é rósea. Em vida, é coberta por uma camada de muco contínua que protege sua superfície contra o ácido gástrico secretado pelas glândulas gástricas. Quando contraída, a túnica mucosa gástrica forma estrias longitudinais denominadas pregas gástricas, mais acentuadas em direção à parte pilórica e ao longo da curvatura maior. Durante a deglutição, forma-se um sulco ou um canal gástrico temporário entre as pregas longitudinais ao longo da curvatura menor, que pode ser visto por radiografia e endoscopia. O canal gástrico se deve à firme inserção da túnica mucosa gástrica à túnica muscular, que não tem uma camada oblíqua nesse local. A saliva e pequenas quantidades de alimento mastigado e outros líquidos drenam ao longo do canal gástrico para o canal pilórico quando o estômago está quase vazio. As pregas gástricas diminuem e desaparecem quando o estômago está distendido. @inspirando_medicina ♥RELAÇÕES DO ESTÔMAGO O estômago é coberto por peritônio, exceto nos locais em que há vasos sanguíneos ao longo de suas curvaturas e em uma pequena área posterior ao óstio cárdico. As duas lâminas do omento menor estendem-se ao redor do estômago e separam-se de sua curvatura maior como o omento maior. Anteriormente, o estômago relaciona-se com o diafragma, o lobo hepático esquerdo e a parede anterior do abdome. Posteriormente, o estômago relaciona-se com a bolsa omentale o pâncreas; a face posterior do estômago forma a maior parte da parede anterior da bolsa omental. O colo transverso tem relação inferior e lateral com o estômago e segue ao longo da curvatura maior do estômago até a flexura esquerda do colo. O leito do estômago, sobre o qual se apoia o estômago quando a pessoa está em decúbito dorsal, é formado pelas estruturas que formam a parede posterior da bolsa omental. Da região superior para a inferior, o leito do estômago é formado pela cúpula esquerda do diafragma, baço, rim e glândula suprarrenal esquerdos, artéria esplênica, pâncreas e mesocolo transverso. O intestino delgado, formado pelo duodeno, jejuno e íleo, é o principal local de absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos. Estende-se do piloro até a junção ileocecal, onde o íleo une-se ao ceco (a primeira parte do intestino grosso). A parte pilórica do estômago esvazia-se no duodeno, sendo a admissão duodenal controlada pelo piloro. ♥DUODENO O duodeno, a primeira e mais curta (25 cm) parte do intestino delgado, também é a mais larga e mais fixa. O duodeno segue um trajeto em formato de C ao redor da cabeça do pâncreas. Começa no piloro no lado direito e termina na flexura (junção) duodenojejunal no lado esquerdo. Essa junção ocorre aproximadamente no nível da vértebra L II, 2 a 3 cm à esquerda da linha mediana. A junção geralmente assume a forma de um ângulo agudo, a flexura duodenojejunal. A maior parte do duodeno está fixada pelo peritônio a estruturas na parede posterior do abdome e é considerada parcialmente retroperitoneal. O duodeno é dividido em quatro partes: ✓ Parte superior (primeira): curta (aproximadamente 5 cm), situada anterolateralmente ao corpo da vértebra L I ✓ Parte descendente (segunda): mais longa (7 a 10 cm), desce ao longo das faces direitas das vértebras L I a L III ✓ Parte inferior (terceira): 6 a 8 cm de comprimento, cruza a vértebra L III ✓ Parte ascendente (quarta): curta (5 cm), começa à esquerda da vértebra L III e segue superiormente até a margem superior da vértebra L II. Os primeiros 2 cm da parte superior do duodeno, imediatamente distais ao piloro, têm mesentério e são móveis. Essa parte livre, chamada ampola (bulbo duodenal), tem uma aparência diferente do restante do duodeno quando observada em radiografia com contraste. Os 3 cm distais da parte superior e as outras três partes do duodeno não têm mesentério e são imóveis porque são retroperitoneais. A parte superior do duodeno ascende a partir do piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. O peritônio cobre sua face anterior, mas não há peritônio posteriormente, com exceção da ampola. A parte proximal tem o ligamento hepatoduodenal (parte do omento menor) fixado superiormente e o omento maior fixado inferiormente. A parte descendente do duodeno segue inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Inicialmente, situa-se paralelamente à direita da VCI. Os ductos colédoco e pancreático principal entram em sua parede posteromedial. Esses ductos geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática, que se abre em uma eminência, chamada papila maior do duodeno, localizada posteromedialmente na parte descendente do duodeno. A parte descendente do duodeno é totalmente retroperitoneal. A face anterior de seus terços proximal e distal é coberta por peritônio; entretanto, o peritônio é refletido de seu terço médio para formar o mesentério duplo do colo transverso, o mesocolo transverso. A parte inferior (horizontal) do duodeno segue transversalmente para a esquerda, passando sobre a VCI, a aorta e a vértebra L III. É cruzada pela artéria e veia mesentéricas superiores e pela raiz do mesentério do jejuno e íleo. Superiormente a ela está a cabeça do pâncreas e seu processo uncinado. INTESTINO DELGADO @inspirando_medicina A face anterior da parte inferior é coberta por peritônio, exceto na parte em que é cruzada pelos vasos mesentéricos superiores e pela raiz do mesentério. Posteriormente, é separada da coluna vertebral pelo músculo psoas maior direito, VCI, aorta e vasos testiculares ou ováricos direitos. A parte ascendente do duodeno segue superiormente e ao longo do lado esquerdo da aorta para alcançar a margem inferior do corpo do pâncreas. Aí, ela se curva anteriormente para se unir ao jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada pela inserção do músculo suspensor do duodeno (ligamento de Treitz). Esse músculo é formado por uma alça de músculo esquelético do diafragma e uma faixa fibromuscular de músculo liso da terceira e quarta partes do duodeno. A contração desse músculo alarga o ângulo da flexura duodenojejunal, facilitando o movimento do conteúdo intestinal. O músculo suspensor do duodeno passa posteriormente ao pâncreas e à veia esplênica e anteriormente à veia renal esquerda. ♥JEJUNO E ÍLEO A segunda parte do intestino delgado, o jejuno, começa na flexura duodenojejunal, onde o sistema digestório volta a ser intraperitoneal. A terceira parte do intestino delgado, o íleo, termina na junção ileocecal, a união da parte terminal do íleo e o ceco. Juntos, o jejuno e o íleo têm 6 a 7 m de comprimento, o jejuno representa cerca de dois quintos e o íleo cerca de três quintos da parte intraperitoneal do intestino delgado. A maior parte do jejuno está situada no quadrante superior esquerdo (QSE) do compartimento infracólico, enquanto a maior parte do íleo está no quadrante inferior direito (QID). A parte terminal do íleo geralmente está na pelve, de onde ascende, terminando na face medial do ceco. O mesentério é uma prega de peritônio em forma de leque que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do abdome. A origem ou raiz do mesentério (com aproximadamente 15 cm de comprimento) tem direção oblíqua, inferior e para a direita. Estende-se da flexura duodenojejunal no lado esquerdo da vértebra L II até a junção ileocólica e a articulação sacroilíaca direita. O comprimento médio do mesentério, desde a raiz até a margem do intestino, é de 20 cm. A raiz do mesentério cruza (sucessivamente) as partes ascendente e horizontal do duodeno, parte abdominal da aorta, VCI, ureter direito, músculo psoas maior direito e vasos testiculares ou ováricos direitos. Entre as duas camadas do mesentério estão os vasos mesentéricos superiores, linfonodos, uma quantidade variável de gordura e nervos autônomos. O intestino grosso é o local de absorção da água dos resíduos indigeríveis do quimo líquido, convertendo- o em fezes semissólidas, que são temporariamente armazenadas e acumuladas até que haja defecação. O intestino grosso é formado pelo ceco; apêndice vermiforme; partes ascendente, transversa, descendente e sigmoide do colo; reto e canal anal. O intestino grosso pode ser distinguido do intestino delgado por: ✓ Apêndices omentais do colo: projeções pequenas, adiposas, semelhantes ao omento ✓ Tênias do colo: três faixas longitudinais distintas: (1) tênia mesocólica, à qual se fixam os mesocolos transverso e sigmoide; (2) tênia omental, à qual se fixam os apêndices omentais; e (3) tênia livre, à qual não estão fixados mesocolos nem apêndices omentais ✓ Saculações: dilatações da parede do colo entre as pregas semilunares ✓ Calibre (diâmetro interno) muito maior. As tênias do colo (faixas espessas de músculo liso que representam a maior parte da camada longitudinal) começam na base do apêndice vermiforme como a camada longitudinal espessa do apêndice vermiforme que se divide para formar três faixas. As tênias do colo seguem por todo o comprimento do intestino grosso, com alargamento abrupto e nova fusão na junção retossigmoide, formando uma camada longitudinal contínua ao redor do reto. Como sua contração tônica encurta a parte da parede associada, o coloadquire uma aparência sacular ou “de bolsas” entre as pregas semilunares, formando as saculações. ♥CECO E APÊNDICE VERMIFORME O ceco é a primeira parte do intestino grosso; é contínuo com o colo ascendente. É uma bolsa intestinal cega, que mede aproximadamente 7,5 cm de comprimento e largura. Situa-se na fossa ilíaca do quadrante inferior direito do abdome, inferiormente à sua junção com a parte terminal do íleo. Se for distendido por fezes ou gases, o ceco pode ser palpável através da parede anterolateral do abdome. INTESTINO GROSSO @inspirando_medicina O ceco geralmente está situado a 2,5 cm do ligamento inguinal; é quase totalmente revestido por peritônio e pode ser levantado livremente. Entretanto, não tem mesentério. Em vista de sua relativa liberdade, pode ser deslocado da fossa ilíaca, mas costuma estar ligado à parede lateral do abdome por uma ou mais pregas cecais de peritônio. A parte terminal do íleo entra no ceco obliquamente e invagina-se em parte para o seu interior. Na dissecção, o óstio ileal projeta- se no ceco entre os lábios ileocólico e ileocecal (superior e inferior), pregas que se encontram lateralmente e formam a crista denominada frênulo do óstio ileal. Acreditava-se que quando o ceco fosse distendido ou quando se contraísse, ocorreria contração ativa do frênulo, que fecharia a válvula para evitar refluxo do ceco para o íleo. No entanto, o músculo circular é mal desenvolvido ao redor do óstio; portanto, é improvável que a válvula tenha alguma ação esfincteriana que controle a passagem do conteúdo intestinal do íleo para o ceco. O óstio, porém, geralmente é fechado por contração tônica, apresentando-se como uma papila ileal no lado cecal. A papila provavelmente atua como uma válvula unidirecional relativamente passiva, que impede o refluxo do ceco para o íleo quando houver contrações para impulsionar o conteúdo para o colo ascendente e colo transverso. O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal cego (6 a 10 cm de comprimento) que contém massas de tecido linfoide. Origina-se na face posteromedial do ceco, inferiormente à junção ileocecal. O apêndice vermiforme tem um mesentério triangular curto, o mesoapêndice, originado da face posterior do mesentério da parte terminal do íleo. O mesoapêndice fixa-se ao ceco e à parte proximal do apêndice vermiforme. A posição do apêndice vermiforme é variável, mas geralmente é retrocecal ♥COLO O colo é dividido em quatro partes – ascendente, transversa, descendente e sigmoide – que sucedem uma à outra formando um arco. O colo circunda o intestino delgado, o colo ascendente à direita do intestino delgado, o colo transverso superior e/ou anteriormente a ele, o colo descendente à esquerda e, por fim, o colo sigmoide inferiormente a ele. O colo ascendente é a segunda parte do intestino grosso. Segue para cima na margem direita da cavidade abdominal, do ceco até o lobo hepático direito, onde vira para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática). Essa flexura situa-se profundamente às costelas IX e X e é superposta pela parte inferior do fígado. O colo ascendente é mais estreito do que o ceco e é secundariamente retroperitoneal ao longo da face direita da parede posterior do abdome. O colo ascendente é coberto por peritônio anteriormente e nas suas laterais; entretanto, tem um mesentério curto em aproximadamente 25% das pessoas. O colo ascendente é separado da parede anterolateral do abdome pelo omento maior. Um sulco vertical profundo revestido por peritônio parietal, o sulco paracólico direito, situa-se entre a face lateral do colo ascendente e a parede adjacente do abdome. O colo transverso é a terceira parte do intestino grosso, a mais longa e mais móvel. Atravessa o abdome da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo, onde se curva para baixo e dá origem ao colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica) geralmente é superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura direita do colo. Situa-se anteriormente à parte inferior do rim esquerdo e fixa- se ao diafragma através do ligamento frenocólico. O colo transverso e seu mesentério, o mesocolo transverso, frequentemente descem até o nível das cristas ilíacas . O mesentério adere à parede posterior da bolsa omental ou se funde com ela. A raiz do mesocolo transverso situa-se ao longo da margem inferior do pâncreas e é contínua com o peritônio parietal posteriormente. Sendo livremente móvel, a posição do colo transverso é variável, geralmente pendendo até o nível do umbigo (nível da vértebra L III). No entanto, em pessoas magras e altas, o colo transverso pode estender-se até a pelve. O colo descendente ocupa posição secundariamente retroperitoneal entre a flexura esquerda do colo e a fossa ilíaca esquerda, onde é contínua com o colo sigmoide. Assim, o peritônio cobre o colo anterior e lateralmente e o liga à parede posterior do abdome. Ao descer, o colo passa anteriormente à margem lateral do rim esquerdo. Como o colo ascendente, o colo descendente tem um sulco paracólico (o esquerdo) em sua face lateral. O colo sigmoide, caracterizado por sua alça em forma de S com comprimento variável, une o colo descendente ao reto. O colo sigmoide estende-se da fossa ilíaca até a terceira vértebra sacral (S III), onde se une ao reto. O fim das tênias do colo, a aproximadamente 15 cm do ânus, indica a junção retossigmoide. O colo sigmoide geralmente tem mesentério longo – o mesocolo sigmoide – e, portanto, tem grande liberdade de movimento, principalmente sua parte média. @inspirando_medicina A raiz do mesocolo sigmoide tem inserção em formato de V invertido, que se estende primeiro medial e superiormente ao longo dos vasos ilíacos externos e, depois, medial e inferiormente a partir da bifurcação dos vasos ilíacos comuns até a face anterior do sacro. O ureter esquerdo e a divisão da artéria ilíaca comum esquerda situam-se no retroperitônio, posteriormente ao ápice da raiz do mesocolo sigmoide. Os apêndices omentais do colo sigmoide são longos; eles desaparecem quando o mesocolo sigmoide termina. As tênias do colo também desaparecem quando o músculo longitudinal na parede do colo se alarga para formar uma camada completa no reto. ♥RETO E CANAL ANAL O reto é a parte pélvica do sistema digestório, mantendo continuidade proximal com o colo sigmoide e distal com o canal anal. A junção retossigmóidea situa-se anteriormente à vértebra S III. Nesse ponto, as tênias do colo sigmoide afastam-se para formar uma lâmina longitudinal externa contínua de músculo liso, e os apêndices omentais adiposos são interrompidos. O reto humano é caracterizado por várias flexuras. O reto segue a curva do sacro e do cóccix, formando a flexura sacral do reto. O reto termina anteroinferiormente à extremidade do cóccix, imediatamente antes de um ângulo posteroinferior agudo (a flexura anorretal do canal anal) encontrado no ponto em que o intestino perfura o diafragma da pelve (músculo levantador do ânus). A flexura anorretal de aproximadamente 80° é um importante mecanismo para a continência fecal, sendo mantida durante o estado de repouso pelo tônus do músculo puborretal e por sua contração ativa durante as contrações peristálticas se o momento não for adequado para a defecação. Com as flexuras da junção retossigmoide superiormente e a junção anorretal inferiormente, o reto tem formato de S quando visto lateralmente. Três flexuras laterais do reto (superior e inferior no lado esquerdo, e intermediária à direita) agudas podem ser observadas ao se olhar o reto anteriormente. As flexuras são formadas em relação a três invaginações internas (pregas transversas do reto): duas à esquerda e uma à direita. As pregas situam-se sobre partes espessas da lâmina muscularcircular da parede retal. A parte terminal dilatada do reto, situada diretamente superior ao diafragma da pelve (músculo levantador do ânus) e corpo anococcígeo, e sustentada por eles, é a ampola do reto. A ampola do reto recebe e retém a massa fecal que se acumula até que seja expelida durante a defecação. A capacidade de relaxamento da ampola do reto para acomodar a chegada inicial e subsequente de material fecal é outro elemento essencial para manter a continência fecal. O peritônio cobre as faces anterior e lateral do terço superior do reto, apenas a face anterior do terço médio e não cobre o terço inferior, que é subperitoneal. Nos homens, o peritônio reflete-se a partir do reto para a parede posterior da bexiga urinária, onde forma o assoalho da escavação retovesical. Nas mulheres, o peritônio é refletido do reto para a parte posterior do fórnice da vagina, onde forma o assoalho da escavação retouterina. Em ambos os sexos, as reflexões laterais do peritônio do terço superior do reto formam as fossas pararretais, que permitem que o reto se distenda enquanto se enche de fezes. O reto situa-se posteriormente, adjacente às três vértebras sacrais inferiores e ao cóccix, corpo anococcígeo, vasos sacrais medianos e extremidades inferiores dos troncos simpáticos e plexos sacrais. Nos homens, o reto está relacionado anteriormente com o fundo da bexiga, as partes terminais dos ureteres, os ductos deferentes, as glândulas seminais e a próstata . O septo retovesical situa-se entre o fundo da bexiga e a ampola do reto e está intimamente associado às glândulas seminais e à próstata. Nas mulheres, o reto está relacionado anteriormente com a vagina e é separado da parte posterior do fórnice e do colo pela escavação retouterina. Inferiormente a essa escavação, o fraco septo retovaginal separa a metade superior da parede posterior da vagina do reto. O canal anal é a parte terminal do intestino grosso e de todo o sistema digestório. Estende-se da face superior do diafragma da pelve até o ânus. O canal anal (2,5 a 3,5 cm de comprimento) começa onde a ampola do reto se estreita próximo ao nível da alça em formato de U formada pelo músculo puborretal. O canal anal termina no ânus, a abertura de saída do sistema digestório. O canal anal, circundado pelos músculos esfíncteres interno e externo do ânus, desce posteroinferiormente entre o corpo anococcígeo e o corpo do períneo. O canal apresenta- se colapsado, exceto durante a passagem de fezes. Os dois esfíncteres devem relaxar para que haja defecação. O orifício do canal anal é o ânus, que tem um aspecto pregueado, que se supõe seja provocado por ação do músculo corrugador da pele do ânus. @inspirando_medicina ♥FÍGADO O fígado é a maior glândula do corpo e, depois da pele, o maior órgão. Pesa cerca de 1.500g. No feto maduro – no qual também atua como órgão hematopoético – é proporcionalmente duas vezes maior (5% do peso corporal). Com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório são levados primeiro ao fígado pelo sistema venoso porta. Além de suas muitas atividades metabólicas, o fígado armazena glicogênio e secreta bile, um líquido amarelo-acastanhado ou verde que ajuda na emulsificação das gorduras. A bile sai do fígado pelos ductos biliares – ductos hepáticos direito e esquerdo – que se unem para formar o ducto hepático comum, que se une ao ducto cístico para formar o ducto colédoco. A produção hepática de bile é contínua; no entanto, entre as refeições ela se acumula e é armazenada na vesícula biliar, que também concentra a bile por meio da absorção de água e sais. Quando o alimento chega ao duodeno, a vesícula biliar envia a bile concentrada pelas vias biliares até o duodeno. ANATOMIA DE SUPERFÍCIE, FACES, REFLEXÕES PERITONEAIS E RELAÇÕES ANATÔMICAS DO FÍGADO O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome, onde é protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. O fígado normal situa-se profundamente às costelas VII a XI no lado direito e cruza a linha mediana em direção à papila mamária esquerda. O fígado ocupa a maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrio superior e estende-se até o hipocôndrio esquerdo. O fígado move-se com as excursões do diafragma e na postura ereta sua posição é mais baixa devido à gravidade. O fígado tem uma face diafragmática convexa (anterior, superior e algo posterior) e uma face visceral relativamente plana, ou mesmo côncava (posteroinferior), que são separadas anteriormente por sua margem inferior aguda, que segue a margem costal direita, inferiormente ao diafragma. A face diafragmática do fígado é lisa e tem forma de cúpula, onde se relaciona com a concavidade da face inferior do diafragma, que a separa das pleuras, pulmões, pericárdio e coração. Existem recessos subfrênicos – extensões superiores da cavidade peritoneal – entre o diafragma e as faces anterior e superior da face diafragmática do fígado. Os recessos subfrênicos são separados em recessos direito e esquerdo pelo ligamento falciforme, que se estende entre o fígado e a parede anterior do abdome. A parte do compartimento supracólico da cavidade peritoneal imediatamente inferior ao fígado é o recesso sub-hepático. O recesso hepatorrenal (bolsa de Morison) é a extensão posterossuperior do recesso sub-hepático, situada entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim e a glândula suprarrenal direitos. O recesso hepatorrenal é uma parte da cavidade peritoneal dependente da gravidade em decúbito dorsal; o líquido que drena da bolsa omental flui para esse recesso. O recesso hepatorrenal comunica-se anteriormente com o recesso subfrênico direito. Normalmente todos os recessos da cavidade peritoneal são apenas espaços virtuais, contendo apenas líquido peritoneal suficiente para lubrificar as membranas peritoneais adjacentes. A face diafragmática do fígado é coberta por peritônio visceral, exceto posteriormente na área nua do fígado, onde está em contato direto com o diafragma. A área nua é demarcada pela reflexão do peritônio do diafragma para o fígado, como as lâminas anterior (superior) e posterior (inferior) do ligamento coronário. Essas lâminas encontram-se à direita para formar o ligamento triangular direito e divergem para a esquerda a fim de envolver a área nua triangular. A lâmina anterior do ligamento coronário é contínua à esquerda com a lâmina direita do ligamento falciforme, e a lâmina posterior é contínua com a lâmina direita do omento menor. Próximo ao ápice (a extremidade esquerda) do fígado cuneiforme, as lâminas anterior e posterior da parte esquerda do ligamento coronário se encontram para formar o ligamento triangular esquerdo. A VCI atravessa um profundo sulco da veia cava na área nua do fígado. A face visceral do fígado também é coberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do fígado – uma fissura transversal por onde entram e saem os vasos (veia porta, artéria hepática e vasos linfáticos), o plexo nervoso hepático e os ductos hepáticos que suprem e drenam o fígado. Ao contrário da face diafragmática lisa, a face visceral tem muitas fissuras e impressões resultantes do contato com outros órgãos. Duas fissuras sagitais, unidas centralmente pela porta do fígado transversal, formam a letra H na face visceral. A fissura sagital direita é o sulco contínuo formado anteriormente pela fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da veia cava. ANEXOS DO TUBO DIGESTÓRIO @inspirando_medicina A fissura umbilical (sagital esquerda) é o sulco contínuo formado anteriormente pela fissura do ligamento redondo e posteriormente pela fissura do ligamento venoso. O ligamento redondo do fígado é o remanescente fibroso da veia umbilical, que levavao sangue oxigenado e rico em nutrientes da placenta para o feto. O ligamento redondo e as pequenas veias paraumbilicais seguem na margem livre do ligamento falciforme. O ligamento venoso é o remanescente fibroso do ducto venoso fetal, que desviava sangue da veia umbilical para a VCI, passando ao largo do fígado. O omento menor, que encerra a tríade portal (ducto colédoco, artéria hepática e veia porta) segue do fígado até a curvatura menor do estômago e os primeiros 2 cm da parte superior do duodeno. A margem livre e espessa do omento menor estende-se entre a porta do fígado e o duodeno (o ligamento hepatoduodenal) e envolve as estruturas que atravessam a porta do fígado. O restante do omento menor, que se assemelha a uma lâmina, o ligamento hepatogástrico, estende-se entre o sulco para o ligamento venoso do fígado e a curvatura menor do estômago. Além das fissuras, as impressões na face visceral (em áreas dela) refletem a relação do fígado com: ✓ Lado direito da face anterior do estômago (áreas gástrica e pilórica) ✓ Parte superior do duodeno (área duodenal) ✓ Omento menor (estende-se até a fissura do ligamento venoso) ✓ Vesícula biliar (fossa da vesícula biliar) ✓ Flexura direita do colo e colo transverso direito (área cólica) ✓ Rim e glândula suprarrenal direitos (áreas renal e suprarrenal) LOBOS ANATÔMICOS DO FÍGADO Externamente, o fígado é dividido em dois lobos anatômicos e dois lobos acessórios pelas reflexões do peritônio a partir de sua superfície, as fissuras formadas em relação a essas reflexões e os vasos que servem ao fígado e à vesícula biliar. Esses “lobos” superficiais não são lobos verdadeiros porque o termo geralmente é usado em relação às glândulas e têm apenas relação secundária com a arquitetura interna do fígado. O plano essencialmente mediano definido pela inserção do ligamento falciforme e a fissura sagital esquerda separa um lobo hepático direito grande de um lobo hepático esquerdo muito menor. Na face visceral inclinada, as fissuras sagitais direita e esquerda passam de cada lado dos – e a porta do fígado transversal separa – dois lobos acessórios (partes do lobo hepático direito anatômico): o lobo quadrado anterior e inferiormente, e o lobo caudado posterior e superiormente. O lobo caudado foi assim denominado não em vista de sua posição caudal (não é), mas porque muitas vezes dá origem a uma “cauda” na forma de um processo papilar alongado. O processo caudado estende-se para a direita, entre a VCI e a porta do fígado, unindo os lobos caudado e hepático direito. SUBDIVISÃO FUNCIONAL DO FÍGADO Embora não haja demarcação distinta interna, onde o parênquima parece contínuo, existe uma divisão em partes independentes do ponto de vista funcional, a parte direita e a parte esquerda do fígado (partes ou lobos portais), cujos tamanhos são muito mais semelhantes do que os dos lobos anatômicos; a parte direita do fígado, porém, ainda é um pouco maior. Cada parte recebe seu próprio ramo primário da artéria hepática e veia porta, e é drenada por seu próprio ducto hepático. Na verdade, o lobo caudado pode ser considerado um terceiro fígado; sua vascularização é independente da bifurcação da tríade portal (recebe vasos de ambos os feixes) e é drenado por uma ou duas pequenas veias hepáticas, que entram diretamente na VCI distalmente às veias hepáticas principais. O fígado pode ser ainda subdividido em quatro divisões e depois em oito segmentos cirurgicamente ressecáveis, sendo cada um deles servido independentemente por um ramo secundário ou terciário da tríade portal, respectivamente. Segmentos hepáticos (cirúrgicos). Exceto pelo lobo caudado (segmento I), o fígado é dividido em partes direita e esquerda com base na divisão primária (1a) da tríade portal em ramos direito e esquerdo, sendo o plano entre as partes direita e esquerda a fissura portal principal, na qual está a veia hepática média. Na face visceral, esse plano é demarcado pela fissura sagital direita. O plano é demarcado na face diafragmática mediante extrapolação de uma linha imaginária – a linha de Cantlie – que segue da fossa da vesícula biliar até a VCI. As partes direita e esquerda do fígado são subdivididas verticalmente em divisões medial e lateral pelas fissura portal direita e fissura umbilical, @inspirando_medicina nas quais estão as veias hepáticas direita e esquerda. A fissura portal direita não apresenta demarcação externa. Cada uma das quatro divisões recebe um ramo secundário (2o) da tríade portal. (Nota: a divisão medial da parte esquerda do fígado – divisão medial esquerda – é parte do lobo anatômico direito; a divisão lateral esquerda corresponde ao lobo anatômico esquerdo.) Um plano hepático transverso no nível das partes horizontais dos ramos direito e esquerdo da tríade portal subdivide três das quatro divisões (todas, com exceção da divisão medial esquerda), criando seis segmentos hepáticos, que recebem ramos terciários da tríade. A divisão medial esquerda também é contada como um segmento hepático, de modo que a parte principal do fígado tem sete segmentos (segmentos II a VIII, numerados em sentido horário), que também recebem um nome descritivo. O lobo caudado (segmento I, levando o número total de segmentos a oito) é suprido por ramos das duas divisões e é drenado por suas próprias veias hepáticas menores. ♥DUCTOS BILIARES E VESÍCULA BILIAR Os ductos biliares conduzem bile do fígado para o duodeno. A bile é produzida continuamente pelo fígado, armazenada e concentrada na vesícula biliar, que a libera de modo intermitente quando a gordura entra no duodeno. A bile emulsifica a gordura para que possa ser absorvida na parte distal do intestino. O tecido hepático normal, quando seccionado, é tradicionalmente descrito como um padrão de lóbulos hepáticos hexagonais, quando visto em pequeno aumento. Cada lóbulo tem uma veia central que atravessa seu centro, do qual se irradiam sinusoides (grandes capilares) e lâminas de hepatócitos em direção a um perímetro imaginário extrapolado das tríades portais interlobulares adjacentes (ramos terminais da veia porta e artéria hepática, e ramos iniciais dos ductos biliares). Embora comumente sejam considerados as unidades anatômicas do fígado, os “lóbulos” hepáticos não são entidades estruturais; em vez disso, o padrão lobular é uma consequência fisiológica dos gradientes de pressão e é alterado por doença. Como o ducto biliar não é central, o lóbulo hepático não representa uma unidade funcional como ácinos de outras glândulas. Entretanto, o lóbulo hepático é um conceito firmemente estabelecido e é útil para fins descritivos. Os hepatócitos secretam bile para os canalículos biliares formados entre eles. Os canalículos drenam para os pequenos ductos biliares interlobulares e depois para os grandes ductos biliares coletores da tríade portal intra- hepática, que se fundem para formar os ductos hepáticos direito e esquerdo. Os ductos hepáticos direito e esquerdo drenam as partes direita e esquerda do fígado, respectivamente. Logo depois de deixar a porta do fígado, esses ductos hepáticos unem-se para formar o ducto hepático comum, que recebe no lado direito o ducto cístico para formar o ducto colédoco (parte da tríade portal extra-hepática do omento menor), que conduz a bile para o duodeno. DUCTO COLÉDOCO O ducto colédoco (antes chamado de ducto biliar comum) forma-se na margem livre do omento menor pela união dos ductos cístico e hepático comum. O comprimento do ducto colédoco varia de 5 a 15 cm, dependendo do local onde o ducto cístico se une ao ducto hepático comum. O ducto colédoco desce posteriormente à parte superior do duodeno e situa- se em um sulco na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo da parte descendentedo duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto pancreático. Esses ductos seguem obliquamente através da parede dessa parte do duodeno, onde se unem para formar uma dilatação, a ampola hepatopancreática. A extremidade distal da ampola abre-se no duodeno através da papila maior do duodeno. O músculo circular ao redor da extremidade distal do ducto colédoco é mais espesso para formar o músculo esfíncter do ducto colédoco. Quando esse esfíncter contrai, a bile não consegue entrar na ampola e no duodeno; portanto, reflui e segue pelo ducto cístico até a vesícula biliar, onde é concentrada e armazenada. A irrigação arterial do ducto colédoco provém de: ✓ Artéria cística: que irriga a parte proximal do ducto ✓ Artéria hepática direita: que irriga a parte média do ducto ✓ Artéria pancreaticoduodenal superior posterior e artéria gastroduodenal: que irrigam a parte retroduodenal do ducto. VESÍCULA BILIAR @inspirando_medicina A vesícula biliar (7 a 10 cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Essa fossa rasa está situada na junção das partes direita e esquerda do fígado. A relação entre vesícula biliar e duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno no cadáver geralmente é tingida de bile. Como o fígado e a vesícula biliar devem ser rebatidos para cima para expor a vesícula biliar em um acesso cirúrgico anterior (e os atlas costumam representá-la nessa posição), é fácil esquecer que em sua posição natural o corpo da vesícula biliar situa-se anterior à parte superior do duodeno, e seu colo e o ducto cístico situam-se imediatamente superiores ao duodeno. A vesícula biliar piriforme consegue armazenar até 50 ml de bile. O peritônio circunda completamente o fundo da vesícula biliar e une seu corpo e colo ao fígado. A face hepática da vesícula biliar fixa-se ao fígado por tecido conjuntivo da cápsula fibrosa do fígado. A vesícula biliar tem três partes: ✓ •Fundo: a extremidade larga e arredondada do órgão que geralmente se projeta a partir da margem inferior do fígado na extremidade da 9a cartilagem costal direita na LMC ✓ •Corpo: parte principal, que toca a face visceral do fígado, o colo transverso e a parte superior do duodeno ✓ •Colo: extremidade estreita e afilada, oposta ao fundo e voltada para a porta do fígado; normalmente faz uma curva em forma de S e se une ao ducto cístico O ducto cístico (3 a 4 cm de comprimento) une o colo da vesícula biliar ao ducto hepático comum. A túnica mucosa do colo forma a prega espiral (válvula espiral). A prega espiral ajuda a manter o ducto cístico aberto; assim, a bile pode ser facilmente desviada para a vesícula biliar quando a extremidade distal do ducto colédoco é fechada pelo músculo esfíncter do ducto colédoco e/ou músculo esfíncter da ampola hepatopancreática, ou a bile pode passar para o duodeno quando a vesícula biliar se contrai. A prega espiral também oferece resistência adicional ao esvaziamento súbito de bile quando os esfíncteres estão fechados e há aumento súbito da pressão intra- abdominal, como ao espirrar ou tossir. O ducto cístico segue entre as lâminas do omento menor, geralmente paralelo ao ducto hepático comum, ao qual se une para formar o ducto colédoco. ♥BAÇO O baço é uma massa oval, geralmente arroxeada, carnosa, que tem aproximadamente o mesmo tamanho e o mesmo formato da mão fechada. É relativamente delicado e considerado o órgão abdominal mais vulnerável. O baço está localizado na parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo (QSE) ou hipocôndrio, onde goza da proteção da parte inferior da caixa torácica. Como o maior dos órgãos linfáticos, participa do sistema de defesa do corpo como local de proliferação de linfócitos (leucócitos) e de vigilância e resposta imune. No período pré-natal, é um órgão hematopoético (formador de sangue), mas após o nascimento participa basicamente da identificação, remoção e destruição de hemácias antigas e de plaquetas fragmentadas, e da reciclagem de ferro e globina. O baço atua como reservatório de sangue, armazenando hemácias e plaquetas, e, em grau limitado, pode garantir um tipo de “autotransfusão” em resposta ao estresse imposto pela hemorragia. Apesar de seu tamanho e das muitas funções úteis e importantes que tem, não é um órgão vital (não é necessário para manter a vida). Para conciliar essas funções, o baço é uma massa vascular (sinusoidal) de consistência mole, com uma cápsula fibroelástica relativamente delicada. A fina cápsula é recoberta por uma camada de peritônio visceral, que circunda todo o baço, exceto o hilo esplênico, por onde entram e saem os ramos esplênicos da artéria e da veia esplênicas. Consequentemente, é capaz de sofrer expansão acentuada e alguma contração relativamente rápida. O baço é um órgão móvel, embora normalmente não desça abaixo da região costal; está apoiado sobre a flexura esquerda do colo. Está associado posteriormente às costelas IX a XI (seu eixo longitudinal é quase paralelo à costela X) e separado delas pelo diafragma e pelo recesso costodiafragmático – a extensão da cavidade pleural, semelhante a uma fenda, entre o diafragma e a parte inferior da caixa torácica. As relações do baço são as seguintes: ✓ Anteriormente, o estômago ✓ Posteriormente, a parte esquerda do diafragma, que o separa da pleura, do pulmão e das costelas IX a XI ✓ Inferiormente, a flexura esquerda do colo ✓ Medialmente, o rim esquerdo. @inspirando_medicina O tamanho, o peso e o formato do baço variam muito; entretanto, geralmente tem cerca de 12 cm de comprimento e 7 cm de largura. A face diafragmática do baço tem a superfície convexa para se encaixar na concavidade do diafragma e nos corpos curvos das costelas adjacentes. A proximidade entre o baço e as costelas que normalmente o protegem pode ser prejudicial em caso de fraturas costais (ver “Ruptura do baço” no boxe Anatomia Clínica, mais adiante). As margens anterior e superior do baço são agudas e frequentemente entalhadas, ao passo que sua extremidade posterior (medial) e a margem inferior são arredondadas. Normalmente, o baço não se estende inferiormente à margem costal esquerda; assim, raramente é palpável através da parede anterolateral do abdome, exceto se estiver aumentado. Quando está endurecido e aumentado, atingindo aproximadamente o triplo do seu tamanho normal, situa-se abaixo da margem costal esquerda, e sua margem superior (entalhada) situa-se inferomedialmente A fina cápsula fibrosa esplênica é formada por tecido conjuntivo fibroelástico, não modelado e denso, que é mais espesso no hilo esplênico. Internamente, as trabéculas (pequenas faixas fibrosas), originadas na face profunda da cápsula, conduzem vasos sanguíneos que entram e saem do parênquima ou polpa esplênica, a substância do baço. O baço toca a parede posterior do estômago e está unido à curvatura maior pelo ligamento gastroesplênico e ao rim esquerdo pelo ligamento esplenorrenal. Esses ligamentos, que contêm vasos esplênicos, estão fixados ao hilo esplênico em sua face medial. Não raro o hilo esplênico está em contato com a cauda do pâncreas e constitui o limite esquerdo da bolsa omental. ♥PÂNCREAS O pâncreas é uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, situada sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras L I e L II (o nível do plano transpilórico) na parede posterior do abdome. Situa-se atrás do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda. O mesocolo transverso está fixado à sua margem anterior. O pâncreas produz: ✓ Secreção exócrina (suco pancreático produzido pelas células acinares) que é liberada no duodeno através do ducto pancreático e do ducto acessório ✓ Secreções endócrinas (glucagon e insulina,produzidos pelas ilhotas pancreáticas [de Langerhans]) que passam para o sangue. Para fins descritivos, o pâncreas é dividido em quatro partes: cabeça, colo, corpo e cauda. A cabeça do pâncreas é a parte expandida da glândula que é circundada pela curvatura em forma de C do duodeno à direita dos vasos mesentéricos superiores logo abaixo do plano transpilórico. Está firmemente fixada à face medial das partes descendente e horizontal do duodeno. O processo uncinado, uma projeção da parte inferior da cabeça do pâncreas, estende-se medialmente para a esquerda, posteriormente à MAS. A cabeça do pâncreas está apoiada posteriormente na VCI, artéria e veia renais direitas, e veia renal esquerda. Em seu trajeto para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto colédoco situa-se em um sulco na face posterossuperior da cabeça ou está inserido em sua substância. O colo do pâncreas é curto (1,5 a 2 cm) e está situado sobre os vasos mesentéricos superiores, que deixam um sulco em sua face posterior. A face anterior do colo, coberta por peritônio, está situada adjacente ao piloro do estômago. A VMS une-se à veia esplênica posteriormente ao colo para formar a veia porta. O corpo do pâncreas é o prosseguimento do colo e situa-se à esquerda dos vasos mesentéricos superiores, passando sobre a aorta e a vértebra L II, logo acima do plano transpilórico e posteriormente à bolsa omental. A face anterior do corpo do pâncreas é coberta por peritônio, está situada no assoalho da bolsa omental e forma parte do leito do estômago. A face posterior do corpo do pâncreas não tem peritônio e está em contato com a aorta, AMS, glândula suprarrenal esquerda, rim esquerdo e vasos renais esquerdos. A cauda do pâncreas situa-se anteriormente ao rim esquerdo, onde está intimamente relacionada ao hilo esplênico e à flexura esquerda do colo. A cauda é relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal junto com os vasos esplênicos. O ducto pancreático começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem íntima relação com o ducto colédoco. O ducto pancreático e o ducto colédoco geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática (de Vater) @inspirando_medicina curta e dilatada, que se abre na parte descendente do duodeno, no cume da papila maior do duodeno. O músculo esfíncter do ducto pancreático (ao redor da parte terminal do ducto pancreático), o músculo esfíncter do ducto colédoco (esfíncter do colédoco – ao redor da extremidade do ducto colédoco) e o músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (de Oddi), ao redor da ampola hepatopancreática, são esfíncteres de músculo liso que impedem o refluxo das secreções digestivas e do conteúdo duodenal. Desses apenas o músculo esfíncter do ducto colédoco tem participação significativa no controle do fluxo da bile para o duodeno. O ducto pancreático acessório abre-se no duodeno no cume da papila menor do duodeno. Em geral, o ducto pancreático acessório comunica-se com o ducto pancreático. O peritônio é uma túnica serosa transparente, contínua, brilhante e deslizante. Reveste a cavidade abdominopélvica e recobre as vísceras. O peritônio consiste em duas lâminas contínuas: o peritônio parietal, que reveste a face interna da parede abdominopélvica, e o peritônio visceral, que reveste vísceras como estômago e intestino. As duas lâminas de peritônio consistem em mesotélio, uma lâmina de epitélio pavimentoso simples. O peritônio parietal tem a mesma vascularização sanguínea e linfática e a mesma inervação somática que a região da parede que reveste. Como a pele sobrejacente, o peritônio que reveste o interior da parede do corpo é sensível a pressão, dor, calor e frio, e laceração. A dor no peritônio parietal geralmente é bem localizada, exceto na face inferior da parte central do diafragma, que é inervada pelos nervos frênicos (analisados adiante neste capítulo); a irritação nesse local costuma ser referida nos dermátomos C3–C5 sobre o ombro. O peritônio visceral e os órgãos que ele recobre têm a mesma vascularização sanguínea e linfática e inervação visceral. O peritônio visceral é insensível a toque, calor e frio, e laceração; é estimulado basicamente por distensão e irritação química. A dor provocada é mal localizada, sendo referida nos dermátomos dos gânglios sensitivos espinais que emitem as fibras sensitivas, sobretudo para as partes medianas desses dermátomos. Consequentemente, a dor oriunda de derivados do intestino anterior geralmente é sentida no epigástrio; a dor proveniente de derivados do intestino médio, na região umbilical; e aquela originada em derivados do intestino posterior, na região púbica. O peritônio e as vísceras estão na cavidade abdominopélvica. A relação entre as vísceras e o peritônio é a seguinte: ✓ Os órgãos intraperitoneais são quase completamente recobertos por peritônio visceral (p. ex., o estômago e o baço). Intraperitoneal neste caso não significa dentro da cavidade peritoneal (embora o termo seja usado clinicamente para designar substâncias injetadas nessa cavidade). Os órgãos intraperitoneais foram conceitualmente, se não literalmente, invaginados para o saco fechado, como ao pressionarmos a mão fechada contra uma bola de aniversário cheia ✓ Os órgãos extraperitoneais, retroperitoneais e subperitoneais também estão situados fora da cavidade peritoneal – externamente ao peritônio parietal – e são apenas parcialmente cobertos por peritônio (geralmente apenas em uma face). Órgãos retroperitoneais, como os rins, estão entre o peritônio parietal e a parede posterior do abdome e só têm peritônio parietal nas faces anteriores (não raro com uma quantidade variável de gordura interposta). Do mesmo modo, a bexiga urinária subperitoneal só tem peritônio parietal em sua face superior. CAVIDADE PERITONEAL A cavidade peritoneal está dentro da cavidade abdominal e continua inferiormente até a cavidade pélvica. A cavidade peritoneal é um espaço potencial com espessura capilar, situado entre as lâminas parietal e visceral do peritônio. Não contém órgãos, mas contém uma fina película de líquido peritoneal, que é composto de água, eletrólitos e outras substâncias derivadas do líquido intersticial em tecidos adjacentes. O líquido peritoneal lubrifica as faces peritoneais, permitindo que as vísceras movimentem-se umas sobre as outras sem atrito e permitindo os movimentos da digestão. Além de lubrificar as faces das vísceras, o líquido peritoneal contém leucócitos e anticorpos que combatem a infecção. Os vasos linfáticos, sobretudo na face inferior do diafragma, cuja atividade é incessante, absorvem o líquido peritoneal. A cavidade peritoneal é completamente fechada nos homens. Nas PERITÔNIO @inspirando_medicina mulheres, porém, há uma comunicação com o exterior do corpo através das tubas uterinas, cavidade uterina e vagina. Essa comunicação é uma possível via de infecção externa.
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