TRABALHO DE OBSERVAÇÃO - CASO SALIM (1)

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
BIANCA GOMES MARTINS – F2844A2 
FILIPE PEREIRA ORNELES – N641215
TRABALHO DE OBSERVAÇÃO COM SITUAÇÃO - PROBLEMA
Estudo do Caso Salim 
São Paulo
2020
TRABALHO DE OBSERVAÇÃO COM SITUAÇÃO - PROBLEMA
Estudo do Caso Salim 
Trabalho de observação de situação
problema (estudo de caso) da disciplina de
Psicologia do Desenvolvimento Ciclo vital –
1° semestre do curso de Psicologia,
apresentado a Universidade Paulista –
UNIP.
Orientador: Prof. Mario Monteiro.
São Paulo 
2020
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho visa estudo de caso com observação de 
situação problema do Salim, identificando aspectos de sua vida referente 
ao seu desenvolvimento e comportamento, realizando levantamento 
teórico e comparando com o que já foi estudado em aula. 
DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
1. Segunda infância (2 aos 6 anos)
Segundo Grriffa e Moreno (2001) o período dos 3 aos 6 anos é conhecido como uma
pequena puberdade, o período entre os 3 e os 5 anos é um momento chave para o 
desenvolvimento da identidade pessoal e especialmente para a identidade sexual. 
Nessa fase é a criança começa a construir sua personalidade, ela começa a 
aprender a identidade do “eu”. É um período marcado com conflitos, onde o “não” 
está sempre presente junto com os aspectos de confronto e agressividade, aqui 
nesse período pode apresentar o sentimento de posse, como disputas de objetos 
por exemplo. Nesse período é importante apresentar a criança o poder de escolha, 
para ajudar no seu desenvolvimento pessoal, como por exemplo a escolha de uma 
roupa. 
2. Terceira infância (6 aos 12 anos)
Segundo Helen Bee (2003) aos sete anos as mudanças que ocorrem com
a criança são significativas em relação a face escolar. No que se refere 
aos aspectos cognitivos, existe uma mudança para o pensamento 
operacional concreto, e a criança compreende problemas de conservação
e inclusão de classe. No desenvolvimento cognitivo, utiliza cada vez 
melhor as habilidades de operações concretas e possui uma lógica 
indutiva. 
Aqui a criança já é capaz de desenvolver pensamentos a partir de suas 
experiências, utilizando categorias do desenvolvimento cognitivo. 
Segundo Griffa e Moreno (2001) aos seis anos tem início para a criança 
um período marcado pelo desenvolvimento da iniciativa pessoal, no qual 
consegue realizar metas e interesses individuais.
Nesse período dos 6 aos 12 anos, a criança vai construir o conceito sobre
si, esse processo é importante para o seu desenvolvimento sócio afetivo, 
pois é aqui que ela começa a realizar julgamentos ao seu respeito. E é 
importante que nessa fase ela já tenha aprendido a aceitar o não, pois 
isso ajudará a lidar com rejeições em ambientes sociais como por 
exemplo a escola. 
SITUAÇÃO PROBLEMA
 Referente a situação problema podemos identificar alguns aspectos 
da vida de Salim, que refere se ao seu desenvolvimento e podemos 
observar a baixo: 
Aos três anos, sempre que possível Salim buscava dormir na cama dos 
pais, para isso ele insistia muito, com suplícios e soluços, os pais com 
pena acabava cedendo. 
Aos cinco anos começou a frequentar a escola, e possuía a liberdade de 
decidir quem iria busca-lo, fazia gritaria até ser atendido. Isso não ocorria 
em sala de aula, pelo contrário, Salim se saia muito bem com as 
atividades. 
Existe uma grande preocupação dos pais em atender as necessidades de
Salim, e devido a separação há preocupação de isso não ocorrer mais. 
Podemos verificar que a mãe de Salim adota uma postura de apego em 
relação aos seus pais, mesmo sem necessidade. 
Aos oito anos, Salim está no 3° do ensino fundamental, e apresenta 
dificuldade na escola. E provavelmente será retido. Em relação as 
brincadeiras com os amigos, ele não aceita regras diferentes das suas, 
semelhante a postura com os seus pais. 
REFLEXÃO
 Considerando os problemas levantados no desenvolvimento de 
Salim, podemos refletir: 
Espera-se que a aos três anos de idade a criança assuma um perfil de 
autonomia, e busca pela independência, o que não ocorre em relação a 
Salim, como podemos verificar por exemplo quando o mesmo buscava 
dormir junto com os pais, que acabavam cedendo, e não contribuindo 
com o desenvolvimento de autonomia e independência. Criando assim 
para Salim, um cenário de controle dos pais. Verifica que essa situação 
aos três anos reflete nos 8 anos de Salim, quando não há aceitação de 
frustação. As dificuldades de Salim apresentadas na escola, podem ser 
decorrentes a situação emocional devido a separação dos pais, buscando
chamar a atenção dos mesmo com birras e não aceitação de ideias 
contrárias as suas. 
CONCLUSÃO
 Podemos concluir ações de intervenção nas fases de 
desenvolvimento de Salim, como por exemplo aos três anos, quando os 
pais deveriam se impor a condição de Salim dormir sozinho, 
proporcionando o desenvolvimento de sua autonomia e independência. 
Para isso poderia ter sido criado um ambiente mais confortável, confiável 
e seguro para a criança, o que despertaria o desejo de dormir em seu 
próprio quarto. 
Em relação a situação enfrentada por Salim aos cinco anos, o mesmo 
sente-se poderoso em relação aos pais, nessa idade existe a condição de
entendimento de regras, devido ao seu desenvolvimento do intelecto, que 
verificamos que não foram impostas pelos pais, criando para Salim o 
habito de ter autoridade e controle sobre os pais. Podemos referir também
a necessidade da criança nessa idade buscar segurança nos pais, 
principalmente na mãe, o que podemos supor que não ocorreu, pelo fato 
da mãe de Salim dedicar todo o seu tempo a seus pais. 
Em relação a situação atual de Salim, agora com oito anos, é decorrente 
da sua insegurança e instabilidade emocional, devido a separação dos 
pais. Podendo haver intervenção através de trabalho com fonoaudiólogos,
psicólogos, e principalmente, sobre a postura dos pais, desprendendo a 
devida atenção a Salim, como uma forma de conduzi-lo a aceitação de 
ideias contrárias as suas.
REFERÊNCIAS
BEE, Helen. A Criança em Desenvolvimento. 9. Ed. São Paulo: Artmed, 
2003.
GRIFFA, Maria Cristina e MORENO, José Eduardo. Chaves Para a 
Psicologia do Desenvolvimento. Tomo 1. 7. Ed. São Paulo. 2001.