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Infecções virais do trato respiratório inferior

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Helena Victória 
219-A Microbiologia 
 
Infecções virais do trato respiratório inferior 
 
I. I. I. I. Rotas de transmissRotas de transmissRotas de transmissRotas de transmissão:ão:ão:ão: 
 
» Vírus respiratórios possuem forma semelhante de 
transmissão: 
 Contato por aerossóisaerossóisaerossóisaerossóis 
� Partículas suspensas no ar 
 Contato por meio de gotículasgotículasgotículasgotículas 
� Através de contato diretodiretodiretodireto 
� Através de fomitesfomitesfomitesfomites 
 
 
 
» Diagnóstico laboratorial de doenças respiratórias 
virais: 
 Coleta de amostra por SWAB nasal / de orofaringe 
 Amostra submetida a testes rápidos 
� IF (imunofluorescência)/ELISA 
� RT-PCR = maioria dos vírus é de genôma RNA, 
então normalmente é feito RT-PCR 
 Testes combinados de IF = detectam influenza, 
parainfluenza, RSV, adenovírus e metapneumovírus 
 Sorologia = detecção de anticorpos IgM / IgG 
� Diagnóstico laboratorial (detecção do vírus) deve ser 
feito no início da doença quando a eliminação viral 
está em seu título máximo 
 
» Prevenção: 
 Das infecções virais, as respiratórias são as mais 
difíceis de se previnir, pois são as mais veiculadas 
 VACINAS PARA INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS: 
� Pneumocócica 
� Hib 
� Influenza 
 Limpeza de superfícies 
 Uso de EPIs 
 Higiene pessoal = lavar as mãos 
 Uso de máscara 
 Distanciamento social 
 
II. Laringite e traqueiteII. Laringite e traqueiteII. Laringite e traqueiteII. Laringite e traqueite:::: 
 
 
 
» Estrutura desses órgãos: 
 Laringe e traquéia tem anéis de cartilagemanéis de cartilagemanéis de cartilagemanéis de cartilagem não 
expansíveis 
 Passagem estreita (principalmente em crianças) 
� São facilmente obstruídasobstruídasobstruídasobstruídas caso agentes infecciosos 
que adentram TRS avancem e colonizem a região 
� EdemaEdemaEdemaEdema da membrana mucosa causa os sintomas 
mais característicos = tosse seca (tipo cachorro) e 
estridor inspiratório (crupe) 
 
» Agentes virais: 
 Normalmente vírus de TRS 
 Principal = ParainfluenzaParainfluenzaParainfluenzaParainfluenza 
 Outros = rinovírus, influenza, adenovírus, vírus 
sincicial respiratório (VSR) 
 
III. BronquiteIII. BronquiteIII. BronquiteIII. Bronquite:::: 
Helena Victória 
219-A 
 
 
» Definição: 
 Inflamação dos brônquiosbrônquiosbrônquiosbrônquios gerada por acúmulo de 
mucomucomucomuco 
 Ocorre tanto em crianças quanto em adultos
 Principal sintoma = tosse produtivatosse produtivatosse produtivatosse produtiva 
 Tratamento = sintomáticosintomáticosintomáticosintomático 
� Hidratação 
� Uso de vaporizadores 
� Descongestionantes 
 
» Bronquite aguda: 
 Se desenvolve normalmente durante o curso de 
uma infecção viral respiratória 
 Vírus infecta células da região causando uma 
resposta inflamatória do organismo 
� Agentes = influenza, rinovírus, coronavírus e 
adenovírus 
� Quadro tipicamente viral 
 
IV. BronquioliteIV. BronquioliteIV. BronquioliteIV. Bronquiolite:::: 
 
 
» Definição: 
 Infecção dos bronquíolosbronquíolosbronquíolosbronquíolos que gera resposta 
inflamatória local 
 Principal agente causador = Vírus Respiratório Vírus Respiratório Vírus Respiratório Vírus Respiratório 
Sincicial (RSV)Sincicial (RSV)Sincicial (RSV)Sincicial (RSV) 
 
 
gerada por acúmulo de 
Ocorre tanto em crianças quanto em adultos 
Se desenvolve normalmente durante o curso de 
Vírus infecta células da região causando uma 
= influenza, rinovírus, coronavírus e 
 
que gera resposta 
Vírus Respiratório Vírus Respiratório Vírus Respiratório Vírus Respiratório 
� Causa de 75% das infecções bronquiolares 
� Outros vírus = parainfluenza, metapneumovírus 
humano e influenza 
 Doença restrita a infânciainfânciainfânciainfância
� Em geral, crianças de < 2 anos< 2 anos< 2 anos< 2 anos
 
» Infecção em lactentes:
 Vírus causa a necrosenecrosenecrosenecrose
revestem bronquíolos 
 Processo inflamatório local 
 Resultado = edemaedemaedemaedema da parede bronquiolar 
� Problema = bronquíolos de lactentes possuem 
calibrecalibrecalibrecalibre 
� Edema compromete a passagem de arcompromete a passagem de arcompromete a passagem de arcompromete a passagem de ar
e para fora do alvéolo respiratório
 Complicação = Pneumonia intersticial 
 Infiltração peribrônquica pode se espalhar pelos 
campos pulmonares 
 
» Manifestações clínicas:
 Tosse 
 Febre 
 Taquipneia 
 Chiado no peito 
 Hipoxemia 
 Cianose 
� Intervenção precisa ser rápida
 
» Tratamento: 
 Primariamente = reidratação e broncodilatadores
� Em caso de hospitalização = 
(saturação <90%) 
 Uso da ribavirinaribavirinaribavirinaribavirina em casos graves
� Antiviral controverso 
 Tratamento profiláticoprofiláticoprofiláticoprofilático
doença grave (ex: prematuros)
� Uso de anticorpos monoclonaisanticorpos monoclonaisanticorpos monoclonaisanticorpos monoclonais
� Tto é feito alguns meses antes do inverno 
(momento de mais suscetibilidade 
 Não há vacina pra RSV
Quadro incialQuadro incialQuadro incialQuadro incial
Microbiologia 
75% das infecções bronquiolares 
Outros vírus = parainfluenza, metapneumovírus 
infânciainfânciainfânciainfância 
< 2 anos< 2 anos< 2 anos< 2 anos de idade 
Infecção em lactentes: 
necrosenecrosenecrosenecrose das células epiteliais que 
 
Processo inflamatório local 
da parede bronquiolar 
nquíolos de lactentes possuem baixo baixo baixo baixo 
compromete a passagem de arcompromete a passagem de arcompromete a passagem de arcompromete a passagem de ar para dentro 
e para fora do alvéolo respiratório 
= Pneumonia intersticial 
Infiltração peribrônquica pode se espalhar pelos 
Manifestações clínicas: 
Intervenção precisa ser rápida 
Primariamente = reidratação e broncodilatadores 
Em caso de hospitalização = suporte de oxigêniosuporte de oxigêniosuporte de oxigêniosuporte de oxigênio 
em casos graves 
 
profiláticoprofiláticoprofiláticoprofilático em lactentes com riscoriscoriscorisco de 
doença grave (ex: prematuros) 
anticorpos monoclonaisanticorpos monoclonaisanticorpos monoclonaisanticorpos monoclonais (palivizumabe) 
Tto é feito alguns meses antes do inverno 
(momento de mais suscetibilidade à doença) 
Não há vacina pra RSV 
Quadro incialQuadro incialQuadro incialQuadro incial 
Pode evoluir paraPode evoluir paraPode evoluir paraPode evoluir para 
Helena Victória 
219-A 
 
���� Vírus Respiratório Sincicial (RSV):Vírus Respiratório Sincicial (RSV):Vírus Respiratório Sincicial (RSV):Vírus Respiratório Sincicial (RSV): 
 
» Características morfofuncionais: 
 Genoma RNA 
 Fita simples 
 Polaridade negativa 
 Capsídeo helicoidal 
 Envelopado (100-300 nm) 
 
» Epidemiologia: 
 Infecção pelo RSV é altamente contagiosaaltamente contagiosaaltamente contagiosaaltamente contagiosa
 TodosTodosTodosTodos os bebês aos 2 anos de idade já foram 
infectados pelo RSV 
 Possui grande variabilidadegrande variabilidadegrande variabilidadegrande variabilidade antigênica 
� A reinfecçãoreinfecçãoreinfecçãoreinfecção é comum em todas as idades 
� Há diminuição da gravidade da infecção
 Infecção em crianças e adultos é leve
� Restrita ao TRS (resfriadoresfriadoresfriadoresfriado) 
 
V. V. V. V. PneumoniaPneumoniaPneumoniaPneumonia:::: 
 
» Definição: 
 Penetração de um agente infecciosoinfecciosoinfecciosoinfeccioso
fungo, vírus) ou irritanteirritanteirritanteirritante no espaço alveolaralveolaralveolaralveolar
� Presença do agente invasor provoca reação 
inflamatória intensa (pneumonia) com intuito de 
expulsarexpulsarexpulsarexpulsar agente invasor 
� Pode acometer tanto alvéolosalvéolosalvéolosalvéolos quanto interstícios 
(espaços interalveolares) 
 Uma das doenças mais frequentesfrequentesfrequentesfrequentes no mundo (tanto 
em crianças quanto em adultos) 
 
 
 
altamente contagiosaaltamente contagiosaaltamente contagiosaaltamente contagiosa 
os bebês aos 2 anos de idade já foram 
 
é comum em todas as idades 
Há diminuiçãoda gravidade da infecção 
é leve 
infecciosoinfecciosoinfecciosoinfeccioso (bactéria, 
alveolaralveolaralveolaralveolar 
Presença do agente invasor provoca reação 
inflamatória intensa (pneumonia) com intuito de 
quanto interstícios 
no mundo (tanto 
 
» Manifestações clínicas
 Febre 
 Tosse 
 Falta de ar 
 Dor no peito 
 
» Diagnóstico: 
 Exame clínico 
� AuscultaAuscultaAuscultaAusculta pulmonarpulmonarpulmonarpulmonar = verificar presença de muco 
nos alvéolos (estertor crepitante)
 RadiografiaRadiografiaRadiografiaRadiografia = exame complementar 
� Confirmar inflamação nos alvéolos (infiltração 
pulmonar) 
 
 
» Agentes causadores: 
 Há uma dificuldade em determinar qual o agente 
causador de uma bactéria = mu
 BactériasBactériasBactériasBactérias = pneumonias comunitárias
� Streptococcus penumoniae
� Staphylococcus aureus 
� Haemophilus influenzae 
� Klebsisella pneumoniae 
 Vírus:Vírus:Vírus:Vírus: 
� RSV 
� Metapenumovírus 
� Vírus parainfluenza 
� Vírus influenza 
� Vírus SARS CoV-2 
� Vírus influenza 
 
 
 
Microbiologia 
Manifestações clínicas: 
= verificar presença de muco 
nos alvéolos (estertor crepitante) 
= exame complementar 
Confirmar inflamação nos alvéolos (infiltração 
 
Há uma dificuldade em determinar qual o agente 
causador de uma bactéria = muitos agentes 
= pneumonias comunitárias 
Streptococcus penumoniae 
Staphylococcus aureus 
Haemophilus influenzae 
 
Principais em criançascriançascriançascrianças 
Principais em adultosadultosadultosadultos 
Helena Victória 
219-A Microbiologia 
 
VI. Vírus influenzaVI. Vírus influenzaVI. Vírus influenzaVI. Vírus influenza:::: 
 
» Propriedades que o tornam muito virêmico: 
 Genoma RNA 
 Genoma segmentado 
 Vírus zoonótico com vários animais hospedeiros 
 
» Família Orthomyxoviridae: 
 Todas as espécies causam gripegripegripegripe 
 Gênero Influenzavirus A 
� Espécie = Influenza AInfluenza AInfluenza AInfluenza A 
� É classificado em subtipossubtipossubtipossubtipos baseado nas 
propriedades antigênicas das 2 PTNs de superfície: 
hemaglutinina (H) e neuraminidase (N) 
� Infecta animaisanimaisanimaisanimais além de humanos (aves, suínos, 
equínos, cães, gatos, focas...) 
 Gênero Influenzavirus B 
� Espécie = Influenza BInfluenza BInfluenza BInfluenza B 
� Não apresenta subtipos 
� 2 linhagenslinhagenslinhagenslinhagens antigenicamente distintas cocirculam no 
homem (Victoria e Yamagata) 
� Infecta apenas humanoshumanoshumanoshumanos 
 Gênero Influenzavirus C 
� Espécie = Influenza CInfluenza CInfluenza CInfluenza C 
� Infecta apenas humanoshumanoshumanoshumanos 
 
» Estrutura do vírus influenza: 
 Partículas envelopadasenvelopadasenvelopadasenvelopadas 
 Capsídeo helicoidalhelicoidalhelicoidalhelicoidal 
 EspículasEspículasEspículasEspículas = glicoproteínas de superfície 
� HemaglutininaHemaglutininaHemaglutininaHemaglutinina (HA) = maior parte 
� NeuranimidaseNeuranimidaseNeuranimidaseNeuranimidase (NA) 
 
» Hemaglutinina: 
 Função de adsorçãoadsorçãoadsorçãoadsorção do vírus ao receptor celular 
� Vírus se liga por meio de sítiosítiosítiosítio na hemaglutinina com 
resíduo de ácido siálicoácido siálicoácido siálicoácido siálico presente na célula epitelial 
 Participa do processo de penetraçãopenetraçãopenetraçãopenetração 
� Fusão do envelope com a membrana do endosoma 
 Clivagem da hemaglutinina é essencial para a 
infectividadeinfectividadeinfectividadeinfectividade do vírus 
� Clivagem é realizada por meio de protease celular 
� Fator de permissividadepermissividadepermissividadepermissividade importante 
 
» Neuraminidase: 
 Facilita o processo de disseminação do vírus pelo 
trato respiratório 
 Neuraminidase = enzima que age sob ácido 
neuramínico 
 Facilita liberação do vírus da célula hospedeira 
� Caso o vírus fique preso nos resíduos de ácido 
neuramínico 
 
» Patogenia: 
 
 
 
 Infecta TRSTRSTRSTRS 
 Vence elementos de defesa 
 Causa necrosenecrosenecrosenecrose das células epiteliais da região = 
causadores dos sintomas da gripe 
� Febre alta 
� Calafrio 
� Mialgia 
� Cefaleia 
� Prostração 
� Anorexia 
� Tosse 
� Dor de garganta 
 Infecção autolimitadaautolimitadaautolimitadaautolimitada = 3-7 dias (podendo durar 
mais 1 semana) 
 Pode evoluir para complicaçõescomplicaçõescomplicaçõescomplicações = infecção do TRI 
Helena Victória 
219-A Microbiologia 
 
� Mais suscetíveis a complicações = recém-natos, 
idosos, imunodeprimidos, doentes cardíacos / 
pulmonares (ex: asma) 
� Complicações = pneumonia (viral/ bacteriana), 
bronquiolite, exacerbação de doenças pulmonares 
crônicas (DPOC, asma), complicações cardíacas 
(miocardite, pericardite) e complicações neurológicas 
(síndrome Guillain-Barré, Síndrome de Reye, 
meningite e encefalite) 
 
» Tratamento: 
 Uso de antiviraisantiviraisantiviraisantivirais 
� Inibidores de neuraminidaseInibidores de neuraminidaseInibidores de neuraminidaseInibidores de neuraminidase 
� Oseltamivir (tamiflu, oral) 
� Zanamavir (Relenza, inalatório) 
� São mais eficazes quando administrados 
precocemente na infecção (48h do início da doença) 
� Vacina!!!!Vacina!!!!Vacina!!!!Vacina!!!! 
� Método mais eficaz para previnirprevinirprevinirprevinir e controlar a 
infecção pelo vírus influenza 
� Vacina inativadainativadainativadainativada trivalente (influenza A H1NI / H3N2 
+ influenza B) 
� É preparada anualmenteanualmenteanualmenteanualmente 
 
» Epidemiologia: 
 Duas formas epidemiológicas de influenza ocorrem 
� Resultam de mecanismos distintos de variação variação variação variação 
antigênica antigênica antigênica antigênica nas glicoproteínas de superfície do vírus 
 Influenza epidêepidêepidêepidêmicamicamicamica (sazonal/ interpandêmica) 
� Causada pelo vírus influenza AAAA e BBBB 
� Resultado de DriftDriftDriftDrift antigênico = variação menormenormenormenor 
� RNA polimerase não possui mecanismo de correção 
de mutações 
� Motivo de vacinação anual da gripe 
 
 
 Influenza pandêmicapandêmicapandêmicapandêmica 
� Causada pelo vírus influenza AAAA 
� Resultado de ShiftShiftShiftShift antigênico = variação maiormaiormaiormaior 
� Ocorre devido à segmentação do genoma do vírus = 
rearranjo dos genes que codificam PTNs HA / NA, 
formando novas PTNs e, assim, um novo subtipo 
viral 
 
 
 
Obs:Obs:Obs:Obs: Pandemias de gripe na história 
 
 
 
» 1918 = Gripe Espanhola (subtipo H1N1) 
 Infectou cerca 1/3 da população mundial 
 Sofreu shift e foi substituído pelo H2N2 
» 1957 = Gripe Asiática (subtipo H2N2) 
 Sofreu shift parcial 
» 1968 = Gripe Hong Kong (subtipo H3N2) 
» 2009 = Gripe Suína (H1N1) 
 Resultado de triplo rearranjo = humano, aviário e 
suíno 
 
» Novos tipos de HA e NA: 
Helena Victória 
219-A Microbiologia 
 
 Advém das avesavesavesaves (foram encontrados nelas todos os 
tipos de hemaglutininas e neuraminidases 
existentes) 
� 18 HA 
� 11 NA 
 Aves migratóriasmigratóriasmigratóriasmigratórias (aquáticas e costeiras) são o 
grande reservatório do vírus 
� Estão adaptadas ao vírus 
� Infecção nelas é sempre assintomática 
� Transmissão ocorre quando espécies domésticasdomésticasdomésticasdomésticas 
são expostas às secreções contaminadassecreções contaminadassecreções contaminadassecreções contaminadas das aves 
selvagens 
 
 
 
VII. Vírus SARSVII. Vírus SARSVII. Vírus SARSVII. Vírus SARS----CoVCoVCoVCoV----2222:::: 
 
 
 
 SARS-CoV-2 é um betacoronavirusbetacoronavirusbetacoronavirusbetacoronavirus 
 
���� Etiologia do vírus:Etiologia do vírus:Etiologia do vírus:Etiologia do vírus: 
 
» Família Coronaviridae: 
 Vírus envelopadosenvelopadosenvelopadosenvelopados 
� Longas espículas com aspecto de coroacoroacoroacoroa 
� PTNs de superfície tem importância clínica 
 4444 gêneros: 
� Alfacoronavirus 
� Betacoronavirus 
� Gamacoronavirus 
� Deltacoronavirus 
 RNARNARNARNA + fita simples 
� Vírus de RNA possuem mais variabilidademaisvariabilidademais variabilidademais variabilidade 
 Capsídeo helicoidalhelicoidalhelicoidalhelicoidal 
 Infectam principalmente os animais = aves e 
mamíferos 
� Principalmente os morcegosmorcegosmorcegosmorcegos 
� Humanos são eventuais hospedeiros 
 
 
 
» Proteínas do vírus: 
 PTN E = proteína do envelope 
 PTN M = proteína de membrana 
 PTN SPTN SPTN SPTN S = proteína Spike= proteína Spike= proteína Spike= proteína Spike 
� Permite ao vírus adentraradentraradentraradentrar células pulmonares = 
adsorçãoadsorçãoadsorçãoadsorção e penetraçãopenetraçãopenetraçãopenetração 
� Receptor de ECA2ECA2ECA2ECA2 (enzima conversora de 
angiotensina II) 
� Anticorpos dirigidos a ela são neutralizantesneutralizantesneutralizantesneutralizantes 
 PTN N = relacionada ao RNA 
 
 
Infectam humanInfectam humanInfectam humanInfectam humanoooossss 
Helena Victória 
219-A Microbiologia 
 
» Surgimento: 
 
 
 
» Recombinação: 
 
 
 
 Vírus de RNA possuem mais variabilidade 
 Recombinação Copy-choice = caso 2 vírus2 vírus2 vírus2 vírus infectem 
uma pessoa, a RNA polimerase poderá copiar uma 
parte da sequência de um vírus e uma parte do 
outro, fazendo com que surja um terceiro vírusterceiro vírusterceiro vírusterceiro vírus 
 Sujeito a mutações = RNA polimerase nãonãonãonão possui 
mecanismo de correçãocorreçãocorreçãocorreção de erros 
 Nucleotídeo incorporado errado 
 Altera AAAAAAAAssss da PTN = alterando suas PTNs e, 
consequentemente, virulênciavirulênciavirulênciavirulência e transmissibilidadetransmissibilidadetransmissibilidadetransmissibilidade 
 
» Transmissão: 
 
 
 GGGGotículasotículasotículasotículas de secreções / saliva do infectado 
 Fômites = infectando de maneira indireta 
� Permanência nas superfíciessuperfíciessuperfíciessuperfícies 
 AerossóisAerossóisAerossóisAerossóis 
 
 
 
» Patogênese: 
 Infecção disseminadadisseminadadisseminadadisseminada = infecta diversos tecidos, já 
foi detectado nas fezes e no sangue 
 Período de incubação pode ir até 14 diasaté 14 diasaté 14 diasaté 14 dias 
� Em média 5555----7777 dias 
� Normalmente, o agravamentoagravamentoagravamentoagravamento do quadro ocorre a 
partir do 7° dia7° dia7° dia7° dia pós início dos sintomas 
 
 
 
 
 
 No início da infecção, vírus é capaz de causar 
linfopenialinfopenialinfopenialinfopenia (apoptose de linfócitos) 
� Linfócitos aprimoram potencial fagocíticopotencial fagocíticopotencial fagocíticopotencial fagocítico dos 
macrófagos + estimulam a liberação de várias 
Helena Victória 
219-A Microbiologia 
 
citocinascitocinascitocinascitocinas por esses (caem na corrente sanguínea e 
geram lesão inflamatória nos tecidos) 
� Linfócitos e células NK posteriormente eliminameliminameliminameliminam 
esses macrófagos (se há linfopenia isso não ocorre) 
� Linfopenia pode causar tempestade de citocinastempestade de citocinastempestade de citocinastempestade de citocinas = 
resposta inflamatória generalizada 
 
 
 
 
 
» Carga viral e gravidade: 
 Pessoas que desenvolvem quadros mais severosseverosseverosseveros 
apresentam carga viralcarga viralcarga viralcarga viral maiormaiormaiormaior e detectável por mais 
tempo em relação aos casos brandos 
 Vírus continua detectável nas fezesfezesfezesfezes por mais 
tempo do que na cavidade nasal 
 
 
 
» Diagnóstico: 
 RtRtRtRt----PCRPCRPCRPCR = padrão-ouro 
� Detecção de ácido nucleico (genoma RNA viral) 
� Indicado para casos suspeitos e assintomáticos 
� Janela ótima = 2222----10 dias10 dias10 dias10 dias após início dos sintomas 
� Define infecção por SARS-CoV-2 
� Coleta por SWAB nasal / de orofaringe 
 Detecção de anticorposanticorposanticorposanticorpos = sorologia 
� IgMIgMIgMIgM = infecção recenterecenterecenterecente 
� IgGIgGIgGIgG = infecção antiga 
� Indicado para casos suspeitos / contato prévio 
� Janela ótima = 7777----40 dias40 dias40 dias40 dias 
 
 
 
Obs:Obs:Obs:Obs: VÍRUS NO ESGOTO 
 Niterói foi a primeira cidade brasileira a detectar o 
genoma viral de SARS-CoV-2 no esgoto 
 Posteriormente, em SC realizaram estudos com 
amostras antigas de esgotoesgotoesgotoesgoto coletadas e foi 
detectado o genomagenomagenomagenoma viral em amostras de 
novembro de 2019201920192019 
� Isso indica que vírus já estava circulantejá estava circulantejá estava circulantejá estava circulante na época 
 
 
 
 
Helena Victória 
219-A Microbiologia 
 
���� Vacinas para COVIDVacinas para COVIDVacinas para COVIDVacinas para COVID----19:19:19:19: 
 
 
 
 
 
���� Diferenças SARSDiferenças SARSDiferenças SARSDiferenças SARS----CoVCoVCoVCoV----2 x Influenza:2 x Influenza:2 x Influenza:2 x Influenza: 
 
 
 
 Período de incubação maiormaiormaiormaior 
 Alta proporção de infecções brandasbrandasbrandasbrandas 
 N° de dias entre início dos sintomas e infectividade 
máxima é 0000

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