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A epidemiologia e a vigilância em saúde vão buscar dados sobre as doenças que acometem determinada população e auxiliar na promoção de ações em saúde visando promover e proteger a saúde da população. Nesse sentido, é necessário que se entenda alguns conceitos antes de começar a pensar na vigilância propriamente dita. Surto- a gente entende por surto uma coisa que aparece de maneira expressiva e em um curto período de tempo ou em um espaço determinado, da mesma maneira devemos pensar no surto de uma determinada doença, pois podemos considerar como surto de uma doença quando há um aumento do número de casos em um período não esperado limitado em um determinado espaço, seja em um ambiente de trabalho, ambiente acadêmico, uma cidade ou em uma região específica. Epidemia- entende-se como epidemia um aumento significativo de casos de maneira não esperada e que não se limita a uma determinada região, mas que se espalha de maneira significativa. Além disso, pode ser o espalhamento de mais de uma doença que possuem uma natureza similar. As proporções da epidemia podem variar conforme o agente etiológico, o tamanho da população exposta, o período de ocorrência e o local. Ademais, quando um local não apresenta casos de uma determinada doença e uma pessoa passa a apresentá-la, já se considera epidemia, pois houve um aumento de casos não esperado, mesmo que seja em um número tão pequeno. As epidemias podem ser classificadas quanto a sua origem ou quanto a sua duração: Quanto a origem pode ser de fonte comum pontual ou fonte comum persistente/propaganda; Quanto a duração podem ser lentas ou explosivas; Comum pontual: quando não é passada de pessoa pra pessoa, pode ser transmitida pela água, ar, alimentos; Comum persistente/propaganda: quando é transmitida de pessoa a pessoa ou por meio de um vetor, como no caso da dengue; Explosivas: quando há um grande número de casos em um curto período de tempo; Lentas: quando há um grande número de casos em um período de tempo mais extenso; Endemia- endemia vai ser uma doença em que há certo número de casos, os quais já são esperados, e que acometem uma região específica em um período de tempo ilimitado. Além disso, quando uma doença é endêmica de um local nos referimos a ela assim, pois há uma ocorrência usual dessa doença nessa determinada área. Pandemia- pandemia é quando uma doença começa a aumentar o seu numero de casos consideravelmente, acima do esperado e chega a atingir diferentes países e continentes, afetando diversas classes sociais e contextos socioculturais envolvidos. Dessa maneira, podemos considerar uma pandemia como sendo uma epidemia em proporções muito maiores e que varia a sua proporção conforme o agente etiológico, o meio de transmissão. Essas proporções que as doenças tomam dependem de: Casos suspeitos: quando um indivíduo apresenta sintomas e vive ou viajou para áreas em que há epidemia de uma determinada doença ou em que aquela doença é endêmica; Casos confirmados: quando um indivíduo que era suspeito ou não tem o diagnóstico laboratorial como positivo; Casos descartados: quando o indivíduo que era suspeito tem o diagnóstico laboratorial negativo ou positivo para outra doença; Casos excluídos: quando o quadro do indivíduo não se encaixa como caso suspeito. Morbidade: é o número de casos de doenças e agravos à saúde de uma população, portanto . Após a conclusão da morbidade, inicia-se o estudo das condições de morbidade por causas específicas que são os inquéritos epidemiológicos. A morbidade vai ter apresentações específicas que são a incidência e a prevalência. Prevalência: é a relação do número de casos conhecidos dessa doença ou agravo e a população em que esses casos estão inseridos, ou seja, . Sendo que o n° de casos conhecidos vai ser a soma dos casos já existentes com os casos novos + imigração de casos e diminuído os casos de cura, morte e/ou pela emigração. Nesse sentido, a prevalência pode ser considerada como pontual, em um determinado tempo, ou lápsica por período que é aquela que abrange um lapso de tempo relativamente longo não levando em consideração, então, o n° de casos curados. Nesse contexto geral, a prevalência pode dizer a quantidade de casos que já existiram de uma determinada doença ou agravo, descrevendo a magnitude do contexto. Incidência: é a intensidade em que a morbidade de uma doença ou agraço as dá em uma determinada população. Nesse sentido, temos então que a taxa de incidência vai ser a proporção entre o número de casos novos, em um período de tempo de uma população que está exposta ao risco de contrair essa doença no mesmo período de tempo dos novos casos, sendo assim: . A taxa de incidência também pode ser calculada ou com o n° de casos por pessoa ou com a frequência de eventos relatos (os quais podem ser com a mesma pessoa): . Nesse viés, é perceptível a presença de uma relação entre a incidência e a prevalência, na qual a prevalência vai ser aumentada com a incidência desses novos casos, mas reduzida pela defecção (redução) no número de casos, que pode ser por morte, cura ou por emigração. Nesse contexto de doenças e agravos há fatores que interferem na incidência e prevalência para que haja uma evolução e caracterização em endemia, epidemia, pandemia ou surto. Esses fatores são a existência de uma sazonalidade que é quando determinadas doenças ou agravos se relacionam com uma determinada época do ano, tendo, portanto, um aumento de sua incidência naquela estação ou período do ano. Além disso, há determinantes sociais e condicionantes que interferem no processo de saúde-doença e, consequentemente, vão interferir na prevalência, incidência e morbidade das doenças e agravos. Ademais, há determinantes que se relacionam com o indivíduo, os quais são denominados microdeterminantes e há também determinantes relacionados a comunidade e populações, chamados de macrodeterminantes: . Sendo assim, somos capazes de observar que esses determinantes e condicionantes interferem na saúde e podem ser divididos em alguns grupos, como: . Autora do resumo: Malu Barreto.
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