Grecia Antiga Finalizada

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GRÉCIA ANTIGA: 
 A influência da Grécia Antiga nos dias atuais, com enfoque a democracia[footnoteRef:1] [1: Tema Atividade nº1 da disciplina Teoria da História e Historiografia I.] 
Tenise Alves De Alencar[footnoteRef:2] [2: Aluna do 1° Semestre de História do Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN).] 
	Grécia, é o berço da democracia, arquitetura, filosofia, matemática, astronomia, medicina, literatura, maratona, olimpíadas. Da antiga Grécia foi que surgiram grandes filósofos, como: Platão, Aristóteles e Sócrates. Foi dela que ficaram conhecidos nomes como o de Alexandre o grande (Alexandre III), e histórias como “cavalo de troia”, da qual fizeram uma série na Netfix "Troia: A queda de uma cidade", e fizeram um filme "Os 300 de Esparta" lançado em 1962, e mais recente, outro filme chamado "300" lançado em 9 de dezembro de 2006, e a “lenda do Minotauro”, que é pauco de vários filmes. Da sua religião, “a mitologia grega”, surgiram filmes famosos, como: Percy Jackson e Fúria de Titãs, e também uma séria japonesa, de 1986, que fez muito sucesso no Brasil nas décadas de 80 e 90, chamada “o cavaleiro do zodíaco” . A Grécia antiga se desenvolveu exercendo enorme influência sobre a sociedade ocidental, e exerce influência significativa nos dias atuais como podemos perceber, entre uma delas, a democracia, que será o enfoque deste texto.
	A Grécia é localizada no sudeste do continente Europeu, no estremo sul da Península Balcânica, abrangendo as ilhas do mar Egeu (Grécia Insular) e o litoral da Ásia Menor (Grécia Asiática). de região montanhosa e o seu solo não era propício para o plantio, a Grécia de inicio foi de uma população pobre.
	Entre 3000-1500 a.c, quem ocupava o território era a civilização Minoica (ou Cretenses), principalmente em Creta, a maior ilha grega, onde o comércio marítimo era uma das principais atividades. Por volta de 2000 a.c os povos aqueus migraram para o território originando os primeiros núcleos urbanos, e por volta de 1700 a.c, os Jônios e Eólios se instalaram no território onde moravam os Aqueus pacificamente. Os cretenses dominaram as cidades fundadas pelos Aqueus, mas 1400 a.c estes revidaram tomando posse de todo o território da Península Balcânica, e em 1500 a.c conquistaram a cidade de Troia que era a última cidade política da civilização cretense. Por fim, por volta de 1200 a.c os Dórios, de origem guerreira vinda da Macedônia, também se juntaram ao povo grego ocupando o local, não de modo pacifico.
	É a partir da mistura desses povos que é formada a civilização grega, que na verdade, inicialmente eram denominados helenos, pois Grécia foi o nome dado pelos Romanos quando estes conquistaram o território no século II a.c. Seu nome original, na verdade era Hélade. 
	Os Dórios era um povo nômade que vivia de saques. Eles conseguiam fazer metalurgia do ferro, ou seja, eram capaz de produzir espadas de ferro. Em 950 a.c impuseram seu domínio sobre a região da Península Balcânica e a ilha de Creta, destruindo as principais cidades, conquistando ou expulsando a maior parte dos povos. Os aqueus, jônios e eólios tiveram que se render ou fugir. A partir disso os helenos (ou gregos), começaram a se espalhar, em direção ao interior da Península e para regiões da Ásia Menor, entre outras. Essa migração foi chamada de 1° Diáspora.
	A comunidade que permaneceu na Hélade formaram os genos: comunidades formadas por um grupo numeroso de famílias descendentes de um ancestral comum, comunidades agrícolas, coletivas e familiares. Cada geno tinha um patriarca, um líder chamado pater, que tinha funções religiosas, administrativas e judiciarias. Os genos viviam em comunidade, e tudo produzido por eles era de uso coletivo. Mas chegou um momento que a população começou a crescer de forma que o todo não podia mais ser distribuído igualmente, principalmente porque as terras eram pouco férteis e o que era produzido era pouco, e alguns membros passaram a ser menos favorecidos. Isso deu origem a segunda diáspora, que ocorreu por volta de 800 a.c. Nesse período, a partir daí se começou a ideia de privatização, que copiamos até hoje. 
	O poder dos paters foi distribuído entre os parentes mais próximos da família formando as eupátridas, que se reuniram, buscando interesses mútuos formando as frátrias, que posteriormente se juntaram com outras frátrias formando as tribos. 
	A sociedade ficou dividida entre os Eupátridas: aqueles que tinham terra própria e eram livres; Giorgos: eram livres mas não tinha terra própria; e os Thetas: aqueles que perderam a liberdade por causa de dívidas. 
 Para consolidar o poder militar, as tribos fizeram em lugares altos as chamadas “Acrópoles”. Em volta das Acrópolis houve crescimento urbano dando origem as cidades estados ou polis. 
	Cada cidade tinha a sua assembléia, o seu governo, isto é, independente, e muitas vezes rivais entre si. Então o que torna esse povo todo grego? Isto é porque eles tinham as mesmas crenças, os mesmos costumes, falavam a mesma língua e tinham algumas leis incomuns. Pedro Eurico Rodrigues, escreve algo interessante sobre esse assunto em um livro digital. [footnoteRef:3] Segundo ele: [3: Mestrado em História (UDESC, 2012) Graduação em História (UDESC, 2009) 
] 
“[...] pois para eles onde havia um grego ali estaria a Grécia ou Hélade como chamavam. Ser grego ou heleno significava falar o grego, todos os que não falavam a língua, portanto, eram considerados bárbaros, [...]os demais povos que para os gregos antigos serviam apenas para os seguintes propósitos: comércio de metais e alimentos, pilhagem durante as guerras e a obtenção de mão-de-obra escravizada.”[footnoteRef:4] [4: Site: Info Escola. Pedro Eurico Rodrigues. Grécia Antiga – História. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/www.infoescola.com/historia/grecia-antiga/amp/ Acessado: 11/04/2019
] 
	Apesar de elas (as pólis) serem independentes entre si, elas tinham 2 características incomuns: todas elas teriam que ter uma ágora, que era a praça central da cidade onde os cidadãos se reunião para discutir os assuntos políticos, e uma acrópole, que era onde haviam os edifícios mais importantes e onde os gregos se reunião também em caso de guerra, porque ficava no ponto mais alto da cidade. 
	Entre séculos XI e VII a.c, Atenas era governado pela monarquia. A partir do 700 a.c a monarquia foi substituída em Atenas pelo Regime Oligárquico: oligarquia significa “poder na mão de poucos”. Os aristocratas, que eram os donos de terras, passaram a tirar o poder do rei ou diminuir e dividiam as funções do rei pra si. Agora 9 líderes estariam no poder, que se chamavam arcondes, que ficariam na liderança por 10 anos, e mais tarde por um ano. Agora ao invés de uma pessoa tomar todas as decisões sozinhas, um grupo de pessoas tomariam as decisões, e pra elas fazerem isso, precisariam se juntar e discutir, chegar a um consenso, originando a política.
	Com o descontentamento da população, os aristocratas passaram pouco a pouco a fizer concessão a outras classes. Drácom, 621 a.c elabora leis escritas. Em 529 a.c, Sólun, um dos sete sábios da Grécia é nomeado acorde, e faz diversas reformas, uma delas e que ele põem fim a escravidão por dívidas, para os cidadãos ateniense, isso porque Atenas já estava cheia de escravos. Ele também cria um tribunal popular e uma assembléia popular (Eclésia), mas que só poderiam participar os cidadãos atenienses. Sólon também criou a Reforma Censitária (Bulé), que era um corpo legislativo de 400 pessoas, formados pelos cidadãos possuidores de terras. 
	Atenas foi governada por tirania de 561 a 510 a.c. Bisístrato foi um tirano que governou Atenas de 546 a 527 a.c. e a enriqueceu durante sua tirania. Seus filhos tomaram conta do poder após ele, mas não agradou a população, causando revoltas. 
	A democracia começou em Atenas por Clístenes, em 510 a.c. Para expressar o inicio da democracia, Juliana Bezerra escreve, escreve em um site digital, segundo ela: [footnoteRef:5] [5: Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em RelaçõesInternacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.] 
[..] por foi dividida em dez unidades denominadas chamadas demos, que era o elemento principal dessa reforma e, por esse motivo, o novo regime passou a se chamar �demokratia�. Atenas possuía uma democracia direta, onde todos os cidadãos atenienses participavam diretamente das questões políticas da polis. [...]Como forma de garantir o processo democrático na cidade, Clístenes adotou o �ostracismo�, onde os cidadãos que demostrassem ameaças ao regime democrático sofreriam um exílio de 10 anos. Isso impediu a proliferação de tiranos no governo grego. Sendo assim, o poder não estava somente concentrado na mão dos eupátridas. Com isso, os demais cidadãos livres maiores de 18 anos e nascidos em Atenas poderiam participar das Assembleias (Eclésia ou Assembleia do Povo), embora as mulheres, estrangeiros (metecos) e escravos estavam excluídos.[footnoteRef:6] [6: Site Toda Matéria. Juliana Bezerra. Grécia Antiga. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/www.todamateria.com.br/grecia-antiga/amp/ Acessado em: 11/04/2019] 
	Clístenes também transformou o corpo legislativo (Bulé) para 500 cidadãos, 50 de cada tribo, e a Eclésia teria um número exato de participantes, que seria de 6.000 atenienses. Os cidadãos atenienses que decidiria tudo que seria feito nas assembleias, cada tribo teria um representante, ou seja dez representantes, que esses seriam os demos, ou estratecos, um líder executivos, que teria o trabalho de formular estratégias para realizar aquilo que a Eclésia estava pedindo, se não realizasse poderia ser tirado do seu cargo. 
	Anualmente os cidadãos se reunião na Ágora para decidir o ostracismo, se algum membro deveria ser exilado da assembleia. Isto era decidido através de votos, com nomes escritos em um pedaço de vaso de barro quebrado. 
	Para os Atenienses os escravos, mulheres e crianças, não poderiam participar da política, para eles, estes eram ideiotes, alguém que só entendia de trabalho e assuntos domésticos. Um bom cidadão, seria um homem eupátrida e livre, podendo então participar da política, por acreditarem que a politica era uma questão de excelência humana, e um bom político precisava ter: oratória, eloquência e a capacidade de ouvir opiniões contrárias a sua. Os anos democráticos em Atenas ficou conhecido como o tempo do debate. Segundo SILVA, p.4: Neyde Theml(1998, p. 53): a palavra tornou-se um instrumento politico por excelência, o meio de comando e de domínio sobre outrem. [...] A palavra debate criava uma situação igualitária e se inseria no tempo do homem, do ver e do ouvir”. [footnoteRef:7] [7: Citação do livro: A democracia ateniense e o ideal de liberdade na obra Os Heráclidas, de Eurípides por SILVA, Bruna Moraes da. p.4] 
	Era portanto considerado cidadão nessa época um homem livre, ateniense, filho de pai e mãe atenienses, portanto somente uma parcela da população participava na verdade da política. Segundo Kurt Raaflaub(2007, p. 11)[footnoteRef:8] “o corpo de cidadãos correspondia, assim, apenas de 10 ou 20% da população.” [footnoteRef:9] [8: Idem] [9: Idem] 
	Algumas curiosidades sobre a democracia ateniense, é que os mandados eram de no máximo um ano, distribuídos por meio de sorteio, e não havia reeleição, somente em alguns casos depois de alguns anos. Os cargos eram distribuídos com duas pessoas na mesma função para que um vigiasse o outro, para dificultar a corrupção. No final do mandado de qualquer líder havia reunião de um jure para decidir que se o mandato deste teria sido bom ou ruim e teria cumprido tudo que ela havia prometido. Se não estivesse de acordo, este devia cumprir tudo o que teria sido prometido e não poderia se reeleger novamente.
	A democracia ateniense é um tanto diferente da democracia atual, o que é normal, pois a democracia se transforma ao longo da história, vemos isso na própria historia da democracia ateniense. Podemos também perceber que o grande diferencial da democracia atual é que há mais cidadãos participando da política, todas os homens, mulheres a partir de 16 ou 18, e temos o governo de um líder, o presidente, tornando a democracia atual uma democracia indireta. Contudo, é possível retirarmos da democracia grega, dois princípios básicos, que são os princípios da igualdade e da participação, Robert Dahl[footnoteRef:10] usa esta argumentação. [10: Cientista Politico Americano. ] 
	De fato, os gregos ou helenos, foram realmente grandes influenciadores do mundo atua, e graças Alexandre o Grande, a primeira e a segunda diáspora, que espalhou a cultura grega pelo mundo ocidental, chegando mais tarde até nós, trazendo-nos esta bela ideia da democracia entre outras mais, como podemos ver no inicio do texto, além de outras não citadas, mas que podemos perceber ao longo do texto.
	Se os seus deuses eram reais ou não, cabe a cada um decidir o que pensa ao respeito, mas sendo ou não, talvez as suas crenças neles tenha lhes dado força para prosseguir em cada batalha, pois uma coisa sabemos, que era um povo realmente muito guerreiro, pois vemos ai batalhas épicas em suas histórias, com poucos soldados venciam milhares de soldados. Encerramos com as palavras iniciais do filme “Os trezentos de Esparta” lançado em 1962 citado no início do texto: 
Grécia, esta terra dura e eterna onde até as rochas falam da coragem humana, da sua existência e da sua glória. [...]Passada a 24 séculos, esta é a narrativa de um momento decisivo da história num dia brilhante, quando 300 guerreiros gregos deram a vida para assegurar a liberdade deles, e a nossa.[footnoteRef:11] [11: Filme Os trezentos de Esparta Disponível em: https://youtu.be/HCftsLqtmXw Acessado em: 12/04/2019] 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E FONTES
Site Toda Matéria. Juliana Bezerra. Grécia Antiga. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/www.todamateria.com.br/grecia-antiga/amp/ Acessado em: 11/04/2019
Site: Info Escola. Pedro Eurico Rodrigues. Grécia Antiga – História. Disponível em: https://www.google.com/amp/s/www.infoescola.com/historia/grecia-antiga/amp/ Acessado: 11/04/2019
livro: A democracia ateniense e o ideal de liberdade na obra Os Heráclidas, de Eurípides por SILVA, Bruna Moraes da. p.4
Filme Os trezentos de Esparta Disponível em: https://youtu.be/HCftsLqtmXw Acessado em: 12/04/2019