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FACULDADE MULTIVIX DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PROFESSOR: HELBER BARCELLOS DA COSTA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Nº 01: PILHA DE DANIELL Mariana Monteiro da Silva – 28267 Serra – ES Abril/2021 INTRODUÇÃO A eletroquímica é o estudo das reações em que há transferência de elétrons (reações de oxirredução) e a sua transformação em energia elétrica, processo esse conhecido como pilha. Também podemos observar esse fenômedo de maneira reversa, onde a energia elétrica se converte em energia química. Denominamos esse processo de eletrólise. A pilha, também chamada de célula eletroquímica, é um sistema onde ocorre a reação de oxirredução. Ela é composta por dois eletrodos e por um eletrólito. Estes elementos, em conjunto, produzem energia elétrica. Chamamos de eletrodo, a superfície sólida condutora que possibilita a troca de elétrons. O eletrodo no qual ocorre a oxidação é chamado de ânodo e representa o pólo negativo da pilha. Já o eletrodo no qual ocorre a redução é catodo, o polo positivo da pilha. Os elétrons são liberados no ânodo e seguem por um fio condutor até o catodo, onde ocorre a redução. Assim, o fluxo de elétrons segue de ânodo para o catodo. O eletrólito ou ponte salina é a solução eletrolítica condutora dos elétrons, permitindo a sua circulação no sistema. OBJETIVO Atravé de experimento em laboratório, da Pilha de Daniell, o objetivo deste é estudar e entender a eletroquímica e suas reações, resultando na criação de corrente e outros fenômenos elétricos. MATERIAL E REAGENTES • Béquer de capacidade volumétrica de 50 mL; • Placa de Petri; • Papel filtro; • Lixa; • Placas de cobre, ferro e zinco; • Solução de Sulfato de cobre II a 0,3 mol.L-1; • Solução de Sulfato de zinco a 0,3 mol.L-1; • Solução de Sulfato de ferro II a 0,3 mol.L-1; • Solução saturada de cloreto de sódio; • Multímetro. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Transferiu-se 40 mL de sulfato de zinco para o béquer 1 e 40 mL de solução de Sulfato de cobre II a 0,3 mol.L-1 para o béquer 2. Lixou-se cuidadosamente os eletrodos de zinco e cobre e em seguida colocou-se a placa de zinco no béquer 1 e a placa de cobre no béquer 2. Para preparação da ponte salina, enrolou-se o papel filtro e o colocou na placa de Petri. Transferiu-se um pouco da solução saturada de cloreto de sódio para a placa de Petri para umedecer a ponte salina. Em seguida inseriu-se a ponte salina nos béqueres interligando-os. Com o auxílio de um multímetro, mediu-se a tensão colocando a ponta positiva no béquer 2 e a ponta negativa no béquer 1 girando em seguida o botão do multímetro para a esquerda, na posição de 20 V (corrente contínua). Foram feitas as devidas avaliações e anotações. Realizou-se a limpeza de todos os materiais utilizados e deu-se continuidade ao experimento. Transferiu-se novamente 40 mL de sulfato de ferro no béquer 1 e 40 mL de solução de Sulfato de cobre II a 0,3 mol.L-1 no béquer 2. Lixou-se dessa vez os eletrodos de ferro e cobre. Colocou-se a placa de ferro no béquer 1 e a placa de cobre no béquer 2. Preparou-se outra ponte salina, enrolando o papel filtro, e o colocando na placa de Petri. Colocou-se novamente o cloreto de sódio na ponte salina e inserindo-a em seguida nos béqueres interligando-os. Realizou-se nova medição com o auxílio do multímetro colocando a ponta positiva no béquer 2 e a ponta negativa no béquer 1. Foram feitas as devidas avaliações e anotações. Realizou-se a limpeza de todos os materiais utilizados dando encerramento ao experimento. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS Os experimentos montados conforme já relatado tratam-se de uma pilha de Daniell onde, a placa de zinco, que cede elétrons, é o anodo ou terminal negativo e placa de cobre, que recebe elétrons, é chamado de catodo ou terminal positivo. O experimento também conta com uma ponte salina. Na primeira situação, a placa de zinco fornece elétrons, oxidando-se, através do fio, para a placa de cobre, que reduzirá íons de cobre na solução. O fenômeno descrito pode ser observado nitidamente após 24h de funcionamento do experimento, onde observamos o aumento de cobre no estado sólido e consequentemente a diminuição do zinco no estado sólido. Os elétrons passando através do fio irão fornecer energia permitindo o funcionamento do multímetro e a medição da diferença de potencial (ddp) que inicialmente foi de 1,13 Volts e após 24h estava em 1,02 Volts. Abaixo temos as reações observadas no experimento: Anodo Zn (s) → Zn2+ (aq) + 2 e- Ered = - 0,76 V Catodo Cu 2+ (aq) + 2 e- → Cu (s) Ered = + 0,34 V Equação global Zn(s) + Cu 2+ (aq) → Zn2+ (aq) + Cu (s) Na segunda situação, notamos a placa de ferro fornecendo elétrons, oxidando-se, através do fio, para a placa de cobre, que também reduzirá íons de cobre na solução. O fenômeno descrito também pode ser observado nitidamente após 24h de funcionamento do experimento, onde acentua-se visualmente a presença de cobre no estado sólido e consequentemente a diminuição do ferro no estado sólido. Os elétrons passando através do fio irão fornecer energia permitindo o funcionamento do multímetro e a medição da diferença de potencial (ddp) que inicialmente foi de 0,40 Volts e após 24h estava em 0,35 Volts. Abaixo temos as reações observadas no experimento: Anodo Fe(s) → Fe 2+ (aq) + 2 e- Catodo Cu 2+ + 2 e- → Cu(s) Equação global Fe(s) + Cu 2+ (aq) → Fe 2+ (aq) + Cu(s) Mediante os fatos podemos observar que a diferença de potencial na pilha de Zn(s) / Zn2+(aq) // Cu2+(aq) / Cu(s) é maior que na pilha de Fe(s) / Fe2+(aq) // Cu2+(aq) / Cu(s). Isso se dá ao fato de que temos o que chamamos de Potencial de Redução (Ered) onde basicamente um elemento tem mais tendência a doar elétrons (oxidação) e o outro a receber elétrons (redução). Quando temos a pilha de Zn(s) / Zn2+(aq) // Cu2+(aq) / Cu(s) temos o Zn com potencial de redução -0,76 e o Cu com potencial de redução de +0,34, o valor do ddp da pilha é: ΔE0 = E0red (maior) - E0red (menor) ΔE0 = Ered Cu2+ - Ered Zn2+ ΔE0 = + 0,34 – (- 0,76) ΔE0 = + 1,10 V O valor encontrado na equação é muito similar ao encontrado no experimento. Quando temos a pilha de Fe(s) / Fe2+(aq) // Cu2+(aq) / Cu(s) temos o Fe com potencial de redução +0,77 e o Cu com potencial de redução de +0,34, o valor do ddp da pilha é: ΔE0 = E0red (maior) - E0 red (menor) ΔE0 = Ered Fe2+ - Ered Cu2+ ΔE0 = + 0,77 – (0,34) ΔE0 = + 0,43 V O valor encontrado na equação é também muito similar ao encontrado no experimento. CONCLUSÕES • Conclusão Podemos concluir com o experimento que os resultados obtidos permitiram aplicar e comprovar os conhecimentos prévios sobre a eletroquímica. Mediante os cálculos e reações apresentadas, podemos evidenciar a realização correta do experimento, que nos apresentou resultados finais coerente com os resultados presentes nas literaturas. ANEXOS a) Qual a função da ponte salina no experimento? A ponte salina permite o equilíbrio de cargas para os eletrólitos ou soluções permitindo também a passagem das cargas entre solução e eletrólitos. b) Por que se deve lixar as lâminas? A fim de se remover impurezas e óxidos das lâminas, que atuarão como bloqueadores para a passagem de elétrons. c) Qual a correlação entre o ΔE0 de uma pilha e os potenciais de redução do catodo e anodo? O ΔE0 de uma pilha será maior quanto maior for o potencial de redução do catodo e maior o potencial de oxidação do anodo. Referências 1 - DIFERENÇA de potencial de uma pilha. 2018. Disponível em: https:// mundoeducacao.uol.com.br/quimica/diferenca-potencial-uma-pilha.htm.Acesso em: 14 abr. 2021. 2 - ELETROQUÍMICA. 2017. Disponível em: https://guiadoestudante. abril.com.br/ estudo/ eletroquimica /. Acesso em: 13 abr. 2021. 3 - DIFERENÇA de potencial de uma pilha. Disponível em: https:// brasilescola.uol.com. br/quimica/diferenca-potencial-uma-pilha.htm. Acesso em: 13 abr. 2021. 4 - ARAÚJO, Rafael G. B. et al. Eletroquímica: pilha de daniell. Pilha de Daniell. 1999. Disponível em: https://www.eecis.udel.edu/~portnoi/academic/academic- files/daniellcell . html.Acesso em: 13 abr. 2021.
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