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MEIOS ADEQUADOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS MEDIAÇÃO: conceito, papel do mediador e princípios Islamara Costa Mossoró/RN. 07/11/2020 ‹nº› 1 07/11/2020 ‹nº› OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1. Apresentar a mediação como método adequado de solução de conflito; 2. Instrumentalizar o aluno para a atuação no mercado de trabalho. 07/11/2020 ‹nº› Mediação: aspectos conceituais Mote Inicial “[...] pondera Fernanda Levy que a mediação consiste em um meio consensual, voluntário e informal de prevenção, condução e pacificação de conflitos conduzido por um mediador; este, com técnicas especiais, ‘atua como terceiro imparcial, sem poder de julgar ou sugerir, acolhendo os mediandos no sentido de propiciar-lhes a oportunidade de comunicação recíproca e eficaz para que eles próprios construam conjuntamente a melhor solução para o conflito’. Cf. Fernanda Tartuce 07/11/2020 ‹nº› A Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça – “instituiu a Política Judiciária Nacional de tratamento de conflitos de interesses tendente a assegurar a todos o direito à solução dos conflitos por meios adequados à sua natureza e à sua peculiaridade” Não definiu os meios consensuais. Mediação: aspectos conceituais Mote Inicial 07/11/2020 ‹nº› Art. 165. “Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. § 1o A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça. § 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. § 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos”. Mediação: aspectos conceituais O Novo Código de Processo Civil: 07/11/2020 ‹nº› Marco legal da mediação no Brasil: “dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública” Art. 1o “Esta Lei dispõe sobre a mediação como meio de solução de controvérsias entre particulares e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública. Parágrafo único. Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia”. Mediação: aspectos conceituais A Lei de Mediação brasileira (Lei n. 13.140, de 26 de junho de 2015) 07/11/2020 ‹nº› Vantagem em face de outros métodos: “[...] permitir, caso as pessoas assim o desejem, a continuidade da relação em uma perspectiva de futuro. Como ela propõe que se finalize a situação controvertida sem comprometer a relação interpessoal em sua integralidade, a mediação permite que os envolvidos possam cogitar atuações futuras se isso se revelar necessário e/ou desejável” Cf. Fernanda Tartuce = noção de justiça coexistencial. Relação - estímulo à cultura de paz. Mediação: aspectos conceituais A Lei de Mediação brasileira (Lei n. 13.140, de 26 de junho de 2015) 07/11/2020 ‹nº› “São pontos comuns à mediação e à conciliação: 1. A participação de um terceiro imparcial; 2. A promoção da comunicação entre os envolvidos; 3. A não imposição de resultados; 4. O estímulo à busca de saídas pelos envolvidos; 5. O exercício da autonomia privada na elaboração de opções para os impasses”. Ética da mediação: o terceiro imparcial não pode expressar opiniões pessoais, realizar julgamentos nem se aliar aos envolvidos Mediação: aspectos comuns em relação à conciliação e ética da mediação Cf. Fernanda Tartuce 07/11/2020 ‹nº› - há diferenças principalmente no que tange à elaboração das propostas de solução (o mediador não deve sugeri-las) - e também na profundidade da abordagem de certas situações (na mediação, as questões subjetivas costumam ter maior espaço porque as relações envolvem relações continuadas, enquanto na conciliação o foco tende a ser objetivo, porque as interações entre os envolvidos costumam ser episódicas). Mediação: aspectos que diferenciam a conciliação e a mediação, conforme a doutrina majoritária Cf. Fernanda Tartuce 07/11/2020 ‹nº› Obrigada! 07/11/2020 ‹nº›