caso prático dd099

Prévia do material em texto

Atividade Prática
___________________________________
Aluno: 
Código do usuário: 
Disciplina: DD099 Legislação nacional e internacional sobre mediação e outros procedimentos de resolução de conflitos
Caso Prático
Data:
 PAGE 1
1. Monte um quadro comparativo dos ADR e explique por qual razão a mediação seria a melhor opção para este casal:
	Mediação
	Nesse caso, a mediação seria a melhor opção, pois permitiria resolver o conflito de forma mais satisfatória, rápida e lucrativa para ambas as partes, já que não se trata de um processo judicial ou contencioso como no caso de um processo de divórcio .
	Mediação / Arbitragem
	A arbitragem também pode ser uma opção. No entanto, esse processo é utilizado para a resolução de conflitos de direitos de natureza comercial ou patrimonial contratual, uma vez que a sentença arbitral tem força executória em caso de descumprimento.
	Mediação / Conciliação
	A principal diferença entre os dois está no nível de intervenção que a terceira pessoa tem durante o processo de negociação.
Nos processos de mediação não há intervenção direta, apenas alternativas são aconselhadas e as partes podem modificar as condições de acordo com suas necessidades até chegar a uma solução que satisfaça ambas as partes.
	Mediação / Contrato de transação
	A mediação e o contrato de transação apresentam semelhanças como o caráter voluntário e as concessões recíprocas das partes. E diferem principalmente pela ausência de um terceiro agente mediador no caso do contrato de transação, o que dificulta a gestão do procedimento em caso de divergências entre as partes.
2. Explique por qual razão os grupos feministas nos EUA inicialmente se opuseram à mediação.
No início, grupos feministas nos Estados Unidos se opuseram à mediação, argumentando que a mulher era a parte mais fraca em um conflito conjugal, portanto, isso não garantia uma resolução equitativa do conflito para ela.
Nesse sentido, Suares (1996) destaca a figura da feminista Jannet Rijkin, que em seus estudos argumentou que as mulheres alcançaram acordos piores na resolução de conflitos por meio da mediação do que aqueles realizados pelo sistema judiciário. 
Além disso, Rijkin argumentou que os padrões de comportamento usuais no casamento se refletiam no procedimento de tal forma que situações de violência de gênero, coerção ou medo, condicionavam o procedimento e a participação eqüitativa, declinando a resolução em favor do homem.
3. Leia e analise a seguinte tabela comparativa e escreva as diferenças e semelhanças existentes nas leis de mediação dos seguintes países:
	País
	Lei
	Diferenças
	Semelhanças
	
Equador
	A Lei de Arbitragem e Mediação, RO/145 de 4 de setembro de 1997,em seu art. 43 define a mediação como:
“... um procedimento de solução de controvérsias pelo qual as partes, assistidas por um terceiro neutro chamado mediador, buscam um acordo voluntário, para tratar de assuntos que possam ser transgredidos, de natureza extrajudicial e definitiva, que
ponham fim ao conflito”.
	
Equador: As partes buscam a solução, através de um mediador, sendo o mediador o terceiro que auxilia as partes a solucionar o conflito das mesmas.
Califórnia: A autoridade judicial é quem encaminha para a mediação, as partes procuram um terceiro intermediário para solucionar os conflitos.
Catalunha: O poder Judiciário pode ou não encaminhar para a mediação	
	Em relação às semelhanças, do ponto de vista legislativo, todos os países consideram a mediação como uma estratégia de resolução de conflitos por meio da comunicação, respeito e acordo entre as partes, e a partir da participação da figura de um terceiro.
	
Califórnia
	O art. VI de sua Constituição estabelece a solução pacífica de conflitos como uma função essencial do poder judiciário, e que a mediação está contemplada no Código de Processo Civil, no de Evidência e no Civil, como um processo informal em que uma pessoa natural, e sem poder de decisão, facilita a comunicação entre as partes, ajudando-as a encontrar acordos mutuamente aceitáveis que atendam aos seus
interesses.	
	Em suma, podemos definir que a principal diferença é a contemplação da mediação como um procedimento extrajudicial,ou com base na legislação da como é na Califórnia e Catalunha, ​​a mediação é percebida como função do poder e da autoridade judiciária. 
	
CASO PRÁTICO
 PAGE 5
	
Catalunha
	Lei 9/1998 (15 de julho de 1998) do Código de Família da Catalunha:
Art. 79.2: A autoridade judiciária poderá encaminhar as partes a uma pessoa ou entidade mediadora com o objetivo de tentar resolver as divergências e apresentar proposta de acordo
regulatório.
	
	
4. Explique com suas próprias palavras o conceito de mediação familiar oferecido por R (98).
Em primeiro lugar, para dizer que R (98) marcou uma viragem no conceito de mediação familiar, sendo considerada um “documento fundador” (López González e Marín López, 2003).
Para R (98), o processo de mediação manifesta como objetivo principal chegar a um acordo comum entre as partes, que vêm ao serviço de forma voluntária e confidencial, e com base em uma série de aspectos que geram conflito, e que requer a participação de um terceiro (mediador), que deve garantir o seu caráter imparcial e neutro, devendo respeitar os pontos de vista e as alternativas oferecidas pelas partes, sem impor a solução. 
Esse processo deve buscar melhorar a comunicação entre os familiares, reduzir os conflitos entre as partes, chegar a acordos amigáveis, garantir a continuidade das relações pessoais entre pais e filhos e reduzir o tempo necessário para a resolução de conflitos.
5. Segundo a figura do mediador, o que define em grande medida a própria figura da mediação, que tem reconhecida na R (98) 1 outras funções. Aponte-as.
Em R (98) 1, ele reconhece outras funções no mediador, tais como:
· Garantir o interesse dos menores no processo.
· Detectar situações de violência e avaliar se em cada caso é viável ou não
mediação.
· Informar as partes da possibilidade de recorrerem a qualquer tipo de ajuda para a solução de seus problemas conjugais e familiares, ou de consultar advogado ou qualquer outro profissional que considerem necessário.
6. A mediação como uma conveniência para os acordos e interesses da família, até onde pode ser estendido?
Na mediação, a conveniência aos acordos e interesses da família exige o sigilo do mediador, princípio essencial para garantir o bom andamento do procedimento, a celebração de acordos e o respeito aos seus interesses. Isso pode ser estendido a certos limites, como no caso em que o mediador detecta a existência de uma ameaça à vida ou à integridade física ou mental de uma pessoa ou de atos criminosos passíveis de ação penal .
7. Argumente os princípios da mediação na tabela a seguir com seu material de estudo e informações adicionais que você investiga:
Os princípios da mediação:
	Voluntariedade
	Obstinação:Pode-se dizer que mediação sem voluntariedade não é mediação. Uma vez que é um dos princípios essenciais da mediação. Qualquer processo de mediação requer a própria vontade das partes para resolver o conflito com a ajuda de um mediador. Além disso, essa voluntariedade deve estar presente não apenas no início do processo, mas durante o mesmo para se chegar a um acordo mútuo.
	Imparcialidade
	A imparcialidade do mediador como princípio garante a liberdade de decisão. Às vezes é provável que nas sessões de mediação haja uma tendência a acreditar mais na história da pessoa que mais se assemelha a nós, e isso condiciona as sessões conjuntas, pois inconscientemente os nossos gestos, questionamentos, silêncios, etc. influência a favor ou contra.
	Neutralidade
	A imparcialidade do mediador como princípio garante a liberdade de decisão. Às vezes é provável que nas sessões de mediação haja uma tendência a acreditar mais na história da pessoa que maisse assemelha a nós, e isso condiciona as sessões conjuntas, pois inconscientemente os nossos gestos, questionamentos, silêncios, etc. influência a favor ou contra.
	Confidencialidade
	A imparcialidade do mediador como princípio garante a liberdade de decisão. Às vezes é provável que nas sessões de mediação haja uma tendência a acreditar mais na história da pessoa que mais se assemelha a nós, e isso condiciona as sessões conjuntas, pois inconscientemente os nossos gestos, questionamentos, silêncios, etc. influência a favor ou contra.
Registros Bibliogáficos
{1} Entrevistas a VIMS a Ana María Carrascosa. Marzo 2019. Disponible en: https://mediacionesjusticia.com/ana-carrascosa
{2}Legislación Nacional e Internacional sobre Mediación y otros procedimientos de resolución de conflictos. Fundación Universitaria Iberoamericana.
{3}López González, R. y Marín López. J.J. (2003). Legislación sobre mediación familiar. Madrid: Ed. Tecnos.
{4}Suares, M. (1996). Mediación. Conducción de disputas, comunicación y técnicas. Paidós Mediación, nº 4, Buenos Aires, páginas 53-55.
{5} Vargas, Nóelia 2020, acesso em https://prezi.com/p/lkecrxfrys0t/caso-practico-dd099/?frame=d67354823b2029b24c08255d68b63d1cef20a58a