Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Clínica 2 RESTAURAÇÕES DE DENTE FRATURADO – PROTOCOLO CLÍNICO TRAUMATISMO DENTAL ❖ Dentes fraturados, deslocados ou perdidos. ❖ Efeitos negativos consideráveis: aspecto funcional, estético e psicológico. ❖ Educação para prevenção e tratamento de lesões de traumatismo bucal. ❖ Acontece mais em crianças do sexo masculino, na maxila, e no incisivo central. ❖ Maior prevalência nos dentes 11 e 21. ❖ Pacientes classe II. ❖ Crianças sem adequado fechamento labial. ❖ Overjet maior que 5 mm. ❖ A maior incidência de traumatismo sobre a dentição decídua ocorre entre 2 e 3 anos de idade, quando a coordenação motora está em desenvolvimento. ❖ As lesões mais comuns na dentição permanente ocorrem secundariamente após quedas, seguidas por acidentes de trânsito, violência e esportes. ❖ Em função de que o tratamento ideal resulta no acesso e cuidado imediato, os dentistas têm uma obrigação ética para assegurar que um cuidado emergente odontológico apropriado esteja disponível a todo momento. DIAGNÓSTICO: ➢ Fratura em esmalte. ➢ Fratura em esmalte e dentina. ➢ Sem exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico. ➢ Sem exposição pulpar e com invasão do espaço biológico. ➢ Com exposição pulpar e sem invasão do espaço biológico. ➢ Com exposição pulpar e com invasão do espaço biológico. CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS DE DENTES ANTERIORES: ➢ Tipo I: ocorre de forma oblíqua na área incisal, envolvendo somente 1/3 no sentido mesiodistal e incisocervical. ➢ Tipo II: ocorre de forma oblíqua na área incisal, envolvendo 2/3 no sentido mesiodistal e 1/3 incisocervical. ➢ Tipo III: ocorre de forma oblíqua, envolvendo 1/3 no sentido incisocervical e mais de 2/3 no sentido mesiodistal, sem atingir um dos ângulos incisais. ➢ Tipo IV: ocorre de forma oblíqua, atingindo mais de 1/3 no sentido incisocervical e 2/3 ou mais no sentido mesiodistal. ➢ Tipo V: ocorre de forma horizontal, paralela a borda incisal, atingindo totalmente o terço incisal nos sentidos mesiodistal e incisocervical. ➢ Tipo VI: ocorre de forma horizontal, paralela a borda incisal, envolvendo o terço médio no sentido incisocervical. RECOMENDAÇÕES Fratura incompleta de esmalte: ❖ Definição: fratura incompleta (trinca) do esmalte sem a perda de estrutura dentária. ❖ Diagnóstico: aparência normal anatômica e radiográfica, aparência de linhas típicas, especialmente com transiluminação. ❖ Objetivo do tratamento: manter a integridade estrutural e vitalidade pulpar. ❖ Tratamento: de uma forma geral, não exigem tratamento. ❖ Prognóstico geral: complicações são incomuns. Fratura coronária – esmalte ou esmalte/dentina: ❖ Definição: fratura de esmalte ou esmalte-dentina que não envolva a polpa. ❖ Diagnóstico: achados clínicos e/ou radiográficos revelam uma perda de estrutura dental confinada ao esmalte ou em esmalte e dentina. ❖ Tratamento: remoção das bordas cortantes e aplicação de verniz com flúor/restauração com resina composta. Proteção do complexo dentino-pulpar: ❖ Depende do nível da fratura GRAU DE COMPLEXIDADE Grau de proximidade com a polpa Fratura coronária – com exposição pulpar: ❖ Definição: fratura de esmalte-dentina com exposição pulpar. ❖ Diagnóstico: achados clínicos e ou radiográficos revelam perda de estrutura dentaria com exposição pulpar. ❖ Objetivos do tratamento: manter a vitalidade pulpar e reestabelecer função e estética normais. Lábios, lingual, gengiva lesionadas devem ser examinados acerca de fragmentos dentais. ❖ Alternativas de tratamento pulpar: capeamento pulpar direto, pulpotomia parcial, e pulpectomia (início da terapia endodôntica radical). ❖ Prognóstico geral: o tempo de exposição pulpar, extensão de dentina exposta, e o estagio de desenvolvimento radicular no momento da injuria secundariamente comprometem o prognostico do dente, “esterilização” do dente. ❖ Os melhores resultados são obtidos se ocorrer avaliação e cuidados imediatos ao trauma. Presença de exposição pulpar: ❖ Escolha do tratamento conservador adequado. ❖ Escolha do material de proteção. Qual tratamento realizar? ❖ Depende do TAMANHO e do TEMPO de exposição. Fratura coronária – com invasão do espaço biológico: ❖ Definição: fratura de esmalte-dentina com invasão do espaço biológico. ❖ Diagnóstico: achados clínicos solução de continuidade além do espaço biológico. ❖ Objetivo do tratamento: reestabelecer o espaço biológico. ❖ Alternativas de tratamento pulpar: cirurgia periodontal, com ou sem osteotomia/osteoplastia. Ortodontia. ❖ Prognóstico geral: bom. Capeamento pulpar direto Curetagem Pulpotomia Presença de exposição pulpar – recomendações: • Ausência de dor espontânea. • Sangramento vermelho vivo. • Tempo de exposição. • Consistência do tecido pulpar. • Idade do paciente. • Possibilidade de restauração • Tratamento conservador X tratamento endodôntico. Capeamento pulpar direto Indicado quando há exposição pulpar acidental, sem suspeita de contaminação. Pulpotomia Remoção da polpa coronária; Indicada em exposições mais amplas. Curetagem Remoção de uma pequena porção coronária, indicada na ocorrência de contaminação da polpa exposta. Existência de alterações em tecidos moles: ❖ Lacerações. ❖ Edema. Protelar o tratamento. ❖ Sangramento. TRAUMATISMO DENTAL ❖ O acompanhamento periódico dessas injurias é essencial para o diagnóstico de complicações subsequentes ao trauma. ❖ Sucesso: ➢ Dente assintomático. ➢ Sensibilidade positiva ao teste pulpar, ausência de mobilidade. ➢ Ausência de patologia periapical. ❖ Tratamento endodôntico: ➢ Dor espontânea. ➢ Resposta anormal de testes pulpares. ➢ Desenvolvimento incompleto radicular. ➢ Rompimento do tecido de suporte perirradicular. ❖ Contenção semirrígida (2 semanas): ➢ Estabilização dentária. ➢ Auxilia no processo de cicatrização periodontal. PLANEJAMENTO ❖ Tipo de fratura. ❖ Disponibilidade do fragmento. ❖ Idade do paciente. ❖ Grau de erupção do dente. ❖ Qualidade do remanescente dental. ❖ Oclusão. ❖ Tempo e recurso do paciente. ❖ Grau de desenvolvimento da raiz. RESTAURAÇÃO DE DENTES ANTRIORES FRATURADOS ❖ Diagnóstico ❖ Condicionamento ácido de esmalte e dentina ou seletivo em esmalte + Sistema adesivo → Proservar ao máximo o preparo dental, necessitando remover apenas a alteração já existente. ❖ Resina composta fotopolimerizável ➢ Microhíbridas e nanoparticuladas. Colagem do fragmento Restaruração em resina composta Restauração indireta Exodontia ➢ O dentista deve conhecer as informações básicas da composição desses materiais para selecionar melhor o tipo de resina composta para cada situação clinica que ocorrer em dentes anteriores. ❖ Seleção de material e técnica – restauração direta com resina composta. ➢ Preparo do dente ▪ Caso não haja tecido cariado e/ou restauração deficiente, o preparo incluirá a confecção de um bisel na face vestibular quando houver envolvimento estético. • Vantagens do bisel: Remoção dos prismas de esmalte friáveis. Expõe transversalmente os prismas. Aumenta a área a ser condicionada. Estética. Melhor selamento marginal. ❖ Protocolo clínico guia de silicona: 1- Confecção da guia de silicona. 2- Anestesia. 3- Seleção de cor. 4- Verificação dos contatos oclusais. 5- Isolamento do campo operatório. 6- Preparo do dente. 7- Sistema adesivo. 8- Inserção da resina composta. 9- Ajuste oclusal. 10- Acabamento e polimento ❖ Protocolo clínico com colagem do fragmento: 1- Profilaxia. 2- Seleção de cor. 3- Anestesia. 4- Isolamento do campo operatório. 5- Acesso a margem cervical. 6- Proteção do complexo. 7- Preparo do fragmento. 8- Procedimento adesivo. Matriz → cervical do dente. Croma → cervical e terço médio. Opalescência, halo, caracterização → incisal. Esmalteartificial → região proximal. Colagem do fragmento: Imediata ou mediata; Melhor estética; Estética mais duradoura; Função mais facilmente reestabelecida; Procedimento mais simples e rápido; Fatores sociais e emocionais positivos. Fragmento de cor diferente; Posicionar inadequadamente; Perda de estrutura dentária.
Compartilhar