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Resumo - Raiva Humana

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@ v i t o r i a f x | 1 
 
 
VÍRUS 
→ Vírus do gênero Lyssavirus, família Rhabdoviridae; 
→ É um vírus neurotrópico - encefalite aguda; 
→ Retrovírus; 
 
CONCEITO 
→ É uma das doenças virais infecciosas mais antigas e 
letais; 
→ Antropozoonose 
• transmitida pela inoculação do vírus 
presente na saliva e secreções do animal 
infectado; 
▪ Mordedura; 
▪ Arranhadura; 
▪ Lambedura; 
→ Notificação compulsória; 
→ Geralmente apresenta 100 % de letalidade; 
 
Reservatório/ hospedeiro: 
→ Cão 
→ Gato 
→ Morcego 
→ Cavalo 
→ Bovino 
→ Raposa 
→ Coiote 
 
EPIDEMIOLOGIA 
→ Está presente em mais de 150 países; 
→ Óbitos por ano - 59 mil pessoas em todo o 
mundo; 
→ Principalmente na Ásia e na África 
→ Na América Latina, entre 2013 e 2016 - redução na 
incidência de raiva humana transmitida por cães, 
mais comum a transmissão por morcegos. 
→ No Brasil: 
• 2000 a 2009 aumento de casos por 
morcegos 
• ocorreram 188 casos de raiva humana no 
Brasil 
▪ homens - 66,5% 
▪ moradores de áreas rurais - 67% 
▪ Idades variando de 1 a 82 anos 
▪ 49,6% em menos de 15 anos de 
idade 
• Mordidas de animais foram a exposição 
mais comum; 
• A maior parte das notificações ocorreu no 
Nordeste 
• Maranhão, Pará e Ceará 
• 36,2% - na região da Amazônia Legal 
• em regiões rurais 
• associados a morcegos. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
 
QUADRO CLÍNICO 
Período de incubação: 
→ Varia de 20 a 90 dias; 
→ Pode variar em media 45 dias no homem; 
→ 10 dias a 2 meses no cão. 
→ O período de incubação pode variar em 
função: 
• Local; 
• extensão da mordedura; 
• proximidade do sistema nervoso 
central; 
→ carga viral presente no momento da agressão. 
 
Período prodrômico: 
→ No início - sintomas inespecíficos: 
• mal-estar 
@ v i t o r i a f x | 2 
 
• febre baixa 
• dor de cabeça e de garganta 
• falta de apetite 
• vômitos 
• desconforto gastrointestinal 
• formigamento 
• ardência ou coceira no local da mordida 
ou arranhadura. 
→ Persistem: de 4 a 10 dias; 
 
Outros sintomas: 
→ Existem duas formas clínicas de raiva: 
• Encefálica em 80% 
• Paralítica em 20%. 
 
Raiva encefálica: 
→ episódios de excitação generalizada 
→ agitação 
→ desorientação 
→ alucinações 
→ convulsões 
 
Raiva paralítica: 
→ paresia na extremidade mordida 
→ quadriparesia 
→ fraqueza facial bilateral similar a síndrome de 
Guinlain-Barré 
→ coma 
→ falência de órgãos 
→ disfunção hipofisária 
→ convulsões 
→ disfunção respiratória com hipóxia progressiva 
→ cardíaca com arritmias e parada 
→ insuficiência renal 
→ infecções bacterianas secundárias 
 
DIAGNÓSTICO 
→ Imunofluorescência direta em amostra de saliva; 
→ Impressão de córnea 
→ Raspado de mucosa lingual 
→ biópsia de pele da boca 
→ Pesquisa de IgM (soro e secreções). 
→ Necropsia 
VACINA 
→ Composição: 
• vírus inativado, produzidos em cultura de 
células diploides humanas e em células de 
embrião de galinha. 
→ Indicação: 
• Profilaxia pré exposição para algumas 
situações e profissionais; 
• No esquema pós exposição 
 
PRÉ-EXPOSIÇÃO: 
→ Médicos veterinários/Biólogos; 
→ funcionários de laboratório de virologia 
e anatomopatologia para raiva; 
→ Estudantes de Veterinária, Biologia e Agrotécnica; 
→ Pessoas que atuam no campo na captura, 
vacinação, identificação e classificação de 
mamíferos passíveis de portarem o vírus; 
→ Funcionários de zoológicos; 
→ Pessoas que desenvolvem trabalho de campo com 
animais silvestres; 
→ Espeleólogos - trabalham em cavernas; 
→ Guias de ecoturismo; 
→ Pescadores. 
→ Outros profissionais que trabalham em áreas de 
risco. 
A aplicação é feita com injeção intramuscular no 
deltoide (braço): 
 São realizadas 3 doses 
 uma vez ao dia 
 Nos dias: 0 – 7 – 28 
 
PÓS-EXPOSIÇÃO: 
→ A primeira providência a ser tomada é SEMPRE: 
• lavar muito bem a área afetada com 
bastante água corrente e sabão; 
→ Morcegos ou outros animais Silvestres = SEMPRE 
estará indicado vacina e soro; 
→ Observar o aparecimento de infecção secundária 
na ferida 
 
Acidentes leves – com cães ou gatos: 
→ Animal sem suspeita de Raiva: 
• Apenas observar por 10 dias; 
@ v i t o r i a f x | 3 
 
• Se o animal morrer, desaparecer ou 
ficar com suspeita de raiva nesse 
período: 
▪ administrar as 4 doses da 
vacina. 
 
 
→ Animal com suspeita de Raiva: 
• Iniciar a profilaxia com 2 doses (dia 0 e 
3) e observar por 10 dias (a contar da 
data do acidente) 
• Se o animal morrer, desaparecer ou 
ficar com suspeita de raiva nesse 
período: 
▪ completar as 4 doses da 
vacina: 
▪ sendo a 3ª dose entre os dias 
7 e 10 pós-acidente e a 4ª dose 
no 14º dia após o acidente; 
 
Acidentes graves – com cães ou gatos: 
→ Animal sem suspeita de Raiva: 
• Iniciar esquema vacinal com 2 doses (Dia 0 
e dia 3) e observar o animal por 10 dias. 
 
→ Animal com suspeita de Raiva: 
• Iniciar o soro e esquema com 4 doses da 
vacina e observar o animal por 10 dias 
• Se o animal morrer, desaparecer ou ficar 
com suspeita de raiva nesse período – 
completar as 4 doses da vacina. 
▪ sendo a 3ª dose entre os dias 7 e 
10 pós-acidente e a 4ª dose no 14º 
dia após o acidente). 
 
Cães e gatos sem risco de transmissão da raiva 
✓ que vivem exclusivamente dentro do domicílio; 
✓ que não tenham contato com outros animais 
desconhecidos; 
✓ que somente saem à rua acompanhados de seus 
donos; 
✓ que não circulem em área com a presença de 
morcegos; 
Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia 
com 2 doses e observar o animal por 10 dias. 
Profilaxia pós-exposição 
 Vacina Inativada; 
 Deverá ser feito em 4 doses; 
 Dias de aplicação: Dia 0 – dia 3 – dia 7 – dia 14; 
 Via de administração intramuscular profunda 
utilizando dose completa, no músculo deltoide ou 
vasto lateral da coxa. 
 
SORO ANTIRRÁBICO 
→ O Soro antirrábico (SAR) ou Imunoglobulina 
Humana Antirrábica (IGHAR) 
o é feito de imunoglobulinas específicas 
contra o vírus da raiva e 
confere imunidade passiva transitória. 
o tem duração de aproximadamente 21 dias. 
 
→ É obtida através da filtração do plasma (sangue) 
de doadores selecionados: 
o pessoas submetidas recentemente à 
imunização ativa contra raiva; 
o com altos títulos de anticorpos específicos. 
 
VACINA 
→ via intramuscular profunda utilizando dose 
completa; 
• 4 doses da vacina raiva (inativada). 
• dias de aplicação: 0, 3, 7, 14. 
• no músculo deltoide ou vasto lateral da coxa. 
• não aplicar no glúteo. 
 
SAR 
→ dose única 
• o quanto antes; 
• A infiltração deve ser executada ao redor da lesão 
(ou lesões); 
• Sempre aplicar em local anatômico diferente de 
onde foi aplicada a vacina 
 
SAR 
→ Lesões muito extensas ou múltiplas: 
@ v i t o r i a f x | 4 
 
• a dose pode ser diluída em soro fisiológico, 
em quantidade suficiente, para que todas 
as lesões sejam infiltradas. 
 
→ Nos casos em que se conhece tardiamente a 
necessidade do uso do soro antirrábico, 
• aplicar a dose recomendada de soro no 
máximo em até 7 dias após a aplicação da 
1ª dose de vacina 
• antes da aplicação da 3ª dose da vacina. 
• Após esse prazo, o soro não é mais 
necessário. 
 
→ Não realizar a administração do soro antirrábico 
por via endovenosa 
 
PROFILAXIA 
→ Vacinação dos animais; 
→ Controle de vetores; 
→ Recolhimento de animais soltos na rua (cães); 
→ Combate aos morcegos;

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