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Questões sobre Anatomia do Dorso

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1) Cite os principais movimentos que ocorrem em cada região da coluna vertebral. Cite aquela região que possui maior amplitude de movimento.
Na região cervical e na lombar, não tem a caixa torácica. Na lombar, os discos intervertebrais tem maior altura. Articulação das cápsulas articulares são mais frouxas. Com isso, são locais de maior lesão. Entre lombar e cervical, a que tem maior mobilidade é a cervical. 
Observação clínica: As últimas vertebras torácicas por estarem em costelas flutuantes, são sítios de fraturas por traumas, na região de transição entre torácica e lombar.
Os principais movimentos realizados pela coluna vertebral são: flexão (inclinação para frente), extensão (inclinação para trás), flexão e extensão laterais e rotação/torção. Flexão lateral é aquela em que se parte da posição neutra em direção à direita ou à esquerda, enquanto a extensão lateral é o retorno à posição neutra.
A região de maior amplitude de movimento é a cervical, seguida da região lombar.
· Região cervical: Flexão e flexão lateral máximas, também realiza rotação.
· Região lombar: flexão, extensão e flexão lateral máxima. Extensão mais acentuada e de maior amplitude. Não há rotação, em razão dos processos articulares entrelaçados.
· Região torácica: Rotação. Flexão e flexão lateral limitadas.
2) Dependendo da fratura do dente do áxis, o tratamento é conservador, com utilização de colar cervical (não-invasivo, sem cirurgia). Justifique a adoção dessa medida.
Emergência: Colar cervical. Depois de ter a imagem, há a análise para ver se precisa de intervenção cirúrgica ou não.
A adoção de um método não-invasivo pode ocorrer quando a fratura do dente do áxis ocorrer no corpo vertebral inferiormente à sua base, porção que mantém vascularização e, consequentemente, permite a sua cicatrização. Além disso, tal fratura não traria risco à medula, uma vez que não comprometido o canal vertebral, que estaria, ainda, protegido pelo ligamento transverso do atlas. Todavia, havendo ruptura desses ligamentos, tal medida não se mostra mais eficaz. Além disso, o colar cervical impede o movimento da região, permitindo a cicatrização. Não se pode esquecer, ainda, que a inclinação da fratura também é determinante para a possibilidade de utilização de colar cervical.
Ligg. cruciforme e ligg. alar, sustentam a região. Importante para verificar se houve lesão ligamentar ou não.
3) Clinicamente, cite a vértebra mais comumente sujeita a fraturas por estresse de transição.
T XII é a vértebra mais sujeita a fraturas por estresse de transição.
Isso ocorre porque é uma vértebra de transição, com características torácicas e lombares. Sua metade superior tem aspectos torácicos: fóveas costais e processos articulares que permitem apenas movimento giratório. Já a sua metade inferior tem aspecto lombar: sem fóveas costais e com processos articulares que permitem apenas flexão e extensão. Essas características em conjunto fazem com que a T XII esteja sujeita a estresse transição e seja comumente fraturada.
A S1 também sofre com essas fraturas, processo de lombarização. Mulheres sofrem mais com isso.
As fraturas da transição toraco-lombar são as mais prevalentes das fraturas de transição, devido a maior instabilidade e maior estresse mecânico que ocorre nesta região, decorrente da transição de um segmento estável (torácico) para um segmento mais dinâmico (lombar). 
4) Dentro da estrutura anatômica do sacro, cite a relevância clínica da existência do hiato sacral.
O hiato sacral possui forma de U invertido e resulta na inexistência das lâminas vertebrais e do processo espinhoso de S V, bem como de S IV, ocasionalmente. Esse hiato leva ao canal sacral, que é a continuação do canal vertebral no sacro, contendo feixe de raízes dos nervos espinais originadas abaixo de L2 (S II - Co I), a cauda equina.
Em pessoas vivas, o hiato sacral é fechado pelo ligamento sacrococcígeo, perfurado pelo filamento terminal. Profundamente (isto é, superiormente) ao ligamento, o espaço extradural é preenchido por tecido adiposo. 
A importância clínica desse local consiste no fato de a anestesia peridural caudal ser aplicada nessa região, por meio da inoculação de anestésico no tecido adiposo mencionado, sendo o hiato sacral um dos pontos de acesso a essa região. Além disso, o hiato sacral é uma região de fácil localização, uma vez que está situado entre os cornos sacrais e abaixo do processo espinhoso de S IV (crista sacral mediana), regiões ósseas palpáveis.
O hiato sacral é utilizado com frequência para anestesia peridural caudal em crianças.
Atua sobre os nervos espinais S2-Co1 da cauda equina.
5) Explique a possibilidade da execução de uma laminectomia não alterar funcionalmente a coluna vertebral de um paciente.
A Laminectomia é da lâmina, não necessariamente retirar os dois processos espinhosos. Pode ser feita a laminectomia só de um lado, mas também pode fazer uma cirurgia maior para retirar tudo. A principal função da coluna é a sustentação, por parte do corpo vertebral, e a laminectomia não afeta essa parte da vértebra.
Laminectomia consiste na excisão cirúrgica de um ou mais processos espinhosos e das lâminas vertebrais adjacentes de sustentação em uma determinada região da coluna vertebral ou, também, a retirada da maior parte do arco vertebral por meio de transecção dos pedículos. Essa cirurgia é utilizada para aliviar a pressão sobre a medula espinal ou raízes nervosas causadas por tumor, hérnia de disco intervertebral ou hipertrofia óssea. Outro exemplo, consiste na realização de laminectomia em casos de estenose vertebral lombar (estreitamento do forame vertebral), na qual a cirurgia é realizada para aliviar a compressão nas raízes nervosas. Nos casos mencionados, a cirurgia corrigirá uma situação patológica que comprometia a integridade e o funcionamento da medula espinal, de modo que a sua realização não apenas não a altera funcionamento, como preserva suas funções sem incômodo álgico.
Uma eventual alteração funcional somente ocorreria caso a extensão da laminectomia fosse considerável, situação em que seriam necessárias hastes de metal que prejudicariam a mobilidade. Além disso, a alteração provocada pela laminectomia, quando não extensa, é compensada pela coluna de forma global, inclusive porque o corpo e a articulação da vértebra em si são preservados.
Resumo: A região anterior da vértebra (corpo vertebral), que sustenta a coluna, não é alterada, retira-se apenas uma parte ou toda a lâmina vertebral, que se localiza na região posterior. Sendo assim, a função de SUSTENTAÇÃO da coluna não é alterada. 
Em caso de hérnia de disco, pode ser feita uma laminectomia. Ela PODE causar o enfraquecimento da coluna. A indicação médica é o fortalecimento muscular.
6) Com base na anatomia do disco intervertebral, explique a condição clínica da hérnia de disco.
O disco intervertebral, uma sínfise, é composta por um anel fibroso e um núcleo pulposo gelatinoso. A hérnia de disco consiste na herniação/protrusão de parte do núcleo pulposo para o interior ou através do anel fibroso, por vezes comprimindo a medula espinal ou raízes nervosas.
Destaca-se que os anéis fibrosos são mais finos em sua porção posterior. Assim, a flexão da coluna provoca a compressão anterior do disco, pressionando o núcleo em direção à parte posterior, e mais frágil, do anel fibroso. Somado a isso, lembra-se que a parte posterolateral não recebe sustentação de ligamentos longitudinais posteriores ou anteriores, motivo por que as hérnias posterolaterais são mais comuns. 
A dor aguda da hérnia de disco advém da pressão sobre os ligamentos longitudinais e sobre a periferia do anel fibroso, bem como da inflamação decorrente da irritação química por substâncias do núcleo pulposo. A dor crônica, por sua vez, decorre da compressão de raízes nervosas.
Ocorre com mais frequência na região lombar inferior da coluna, em razão do maior peso que sustenta, associado à maior mobilidade da região.
7) Cite a estrutura anatômica responsável pelas curvaturas da coluna vertebral. Cite a função das curvaturasvertebrais e as diferenças entre os sexos.
Curvatura primária: altura anterior do corpo vertebral é maior que a do posterior. Na secundária ocorre o contrário. A secundária é adquirida quando o indivíduo sustenta a cabeça e começa a andar. Nos secundários o núcleo pulposo é mais posterior, por isso é mais delgado na região posterior que a anterior, o que propicia a herniação.
A estrutura anatômica responsável pelas curvaturas da coluna vertebral é o disco intervertebral. Com efeito, é a diferença de espessura e altura entre as partes anterior e posterior dos discos intervertebrais que geram as curvaturas. 
As curvaturas da coluna vertebral conferem maior flexibilidade à coluna, além da já proporcionada pelos discos intervertebrais. Além disso, quando se sustenta elevada carga, não apenas os discos são comprimidos, mas a própria curvatura, que tende a aumentar. Interessante destacar que a flexibilidade dos discos é passiva, enquanto a da curvatura é ativa, sofrendo atuação de grupos musculares antagonistas ao movimento.
Lordose lombar: Mais acentuada em mulheres, termina no ângulo lombossacral formado na junção da vértebra L V com o sacro.
Cifose sacral: Na mulher é reduzida de modo que haja menor protusão do cóccix para abertura inferior da pelve. 
Resumo: As curvaturas da coluna vertebral proporcionam flexibilidade adicional (resiliência com absorção de choque), aumentando ainda mais a flexibilidade proporcionada pelos discos. Quando a carga sustentada pela coluna vertebral é muito aumentada (como ao carregar um objeto pesado), há a compressão dos discos e das curvaturas flexíveis (ou seja, as curvaturas tendem a aumentar).
8) Cite a importância clínica dos plexos venosos vertebrais.
Pode drenar tanto para a VCS, quanto para a VCI, consistindo em uma drenagem colateral.
Além disso, é meio de propagação de células cancerosas/ infecções, especialmente pela ausência de válvulas  venosas (permite fluxo sanguíneo tanto em direção cranio-caudal e caudal-cranial), elevando o risco de metástase de câncer em órgãos drenados por veias que se comunicam com esses plexos (mama e próstata, por exemplo). 
• Plexo vertebral interno (situado no espaço epidural) drena a medula espinal.
• Plexo vertebral externo conecta-se com a veia ázigos, as veias cavas superior e inferior e a v. porta.
Vale lembrar, ainda, que o plexo venoso vertebral é contínuo com os seios venosos durais cranianos.
O sistema venoso vertebral constitui uma rota alternativa de retorno do sangue para o coração, pelas anastomoses com o sistema das veias anteriores e ázigos, estando o sangue sujeito a fluir em sentido cranial ou caudal dependendo da pressão relativa. (BATSON, 1957; MILLER et al, 1964).
Resumo: Caminho comum de investigação de metástase, no deslocamento de modo hematogênico. Existe um tropismo nas metástases, existem tumores que tem maior frequência de predisposição. Mama e próstata são os mais comuns de metástase para ossos e vértebras. Contaminação (septicemia) também.
9) As dorsalgias apenas perdem para a cefaleia dentre as dores mais comuns na sociedade, gerando um gasto enorme em saúde pública e para a economia global. Cite a inervação da articulação dos processos articulares e do canal vertebral e que, portanto, conduzem essa sensibilidade ao sistema nervoso central.
As articulações dos processos articulares são inervadas pelos ramos articulares dos ramos mediais dos ramos posteriores dos nervos espinais. (Rr. Articulares Rr. Mediais Rr. Posteriores) rArMrP AMP (macetes do lukinhas)
 Observação do ruy: Hoje utilizam várias maneiras de fazer esses bloqueios anestésicos e radiofrequência (energéticos). Não são duradouros, servem para momentos de CRISE. 
O canal vertebral, por sua vez, é inervado pelos ramos meníngeos recorrentes dos nervos espinais.
10) Liste os estratos que a agulha de punção atravessa para a coleta do líquido cerebrospinal.
A punção lombar é realizada para coleta do líquido cerebrospinal (LCS) na cisterna lombar. O paciente é posicionado em decúbito lateral esquerdo, flexionado em postura fetal com o plano supracristal na vertical. A punção deve ser realizada no espaço L3/L4 (imediatamente acima) ou L4/L5 (imediatamente abaixo), na linha média do dorso, para evitar lesão da medula espinal.
Pele, tela subcutânea, lig. supraespinal, lig. interespinal, ligamento amarelo, tecido conjuntivo frouxo (gordura extradural), dura-máter e aracnoide-máter. Aí entra no espaço subaracnóide onde tem o LCS circulando. Região mediana não tem músculo.
11) Cite as características anatômicas e funcionais que permitem a utilização da nomenclatura “extrínseco” e “intrínseco” aos músculos da coluna vertebral.
Extrínsecos: são os músculos que possuem fixação tanto no esqueleto axial, quanto apendicular, com inervação, majoritariamente, proveniente dos ramos anteriores dos nervos espinais (com exceção do m. trapézio, inervado pelo NC XI - acessório), com atuação predominantemente nos membros, auxiliando, também, o movimento respiratório. São eles: mm. vertebroapendiculares, espinoapendiculares superficiais e espinoapendiculares profundos.
Intrínsecos, por sua vez, são os músculos que se fixam apenas no esqueleto axial e que possuem, em sua maioria, inervação predominante de ramos posteriores de nervos espinais, atuando no movimento da coluna vertebral, com a manutenção da postura, ou seja, são chamados de posturais. São eles: mm. transversários, pós-transversários profundos, pós-transversários médios e pós-transversários superficiais.
12) Cite a diferença funcional entre os músculos localizados na calha costoespinal e transversoespinal.
Enquanto os mm. da calha costoespinal (PoTM) realizam ações como estender/fletir lateralmente a coluna vertebral, os mm. da calha transversoespinal (PoTP) são responsáveis também por estabilizar as vértebras durante os movimentos locais (m. multífido, mm. rotadores e mm. intertransversários) e pelo movimento de rotação (mm. rotadores e mm. interespinais).
13) A cefaleia cervicogênica é resultado do aumento do tônus dos músculos da região cervical posterior e de possível compressão de nervos da região que irradiam dor para a região posterior do pescoço e da cabeça. Explique a cefaleia cervicogênica com base na anatomia da região suboccipital.
Independentemente da origem, a tensão muscular da região suboccipital pode comprimir nervos da região e ocasionar dores cervicais que se irradiam para a cabeça e/ou membro superior.
Mais precisamente, observa-se que o n. occipital maior é tangente ao m. oblíquo inferior da cabeça, perfurando o m. semiespinal da cabeça em direção superficial, a fim de captar a sensibilidade geral da região suboccipital e posterior da cabeça. Além disso, o n. occipital terceiro possui trajeto em direção superior, perfurando os m. esplênios da cabeça e o trapézio, também em direção superficial para captar sensibilidade geral da mesma região. Por fim, tem-se que o n. suboccipital está contido no trígono suboccipital, formado pelos mm. reto posterior maior da cabeça, reto posterior menor da cabeça, oblíquo superior da cabeça e oblíquo inferior da cabeça, com função de inervá-los.
Assim, são esses os nervos a serem comprimidos em caso de tensão muscular nessa região, que gera a dor cervicogênica, uma vez que compartilham o núcleo de dor do N. Trigêmeo.
14) Estabeleça uma relação anatomoclínica entre os músculos da coluna vertebral e os seus movimentos, a musculatura do abdome e as dorsalgias.
A Fáscia Toracolombar é um complexo de várias camadas que separa os músculos paraespinhais dos músculos da parede abdominal posterior, quadrado lombar e psoas maior.
Na região torácica, a fáscia forma uma fina cobertura para os músculos extensores da coluna vertebral. Medialmente, é anexado às espinhas vertebrais torácicas e, lateralmente, às costelas, perto das suas curvaturas. 
Na região lombar, também é anexada à espinha vertebral, mas, além disso, forma uma forte aponeurose que é conectada lateralmente aos músculos planos da parede abdominal.
Assim, algumas tarefas podemafetar a fáscia, resultando em dores nas costas ou perda de mobilidade desse tecido ao longo do tempo. Sedentarismo, esforço excessivo, estresse repetitivo, ou má postura ao levantar um objeto ou agachar-se, por exemplo, podem causar dor nas costas devido à grande concentração de receptores neurais nociceptivos e com isso grande potencial de informação aos centros superiores podendo justificar a percepção dolorosa nessa região.

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